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DIREITOS POLIÍTICOS - aula 12-02-14 - manhã

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DIREITOS POLÍTICOS
Conceito de DIREITOS POLÍTICOS: Conjunto de regras que disciplinam as normas de atuação da soberania popular, sendo um direito público subjetivo que investe o indivíduo no “status activae civitatis”, permitindo-lhe o exercício concreto da liberdade de participação nos negócios políticos do Estado, de maneira a conferir os atributos de cidadania. 	
Tais normas derivam do preceituado no artigo 1º, parágrafo único da Constituição Federal, onde se prevê que todo poder emana do povo, o qual o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.
	Deve-se distinguir cidadania de nacionalidade, pois esta é o vínculo ao território estatal por nascimento ou naturalização, enquanto aquela é um “status” ligado ao regime político (José Afonso da Silva, “Curso de Direito Constitucional Positivo, 19ª edição, página 348).
Formas de Exercício da Soberania Popular (art. 14, “caput”):
Sufrágio Universal (Direito Público Subjetivo democrático, sendo direito político fundamental nas democracias políticas)
Voto (emana do direito de sufrágio sendo sua manifestação no plano prático. Constitui seu exercício) 
Voto com valor igual para todos
plebiscito
referendo
iniciativa popular
ajuizamento de ação popular
organização e participação de partidos políticos
São Direitos Políticos:
Direito de Sufrágio
Alistabilidade (direito de votar em eleições, plebiscitos e referendos, registrando-se perante a Justiça Eleitoral para ser tido como eleitor e ter garantido o direito de votar, não havendo alistamento “ex officio”)
obrigatória para maiores de 18 anos
facultativa para maiores de 70 anos e maiores de 16 e menores de 18 anos de idade
vedada para estrangeiros
vedada durante o período de serviço militar obrigatório aos conscritos (quanto aos engajados, é contraditório, pois Alexandre de Moraes entende que não pode se alistar, enquanto José Afonso da Silva acha que pode se alistar)
médicos
dentistas
farmacêuticos
veterinários
prorrogação de engajamento (art. 14, § 2º)
Elegibilidade (é condição ser alistado)
Iniciativa popular de leis
Ação popular;
Organização e participação de partidos políticos
Os direitos políticos compreendem o direito de sufrágio como seu núcleo. O direito de sufrágio tem como núcleo o direito de voto. A forma do exercício do voto é o escrutínio. 
DIREITO DE SUFRÁGIO (Capacidade de eleger e ser eleito)
Capacidade eleitoral ativa (direito de votar – alistabilidade)
Capacidade Eleitoral Passiva (direito de ser votado – elegibilidade)
	No processo de participação do povo no governo tem-se um direito (sufrágio universal – estendido a todos os cidadãos nacionais, apenas mediante requisitos a todo impostos), outro direito que é o seu exercício (voto – expressão de vontade num processo decisório) e um outro, o modo de exercício (escrutínio)
Direito de Voto (Instrumento de exercício do direito de sufrágio) manifesta-se em:
Eleições
Plebiscitos
Referendos
Características do voto:
Personalidade (não há procuração para votar. Tem de ser exercido pessoalmente)
Obrigatoriedade (maiores de 18 e menores de 70 anos) ou voluntariedade (maiores de 16 anos e menores de 18 anos e maiores de 70 anos), com multa para quem se ausentar (deixar de votar em caso de obrigatoriedade).
Sigilosidade (cabine indevassável)
Liberdade (pode-se anular o voto ou votar em branco)
Igualdade (todo voto de cidadãos tem o mesmo valor, independentemente de sexo, cor, credo, idade, posição intelectual, social ou situação econômica – “One man, one vote” – Um voto, um homem)
Periodicidade (mandato com prazo determinado, para garantir temporariedade dos mesmos, princípio fundamental do regime democrático) – art. 60, § 4º
Direto (sem intermediário, sem representantes e governantes). Exceção: Art. 81, 1 2º CF (Eleição Presidente da República e Vice-Presidente, quando a vacância ocorrer nos dois últimos anos de mandato, oportunidade em que serão eleitos pelo Congresso Nacional para completarem o período restante – mandato tampão).
PLEBISCITO E REFERENDO: Características e conceito:
Cabe ao Congresso Nacional convocar plebiscito e autorizar referendo (art. 49), exceto quando a Constituição Federal determinar, ou seja, nas seguintes hipóteses (plebiscito):
Art. 18, §§ 3º e 4º da CF (incorporação, subdivisão ou desmembramento de Estados e Municípios
Art. 2º do ADCT, quanto à forma (monarquia ou República) ou sistema de Governo (parlamentarismo ou presidencialismo)
Plebiscito: consulta prévia aos cidadãos no gozo dos direitos políticos, sobre determinada matéria a ser, posteriormente, discutida pelo Congresso Nacional
Referendo: Consulta posterior sobre determinado ato governamental
para ratificá-lo
conceder-lhe eficácia (condição suspensiva)
retirar-lhe eficácia (condição resolutiva)
ELEGIBILIDADE: 
Conceito: Capacidade eleitoral passiva consistente na possibilidade do cidadão pleitear determinados mandatos políticos, mediante eleição popular, desde que preenchidos certos requisitos
Condições:
Nacionalidade Brasileira ou Condição de português equiparado. Exceções art. 12, § 3º (cargos de brasileiros natos): 
Pleno Exercício dos direitos políticos
Alistamento Eleitoral
Domicílio Eleitoral na circunscrição
Filiação Partidária (art. 17 CF)
Idade Mínima (na data da eleição e não na data da posse)
						- 35 anos para Presidente da República Vice-Presidente e Senador da República
						- 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal
						- 21 anos para Deputado Estadual, Deputado Federal ou distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de paz
						- 18 anos para Vereador
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS (Restrição à participação nos órgãos governamentais, por meio de impedimentos às candidaturas), dividindo-se em Inelegibilidade e normas sobre perda e suspensão dos direitos políticos.
Inelegibilidade. E a ausência de capacidade eleitoral passiva, sendo condição obstativa ao exercício passivo da cidadania, protegendo a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou do abuso do exercício da função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta – art. 14, § 9º, sendo normas de eficácia plena e aplicabilidade imediata, bem como hipóteses taxativas.
	 Regulada pela Lei Complementar nº 64/90 quanto às inelegibilidades relativas, que não poderá estendê-las além das previsões constitucionais quanto às inelegibilidades absolutas (previstas exclusivamente na CF).
Quadro de Inelegibilidade:
Absoluta (para qualquer cargo. Refere-se a características pessoais)
Inalistáveis (se não podem ser eleitores, não podem ser candidatos)
Estrangeiros
Conscritos
						- Analfabetos (podem se alistar, podem votar, mas não podem ser votados) 
Relativa (restrições à elegibilidade para certos pleitos eleitorais e determinados mandatos, em razão de situações especiais no momento da eleição, em relação ao cidadão):
				- Motivos Funcionais
Mesmo cargo (reeleição – art. 14, § 5º - EC 16/97).
Outros cargos (desincompatibilização)
Militares 
Menos de 10 anos de serviço
	Mais de 10 anos de serviço
						- Legais – Lei Complementar nº 64/90
 Hoje pode haver uma reeleição por um único período subseqüente para o chefe do Poder Executivo Federal, Estadual e Municipal, não podendo concorrer a um terceiro mandato logo em seguida, mas podendo voltar a concorrer na outra eleição, pois estará interrompida a seqüência e evitada a perpetuação no poder, com a interrupção do mandato por um período – Veda-se apenas mais de dois mandatos sucessivos. 
Seria fraude à CF (art. 79) o Presidente da República exercer dois mandatos e depois se candidatar a Vice-Presidente ou à eleição indireta de Presidente (art. 81, § 1º), pois após poderia vir a exercer o cargo de Presidente ao substituir o titular e, assim, exercer um terceiro mandato, o mesmo ocorrendo no casode renúncia do titular no segundo mandato, no prazo de desincompatibilização de 6 meses, para se candidatar a Vice-Presidente. 
Não é necessária a desincompatibilização para o chefe do executivo concorrer ao mesmo cargo, pois o legislador constituinte privilegiou a continuidade administrativa.
	Outros Cargos (desincompatibilização): Para concorrer a outros cargos, deverá haver afastamento definitivo por meio de renúncia, seis meses antes do pleito, dos atuais ocupantes dos seguintes cargos:
	- Presidente da República
	- Governadores
	- Prefeito
	
	Os vices poderão concorrer sem se afastarem, desde que nos últimos seis meses não tenham sucedido o titular, pois não chegaram a exercer outro cargo.
	O cônjuge, os parentes em segundo grau, por consangüinidade ou por afinidade, do Presidente da República, Governador de Estado ou Território, Prefeito ou de quem os haja substituído nos seis anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição, não poderão concorrer a cargos no território de jurisdição do titular. Não há impedimentos quanto aos parentes de auxiliares desses ocupantes de Cargos (Ministros, Secretários etc...). 
	Assim, discriminando quanto aos parentes de :
		Prefeito: Não podem ser vereador ou prefeito			Governador: Não podem concorrer a qualquer cargo no Estado. Não podem ser vereador e prefeito de qualquer município; Deputado Estadual e Governador do mesmo Estado; Deputado Federal e Senador nas vagas do próprio Estado;
		Presidente da República: Não podem se candidatar a qualquer cargo eletivo no país
	Aplicam-se as mesmas regras aos parentes daqueles que hajam substituído os titulares nos últimos seis meses. Porém, se o titular a cargo de Prefeito renunciar antes dos seis meses, seu cônjuge ou parentes até o segundo grau poderão concorrer a outro cargo no município que não o de prefeito.
	A inelegibilidade não se aplica à viúva do titular de cargo do Poder Executivo, pois com a morte dissolve-se a sociedade conjugal, não mais se podendo considerar cônjuge a viúva.
	Em caso de desmembramento de município, o irmão do prefeito do município-mãe não poderá se candidatar a chefe do executivo do município recém-criado.
	Da mesma forma, não pode se candidatar quem vive maritalmente com o chefe do Poder Executivo e ao concubino(a) dos parentes em segunda grau, pois a Constituição Federal estende o conceito de entidade familiar (art. 226, § 3º)
	O Cônjuge ou parente poderá se candidatar à reeleição ao mesmo cargo e somente se for na mesma circunscrição eleitoral, não podendo concorrer a outro cargo ou transferir seu domicílio eleitoral de outra circunscrição onde exerça cargo eletivo para a circunscrição onde seu parente ou cônjuge seja chefe do executivo e aqui concorrer a qualquer cargo eletivo, ainda que do mesmo nível em que exercia anteriormente.
	Inelegibilidade Relativa Militares (art. 14, § 8º, 142, § 3º, V e 42, § 1º) - O militar é alistável, pode ser eleito, mas os membros das forças armadas e os militares dos Estados e do Distrito Federal não podem se filiar a partido político (art. 14, § 3º, V) enquanto estiverem na ativa. Assim, supre-se a prévia filiação partidária o registro da candidatura apresentada pelo partido e autorizada pelo candidato. Do registro da candidatura até a diplomação do candidato ou regresso às Forças Armadas o candidato fica mantido na condição de Agregado (afastado temporariamente), caso conte com mais de dez anos de serviço ou será afastado definitivamente caso conte com menos de 10 anos de serviço.
	Inelegibilidade Relativa Legal: (Lei Complementar nº 64/90, artigo 1º, I, “e”, c/c art. 14, § 9º CF)) – São inelegíveis para qualquer cargo os condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, pela prática de crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 anos após o cumprimento da pena. Portanto, nesses casos, depois de extinta a pena (art. 15, III), e se o crime cometido for os acima elencados, haverá uma suspensão de mais três anos (do contrário, a inelegibilidade ocorrerá somente durante o cumprimento da pena, pois a condenação gera suspensão dos direitos políticos).
 NORMAS SOBRE PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS: A Constituição Federal diz ser vedada a cassação dos direitos políticos. 
	A perda ou a suspensão dos direitos políticos gera a perda do mandato eletivo, com imediata cessação de seu exercício (exceção: Deputado Federal e Senador – art. 55, VI e § 2º, mas somente nesses casos ela não é automática, dependendo de decisão da Câmara ou do Senado, por voto secreto e maioria absoluta e de provocação da mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional). Aplicam-se as mesmas regras de perda de mandato dos Deputados Federais e Senadores ao Deputados Estaduais e Distritais (art. 27, § 1º e 32, § 3º). 
	Só a União legisla sobre inelegibilidade. A perda é automática em relação a vereadores, Presidente, Governadores e Prefeitos, visto que a CF não excepcionou, nesses casos, a aplicação do artigo 15, III, tratando-se de ato vinculado que independe de qualquer deliberação política. 
	A perda dos direitos políticos configura privação definitiva dos mesmos, enquanto a suspensão caracteriza-se pelo temporariedade de privação dos direitos políticos.
Hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos:
Cancelamento de naturalização, por sentença transitada em julgado (perda), ainda que por erro, dolo, fraude, coação, simulação.
Incapacidade civil absoluta (suspensão)
Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos (suspensão), independentemente de estar em curso ação de revisão criminal, independentemente de ser o crime doloso ou culposo e da pena ser corporal, pecuniária ou outra alternativa, aplicando-se em caso de livramento condicional, prisão albergue ou domiciliar, bem como durante o “sursis”, que também é uma forma de cumprimento de pena. Cessa-se com a declaração de extinção da punibilidade, seja pelo cumprimento da pena, seja por qualquer outra espécie prevista no Código Penal, independentemente de reabilitação ou prova de reparação de danos. (Súmula 9 TSE)
Recusa de cumprir obrigações a todos imposta ou obrigação alternativa (art. 5º, VIII, 15, IV e Lei 8.239/96) – hipótese de perda e não suspensão, pois é uma sanção sem prazo determinado para terminar, uma vez que depende de que o interessado regularize sua situação, prestando o serviço pelo qual está em débito para que se cesse a perda dos direitos políticos nessa hipótese. 
Improbidade Administrativa (art. 37, § 4º, c/c art. 15, V) – (suspensão). Os atos de improbidade administrativas importarão
Suspensão dos Direitos políticos
Perda da função pública
Indisponibilidade dos bens
Ressarcimento ao erário
Sanção penal cabível
				A competência para julgamento é do Poder Judiciário e não deve haver foro privilegiado (art. 37, § 4º, combinado com o artigo 102, I, CF). Embora A Lei 10.628/02 tenha alterado o art. 84 do CPP e previsto o foro privilegiado para ações civis, a inconstitucionalidade dessa lei foi decidida pelo STF na ADI 2707, em 15/09/05)
Aquisição de outra nacionalidade, de forma voluntária (art. 12, § 4º, II) (perda).
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