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AÇÃO PENAL - PROC PENAL I

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AÇÃO PENAL – início dia 07/04/2020
1. CONCEITO: 
Praticado o crime, surge para o estado a pretensão punitiva e o MP vai exercer o direito de ação penal, provocando o poder judiciário para que este possa solucionar o conflito.
A ação penal é um direito público subjetivo conferido ao MP e, em algumas situações, à vítima, para provocar ao PJ aplicação do direito material àquele conflito de interesses. 
2. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE AÇÃO 
A) AUTÔNOMO: pois é um direito que não depende do direito material. É preexistente em relação ao direito material. Preexistente à pretensão punitiva do Estado. 
B) ABSTRATO: independe do resultado do processo. Independe se a pretensão deduzida no curso do processo vai ser acolhido ou não pelo PJ. 
NOTA: Quem fala muito bem dessas duas características é Túlio H. LIBEMAN – teoria eclética da ação; veio para se contrapor a uma teoria anterior “abstrata da ação” (o direito de ação é independente do direito material); Libeman vem e diz que é independente, mas se a ação for julgada procedente e improcedente, o direito de ação foi exercido provocar o poder J. para solucionar o conflito de interesse; pouco importando o resultado.
Para que o Direito de Ação seja exercido é necessário que a parte necessária preencha algumas condições. São aferidas de forma abstrata, a partir da análise do direito material envolvido no caso concreto.
Para libeman, a ação acontece com uma sentença de mérito.
C) SUBJETIVO: parte interessada (MP/VÍTIMA- REPRESENTANTE LEGAL), tem o direito de exigir do estado a observância desse direito de ação. 
D) PÚBLICO: atividade eminentemente pública, exercida pelo estado. 
3. CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL
- Pedido -> mérito
Para termos uma sentença de procedência, antes vai ter que ultrapassar uma barreira, que são as condições da ação penal. Ausência = sentença sem resolução do mérito.
3.1. CONDIÇÕES GENÉRICAS
São aquelas que devem estar presentes em toda e qualquer ação penal. Seja pública ou privada.
A) POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
Libeman deixou de falar disso, tendo em vista que se relaciona com a inexistência ou não. Em 2015 foi atualizado o CPP tirando essa possibilidade jurídica do pedido. E muitos entendimentos também.
Mas seria: se o pedido é permitido ou não no nosso ordenamento jurídico. É fato típico ou atípico? 
B) INTERESSE DE AGIR 
O exercício desse direito é necessário, adequado e útil. Se adequa nesse trinômio. 
Necessidade: No âmbito criminal é presumido (porque, para que você possa aplicar a pena, exercendo o direito de punir, você tem que instaurar o proc. penal – não pode aplicar pena sem passar por processo). A intervenção do estado para resolver o conflito de interesses (lide) é necessária. 
Adequação: representa a escolha do instrumento hábil a solucionar o conflito de interesses. Escolha do procedimento adequado para a pretensão que está sendo formulada com o exercício do interesse de ação. 
EX: ação de habeas corpus - a CF estabelece que é uma ação destinada exclusivamente para proteger a liberdade de locomoção do indivíduo. Se você utiliza o HC para pedir liberação de veículo, instrumento utilizado é inadequado.
Súmula 693, do STF, diz que não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.
Utilidade: ver sua pretensão final. Passando pelo processo, no final a prestação jurisdicional vai ser útil ou não? Se não, não tem utilidade. Esperança de, no final, ser realizado direito de punir do estado e aplicação da sanção penal.
EX: instaurado IP, mas, da data do crime até a conclusão, houve a prescrição. 
C) LEGITIMIDADE AD CAUSAM: 
É a existência de uma pertinência subjetiva da ação das partes que compõem a ação. É extraída a partir da análise “in abstrato” do direito material invocado.
Ativa: MP; VÍTIMA OU REPRESENTANTE LEGAL (o direito de punir é sempre o estado; nas privadas o estado diz “o direito de punir é meu”; mas como o interesse principal é da vítima, concede a ela a prerrogativa de, se quiser, ajuizar ação penal – atua sob direito alheio que é o direito de punir do estado – substituição processual – LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA). Pode ter pessoa jurídica aqui também ex: crimes contra a honra.
Passiva: observar o direito material presente. Quem pratica a conduta típica, em consonância com o princípio da transcendência penal (só ele pode ser punido). Pessoa jurídica ou física. 
D) JUSTA CAUSA
IMPORTANTE.
É a existência de um mínimo de prova capaz de demonstrar a prática de um crime e os indícios de autoria. Ou seja: materialidade do fato + indícios de autoria.
Em geral, essa justa causa vai estar lastreada naqueles elementos estraídos do IP. 
3.2. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS (são 3)
A) CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE
É uma condição deve estar presente quando estiver diante de crimes que se submetem a ações penais públicas condicionada. Temos duas condições: 1) representação da vítima; e 2) requisição do Ministro da Justiça (ex: crimes contra a honra do presidente da república).
Como vou saber se é condicionada/incondicionada/privada? Basta analisar o tipo penal específico, e ver se no tipo penal/capítulo/título existe disposição legal falando “somente se procede mediante requisição da vítima/Min. Da justiça” / ”somente procede mediante queixa”. Se não existir qualquer disposição legal, é pública incondicionada.
Necessária para que a ação penal inicie.
B) CONDIÇÕES OBJETIVAS DE PUNIBILIDADE
Se trata de condição de natureza objetiva (não é subjetiva – agente/vítima) para que o Estado possa exercer seu jus puniendi, devendo ser aferidas antes/durante a ação penal.
Ex: crimes falimentares (lei de rec. E falência), para se iniciar a ação que tenha por objeto esse crime, é necessário que tenha sentença decretando a falência.
Em regra, estão situadas fora do tipo penal (conceito tripartite do crime), embora se condicione ao exercício do jus puniendi. Portanto devem ser implementadas e verificadas para que o estado possa exercer seu jus puniendi. 
*O prof. Comenta sobre crimes tributários na sua época – lançamento - se encerramento da instância administrativa era condição para que se pudesse imputar ao agente a prática de um crime tributário – STF entendeu que se tratava de uma condição objetiva de punibilidade*
C) CONDIÇÕES DE PROSSEGUIBILIDADE
São determinadas condições que devem ser implementadas para que a ação penal possa ter seu curso retomado. Deve ser implementada para, após iniciada a AP, ela possa prosseguir. Só temos uma hoje.
EX: art. 152, CPP – sanidade mental do acusado. O juiz pode determinar de oficio/ a requerimento, a instauração do incidente de sanidade mental para verificar se o agente tinha imputabilidade penal.
Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do art. 149.
§ 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em outro estabelecimento adequado.
§ 2o O processo retomará o seu curso, desde que se restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado depoimento sem a sua presença.
O processo continua – se reconhecer que ele foi culpado, aplica uma medida de segurança. Pode acontecer de a doença ser superveniente (caso acima), na época do fato era imputável (aplica-se pena), mas se sobrevier a doença mental, fica suspenso até que ele se reestabeleça.
3.3. MOMENTO PARA A VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
Deverão ser aferidas pelo juiz no momento do ajuizamento da ação. 
ART. 395, CPP.
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - For manifestamente inepta;
II - Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; OU
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (O QUE É JUSTA CAUSA – materialidade do fato e indícios de autoria)
3.4. CONSEQUÊNCIAS PARA A AUSÊNCIA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
Qual a natureza jurídica nessa decisão?
Decisão de rejeição de denúncia/queixa– extingue sem resolução do mérito (não faz coisa julgada).
Se o autor quiser ingressar com nova ação vai poder? Sim, desde que tenha a condição que estava faltando.
4. CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAIS
Ação pública e de iniciativa privada
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
5. AÇÃO PENAL PÚBLICA
Aquela promovida pelo MP. 
5.1. AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA – REGRA DO ORDENAMENTO JURÍDICO.
A) PROCESSO JUDICIALIFORME PREVISTO NO ART. 26 DO CPP: (entende-se que esse artigo não foi recepcionado, mas ele mostrou mesmo assim). Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. = Ação Penal Ex Ofício – O PRÓPRIO JUIZ INICIARIA DE OFICIO NOS CASOS DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS. A CF/88 deu essa competência ao MP.
B) PRINCÍPIOS INFORMADORES DA AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA:
(I) OBRIGATORIEDADE: o MP não tem conveniência e oportunidade para oferecer ou não a denúncia nos casos em que houver elementos para tal. DEVER DE APRESENTAR A DENÚNCIA QUANDO PRESENTE TODOS OS REQUISITOS.
OBS1: Transação Penal (art. 76, Lei 9.099/95) = como pondera Távora a lei 9.099/95 mitigou esse princípio criando o chamado princípio da obrigatoriedade MITIGADA ou da discricionariedade regrada que ocorre nos casos da transação penal.
EX: TRANSAÇÃO PENAL (lei 9099);
OBS2: Acordo de Leniência (Lei 12.529/11) = Art. 87. Nos crimes contra a ordem econômica, tipificados na Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e nos demais crimes diretamente relacionados à prática de cartel, tais como os tipificados na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e os tipificados no art. 288 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, a celebração de acordo de leniência, nos termos desta Lei, determina a suspensão do curso do prazo prescricional e impede o oferecimento da denúncia com relação ao agente beneficiário da leniência. 
(II) INDISPONIBILIDADE: uma vez proposta a ação penal pública não pode o MP dela desistir (art. 42), não pode o MP sequer desistir do recurso por ele interposto (art. 576 do CPP). O MP não está obrigado a recorrer, porém, se o fizer não poderá desistir do recurso manejado. Como mitigação do princípio da indisponibilidade a lei dos juizados institui a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95).
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
(III) OFICIALIDADE: a persecução em juízo está a cargo de um órgão oficial.
(IV) AUTORITARIEDADE: o promotor de justiça é autoridade pública.
(V) OFICIOSIDADE: a ação penal pública incondicionada não carece de qualquer autorização, o MP deverá atuar ex ofício.
(VI) (IN)DIVISIBILIDADE: a ação penal deve se estender a todos os agentes, tendo o MP que denunciar todos. Contudo, há quem entenda que o MP pode optar por não denunciar todos no mesmo processo ao argumento de que poderá, com relação a um ou alguns, precisar de mais provas, podendo, o MP, quando conseguir essas provas, aditar a denúncia e incluir na ação penal o outro agente.
(…) 8. Em sede de ação penal pública vigora o princípio da divisibilidade, sendo admissível que o processo seja desmembrado em tantos quantos forem os réus, não sendo exigível que a persecução penal ocorra por meio de uma única ação. Assim, havendo uma ação penal pública em face de um determinado réu, sempre será possível que o Ministério Público ajuíze outra ação pelo mesmo fato em face de outro acusado, a qualquer tempo. (…) (AgRg no REsp 1465912/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 08/02/2018, DJe 19/02/2018).
No ponto de vista processual, se coloca muitos réus em uma ação penal, vai ter grande probabilidade de esse processo não andar, porque, imagina, 10 réus, cada um com advogados, com direito a 8 testemunhas, apresentar 10 defesas, arguir vários incidentes processuais... A possibilidade de travar esse processo será grande.
5.2. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
A) CONCEITO
C) REPRESENTAÇÃO
(I) DESTINATÁRIOS DA REPRESENTAÇÃO
Art. 39, §4o.A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.
(II) AUSÊNCIA DE RIGOR FORMAL: segundo o STF a representação é peça sem rigor formal, e pode ser apresentada oralmente ou por escrito, tanto na delegacia como perante o MP ou o Juiz, o importante é que a vítima demonstre a sua intenção em ver processada o agente. Nesse sentido:
Art. 39 do CPP: “o direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial”.
(II.1) Apresentação de queixa no lugar de representação
(III) PRAZO PARA REPRESENTAÇÃO
É decadencial de 6 meses, do momento em que se descobre a autoria do delito.
(IV) VÍTIMA MENOR
Se ela for menor, a representação deve ser apresentada pelo seu representante legal. 
Quando a própria vítima for fazer a representação - existe uma particularidade, o prazo, em relação aos menores, apenas se inicia a contagem quando o menor atinge a maioridade.
(V) SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL: 
a) morrendo o ofendido ou sendo declarada a sua ausência, o direito de representação passa, nessa ordem, ao: CÔNJUGE, ASCENDENTE, DESCENDENTE OU IRMÃO. Trata-se de uma ordem sucessiva. É o CADI. 
“Art.31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
Art. 36.  Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone”.
b) Curador especial: Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem com os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.
(VI) VINCULAÇÃO DO MP
(VII) EFICÁCIA OBJETIVA
(VIII) RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO: 
Pública condicionada: “Art. 25.  A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia”. A retratação da representação pela vítima ou seu representante legal somente poderá ocorrer até o momento do oferecimento da denúncia. Oferecida a denúncia, a representação é irretratável.
a) Retratação nos casos da Lei Maria da Penha: a referida lei (art. 16) prevê que só será admitida a renúncia da representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o MP. Percebe-se que a nova lei foi mais rigorosa com a retratação, exigindo audiência específica com tal finalidade, no intuito de inibir eventual coação à mulher agredida para que retire a representação, e ainda altera o marco de admissão, comportando a retratação até antes do recebimento da denúncia.
(XIX) RENÚNCIA AO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO: Lei 9.099/95: 
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado nojuízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a RENÚNCIA ao direito de queixa ou representação.
C) REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA
Crimes contra a honra do Presidente da República ou nos casos de crimes praticados por estrangeiro contra o brasileiro fora do Brasil.
Ato de conveniência política.
(I) DESTINATÁRIO: PGR
(II) PRAZO PARA OFERECIMENTO: 
O prazo 
(III) RETRATAÇÃO
(IV) AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO DO MP
(V) EFICÁCIA OBJETIVA
5.3. AÇÃO PENAL PRIVADA
A) CONCEITO
B) PETIÇÃO INICIAL DA AÇÃO PENAL PRIVADA: queixa-crime.
C) TITULARIDADE:
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal. § 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da família. § 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal.
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.
Art. 37. Crime contra a honra objetiva da pessoa jurídica. As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
Ex calúnia com PJ: crime ambiental.
D) PRINCÍPIOS NORTEADORES DA AÇÃO PENAL PRIVADA
D.1) OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA: faculta-se a vítima decidir entre ofertar ou não a ação, pois ela, por permissivo legal, é a titular do direito. Esse juízo de oportunidade se verifica em duas situações:
(D.1.1) DECADÊNCIA: se não exerce o direito de queixa do prazo de 06 (seis) meses não poderá mais fazê-lo. De se registrar que esse prazo é decadencial e, portanto, não se suspende ou se interrompe. Ele se inicia a partir do momento em que a vítima tem conhecimento do autor da infração. Regula esse prazo o art. 38 do CPP e o art. 107, IV, do CP. É importante mencionar que a pendência de inquérito policial inconcluso apurando a infração de caráter privado não possibilita a dilação do prazo para a vítima ofertar a ação penal. Para não decair do direito restaria ao querelante propor a demanda criminal sem o inquérito;
(D.1.2) RENÚNCIA: a renúncia opera-se quando a vítima pratica ato incompatível com a vontade de ver processado o infrator, ou através de declaração expressa da vítima neste sentido. Como exemplo de renúncia tácita apresentada por Nestor Távora pode-se apontar o fato de a vítima passar a manter laços fraternos e de amizade com o infrator, convidando-o, por exemplo, para ser o padrinho do seu filho. Contudo, a mera cordialidade e atos de boa educação não importam em renúncia. Deve-se registrar que, o recebimento de indenização cível não importa em renúncia tácita. A exceção se dá a lei dos juizados, haja vista que a composição civil dos danos de que trata o parágrafo único do art. 74 leva à renúncia ao direito de representação ou queixa. A renúncia é PRÉ-PROCESSUAL (somente poderá ocorrer antes do início do processo) e IRRETRATÁVEL. Sendo apresentada a renúncia opera-se a extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, V, do CP. Se a renúncia for ofertada em benefício de apenas uma parcela dos infratores a mesma estende-se a todos. Assim, renunciando a vítima em proveito de um ou alguns, todos lucram (art. 49 do CPP: A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá). É importante mencionar que o CPP não faz menção à promoção de arquivamento formulado pela vítima, de forma que em havendo pedido de arquivamento do inquérito pela vítima, tem-se que se operará a renúncia ao direito de queixa.
 Conduta incompatível com o desejo de provar culpado – ex; chama a outra de “quenga” e ela entra com ação, e depois casa com o homem.
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais.
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro.
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova.
D.2) DISPONIBILIDADE: a disponibilidade da ação penal relaciona-se com a possibilidade de a vítima desistir da ação mesmo após proposta. Essa desistência SE DARÁ DE DUAS FORMAS: 
a) PERDÃO DA VÍTIMA: o perdão da vítima, que está regulado no art. 51 e seguintes, poderá ser expresso ou tácito. Ele ocorre após a instauração do processo. Deve haver a aceitação do acusado (ato bilateral). Assim, uma vez oferecido o perdão mediante declaração nos autos, o demandado será intimado para dizer se concorda, dentro de três dias. O perdão poderá ser oferecido até o trânsito em julgado da sentença final. A necessidade de concordância do perdão se deve ao fato de que o querelado poderá querer comprovar a sua inocência e até processar o querelante por crime de denunciação caluniosa. Art. 58.  Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. Parágrafo único.  Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. Art. 59.  A aceitação do perdão fora do processo constará de declaração assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. O perdão poderá ser expresso ou tácito. Será expresso quando declarado expressamente dentro ou fora do processo. E será tácito quando por atitudes do querelante ficar claro a sua vontade de continuar com o prosseguimento da ação penal. Exemplo, no caso em que o querelante se casa com o querelado. O perdão tácito, conforme diz o art. 57 admite todos os meios de prova. Havendo co-réus o perdão oferecido em favor de apenas um aproveita aos demais. Caso algum ou alguns não aceitem o perdão o processo continuará contra aqueles que não aceitaram. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.
b) PEREMPÇÃO: revela a desídia do querelante que já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, IV, do CP. Suas hipóteses de ocorrência estão elencadas no art. 60 do CPP:
Art. 60.  Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
        I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
        II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
        III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenaçãonas alegações finais;
        IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
D.3) INDIVISIBILIDADE: Art. 48.  A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. Há que entenda que nesses casos o ministério público não poderá aditar a queixa para incluir os demais ofensores. Nesses casos, o MP deve exarar parecer nos autos pedindo a extinção da punibilidade dos demais querelados. Há autores como Tourinho Filho entendendo que o MP poderá aditar a denúncia (ou queixa?) e incluir outros co-réus.
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo.
INTERNET. QUEIXA. ADITAMENTO.
In casu, foi oferecida queixa-crime pela suposta prática dos crimes de calúnia, injúria e difamação por meio de mensagens eletrônicas contra só uma das autoras do delito. Posteriormente se realizou emenda à inicial para incluir a segunda recorrente. Daí o habeas corpus da defesa, denegado no TJ. Para o Min. Relator, na mensagem eletrônica acostada, afigura-se clara a ocorrência de coautoria, que deixou de ser incluída na queixa-crime. Explica caber à querelante propor a ação penal privada obrigatoriamente contra todos os supostos coautores do delito que, no caso, são perfeitamente identificáveis. Observa, ainda, que o direito de queixa é indivisível; assim, a queixa contra qualquer autor do crime obrigará ao processo de todos os envolvidos (art. 48 do CPP). Consequentemente, o ofendido não pode limitar a acusação a este ou aquele autor da conduta tida como delituosa. Esclarece que não observar o princípio da indivisibilidade da ação penal, que torna obrigatória a formulação da queixa contra todos os autores, co-autores e partícipes do crime, além de acarretar a renúncia ao direito de queixa a todos, é causa da extinção da punibilidade (art. 107, V, do CP). Diante do exposto, a Turma deu provimento ao recurso em habeas corpus, declarando a extinção da punibilidade em relação a ambas as recorrentes. Precedentes citados: HC 19.088-SP, DJ 22/4/2003; APn 186-DF, DJ 17/6/2002; HC 15.989-RJ, DJ 4/2/2002, e HC 12.203-PE, DJ 12/6/2000. RHC 26.752-MG, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 18/2/2010.
D) PROCURAÇÃO NA AÇÃO PENAL PRIVADA: 
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante (do querelado, ou seja, do agente) e a menção do fato criminoso (sob pena de deficiência da procuração, que pode, dependendo da situação, ensejar nulidade do ato), salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CALÚNIA. QUEIXA-CRIME. NULIDADE DA PROCURAÇÃO OFERTADA PELA QUERELANTE. AUSÊNCIA DE DESCRIÇÃO DOS FATOS CRIMINOSOS E DE OUTORGA DE PODERES ESPECIAIS. INSTRUMENTO DE MANDATO EM DESCONFORMIDADE COM O ARTIGO 44 DA LEI PENAL ADJETIVA. ASSINATURA DA QUERELANTE NA QUEIXA-CRIME. DEFEITO SUPERADO. DESPROVIMENTO DO RECLAMO. 1. Não se desconhece a existência de precedentes desta Corte Superior de Justiça no sentido de que a exigência contida no artigo 44 do Código de Processo Penal, consistente na menção do fato criminoso no aludido documento, é cumprida com a indicação do dispositivo de lei no qual o querelado é dado como incurso.
2. No entanto, para que reste atendido o comando contido no referido dispositivo processual penal, é indispensável que a procuração contenha uma descrição, ainda que sucinta, dos fatos a serem abordados na queixa-crime. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF. 3. No caso dos autos, a procuração ofertada pela querelante confere poderes gerais ao causídico nela mencionado, o que inviabilizaria o prosseguimento da ação penal em tela, já que não é possível aferir quais fatos deveriam ser objeto da inicial. 4. Contudo, o defeito em questão não tem o condão de obstaculizar o andamento do processo em exame, uma vez que a autora do feito assinou o pedido de explicações que foi acolhido como queixa-crime juntamente com o profissional da advocacia que a assiste, circunstância que revela que consentiu com os seus termos, viabilizando a responsabilidade por eventual denunciação caluniosa. Precedente. 5. Recurso desprovido. (RHC 82.732/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 24/05/2017)
F) ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA
Três são as espécies de ação penal privada: 
(i) Ação Penal Privada Exclusiva ou propriamente dita; 
(ii) Ação Penal Privada Personalíssima; e 
(iii) Ação Penal Privada Subsidiária da Pública ou Supletiva. Vejamos cada uma delas.
AÇÃO PENAL PRIVADA EXCLUSIVA OU PROPRIAMENTE DITA: é aquela exercida pela vítima ou seu representante legal. Admite a sucessão pelo CADI.
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA: só a vítima pode exercê-la. Mais ninguém poderá. EX: art. 236, do CP.
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA OU SUPLETIVA: Essa ação encontra previsão na CF, especificamente no art. 5º, LIX, bem como, nos arts. 29 do CPP e 100, parágrafo 3º, do CP. É uma garantia fundamental que não pode ser suprimida do texto constitucional, por ser cláusula pétrea. Cabimento: terá caimento nos casos de inércia do MP que, recebendo o inquérito policial ou peças de informação, deixa de oferecer a denúncia no prazo legal, não se manifesta pelo arquivamento do IP, ou ainda, não requisitando novas diligências. Trata-se de uma forma de fiscalização da atuação do MP, evitando eventuais arbítrios pela desídia do MP. Faculdade: trata-se de uma faculdade conferida ao particular optar entre manejar ou não a ação penal privada subsidiária, tendo, para tanto, o prazo de 6 meses. Esse prazo de 6 meses se inicia a partir do fim do prazo que o MP tem para apresentar denúncia que é, de 05 dias estando o réu preso ou de 15 dias, estando o réu solto. Atuação do MP: o MP, na ação penal privada subsidiária da pública ou supletiva, figura como interveniente adesivo obrigatório, atuando em todos os termos do processo, sob pena de nulidade, nos termos do art. 564, III, do CPP. Ele poderá, nesses casos, adotar as seguintes posições previstas no art. 29 do CPP: (i) aditar a queixa, até mesmo para lançar co-réu; (ii) repudiar a queixa apresentada, se entender que não foi desidioso, oferecendo denúncia substitutiva; (iii) oferecer elementos de prova; (iv) interpor recurso; (v) a todo o tempo, em caso de negligencia do querelante, retomar a ação como parte principal. A ação penal privada subsidiária é indisponível. Se o querelante sinaliza com o perdão ou for desidioso, será afastado pelo MP que dali por diante atuará como parte principal. 
Art.29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal (ação penal indireta).
Pedido de arquivamento do IP pelo MP enseja a ação penal em apreço? Nesses casos não poderá o particular apresentar essa ação pois não houve inércia por parte do MP que pediu o arquivamento. 
Pode o MP entender que não existe justa causa para a ação penal privada subsidiária ou supletiva? Pode, nesses casos, deve, mediante parecer, opinar pela rejeição da ação, não ficando o juiz vinculado a esse perecer. Caso o juiz receba a inicial, poderá o MP impetrar HC em favor do réu.
OBSERVAÇÃO: Lei 11.101/05: Art. 184. Os crimes previstos nesta Lei são de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
Parágrafo único. Decorrido o prazo a que se refere o art. 187, § 1o, sem que o representante do Ministério Público ofereça denúncia, qualquer credor habilitado ou o administrador judicial poderá oferecer ação penal privada subsidiária da pública, observado o prazo decadencial de 06 (seis) meses.
G) CUSTASE HONORÁRIOS NAS AÇÕES PENAIS PRIVADAS
Art. 805.  As custas serão contadas e cobradas de acordo com os regulamentos expedidos pela União e pelos Estados.
        Art. 806.  Salvo o caso do art. 32, nas ações intentadas mediante queixa, nenhum ato ou diligência se realizará, sem que seja depositada em cartório a importância das custas.
        § 1o  Igualmente, nenhum ato requerido no interesse da defesa será realizado, sem o prévio pagamento das custas, salvo se o acusado for pobre.
        § 2o  A falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei, ou marcados pelo juiz, importará renúncia à diligência requerida ou deserção do recurso interposto.
        § 3o  A falta de qualquer prova ou diligência que deixe de realizar-se em virtude do não-pagamento de custas não implicará a nulidade do processo, se a prova de pobreza do acusado só posteriormente foi feita.
6. QUESTÕES COMPLEMENTARES RELATIVOS ÀS AÇÕES PENAIS
Ação de Prevenção Penal - aquela iniciada com o fito de aplicar exclusivamente ao demandado medida de segurança. 
Ação Penal Ex Ofício (judicialiforme) – não mais usada? – (HC – código permite) - O processo judicialiforme é a faceta não recepcionada da chamada ação penal ex officio, que é aquela iniciada sem provocação da parte. 
Ação Penal Pública Subsidiária da Pública - dispositivo não foi recepcionado pela Constituição FederaL 
Ação Penal Popular – processo de impeachment 
Lei 1079/50 – qualquer cidadão... denúncia de crime de responsabilidade perante a câmara dos deputados... HC - A Lei no 1.079/1950 contempla a possibilidade de qualquer cidadão oferecer"denúncia" nos crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República, Ministros de Estado, Ministros do Supremo Tribunal Federal, Procurador-Geral da República e Governadores dos Estados e seus secretários.
Ação Penal nos Crimes contra a Honra do Funcionário Público
Hipótese denominada pela doutrina majoritária como “legitimação concorrente”. Havendo ofensa à honra do funcionário público que diga respeito ao exercício das funções (propter officium), segundo a parte final do parágrafo único do art. 145 do CP, trata-se de crime de ação pública condicionada a representação. O STF, contudo, objetivando respaldar ao máximo a tutela da honra do intraneus, consolidou entendimento de que a legitimidade, nesta hipótese, seria concorrente, ou seja, caberá ao funcionário público optar entre representar, e neste caso estaremos diante do texto da lei, ação pública condicionada, ou poderá ainda, ao sabor de sua conveniência, contratar advogado para o patrocínio da ação, que neste\caso será privada. 
Súmula 714
É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
Ação penal secundária
Quando as circunstâncias aplicadas ao caso fazem variar a modalidade de ação a ser intentada, como no exemplo típico dos crimes contra a honra, temos o que a doutrina chama de ação penal secundária. Haverá, nesses casos, o que se convencionou chamar de "legitimação secundária" . .f: o que acontece, por exemplo, com a calúnia contra o Presidente da República. É que, de regra, os crimes contra a honra são de ação privada. Todavia, tratando-se do Presidente, secundariamente, a ação passa a ser pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça (art. 145, parágrafo único, CP). 
Como visto, legitimação concorrente e legitimação secundária não se confundem: 
LEGITIMAÇÃO 
 – Concorrente: há uma regra geral de legitimação para a ação
 – Secundária: há uma regra geral de legitimação para a ação penal. 
Ação Penal Adesiva: Também chamada de intervenção adesiva facultativa, é a possibilidade de militarem no polo ativo, em conjunto, o Ministério Público e o querelante, nos casos onde houver hipótese de conexão ou continência entre crimes de ação penal de iniciativa pública e de ação penal de iniciativa privada. Trata-se de caso similar ao do litisconsórcio do direito processual civil, interessando destacar que, no âmbito do processo penal, em vez de uma petição única (litisconsórcio originário), a regra é que haja a propositura de denúncia pelo Parquet e a de queixa pela vítima do delito conexo, surgindo assim um "litisconsórcio" (impróprio) em momento ulterior, qual seja, o da reunião das demandas. 
Ação Penal Substitutiva:

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