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Qual a relação entre Câncer e Apoptose? Embora o câncer exiba características muito heterogêneas, todos os tumores malignos adquiriram a propriedade de crescer além dos limites impostos às células normais. A expansão clonal de uma célula transformada depende de um descontrole da sua capacidade proliferativa e de uma crescente incapacidade de morrer por apoptose. Portanto, apesar da enorme variabilidade do câncer, evidências demonstram que a resistência à apoptose é uma das características mais marcantes da maioria dos tumores malignos. Universidade Estadual de Feira de Santana Disciplina : Biologia Básica I Professor: Lenaldo Muniz Alunas: Andrezza Roosevelt de Oliveira Bastos e Márcia Taynan Carvalho Enquanto a apoptose é altamente ordenada a ponto de ser chamada de morte programada, a necrose é abrupta, ocorrendo após insulto extremo. MORTE CELULAR PROGRAMADA AUTOFÁGICA Alterações citoplasmáticas Aumento da atividade autofágica Autofagossomas Dilatação das organelas Vacuolização celular Condensação da cromatina Diminuição volume celular Não há marginalização da cromatina ENRRUGAMENTO CELULAR A célula murcha, condensa pela perda de água (bombas de membrana continuam funcionando) PRODUÇÃO DE ENERGIA (ATP) É MANTIDA MARGINALIZAÇÃO DA CROMATINA Ação das endonucleases - clivam DNA (fragmentos de 180 a 200 pb) DIMINUIÇÃO VOLUME CELULAR Superfície celular irregular Desprendimento de “bolhas” O que pode causar uma injúria celular? Hipóxia (falta de oxigênio) Agentes físicos: trauma mecânico, temperaturas extremas, radiação Agentes químicos: venenos, álcool, drogas narcóticas e terapêuticas, poluente ambiental Agentes infecciosos: vírus Reações imunológicas: hipersensibilidade Danos genéticos O que é mais vulnerável dentro da célula? Produção de ATP Manutenção da integridade da membrana celular Síntese de novas proteínas e enzimas Manutenção da integridade do DNA INCHAMENTO CELULAR Grande influxo de água, Na+ e Ca++ (falha nas bombas de membrana) QUEDA NA PRODUÇÃO DE ENERGIA (ATP) Função mitocondrial é comprometida NÚCLEO PICNÓTICO picnose da cromatina (sem marginalização) PERDA COMPARTIMENTALIZAÇÃO CITOPLASMÁTICA Lise dos lisossomos RUPTURA DA CÉLULA (conteúdo celular espalhado) � REGULAÇÃO DO NÚMERO DE CÉLULAS NOS ORGANISMOS MORTE CELULAR Fisiológica Patológica Autofágica Apoptótica Outras Necrótica Independente de caspase Dependente de caspase Via dos receptores de morte Via mitocondrial Via retículo Endoplasmático Proteínas Inibidoras da Apoptose As proteínas inibidoras da apoptose ou IAP (Inhibitor of Apoptosis Protein) são moléculas que exercem seu papel antiapoptótico através da capacidade de inibir a atividade das caspases efetoras -3 e -7, da caspase iniciadora -9. Diversos são os fatores que podem desencadear a apoptose, entre eles: ligação de moléculas a receptores de membrana, agentes quimioterápicos, radiação ionizante, danos no DNA, choque térmico, deprivação de fatores de crescimento, baixa quantidade de nutrientes e níveis aumentados de espécies reativas do oxigênio. A ativação da apoptose pode ser iniciada de duas diferentes maneiras: pela via extrínseca (citoplasmática) ou pela via intrínseca (mitocondrial). Existem na forma inativa dentro da célula (pro-caspases) que podem ser ativadas através de clivagem em pontos específicos. Caspases Iniciadoras ou ativadoras da morte: caspase 1, 2, 4, 5, 8, 9, 10, 12, 14 Caspases executoras da morte: caspase 3, 6, 7 CASPASES ATIVADORAS = ENZIMAS AGINDO EM SUBSTRATOS ESPECÍFICOS ____________________________________________ Referências http://www.inca.gov.br/rbc/n_53/v03/pdf/revisao4.pdf http://www.medicinacomplementar.com.br/temaFev03.asp http://morpheus.fmrp.usp.br/bcmcitoesqueleto/comunicacao_Apoptose.html http://mastologia.wordpress.com/2008/02/23/apoptose/ http://www.miniweb.com.br/ciencias/artigos/Apoptose3.html É uma forma de morte celular programada ou suicídio celular. O fenômeno apoptótico é necessário, fundamental e altamente organizado para o desenvolvimento e a manutenção da integridade do organismo. O desencadeamento da apoptose é orquestrado tanto no desenvolvimento embrionário e na renovação tecidual como na resposta patológica à lesão celular (ruptura do DNA) ou à infecção por patógenos, ou seja, situações que representam ameaças à integridade do organismo. Apoptose e Câncer 13/07/2010 Volume 1 Informativo Biologia, Julho de 2010 MORTE CELULAR PROGRAMADA (processo fisiológico normal) (participação ativa da célula) (programa geneticamente regulado) ACIDENTAL (traumatismo ou doença) (tipo passivo de morte celular) (processo patológico) APOPTOSE NÃO APOPTÓTICA NECROSE NECROSE COM INFLAMAÇÃO NORMAL QUEDA NA PRODUÇÃO DE ENEGRIA INCHAMENTO CELULAR DESINTEGRAÇÃO RUPTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA ALTERAÇÕES MITOCONDRIAIS CONDENSAÇÃO DA CROMATINA PROLIFERAÇÃO CELULAR MORTE CELULAR PROGRAMADA QUANDO A MORTE CELULAR É BENÉFICA? Informativo Biologia, Julho de 2010 APOPTOSE SINAIS EXTERNOS Informativo Biologia, Julho de 2010 CORPOS APOPTÓDICOS AUSÊNCIA DE RESPOSTA INFLAMATÓRIA FAGOCITOSE APOPTOSE 1-Ligantes específicos – estímulo (receptores de morte celular) 4-Linfócitos T-citotóxico 2-Radiação 3-Infecção viral, estresse oxidativo ou falta de fator de crescimento 5-Mitocôndria – liberação do citocromo c 6-Retículo endoplasmático O estresse do retículo endoplasmático Aumento da concentração de Cálcio no Citoplasma � Ativação da CASPASE 12 � Ativação da CASPASE 9 � Ativação das CASPASES EXECUTORAS (ex. caspase 3) � SINAIS INTERNOS PRINCIPAIS VIAS QUE PODEM LEVAR A APOPTOSE NECROSE APOPTOSE Informativo Biologia, Julho de 2010 Informativo Biologia, Julho de 2010 ORGANELAS PORÇÕES NUCLEARES Informativo Biologia, Julho de 2010 MOLÉCULAS RELACIONADAS COM A APOPTOSE Família das CASPASES A apoptose na prática clínica é alvo para um potencial uso terapêutico da morte celular programada ou para a compreensão dos mecanismos de resistência à radioterapia e à quimioterapia. A elucidação de alguns dos mecanismos moleculares da apoptose abriram perspectivas de modulação desses processos. As estratégias se baseiam em induzir a morte nas células tumorais através do bloqueio de genes com oligonucleotídeos antisense e drogas convencionais, ou ainda a substituição de função desses genes com o uso de moléculas recombinantes. A análise do processo de tumorigênese revelaque a capacidade de resistir à morte por apoptose pode ser adquirida por diferentes mecanismos. Você sabe por que? ATENÇÃO Uma alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 40%. Os estudos envolvendo a participação de genes no controle da apoptose iniciaram-se com o nematódio Caenorhabditis elegans (C. elegans). A morte fisiológica nesses organismos é controlada, principalmente, por três genes da família ced (cell death abnormal): ced-3, ced-4 e ced-9, além de outras proteínas. Nesses organismos, o gene supressor de apoptose ced-9 (homólogo ao gene humano Bcl-2) sempre está associado ao gene ced-4 (homólogo à proteína humana fator de ativação de protease associada à apoptose 1 (APAF-1)), o que impede a ativação de ced-3 (pró-apoptótica). Quando a apoptose é iniciada, a proteína EGL-1 (homóloga à proteína humana Bax) se associa ao ced-9, liberando o ced-4 e levando à ativação do ced-3 (Figura 2 [a]). Em humanos, o processo é muito semelhante ao que ocorre com C. elegans, ou seja, a proteína Bax se associa à Bcl-2 induzindo a liberação da APAF-1, ativando a caspase 9, induzindo a apoptose (Figura 2 [b]). Controle Genético por Apoptose PROTEÍNA p53 Existem fortes evidências da participação da proteína p53 na supressão da tumorigênese. Além disso, a maioria dos cânceres apresenta mutações no p53 ou defeitos na sua regulação. A proteína p53 participa da regulação do ponto de checagem de G1, que tem fundamental importância na manutenção da integridade do genoma, pois permite a ação de mecanismos de reparo do DNA ou a remoção de células danificadas através do processo de apoptose. Vias de Ativação da Apoptose A via extrínseca é desencadeada pela ligação de ligantes específicos a um grupo de receptores de membrana da superfamília dos receptores de fatores de necrose tumoral (rTNF). Esta ligação é capaz de ativar a cascata das caspases. Tal fato resulta na trimerização e conseqüente ativação dos receptores de morte específicos. A sinalização a seguir é mediada pela porção citoplasmática desses receptores que contém uma seqüência de 65 aminoácidos chamada "domínio de morte" sendo, por isso, chamados de "receptores de morte celular". Quando os receptores de morte celular reconhecem um ligante específico, os seus domínios de morte interagem com moléculas conhecidas como FADD/ MORT-1. Essas moléculas têm a capacidade de recrutarem a caspase-8 que irá ativar a caspase-3, executando a morte por apoptose. Via Extrínseca DED = Efetor do domínio de morte DD = Domínio de Morte Via Intrínseca A via intrínseca é ativada por estresse intracelular ou extracelular como a deprivação de fatores de crescimento, danos no DNA, hipóxia ou ativação de oncogenes. Os sinais que são transduzidos em resposta a estes insultos convergem principalmente para a mitocôndria. Informativo Biologia, Julho de 2010 Informativo Biologia, Julho de 2010 NA PRESENÇA DE PARASITAS NTRACELULARES QUANDO AS CÉLULAS TORNAM-SE DESNECESSÁRIAS QUANDO AS CÉLULAS SÃO DANIFICADAS PERDEM A SUA FUNÇÃO NORMAL MORTE CELULAR PROGRAMADA PROCESSO NÃO APOPTÓTICO PROCESSO APOPTÓTICO AUTOFAGIA APOPTOSE AUSÊNCIA DE RESPOSTA INFLAMATÓRIA Informativo Biologia, Julho de 2010
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