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73415 Resumo Aula1P1 Direito Processual Penal

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Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
Sumário 
1. Princípios constitucionais processuais penais ........................................................ 2 
1.1 Princípio da Ampla Defesa ................................................................................ 2 
1.2 Princípio do garantismo penal .......................................................................... 2 
1.3 Princípio da presunção de inocência ................................................................ 3 
 
 
 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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www.cursoenfase.com.br 
Professor André Queiroz 
E-mail: arqueiroz@globo.com 
 
1. Princípios constitucionais processuais penais 
1.1 Princípio da Ampla Defesa 
A ampla defesa pode ser dividida em duas partes: a) autodefesa e b) defesa técnica. 
Assim, quando se fala no princípio da ampla defesa no processo penal, está se falando que 
no processo penal uma pessoa tem o direito de se autodefender e de ter uma defesa 
técnica. 
O réu poderá se autodefender através do interrogatório. Além disso, ele também se 
defende através do direito de estar presente em todos os atos. A terceira forma de 
autodefesa é o direito recursal, ou seja, o próprio réu, de próprio punho, pode interpor o seu 
recurso. 
Em relação à defesa técnica, está se falando em capacidade postulatória. O STF 
editou a sumula 523, que informa que a ausência do advogado no processo acarreta a 
nulidade absoluta, sendo isso um prejuízo presumido; e a deficiência do advogado provoca 
uma nulidade relativa, e isso é um prejuízo que deve ser demonstrado. 
523. No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua 
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu. 
Os crimes dolosos contra a vida são julgados no tribunal do júri. Esse tribunal possui 
algumas características: votação sigilosa; soberania dos vereditos e plenitude de defesa; 
quem julga são pessoas leigas. 
 Qual a diferença da ampla defesa para a plenitude de defesa no tribunal do júri? 
Conforme o princípio da ampla defesa o réu pode se defender apenas das formas 
admitidas em lei. Já no princípio da plenitude de defesa o réu pode se defender não apenas 
das formas autorizadas pela lei, mas de qualquer forma, esteja ela admitida ou não na lei. Na 
ampla defesa, tem que ser lei porque quem irá julgar é uma pessoa técnica, já no júri quem 
irá julgar são os jurados que não são técnicos, são leigos. 
 
1.2 Princípio do garantismo penal 
Prega que todas as normas processuais penais devem ser interpretadas conforme o 
princípio da dignidade da pessoa humana. Uma das decorrências do garantismo penal é a 
Súmula Vinculante nº 11, do STF, que preleciona sobre o uso de algemas, informando que 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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elas devem ser usadas excepcionalmente, e quando as usar, deve-se fundamentar em: risco 
de fuga, resistência por parte do preso, risco de vida do preso ou de terceiros. 
O garantismo fala que o Estado irá intervir na liberdade de uma pessoa quando for 
necessário, mas sempre respeitando o princípio da dignidade da pessoa humana. 
Todo o poder emana do povo e, por isso, o povo se resguarda de garantias. Poder 
ilimitado não é democracia, é autoritarismo. Existem várias garantias e uma delas é a de que 
para condenar uma pessoa, tem que respeitar a sua dignidade. 
Algemar alguém sem ser devido a uma das hipóteses previstas na lei, a pessoa terá 
direito a uma indenização, quem algemou comete abuso de autoridade e a prisão deverá ser 
relaxada. 
Se quiser demandar uma ação, as condições da ação são a possibilidade jurídica do 
pedido, o interesse de agir e a legitimidade das partes. No entanto, em razão ao garantismo 
penal, no processo penal deve haver mais um requisito, que é a justa causa. Ela é indícios de 
autoria e da prova de existência do fato criminoso. 
 
1.3 Princípio da presunção de inocência 
Esse princípio informa que o réu apenas poderá ser considerado culpado após o 
transito em julgado. 
Além disso, o estado tem que respeitar três regas: uma de tratamento, uma de 
julgamento e uma de garantia. 
 Qual a diferença do transito em julgado para coisa julgada? 
Transito em julgado é a decisão que não cabe mais recurso. Se da decisão não cabe 
mais recurso, ela tem um efeito, que é a coisa julgada. A coisa julgada é imutabilidade da 
decisão. No entanto, é imutabilidade, não indiscutibilidade, pois é possível que a decisão 
seja discutida com a revisão criminal. 
Em relação à regra do tratamento, como o réu é presumidamente inocente, o Estado 
deve tomar o cuidado de preservar a sua imagem. Além disso, a prisão antes do transito em 
julgado, deve ser excepcional, mas se ela acontecer, deve ser uma prisão ne natureza 
cautelar. 
Observação: Para que haja a progressão de regime, é necessário que a sentença já 
tenha transitado em julgado. Ocorre que devido à demora judicial, muitos presos cautelares 
estavam desistindo de interpor recurso para que a sentença transitasse em julgado e, assim 
pudessem requerer a progressão da pena. Então, observando que isso estava causando um 
cerceamento de defesa, o STF editou a Súmula 716, STF, que informa que mesmo em prisão 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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cautelar, se o sujeito preencher os requisitos para a progressão de regime ele poderá 
progredir. 
716. Admite-se a progressão de regime de cumprimento de pena ou a aplicação 
imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da 
sentença condenatória. 
Para julgar, o juiz deve analisar e aplicar a lei mais benéfica e sempre que a lei for 
mais benéfica é possível retroagir para beneficiar o réu. No entanto, não se admite a 
combinação de leis, ou seja, não é possível alegar que o caput de um artigo de uma lei seja 
mais benéfico e misturar os parágrafos e incisos de um artigo outra lei. Outro aspecto que 
deve ser analisado é que se deve levar em consideração o princípio do in dubio pro reo. 
Além disso, existem recursos que são exclusivos da defesa, p. ex. embargos infringentes (art. 
609, CP). A revisão criminal apenas cabe quando o indivíduo for condenado. 
Em relação às garantias, existe a inadmissibilidade das provas obtidas por meio ilícito, 
que inclusive é um princípio.

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