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Teoria Sintética da Evolução

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS 
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA 
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BACHARELADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Sintética da Evolução: Mitos e Verdades 
 
 
2ª Prova de evolução 
 
 
 
 
 
 
 EQUIPE: Camila Vasconcelos 
 Júlia Gomes 
 Kelly Christie 
 Natalice Barbosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Maurício Faria 
 
 
 
18 de abril de 2017 Montes Claros- MG 
 
 
 
 
1 
Teoria Sintética da Evolução: Mitos e Verdades 
 
 Desenho da teoria evolutiva “popular” do homem 
 
Quando se fala em evolução, imediatamente se relaciona aos trabalhos de Charles 
Robert Darwin, particularmente, o livro “A origem das espécies” publicado em 1859, aos 
trabalhos de Jean-Baptiste Lamarck e sua obra “Phylosophie Zoologique” de 1809, onde 
foram desenvolvidas as primeiras ideias científicas sobre a evolução. 
A ideia da evolução biológica apresentada por Darwin, continha alguns pontos frágeis 
devido à falta de uma explicação esclarecedora sobre os mecanismos responsáveis pela 
origem e transmissão dos caracteres, os quais garantem ao indivíduo permanecer num 
ambiente e assim gerar seus descendentes. Ao serem esclarecidas essas dúvidas através da 
redescoberta dos trabalhos de Mendel, os quais Darwin ignoravam, se pode explicar como a 
variabilidade era transmitida aos organismos, através de mutações e a reprodução sexuada, 
que possibilitam o aparecimento de novos genes, estes, irão gerar novos caracteres 
genotípicos, os quais poderão ser vantajosos, ou não, para o indivíduo em determinados 
ambientes. Surgindo assim, a Teoria Sintética da Evolução, mais conhecida por 
“Neodarwinismo”, baseada na teoria da Seleção Natural. 
Ainda hoje é difícil, para a sociedade em geral e até mesmo pessoas dentro do meio 
acadêmico, compreenderem esses mecanismos, talvez devido ao ritmo lento e imperceptível 
das variações genéticas que ocorrem em nível fenotípico. As microevoluções decorrentes 
 
 
 
 
2 
dessas mudanças irão levar a alterações no genótipo, que posteriormente serão mais 
evidentes, apesar de ainda não tão claras, levam ao processo de macroevolução. Os processos 
são complexos, mas existem as evidências que sustentam essa teoria, em fósseis, estudos de 
embriologia e anatomia comparada. 
 
Percepção comum da evolução 
 
A história evolutiva era amplamente aceita, mas a hipótese da Seleção Natural foi, 
totalmente rejeitada, compreendida por poucos e aceita por ainda menos pessoas em 
decorrência do pensamento da época e isso 
permanece nos dias atuais. A Teoria da Evolução é 
tratada apenas como uma ideia, contudo, é uma 
das descobertas mais bem fundamentadas e 
completas de toda a história da ciência. A 
princípio a teoria da evolução proposta por Darwin 
causou muita estranheza, pois havia a teoria fixista 
que defendia a tese de que as espécies não mudam 
ao decorrer do tempo. Os jornais da época 
ridicularizaram Darwin, expondo imagens 
montadas com a cabeça dele e com corpo de 
macaco. 
Imagem de Darwin com corpo de macaco, semelhante 
publicado por jornais da época. 
 
 
Conteúdos mal compreendidos da teoria evolutiva 
 
É comum pessoas que não possuem conhecimento do meio científico e até mesmo 
aqueles que o possuem, serem mal instruídas ao afirmarem erroneamente que a evolução é 
uma teoria sobre a origem da vida, e implicam que a evolução aconteça ao acaso. A evolução 
é vista por uma grande massa de pessoas como um processo lento e gradual, no qual, os 
organismos estão continuamente a aperfeiçoar-se. Ouve-se falar também que uma espécie se 
transforma em outra e que o homem veio do macaco. 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Os problemas dos conhecimentos errôneos 
 
A disseminação de informações falsas sobre novas teorias não é novidade na 
sociedade, tanto dentro quanto fora dos meios acadêmicos, principalmente tratando-se de 
assuntos que nos impactam tão fortemente quanto à teoria da evolução. Mudanças nos 
paradigmas sociais tendem a gerar diversas reações, como revoltas, alvoroços na mídia, 
fanatismos teóricos, até mesmo novas teorias ditas “conspiracionais”, isso não foi diferente 
com as novas propostas de Darwin e Wallace em seu tempo. 
Em detrimento disso, é comum escutarmos ainda nos dias de hoje, mesmo com os 
adventos da tecnologia que permitem acesso a uma enorme gama de informações, 
comentários equivocados sobre a teoria da evolução. A disseminação de conhecimento sem 
base teórica ou até mesmo pontos mal entendidos da teoria evolutiva levam a problemas 
visíveis em grande parte da população. Alguns dos problemas mais comuns que ouvimos no 
dia a dia são discussões que misturam questões de âmbito religioso às científicas, até mesmo 
teorias sobre “os mecanismos evolutivos” como a criação de novas espécies por experimentos 
extraterrestres, e também no ensino errôneo do pensamento científico nas escolas. Estes 
acabam por banalizar a importância da compreensão aprofundada no assunto, o que minimiza 
o incentivo que levaria a novas descobertas e avanço do conhecimento científico sobre como 
a vida surgiu e se desenvolveu. 
 
 Charge ironizando alguns conhecimentos errôneos e alguns mitos. Créditos: Carlos Ruas 
 
 
Explicando de forma adequada 
 
 
 
 
 
4 
 A teoria da evolução inclui ideias e evidências relacionadas com a origem da vida, 
porém, este não é o seu tópico central. Apesar do livro publicado por Darwin ter como título 
“A origem das espécies” nele é relatado à forma como a vida teria mudado e se diversificado 
depois da sua origem, independentemente de como ela começou, e a maior parte dos estudos 
sobre evolução focam sobre esses processos. 
 A acaso influência na evolução e na história da vida de maneiras muito diferentes, no 
entanto, alguns mecanismos evolutivos importantes não são aleatórios. Por exemplo, 
considere o processo de seleção natural, que resulta em adaptações, características de 
organismos que melhor se adéqua ao ambiente em que vive. Essas adaptações não acontecem 
ao acaso. Elas evoluem através de uma combinação de processos motivacionais que geram a 
variabilidade genética aleatoriamente, porém, a seleção dessas características não é aleatória. 
Essa seleção favorece variante mais apto a sobreviver e se reproduzir em determinados 
ambientes. Ao longo de mutações e seleções, evoluem adaptações complexas. Dizer que a 
evolução acontece por acaso é ignorar a maior e mais importante parte da história. 
A seleção natural não significa que a evolução é progressiva, por várias razões, 
conforme já citado acima a seleção natural não produz organismos perfeitamente adaptados 
ao seu ambiente, mas indivíduos melhor adaptados para sobreviver. Logo, não são sempre 
necessárias alterações evolutivas para que uma espécie persista. Há outros mecanismos 
evolutivos que não causam alterações adaptativas. Mutação, migração e deriva genética 
podem levar as populações a evoluírem de maneira que são largamente prejudiciais ou que as 
torne menos adaptadas ao seu ambiente. No entanto, a noção de progresso não faz sentido 
quando falamos de evolução. Organismos com características benéficas em uma situação 
podem não estarem aptos a sobreviverem quando o ambiente muda. É comum a evolução ser 
vista como uma grande escala progressiva, com o Homo sapiens a emergir no seu topo. Mas a 
evolução é descrita como uma árvore, não como uma escada. O homem é apenas um de 
muitos ramos dessa árvore. 
A definição de alteração evolutivabaseia-se em alterações no patrimônio genético das 
populações ao longo do tempo. São as populações e não os indivíduos que mudam. 
Alterações que ocorrem num indivíduo durante o seu tempo de vida podem ser de 
desenvolvimento ou pode ser causado pela forma como o ambiente afeta um organismo, no 
entanto, estas mudanças não são causadas por alterações nos genes. 
 
 
 
 
5 
Novos variantes genéticos são produzidos por mutações aleatórias e, ao longo de 
muitas gerações, a seleção natural pode favorecer variantes vantajosos, levando a que estes se 
tornem mais comuns na população. A evolução ocorre de forma lenta e gradual, porém 
também pode ocorrer rapidamente. 
 
Panoramas para o Futuro 
 
As primeiras tentativas de se associar teorias evolutivas aos princípios da genética foram 
amplamente desfavoráveis às ideias de Darwin. Essas divergências apareciam pela 
incompreensão da natureza dos genes e do fundamentalismo Mendeliano. Na ânsia de 
renovar as ideias de Darwin, surgiu o Neodarwinismo ou Síntese Moderna. Esta foi a 
reconciliação dos dados de biogeografia, paleontologia e sistemática utilizados por Darwin no 
livro “Origem das Espécies” com os princípios da genética. 
Os principais avanços da Síntese Moderna foram: a demonstração de que caracteres 
adquiridos não eram herdados; a comprovação de que a variação contínua tem a mesma base 
mendeliana, mas depende da interação de muitos genes; a variação dentro e entre regiões 
geográficas tem base genética, e algumas delas tem sentido adaptativo; os sistematas 
demonstraram que as espécies não são tipos morfológicos, mas populações de formas 
variáveis e isoladas reprodutivamente de outras populações. 
 O Evolucionismo clássico defende a tese, que caracteres adquiridos não são herdados, 
porém uma ciência relativamente nova, vem surgindo e criando força, a epigenética, também 
chamada de herança “soft”. A epigenética é definida como mudanças da atividade e 
expressão dos genes, essas modificações do genoma são herdadas pelas próximas gerações, 
mas que não alteram a sequência do DNA. Por muitos anos, considerou-se que os genes eram 
os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma geração à outra. A 
herança epigenética depende de pequenas mudanças químicas no DNA e em proteínas que 
envolvem o DNA. Existem evidências científicas mostrando que hábitos da vida e o ambiente 
social em que o indivíduo está inserido podem modificar o funcionamento de seus genes. 
Portanto, traz implicações profundas para o estudo da evolução e reacende os argumentos do 
naturalista do século XVIII, Jean Baptiste Lamarck que acreditava que a evolução era 
dirigida em parte pela transmissão dos caracteres adquiridos pelo processo de uso e desuso, 
assim, transmitidas para as gerações seguintes. 
 
 
 
 
6 
 Os cientistas estão encarando os resultados dessas pesquisas em epigenética de 
maneiras diversas. Jablonka e Lamb (2010), por exemplo, sustentam que esse novo 
entendimento do funcionamento dos cromossomos questiona, parcialmente, o 
neodarwinismo, na medida em que traz de volta à cena as ideias de Lamarck. Para Jablonka e 
Lamb, a epigenética se mostra assim rica de oportunidades para uma complexificação da 
teoria evolucionista. Já para Richard Francis, embora a epigenética seja também uma grande 
novidade, ela teria apenas um potencial papel renovador do entendimento do processo da 
embriogênese. Se a epigenética, por um lado, redimensiona o poder pré-formacionista dos 
genes, por outro lado, ao lhes conferir o papel articular entre o “meio” interno e o “meio 
externo”, torna essas moléculas ainda mais poderosas. 
 No entanto, a relevância desses processos epigenéticos para a evolução como um todo 
é de suma importância, mas ainda assim, é uma ciência pouco conhecida, para que possa 
compreender seu papel na evolução. As ideias neodarwinistas ganharam força graças as 
contribuições da Genética, tanto com os avanços da Epigenética como da Genética de 
Populações, da Sistemática e da Paleontologia, e a medida que esses estudos avançam espera-
se que contribuam cada vez mais para compreender e responder questões sobre a origem de 
toda vida na terra, do homem e do universo. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
JABLONKA, E.; LAMB, M. Evolução em quatro dimensões. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2010 
LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje. 11ª ed. São Paulo: 
Ática, 2004. 
MARTHO, Amabis. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna, 2009. 
NATURAL LIFE. Neodarwinismo - Teoria sintética da evolução. Disponível em: 
<http://bionaturalife.blogspot.com.br/2009/01/neodarwinismo-teoria-sinttica-da-evoluo.htm> 
Acesso em 15 abr. 2017 
Disponível em < http://www.biomania.com.br/bio > Acesso em: 15 abr. 2017 
Imagens: 
Disponível em < httpsdjalmasantos.files.wordpress.com201103018.jpg > (1ªimagem) Acesso 
em: 15 abr. 2017 
Disponível em < http://topicosembiologiaeeducacao.blogspot.com.br > (2ª imagem) Acesso 
em: 15 abr. 2017 
Disponível em < http://darwinembits.blogspot.com.br (3ª Imagem ) Acesso em: 15 abr. 2017 
 
 
 
 
 
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