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Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 1 www.cursoenfase.com.br Sumário 1.2.2 Honorários advocatícios .............................................................................. 2 1.2.3 Momento de pagamento das custas ........................................................... 3 1.2.4 Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias .............................. 4 Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 2 www.cursoenfase.com.br 1.2.2 Honorários advocatícios O legislador retirou a obrigatoriedade de constituir advogado na justiça do trabalho, pois ao obrigar o trabalhador a fazer isso, fará com que ele perca alimentos. No entanto, com o passar do tempo, passou-se a observar que isso era um pouco inviável. Na justiça do trabalho não há honorários sucumbenciais, em regra. No entanto, há honorários contratuais. Todavia, na relação de trabalho, como ocorre a obrigação de constituir advogado, haverá honorários sucumbenciais. É o que informa a súmula 219, III, TST. Ainda é possível que haja a condenação em honorários sucumbenciais, desde que sejam combinadas as súmulas 219 e da súmula 329, ambas do TST, que dizem que se o trabalhador for assistido por sindicato e for beneficiário da justiça gratuita, terá que pagar até 15% de honorários. Súmula nº 219 do TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. HIPÓTESE DE CABIMENTO (nova redação do item II e inserido o item III à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (ex-Súmula nº 219 - Res. 14/1985, DJ 26.09.1985) II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. Súmula nº 329 do TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 133 DA CF/1988 (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Mesmo após a promulgação da CF/1988, permanece válido o entendimento consubstanciado na Súmula nº 219 do Tribunal Superior do Trabalho. Quando o advogado não recebe do seu cliente, ele não irá cobrar na justiça do trabalho, mas sim na justiça comum. Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 3 www.cursoenfase.com.br 1.2.3 Momento de pagamento das custas Na justiça do trabalho, para o ajuizamento da reclamação, não é necessário pagar as custas no início, elas serão pagas ao final pela parte sucumbente, ou serão pagas e recolhidas dentro do prazo de recurso. Art. 789, CLT. Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas: (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) § 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) § 3o Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) § 4o Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) Se a ação for julgada totalmente procedente, o reclamado é quem deverá pagar as custas. Se for julgado parcialmente procedente, também será ônus do reclamado pagá-las. Quando a ação for totalmente improcedente, quem pagará as custas é o reclamante. No entanto, essa condenação em custas apenas acontecerá se não for beneficiário da justiça gratuita. Observação: A pessoa jurídica e o empregador poderão conseguir a gratuidade da justiça. Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 4 www.cursoenfase.com.br Quando há o arquivamento do processo, quem deve pagar as custas é o reclamante, pois isso aconteceu porque ele não compareceu à audiência e movimentou indevidamente a máquina judiciária. Quando há o acordo, haverá o rateio do pagamento de custas. No caso de transito em julgado, as custas serão pagas no final. No caso de recurso, serão pagas e comprovadas dentro do prazo recursal. No processo civil, o preparo deve ser comprovado no ato de interposição. No entanto, no processo do trabalho, o depósito recursal será recolhido dentro do prazo do recurso, conforme a Sumula 245, TST. Súmula nº 245 do TST DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. Quando a sentença for ilíquida, deve-se liquidar a sentença. Nos dissídios coletivos, a responsabilidade pelo pagamento das custas não é subsidiária, é solidária. Art. 789, §4º, CLT. Quando houver o requerimento de insalubridade ou de periculosidade, o juiz determinará a realização de perícia. Os honorários do perito serão pagos pelo sucumbente no objeto da perícia, conforme o disposto no art. 790-B, CLT. Se quem perder for beneficiário da justiça gratuita, quem pagará o perito, será a união (Sumula 457, TST). Se o perito não constatar a insalubridade ou periculosidade, quem pagará é o reclamante.Se o perito constatar a insalubridade ou periculosidade, quem pagará é o reclamado. Algumas vezes, o perito informa que apenas irá fazer a perícia se receber o pagamento antecipado, no entanto a OJ 98 SDI-2 proíbe a obrigatoriedade de pagamento dos honorários periciais antecipadamente e caso isso seja determinado, cabe Mandado de Segurança, pois isso é uma decisão interlocutória e nas decisões da justiça do trabalho não cabe recurso de forma imediata, então por falta de recurso próprio, usa-se o Mandado de Segurança. Se houver a nomeação de assistente técnico? A obrigação de pagar será de quem nomeou, independente do resultado. 1.2.4 Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias Art. 799, §2º, CLT Direito Processual do Trabalho O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 5 www.cursoenfase.com.br Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) § 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) § 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá- las novamente no recurso que couber da decisão final. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) Exemplo: Em um caso de insalubridade, o juiz determinou a produção de perícia. No entanto, o perito não respondeu a todos os requisitos essenciais, então, foi requerida a complementação da perícia, mas o juiz a indeferiu. Então, o advogado consignou em ata a sua irresignação e quando o juiz proferiu a sentença improcedente, o autor fez um recurso ordinário e alegou que a sentença seria nula por cerceamento de defesa. Esse pedido apenas foi pedido possível porque foi requerido o protesto na ata de audiência.
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