Buscar

73415 Resumo Aula2P2 Direito Processual Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
Sumário 
1.1 Princípios da ação penal pública e da ação penal privada ............................... 2 
1.2 Ação penal pública condicionada ..................................................................... 3 
1.3 Ação penal pública subsidiária da pública ........................................................ 4 
1.4 Ação penal privada ........................................................................................... 5 
1.5 Ação penal personalíssima ............................................................................... 6 
1.6 Ação penal concorrente .................................................................................... 6 
1.7 Aditamento da denúncia .................................................................................. 6 
 
 
 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
2 
www.cursoenfase.com.br 
1.1 Princípios da ação penal pública e da ação penal privada 
Continuação. 
Na ação penal pública, antes da denúncia vigora o princípio da obrigatoriedade e 
depois vigora o princípio da indisponibilidade. Já na ação penal privada, antes da queixa 
vigora o princípio da facultatividade e depois é o princípio da disponibilidade. 
Quando há uma infração de menor potencial ofensivo, essas infrações são julgadas 
no JECRIM (Lei 9.099/95, para os juizados estaduais e a Lei 10.257/01, para os juizados 
federais). 
Nos JECRIM, a transação penal ocorre antes de iniciada a ação penal, sendo que a 
transação penal é uma exceção ao princípio da obrigatoriedade, ela não está relacionada ao 
princípio da indisponibilidade. Depois de iniciada a ação penal pode ocorrer a suspensão 
condicional do processo (sursis). A transação penal está prevista no art. 76 da Lei 9099/95 e 
o sursis processual está no art. 89 da Lei 9099/95. A transação penal se vincula ao princípio 
da obrigatoriedade e o sursis se vincula ao princípio da indisponibilidade. 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a 
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na 
proposta. 
 § 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la 
até a metade. 
 § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
 I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de 
liberdade, por sentença definitiva; 
 II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela 
aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
 III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da 
medida. 
 § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à 
apreciação do Juiz. 
 § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz 
aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo 
registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. 
 § 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 
82 desta Lei. 
 § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de 
certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e 
não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. 
 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
3 
www.cursoenfase.com.br 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá 
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja 
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais 
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
 § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, 
recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período 
de prova, sob as seguintes condições: 
 I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
 II - proibição de frequentar determinados lugares; 
 III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; 
 IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e 
justificar suas atividades. 
 § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, 
desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 
 § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser 
processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do 
dano. 
 § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso 
do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. 
 § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 
 § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 
 § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo 
prosseguirá em seus ulteriores termos. 
Na ação penal privada há o instituto da renúncia e do perdão. A renúncia existe antes 
de oferecida a queixa e ela existe em razão ao princípio da facultatividade. Em relação ao 
perdão, ele é possível após iniciado o processo, o perdão ocorre em razão do princípio da 
disponibilidade. A renúncia é um ato unilateral, pois a outra parte não precisa aceitar. Já o 
perdão é bilateral, pois o réu deve aceitar a renúncia. 
 
1.2 Ação penal pública condicionada 
A ação penal pública condicionada pode ser de dois tipos: condicionada à 
representação ou condicionada à requisição do Ministro da Justiça. A representação é uma 
manifestação da vítima no sentido de querer processar o ofensor, sendo essa uma condição 
de procedibilidade, pois apenas haverá o processo se a vítima representar. Exemplos: lesão 
corporal leve, estupro, injúria qualificada (a simples é ação penal privada). O art. 38, CPP 
estabelece um prazo para representar, que é o prazo de seis meses, contados a partir do 
conhecimento da autoria do fato. Se não representar nesse prazo, ocorrerá a decadência, 
que gera a extinção da punibilidade. 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
4 
www.cursoenfase.com.br 
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá 
no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis 
meses, contado do dia em quevier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 
29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, 
dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31. 
 
1.3 Ação penal pública subsidiária da pública 
O prazo para concluir o inquérito policial está previsto no art. 10, CPP. O prazo para 
oferecer a denúncia está no art. 46, CPP. Quando o MP se mantém inerte em relação ao 
prazo do art. 46, CPP, isso se chama de in albis (o prazo correu em branco). Então, nesse 
caso de inercia do MP, a vítima poderá aplicar o art. 29, CPP, ação penal pública subsidiária 
da pública, em que a vítima irá entrar com a queixa subsidiária (ou substitutiva). Isso 
também está previsto Art. 5º, LIX, CF. 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso 
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a 
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando 
estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao 
juiz competente. 
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido 
inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 
 
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, 
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito 
policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver 
devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em 
que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. 
§1º Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o 
oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de 
informações ou a representação 
§ 2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o 
órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do 
tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos 
do processo. 
 
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e 
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
5 
www.cursoenfase.com.br 
elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do 
querelante, retomar a ação como parte principal. 
 
Artigo 5º, Constituição Federal (...) 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no 
prazo legal; 
(...) 
 
Exemplo: Alberto foi vítima de um assaltado e Mévio foi preso como suspeito. No 
entanto, o MP pediu o arquivamento dos autos por entender que não havia provas 
suficientes de que Mévio era o autor do crime. No entanto, Alberto não poderá entrar com 
uma ação penal subsidiária da pública, pois o MP não foi inerte, já que ele pediu o 
arquivamento. 
 
1.4 Ação penal privada 
Na ação penal privada é possível a desistência em razão do princípio da 
disponibilidade. Desistência não é a mesma coisa que perdão. Toda vez que o querelante 
desiste, ocorre a perempção. O art. 60, CPP traz as hipóteses em que se considerará 
perempção: a) o querelante não comparece à audiência; b) o querelante deixa de dar 
andamento ao processo por 30 dias seguidos; c) pessoa jurídica é extinta e não deixar um 
sucessor; d) quando o querelante fizer as alegações finais e não pedir a condenação; e) a 
sucessão processual ocorre quando o querelante morrer ou ficar incapaz e quem vai dar 
continuidade ao processo é o CADI (cônjuge, ascendente, descendente e irmão), e eles têm 
o prazo de 60 dias para dar continuidade ao processo e se não o fizerem nesse prazo, haverá 
perempção. 
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á 
perempta a ação penal: 
 I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo 
durante 30 dias seguidos; 
 II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não 
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) 
dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
 III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer 
ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de 
condenação nas alegações finais; 
 IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar 
sucessor. 
Direito Processual Penal 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
6 
www.cursoenfase.com.br 
1.5 Ação penal personalíssima 
Na ação penal personalíssima não é possível a substituição processual, então se a 
pessoa morrer, o processo não poderá continuar. Atualmente apenas existe um crime que é 
esse tipo de ação, é o previsto no art. 236, CP 
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento 
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou 
ocultando-lhe impedimento que não seja 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode 
ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro 
ou impedimento, anule o casamento 
 
1.6 Ação penal concorrente 
A ação penal concorrente está prevista na Súmula 714, STF. 
SÚMULA 714 
 É CONCORRENTE A LEGITIMIDADE DO OFENDIDO, MEDIANTE QUEIXA, E DO MINISTÉRIO 
PÚBLICO, CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO, PARA A AÇÃO PENAL POR 
CRIME CONTRA A HONRA DE SERVIDOR PÚBLICO EM RAZÃO DO EXERCÍCIO DE SUAS 
FUNÇÕES. 
 
1.7 Aditamento da denúncia 
Já houve a denúncia, o processo está acontecendo, no entanto, apareceu um fato 
novo e há a necessidade de inclui-lo, então haverá um aditamento, que é incluir algo na 
denúncia. 
Exemplo: uma pessoa sofreu uma tentativa de latrocínio e estava internada. O MP 
ofereceu denúncia por tentativa de latrocínio. Ocorre que no curso do processo a vítima 
faleceu, então o crime passou a ser latrocínio consumado. Portanto, o MP precisa fazer um 
adiamento. 
O aditamento pode ser próprio ou impróprio. O aditamento é próprio quando se 
incluir algo elementar. Exemplo: a morte no curso do processo é elementar. Já o aditamento 
é impróprio quando irá se incluir uma circunstância. 
Há também o aditamento objetivo e o subjetivo. O aditamento objetivo é a inclusão 
de fatos e o subjetivo é a inclusão de pessoas.

Outros materiais