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1 Apostila FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO Notas de Aula – 1ª Parte Prof. Caetano Rodrigues Missi - Irauçuba 2017 2 1 Mundo Atual – Sociedade da Organizações 3pag 2 Níveis Administrativos e Habilidades do Administrador 4 3 Administração: Ciência, Técnica e Arte 5 4 Variáveis da TGA – Teoria Geral da Administração 5 5 Perspectivas Futuras da Administração 5 6 Megatendência 5 7 Os primórdios da Administração 7 8 Influência da organização da Igreja Católica 8 9 Influência da Revolução Industrial 9 10 Influência dos Economistas Liberais 10 11 Conceito de Organização 12 12 Atividades da Função de Organização 13 13 Componentes da Organização 13 14 Tipos de Organização 14 15 Questões 18 Sumário 3 Mundo Atual – Sociedade de Organizações A Administração na Sociedade Moderna A Sociedade é uma reunião de pessoas com objetivo comum. O mundo hoje é uma sociedade de organizações, pois as organizações percebem que não conseguem sozinha alcançar os seus objetivos. Uma organização depende de outra para sobreviver e ainda mais nós dependemos das organizações. São as organizações que organizam a vida social, são elas que fazem o mundo funcionar. O centro da sociedade moderna são as organizações bem administradas. Nós precisamos, direta e indiretamente de várias organizações para fazer a vida social funcionar, seja para tomar um simples banho, tomar o café, etc. Portanto há necessidade de bons administradores para tomar boas decisões que é uma das principais tarefas do administrador, são bons administradores que fazem com que essas organizações continuem existindo no mercado competitivo atual. A palavra Administração vem do latim e AD = significa direção para e Minister = subordinação ou obediência. O administrador se utiliza da subordinação ou obediência de outras pessoas para indicar uma direção ou a melhor direção que elas têm que seguir para tornar a empresa eficiente e eficaz. A tarefa básica da Administração Interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira eficiente e eficaz. Eficiência e Eficácia “Os fins justificam os meios” frase de Nicolau Maquiavel, que era conselheiro de príncipes, de reis, um filósofo. Maquiavel colocava a razão no lugar da emoção. Ser racional é ser prático, fazer aquilo que tem que ser feito. Exemplo do bom professor. Exemplo do funcionário A (tomador de decisão, não precisa do emprego) e o funcionário B (honesto, é reativo, pouco participativo, precisa desesperadamente do emprego), fazer aquilo que tem que ser feito de melhor para empresa. A racionalidade tem haver com a administração como ciência, planejada e a emoção com o empirirismo, improvisação. Eficiência - se refere aos meios, os métodos, processos, regras e regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas na empresa a fim de que os recursos sejam adequadamente utilizados. Uma organização eficiente é aquela que utiliza racionalmente seus recursos. É um conceito mais limitado que diz respeito aos trabalhos internos da organização. A eficiência organizacional é o volume de recursos utilizados para produzir uma unidade de produto. Ela pode ser medida como a razão entre as entradas e as saídas. Se uma organização puder conseguir um determinado nível de produção com menos recursos que outra, diz-se que ela é mais eficiente.; Eficácia – se refere aos fins, os objetivos e resultados a serem alcançados pela empresa, significa a capacidade de realizar um objetivo ou resolver um problema, capacidade de se chegar aos resultados. É o grau em que a organização realiza seus objetivos. Eficácia é um conceito abrangente. Ele implicitamente leva em consideração um leque de variáveis tanto do nível organizacional como do departamental. A eficácia avalia a extensão em que os múltiplos objetivos e metas – oficiais ou operativos – foram alcançados. Eficácia Eficiência FINS MEIOS Objetivos, resultados Recursos “O que fazer” “Como fazer” Fazer as coisas certas Fazer corretamente Tomar decisões Executar tarefas “Ganhar o jogo” “Jogar bem” O dono pensa no que fazer e os empregados pensam no como fazer. Eficácia e eficiência nem sempre andam juntas, como também não são conceitos semelhantes. 4 Quando se consegue unir eficácia e eficiência tem-se o que se chama de efetividade ou excelência. Níveis Administrativos e Habilidades do Administrador 1) Nível Institucional: neste nível está a alta direção, diretores, presidentes, que vão tomar as decisões mais importantes, decisões estratégicas da empresa voltadas para o ambiente externo; 2) Nível Intermediário: temos a gerencia. O gerente tem o papel de interpretar os objetivos propostos pela alta administração e transformar numa linguagem mais acessível para os operários; 3) Nível Operacional: onde estão os operários, onde se operacionaliza as atividades, o que foi determinado pela alta administração, é onde atua o supervisor. Diretor O gerente deve possuir habilidades conceituais, ou seja, conceitos abstratos, ideias e teorias; Gerente Esta administrador vai lidar diretamente com as pessoas, conduzi-las, é necessário habilidades humanas; Supervisor Este administrador também deve saber executar o trabalho, pois tem a responsabilidade de conduzir, orientar, controlar o trabalho do funcionário, operário, ou subordinado. Ter conhecimentos tecnológicos. 5 Administração: Ciência, Técnica e Arte Na extensa bibliografia sobre Administração nota-se que a sua classificação como ciência ou como técnica fica a critério de cada autor, não faltando aqueles que a classificam como uma arte. Definições: 1) Ciência – Investiga e busca o conhecimento e a compreensão. Elabora teorias, leis e hipóteses. A ciência busca primordialmente o conhecimento e a explicação. 2) Técnica – Opera e transforma uma realidade, aplica normas e procedimentos com rigor e sobre a base de um programa objetivamente definido. A ciência fornece os conhecimentos e a explicação para a técnica, que realimenta a ciência com informações que lhe permitem avaliar, confirmar ou modificar os conhecimentos científicos. 3) Arte – Capta e comunica uma realidade em um plano vivencial e espiritual de uma forma subjetiva e pessoal. A arte não busca a explicação nem a compreensão da realidade de um objeto (tal como a ciência) e tampouco busca transformar ou operacionalizar as coisas (tal como a técnica), é o dom e o talento. O artista não segue uma técnica, por isso para grande maioria dos autores a administração não pode ser considerada uma arte Variáveis da TGA – Teoria Geral da Administração Existem várias correntes do pensamento e cada uma vê a administração a sua maneira, não existe nenhuma corrente mais importante que a outra. Elas apresentam variáveis, que representam os problemas da sua época, em que cada pensador viveu, lançando mão da tecnologia de sua época e focaliza um determinado tema, que são as seguintes variáveis: 1) Tarefas; 2) Ambiente; 3) Pessoas; 4) Estruturas; 5) Tecnologia. Mnemônico: TAPETE: Perspectivas Futuras da Administração Vários fatores deverão provocar profundos impactos, problemas e ameaças sobre as organizações e empresas, como: 1) Crescimento das organizações: crescemtanto em tamanho quanto em complexidade (TaPete, Capital Intelectual); 2) Concorrência mais aguda; 3) Sofisticação da tecnologia: obriga as organizações a se reciclarem; 4) Taxas elevadas de inflação: reduzir custos; 5) Globalização da economia e internacionalização dos negócios: alcançar o mundo inteiro; 6) Visibilidade maior das organizações: redes sociais e internet, erros e acertos; As Megatendências A sociedade moderna está passando por grandes transformações: as chamadas megatendências, cujos reflexos nas organizações e na sua administração são profundos e marcantes. Essas megatendências são: Estamos evoluindo da sociedade industrial para a sociedade de informação - A Era Industrial está vivendo seu estágio final. A mudança é definitiva. A sociedade pós-industrial, que está surgindo, 6 não é uma sociedade de serviços como se imaginava, mas uma sociedade de informação, na qual a informação passa a ser o recurso estratégico, tomando o lugar do capital financeiro. Da tecnologia simples para a alta tecnologia - Existe uma tendência para a crescente sofisticação da tecnologia. A tecnologia proporcionará cada vez mais uma eficiência maior, uma precisão mais avançada e a liberação da atividade humana para tarefas mais complicadas e que exijam planejamento, causando impacto, também, na estrutura organizacional das empresas. Da economia nacional para a economia mundial - A globalização está fazendo com que os países deixem de atuar simplesmente em ternos de mercados internos para se projetarem em negócios internacionais. Mais do que nunca, o produto ou serviço que demonstra ser superior, mais avançado, mais seguro, mais desejável, será o mais procurado. Da Administração de curto prazo para o longo prazo - O administrador típico do passado era orientado para o curto prazo: fazer o próximo trimestre ser melhor do que o anterior. Atualmente, é a orientação estratégica que norteia o dia-a-dia das operações, e não o contrário. Infelizmente, a profunda recessão econômica nos países menos avançados e a urgência na solução dos graves problemas desses países, têm mantido os administradores no caminho do imediatismo do cotidiano. Da democracia representativa para a democracia participativa - A revolução política ora em curso nos países mais avançados está implícita na seguinte afirmação: “As pessoas cujas vidas são afetadas por uma decisão devem fazer parte do processo de se chegar a essa decisão”. • Democracia representativa – as pessoas escolhem pelo voto aqueles que irão representá-las no processo decisório da vida de um país. • Democracia participativa – as pessoas são consultadas a respeito de suas opiniões e pontos de vista, de suas convicções e expectativas. Das hierarquias para a comunicação lateral intensiva - A tradicional organização hierárquica frustra e aliena as pessoas, pois a autoridade única restringe a comunicação. Na medida em que o ambiente se torna mutável, dinâmico ou incerto, as empresas precisam ser flexíveis, inovadoras e orgânicas. A comunicação lateral intensiva será a maneira de garantir o suprimento do recurso mais importante da atualidade: a informação. Da opção dual para a opção múltipla - As soluções para os problemas deixam de ser receitas únicas. A simples opção dual do tipo “sistema aberto ou fechado”; “burocrático ou não burocrático”; “Teoria X ou Teoria Y” tem mostrado o seu reducionismo e a sua extrema simplificação. A sociedade caminha para sofisticação crescente, com múltiplas opções, variações e alternativas intermediárias. Era Industria Clássica: até 1950 - Organizações Mecânicas - Sistema Fechado Teoria Cientifica - Ênfase na tarefa - Frederick Taylor. Taylor procurava uma forma de elevar o nível de produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais em menos tempo sem elevar os custos de produção Teoria Clássica - Ênfase na estrura e no processo administrativo - Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, da visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência organizacional. Também é caracterizada pelo olhar sobre todas as esferas (operacionais e gerenciais), bem como na direção de aplicação do topo para baixo (da gerência para a produção) Teoria Clássica, que dava ênfase no "todo organizacional". Não é por acaso que ela (a Teoria Clássica) é também denominada "Corrente dos Anatomistas e Fisiolosgistas", por fazer uma analogia entre a "estrutura da organização" ("A disposição adequada das unidades", como diz o texto) e o corpo humano, mostrando a "Forma" como a orgranização estava distribuída e o "Funcionamento" dos órgãos que compõem a sua estrutura..- Henri Fayol; Teoria das Relações Humanas - Ênfase no elemento humano e nas suas relações - Psicologia e Sociologia, é encontrada uma variável difícil de ser isolada, o fator psicológico dos trabalhadores. Por conta desse fator mudou-se o foco da pesquisa, observando o comportamento dos trabalhadores a cada pequena mudança (ex: lanches, intervalos, mudança nos incentivos e nos horários de trabalho) - Elton Mayo; Teoria da Burocrácia - Ênfase na Estrutura - Legalidade e Racionalização, é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins pretendidos. Dessa forma, na teoria burocrática há grande ênfase na eficiência. As 7 relações burocráticas são tipicamente autoritárias. Os subordinados aceitam as ordens de seus superiores por admitirem a ideia de que tais ordens estão amparadas por normas e preceitos legais. Dessa maneira, a obediência não deriva de nenhuma pessoa em si, mas sim do conjunto de normas e regulamentos estabelecidos e aceitos como legítimos por todos.. - Max Weber Era Industrial Neo Clássica: De 1950 até 1990 - Organizações Orgânicas - Sistemas Abertos Teoria Estruturalista - Ênfase na estrutura e no ambiente - Organizações Formais e Informais - Etzione; Teoria Neoclássica - Reafirmação relativa das proposições da abordagem clássica, A abordagem Neoclássica tem como princípios o fato de que as ações administrativas devem ser planejadas, organizadas, direcionadas e controladas. - Peter Drucker; Teoria Comportamental ou Beharviorista - Ênfase no comportamento humano em relação ao contexto organizacional - Maslow, Herzberg, Likert e outros. Teoria dos Sistemas - Ênfase no ambiente - L. Von Bertalanffy; Teoria da Contigência - Ênfase na tecnologia - Nada é absoluto tudo é relativo - Adaptação - Da centralização para a descentralização - As empresas em geral estão passando por um processo gradativo de deslocamento rumo à periferia, abandonando os centros das cidades industriais, já congestionadas e superpovoadas. A agricultura, por seu lado, está se deslocando gradativamente para outras áreas rurais até então não exploradas. Este fenômeno de deslocamento e descentralização está provocando um espalhamento geográfico não só de empresas como também de negócios complicando o volume de variáveis e de contingências ambientais sobre as empresas. Da ajuda institucional para a auto-ajuda - No decorrer da década de 1970, os cidadãos americanos começaram a se desligar de instituições que os haviam desiludido e a reaprender a agir por conta própria, para resolver seus problemas. Se os serviços públicos não acompanham as novas e crescentes necessidades dos cidadãos, de educação, saúde, segurança pública, etc., estes passam a lançar mão de esquemas próprios e cooperativos para solucionar seus problemas. Os primórdios da Administração Algumas pessoas, organizações e civilizações influenciaram o mundo da administração fortemente com princípios que passaram a ser aplicado de maneira profissional. Exemplos históricos: • Egito/Mesopotâmia/Assíria/Roma/Grécia/Babilônia Já havia planejamento no sentido de organizare guiar os esforços de milhares de trabalhadores para a construção de monumentais obras. • China As parábolas de Confúcio sugeriam práticas para a boa administração pública. • Hebreus Jetro aconselhou Moisés, seu genro, a delegar poderes. Seus chefes julgavam as causas pequenas, só trazendo a Moisés as causas graves. Influência dos filósofos • Sócrates: Expõe a administração como uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência. • Platão (discípulo de Sócrates): No seu livro “A República”, expõe a forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos. • Aristóteles (discípulo de Platão): No seu livro “Política”, distingue três formas de administração pública: a) Monarquia – governo de um só (que pode redundar em tirania). b) Aristocracia – governo de uma elite (que pode descambar em oligarquia). c) Democracia – governo do povo (que pode degenerar em anarquia) • Francis Bacon: Fundador da “Lógica Moderna”, baseada no método experimental e indutivo, mostra a preocupação prática de separar experimentalmente o que é essencial do é que acidental ou acessório. Antecipou-se ao princípio conhecido em administração como “Princípio da prevalência do principal sobre o acessório”. • René Descartes Fundador da “Filosofia Moderna”, criou as coordenadas cartesianas. Celebrizou-se pelo livro “O Discurso do Método”, no qual descreve seu método cartesiano, cujos princípios são: 8 Princípio da Dúvida Sistemática ou da Evidência: Consiste em não aceitar como verdadeira coisa alguma enquanto não se souber com evidência clara e distintamente, aquilo que é realmente verdadeiro. Princípio da Análise ou de Decomposição: Consiste em dividir ou decompor cada dificuldade ou problema em tantas partes quantas sejam possíveis e necessárias à sua adequação e solução e resolvê- las cada uma, separadamente. Princípio da Síntese ou da Composição: Consiste em conduzir ordenadamente nossos pensamentos e nosso raciocínio, começando pelos objetivos e assuntos mais fáceis e simples de se conhecer, para passarmos gradualmente aos mais difíceis. Princípio da Enumeração ou da Verificação: Consiste em fazer recontagens, verificações e revisões tão gerais que se fique seguro de nada haver omitido ou deixado à parte. •Thomas Hobbes Defendia o absolutismo e tinha uma visão pessimista da humanidade. Na ausência de um governo, as pessoas tendem a viver em conflito permanente. No livro “Leviatã”, assinala que o povo renuncia a seus direitos naturais em favor de um governo que, investido do poder a ele conferido, impõe a ordem, organiza a vida social e garante a paz. • Jean-Jacques Rousseau Desenvolveu a “Teoria do Contrato Social” – O Estado surge de um acordo de vontades. Contrato social é um acordo entre os membros de uma sociedade pelo qual reconhecem a autoridade igual sobre todos, de um regime político, governante ou de um conjunto de regras. • Isaac Newton Foi o sintetizador da Física Clássica (que recebeu seu nome). Introduziu a idéia de causa e efeito na análise científica, como preconizava Bacon. O determinismo que Newton estabeleceu, ao descobrir as leis que permitem prever a posição futura dos planetas ou a forma como os corpos caem, inspirou a física e todas as demais ciências. Suas idéias de certeza e previsibilidade dominaram completamente o panorama científico até o início do século XX. Influência da organização da Igreja Católica Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou sua organização, com... ...uma hierarquia de autoridade; ...um estado-maior (assessoria); ...e a coordenação funcional para assegurar integração. Ávidas de experiência bem sucedidas, as organizações passaram a incorporar os princípios e as normas administrativas utilizadas pela Igreja Católica. Influência da Organização Militar A organização militar, desde os tempos de Esparta ou de Roma, sempre influenciou o modo de vida das organizações e, mais recentemente, também influenciou as teorias da Administração ao longo do tempo. Organização Linear: baseada em linhas formais de comunicação. Princípio da Unidade de Comando: Cada subordinado só pode ter um superior. Escala Hierárquica – Escalões hierárquicos de comando com graus de autoridade e responsabilidade. As guerras de maior alcance e de âmbito continental exigiram novos princípios de organização, conduzindo a um planejamento e controle centralizados em paralelo com operações descentralizadas. • Estado-Maior - Frederico II, O Grande, para aumentar a eficiência do seu exército, criou um estado-maior. Os oficiais formados no estado-maior eram transferidos para posições de comando 9 (linha) e novamente para o estadomaior (staff), o que assegurava experiência nas funções de gabinete, de campo e novamente de gabinete. • Princípio da Direção – Todo soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer. Segundo Napoleão, “Uma obediência cega jamais leva a uma execução inteligente de qualquer coisa.” Pensamento estratégico – Carl von Clausewitz é considerado o pai do pensamento estratégico. Ele publicou um tratado sobre a guerra e seus princípios. Definiu a guerra como um jogo, como uma continuação da política por outros meios. Clawsevitz considerava a disciplina um requisito básico para a boa organização. Para ele, a organização requer um cuidadoso planejamento, no qual as decisões devem ser científicas e não apenas intuitivas. O administrador deve aceitar a incerteza e planejar, de maneira a minimizar seus efeitos. Influência da Revolução Industrial 1ª Revolução Industrial (1780 / 1860) Fonte de energia: carvão Material básico: ferro 1ª fase: Mecanização da indústria e da agricultura Máquina de fiar – Hargreaves Tear hidráulico – Arkwright Tear mecânico – Cartwright Descaroçador de Algodão – Whitney 2ª fase: Aplicação da força motriz à indústria Força elástica do vapor – Denis Papin Máquina a vapor – James Watt Com a aplicação do vapor às máquinas, iniciam-se grandes transformações nas oficinas (que se converteram em fábricas), nos transportes, nas comunicações e na agricultura. 3ª fase: O desenvolvimento do sistema fabril O artesão e sua pequena oficina patronal desapareceram para ceder lugar aos operários e às fábricas. A migração das massas humanas das áreas agrícolas para as proximidades das fábricas provoca a urbanização. 4ª fase: Espetacular aceleração dos transportes e das comunicações Navegação a vapor – Robert Fulton Locomotiva a vapor – aperfeiçoada por Stephenson Telégrafo elétrico – Samuel Morse Telefone – Graham Bell 2ª Revolução Industrial (1860-1914) Fonte de energia: eletricidade e derivados do petróleo Material básico: aço Processo de fabricação do aço – (1856) Aperfeiçoamento do Dínamo – (1873) Motor de combustão interna – Daimler (1873) Características e consequências: • Substituição do ferro pelo aço como material básico. • Substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como fontes de energia. • Desenvolvimento da maquinaria automotiva e da especialização do trabalhador. • Crescente domínio da indústria pela ciência; Transformações radicais nos transportes e nas comunicações Daimler e Benz – automóveis (1860) Aperfeiçoamento do pneumático – Dunlop (1888) 10 Modelo “T” – Ford (1908) Avião – Santos Dumont (1906) • Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista: o capital industrial, que provinha dos lucros auferidos, deu lugar ao capital financeiro, que apresentou quatro características principais: Dominação das indústrias por instituições financeiras e de crédito. Formação de acumulação de capital proveniente de trustese fusões. Separação entre a propriedade particular e a direção das empresas. Aparecimento das “Holding Companies” para coordenar e integrar negócios. • Expansão da industrialização desde a Europa até o Extremo Oriente. • A maquinização provocou a fusão de pequenas oficinas, que passaram a integrar outras maiores e que aos poucos foram se transformando em grandes fábricas. • O aumento dos mercados exigiu grandes contingentes humanos provocando um acelerado e desordenado êxodo do campo para a cidade (urbanização). • Surgem as primeiras tensões entre trabalhadores e proprietários, provocando o surgimento também as primeiras leis trabalhistas. Assim, a Revolução Industrial provocou profundas modificações na estrutura empresarial e econômica da época, mas não chegou a influenciar os princípios de administração das empresas então utilizados. Os dirigentes de empresas trataram de cuidar como podiam ou como sabiam das demandas de uma economia em rápida expansão e tinham por modelo as organizações militares e eclesiásticas nos séculos anteriores. Influência dos Economistas Liberais Liberalismo Econômico A vida econômica deve afastar-se da influência estatal, pois o trabalho segue os princípios econômicos e a mão-de-obra está sujeita às mesmas leis da economia que regem o mercado de matérias- primas ou comércio internacional. Livre concorrência Adam Smith Fundador da Economia Clássica Idéia Central Competição: Embora os indivíduos ajam apenas em proveito próprio, os mercados em que vigora a competição funcionam espontaneamente, de modo a garantir, por algum mecanismo abstrato que Smith chamava de “a mão invisível que governa o mercado”, a alocação mais eficiente dos recursos e da produção, sem que haja excesso de lucros. O papel econômico do governo (além do básico que é garantir a lei e a ordem) é a intervenção na economia quando o mercado não existe ou quando deixa de funcionar em condições satisfatórias. Ou seja, quando não ocorre competição livre. Em seu livro “A Riqueza das Nações”, Adam Smith preconizava que a riqueza das nações residia na divisão do trabalho e na especialização e reforçou a importância do planejamento e da organização na Administração. David Ricardo “Princípios de Economia Política e Tributação”: abordava temas como trabalho (focalizado como item de custo), capital, salário, renda, produção, preços e mercados. James Mill “Elementos de Economia Política”: série de medidas relacionadas com os estudos de tempos e movimentos como meio de obter incremento da produção nas indústrias da época. John Stuart Mill “Princípios de Economia”: propõe um conceito de controle extremamente voltado para o problema de como evitar furtos nas empresas. Karl Marx e Friedrich Engels Criadores do socialismo científico e do materialismo histórico. “Manifesto Comunista” – Afirmam que a história da humanidade é uma história de luta de classes. Analisam os diversos regimes econômicos e sociais e a sociedade capitalista, 11 concluindo que a luta de classes é o motor da história. O Estado é sempre um órgão a serviço da classe dominante, cabendo à classe operária lutar por sua conquista e implementar a ditadura do proletariado. Propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O Estado é uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. Em 1867, Marx publica o primeiro volume de “O Capital” e, mais adiante suas teorias a respeito da mais-valia, com base na teoria do valor-trabalho. Marx considerava que o valor de toda a mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la. Se o trabalhador trabalhar além de um determinado número de horas, estará produzindo não apenas o valor correspondente ao de sua força de trabalho (que lhe é pago na forma de salário, pelo capitalista), mas também um valor excedente sem contrapartida, denominado mais-valia. Influência dos Pioneiros e Empreendedores • Ao redor de 1820 o maior negócio empresarial eram as estradas de ferro, que desbravaram territórios, provocando a urbanização e a criação de novas necessidades de habitação, alimentação, roupa, luz, etc, o que se traduziu em um rápido crescimento das empresas voltadas para o consumo direto. • Antes de 1850, poucas empresas tinham uma estrutura que exigisse os serviços de um administrador em tempo integral, pois as empresas industriais eram pequenas. Em geral, eram negócios de família, em que dois ou três parentes conseguiam cuidar de todas as suas atividades principais. • Em 1871 a Inglaterra era a maior potência econômica mundial. • John D Rockfeller - Standard Oil • Carnegie - Truste do aço • Swfit e Armour - Truste das conservas • Guggenheim – Truste do cobre • Mello – Truste do alumínio • Os “Criadores de Império” (Empire Builders) passam a comprar e a integrar concorrentes, fornecedores e distribuidores para garantir seus interesses. Surgiram os primeiros impérios industriais, aglomerados de empresas que se tornaram grandes demais para serem dirigidos pelos pequenos grupos familiares. Logo aparecem os primeiros gerentes profissionais, os primeiros organizadores que se preocupavam mais com a fábrica do que com as vendas ou compras. • Os grandes capitães da indústria não tinham condições de sistematizar seus vastos negócios com eficiência, pois eram empreendedores e não organizadores. A organização era um desafio tão ou mais difícil do que a criação dessas empresas. Entre 1860 e 1900 aconteceu a “idade heróica das invenções”, que provocou um explosivo desenvolvimento tecnológico. O primeiro laboratório de pesquisa surgiu com a síntese da aspirina – a primeira droga puramente sintética -, realizada por Adolph von Bayer e 1899. O sucesso mundial da aspirina convenceu a indústria química do valor da pesquisa e da tecnologia. • Na virada do século XX grandes corporações sucumbiram financeiramente. É que dirigir grandes empresas não era apenas uma questão de habilidade pessoal, como muitos empreendedores pensavam. Estavam criadas as condições para o aparecimento dos grandes organizadores da empresa moderna. Os pioneiros e empreendedores cederam lugar para os organizadores. Estava chegando a era da competição e da concorrência como decorrência de fatores como: Desenvolvimento tecnológico, que propiciou um crescente número de empresas e nações concorrendo no mercado mundial. Livre-comércio. Aumento da capacidade de investimento de capital e elevação dos níveis de ponto de equilíbrio; Rapidez do ritmo de mudança tecnológica que rapidamente torna obsoleto um produto ou reduz drasticamente seus custos de produção. Crescimento dos negócios e das empresas. 12 Todos esses fatores iriam completar as condições propícias para a busca de bases científicas no sentido de buscar a melhoria da prática empresarial e para o surgimento da teoria administrativa. Conceito de Organização Organização é uma palavra originada do Grego "organon" que significa instrumento, utensílio, órgão ou aquilo com que se trabalha. De um modo geral, organização é a forma como se dispõe um sistema para atingir resultados pretendidos. Todas as atividades relacionadas à produção de bens (produtos) ou prestação de serviços (atividades especializadas) são planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e controladas pelas organizações. Todas as organizações são constituídas por pessoas e por recursos não-humanos (como recursos físicos e materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos etc.). A vida das pessoas depende intimamente das organizações e essas dependem da atividade e do trabalho daquelas. Na sociedade moderna, as pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem, trabalham, se divertem, são tratadas e morrem dentro de organizações. As organizaçõessão extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos diferentes, de características diferentes, de estruturas diferentes, de objetivos diferentes. Existem organizações lucrativas (chamadas empresas) e organizações não-lucrativas (como Exército, Igreja, serviços públicos, entidades filantrópicas, organizações não-governamentais - ONGs - etc.). Em Administração de Empresas, entende-se por organização uma entidade social formada por duas ou mais pessoas que trabalham de forma coordenada em determinado ambiente externo visando um objetivo coletivo. Envolve a divisão de tarefas e atribuição de responsabilidades. Segundo Maximiano, a Organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. A Administração é o processo de conjugar recursos humanos e materiais de forma a atingir fins desejados, através de uma organização. É um processo de tomar decisões sobre objetivos e recursos. A palavra organização pode assumir dois diferentes significados em administração: 1 - Organização como uma entidade social dirigida para objetivos específicos e deliberadamente estruturada - Essa definição é aplicável a todos os tipos de organizações, sejam elas lucrativas ou não, como empresas, bancos, hospitais, clubes, igreja, etc. Dentro desse ponto de vista, a organização pode ser visualizada sob dois aspectos distintos: a) Organização formal: é a organização planejada ou definida no organograma e sacramentada pelos dirigentes e comunicada a todos pelos manuais da organização. b) Organização informal: é a organização que emerge espontânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam posições na organização formal. 2 - Organização como função administrativa e parte integrante do processo administrativo - Nesse sentido, a palavra organização significa o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos incumbidos de sua administração, bem como estabelecer relações entre eles e suas atribuições. Diferença entre Empresa e Entidade Empresa: um organismo econômico que tem o objetivo de lucro; Entidade: um organismo que não tem o objetivo de lucro; Na empresa o resultado pode ser Lucro ou Prejuízo; Na Entidade o resultado pode ser Superávit ou Déficit. Atividades da Função de Organização Organizar significa “tirar do papel”, é reunir os materiais e recursos humanos para realizar aquilo que foi planejado. Para os Neoclássicos, a função de organizar basicamente consiste em cinco etapas: 1) Dividir o trabalho; 2) Agrupar as atividades em uma estrutura lógica; 3) Designar pessoas para sua execução; 4) Alocar os recursos; 5) Coordenar os esforços. 13 Componentes da organização A figura abaixo apresenta um diagrama mostrando os principais componentes das organizações. Portanto, uma organização é um sistema que transforma recursos em objetivos (produtos e serviços). Uma organização é composta pelo que também chamamos de inputs e outputs, ou seja, toda organização possui os recursos diversos, tais como: tecnológicos, humanos, materiais, financeiros, entre outros, que, posteriormente, passam por um processo de transformação, sendo convergidos em objetivos – e, claro, nos produtos ou serviços que são ofertados pela organização. Figura: Principais componentes da organização. 1. TAREFAS - Divisão do trabalho, provocando a especialização de atividades e de funções. 2. PESSOAS - Considera-se as habilidades, aptidões, interesses, experiências e prática e o comportamento de cada pessoa. 3. ÓRGÃOS - O trabalho e as pessoas são agrupadas em órgãos. Os órgãos são dispostos em níveis hierárquicos. A departamentalização é determinada de acordo com os critérios de melhor atendimento aos objetivos empresariais. 4. RELAÇÕES - Entre as pessoas e o trabalho, relacionamento entre uma pessoa com outras situadas em setores diferentes da empresa, relacionamento informal entre os participantes em situações fora do trabalho, etc. Segundo Maximiano4, uma organização é um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo, e tem dois componentes importantes: processos de transformação e divisão de trabalho, como apresentado na figura acima. Podemos destacar por meio da figura que além dos quatro componentes citados no início deste subtópico, ainda temos os objetivos, recursos, processo de transformação e divisão de trabalho. Vamos entendê-los melhor. Objetivos As organizações são grupos sociais para realização de objetivos, que fornecem produtos e serviços. Toda organização existe cm a finalidade de fornecer algum produto e serviço. Recursos As pessoas são o principal recurso das organizações. As organizações são grupos de pessoas que usam recursos: recursos materiais, como espaço, instalações, máquinas, móveis e recursos intangíveis como tempo e conhecimentos. Processos de transformação Por meio de processos, a organização transforma os recursos para produzir os resultados. Alguns processos que se encontram nas organizações: - Produção: transformação de matérias-primas, por meio de máquinas e atividades humanas, Em produtos e serviços. - Administração de encomendas: transformação de um pedido feito ou prestação de um serviço. 14 - Administração de recursos humanos: transformação de necessidades de mão-de-obra em disponibilização de pessoas. Divisão do trabalho Em uma organização, cada pessoa realiza tarefas específicas que contribuem para a realização dos objetivos. A divisão do trabalho é o processo que permite superar as limitações individuais por meio da especialização. Tipos de Organização Existem três tipos tradicionais básicos de estrutura organizacional: a organização linear, a funcional e a linha--staff. A Teoria Clássica havia dado demasiada ênfase à estrutura, ou seja, à organização formal. Os autores clássicos restringiram-se aos aspectos formais da organização, como divisão do trabalho, especialização, hierarquia, autoridade, responsabilidade, coordenação, etc. Todos esses aspectos formais foram abordados pelos autores clássicos em termos normativos e prescritivos, em função dos interesses da organização e no sentido de alcançar a máxima eficiência possível. Racionalidade da Organização Formal Uma das características da organização formal é o racionalismo. Uma organização é um conjunto de cargos funcionais e hierárquicos a cujas prescrições e normas de comportamento todos os seus membros devem se sujeitar. Cada empresa tem a sua própria organização em função dos seus objetivos, tamanho, conjuntura que atravessa e da natureza dos produtos que fabrica ou dos serviços que presta. Os autores neoclássicos distinguem três tipos tradicionais de organização, a saber: organização linear, organização funcional e organização linha-staff. Cada um desses tipos tradicionais de organização tem a sua própria racionalidade e raramente são encontrados no seu estado puro, isto é, dentro do modelo teórico aqui apresentado, de modo que os seus conceitos adiante alinhados devem considerados com bastante relatividade. É uma decorrência da unidade de comando. Entre o superior e subordinado existem linhas diretas de autoridade e de responsabilidade que formam a cadeia escalar. Características da Organização Linear: Autoridade linear ou única, Linhas formais de comunicação. Centralização das decisões. Aspecto piramidal. Vantagens Fácil visualização, proporcionando uma nítida delimitação das responsabilidades das unidades envolvidas. Ideal para pequenas empresas que operam em ambientes estáveis 15 Desvantagens Devido à constância das relações formais, a empresa pode ter dificuldades de adaptação a novas situações. O chefe pode tornar-se generalista e não tem condições de especializar-se em coisa alguma. À medidaque a empresa cresce, as linhas de comunicação ficam congestionadas, em face da centralização. É o tipo de estrutura organizacional que aplica o princípio funcional ou princípio da especialização das funções. O princípio funcional separa, distingue e especializa: é o germe do staff. Características da Organização Funcional Autoridade funcional ou dividida. Linhas diretas de comunicação. Descentralização das decisões. Ênfase na especialização. Vantagens Proporciona o máximo de especialização nos diversos órgãos ou cargos da organização. Permite a melhor supervisão técnica possível, com especialização em todos os níveis. Desenvolve comunicações diretas, sem intermediação. Desvantagens. Diluição e consequente perda de autoridade de comando. Subordinação múltipla. Tendência à concorrência entre os especialistas. Tendência à tensão e conflitos dentro da organização. 16 O tipo de organização linha-staff é o resultado da combinação dos tipos de organização linear e funcional, buscando incrementar as vantagens desses dois tipos de organização e reduzir as suas desvantagens. Alguns autores o denominam organização do tipo hierárquico-consultivo, devido a essa feliz combinação. As características do tipo linear e do tipo funcional são reunidas para proporcionar um tipo de organizacional mais completo e complexo. É ainda o tipo de organização mais utilizado nas empresas. Critérios de distinção entre Linha e Staff 1) Relacionamento com os objetivos da organização. Órgãos de linha: diretamente e intimamente ligados aos objetivos básicos da organização. Órgãos de staff: ligados indiretamente aos objetivos da organização. 2) Tipo de autoridade Órgãos de linha: têm autoridade para decidir e executar as atividades principais ou vinculadas diretamente aos objetivos da organização. Órgãos de staff: têm autoridade de assessoria, de planejamento e controle, de consultoria e de recomendação (autoridade funcional). Principais funções do staff a) Serviços: contabilidade, compras, pessoal, pesquisa e desenvolvimento, processamento de dados, propaganda, etc., realizadas pelo staff. b) Consultoria e assessoria: assistência jurídica, métodos e processos, consultoria trabalhista, etc., que são fornecidas pelo staff, como orientação e recomendação. c) Monitoração: acompanhar e avaliar uma determinada atividade ou processo sem nele intervir ou influenciar. O staff geralmente se incumbe de levantamento de dados, elaboração de relatórios e pesquisas, acompanhamento de processos, etc. d) Planejamento e controle: planejamento e controle financeiro ou orçamentário, o planejamento e controle de produção, o planejamento e controle de manutenção de máquinas e equipamentos, o controle de qualidade, etc. Quase sempre delegadas aos órgãos de staff. As funções de staff podem existir em qualquer nível de uma organização. Na medida em que se sobe na escala hierárquica, aumenta a proporção das funções de consultoria, assessoramento, aconselhamento e recomendação e diminui a proporção das funções de prestação de serviços especializados. 17 Características: Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional, com predomínio da primeira, coexistindo características lineares e funcionais simultaneamente. Coexistência entre as linhas formais de comunicação com as linhas diretas de comunicação. A rede de comunicações da organização linha-staff é formada de linhas formais de autoridade e responsabilidade lineares e de linhas diretas de assessoria e prestação de serviços de staff. Separação entre os órgãos operacionais (executivos) e órgãos de apoio e suporte (assessores). Hierarquia versus Especialização. Apesar do convívio entre características lineares e funcionais, há forte predominância dos aspectos lineares na organização linha-staff. A organização linha-staff mantém o princípio da hierarquia (cadeia escalar), ou seja, a nivelação dos graus de autoridade linear, sem abrir mão da especialização. Vantagens. Assegura assessoria especializada e inovadora, mantendo o princípio de unidade de comando. Atividade conjunta e coordenada de órgão de linha de staff. Desvantagens Possibilidade de conflitos entre os órgãos de linha e de Staff. Os principais conflitos são: O assessor de staff é um técnico com preparo profissional, enquanto o homem de linha detém a prática e é promovido pela experiência e conhecimento adquiridos no trabalho. O assessor tem melhor formação escolar - e geralmente é mais jovem -, mas menos experiência. A diferença de formação e de idade predispõe a uma rejeição das ideias do staff pelo pessoal de linha. O pessoal de linha pode acreditar que os assessores pretendem roubar-lhes parcelas cada vez maiores de autoridade a fim de aumentarem seu prestígio e posição. Ao planejar e recomendar, o assessor não assume responsabilidade pelos resultados dos planos. A situação é propícia ao conflito porque, a qualquer dificuldade, o assessor pode assegurar que seu plano falhou por inépcia do pessoal de linha na execução, enquanto o pessoal de linha pode argumentar que o plano era impraticável e teórico. A assessoria representa custos elevados para a empresa. Surge a preocupação do pessoal de linha quanto aos resultados financeiros da contribuição do staff para as operações da empresa. Isto leva os assessores a apresentarem trabalho na forma de planos e ideias em quantidade a fim de justificar seu custo. 18 QUESTÕES 1) Qual é a tarefa básica da administração em todas as organizações? 2)Ano: 2015Banca: Acesso PublicoSegundo Chiavenato, existem cinco variáveis básicas que influenciam poderosamente a Teoria Geral da Administração. Marque a incorreta: a) Concorrência. b) Tarefa. c) Estrutura. d) Pessoas. e) Tecnologia. 3) Ano: 2009Banca: FGV.Com relação aos temas eficiência e eficácia, assinale a afirmativa incorreta. a) Eficiência é um conceito limitado. b) Eficiência diz respeito aos trabalhos internos de uma organização. c) Uma organização não pode ser eficiente se não for eficaz. d) A abordagem de metas para eficácia organizacional identifica as metas de uma organização. e) Eficácia é um conceito abrangente. 4) Ano: 2012Banca: CESPE. A abordagem clássica da administração foi desenvolvida em razão do crescimento acelerado e desordenado das organizações e da necessidade de aumentar a sua eficiência. A respeito desse assunto, julgue o item abaixo. A disposição adequada das unidades e a definição de responsabilidades para cada uma delas, como forma de alcançar a eficiência organizacional, eram as preocupações principais da escola de administração científica. Certo Errado 5) Ano: 2006Banca: FJPFSob a ótica da administração, são características da eficácia: a) ênfase nos meios, resolver problemas e salvaguardar os recursos; b) resolver problemas, ênfase nos meios e atingir objetivos c) fazer as coisas certas, salvaguardar os recursos e cumprir tarefas; d) ênfase nos resultados, atingir objetivos e otimizar a utilização de recursos e) otimizar a utilização de recursos, resolver problemas e ênfase nos resultados. 6) Ano: 2015Banca: INSTITUTO AOCP.Sobre eficiência e eficácia, é correto afirmar que a) eficiência é a capacidade administrativa de produzir o máximo de resultados com o mínimo de recursos, energia e tempo. b) eficiência é a capacidade de atingir os objetivos. c) eficiência estabelece a relação entre os resultados e o objetivo. d) eficácia está associada à racionalidade, à produtividade. e) eficácia está associada a produzir o máximo com o mínimo de desperdício 7) A preocupação que o administrador deveter de que os recursos públicos sejam aplicados de forma mais racional possível no sistema municipal de transportes é um indicador de: a) excelência b) efetividade c) eficácia d) eficiência 8) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase a seguir ___________________ é a otimização dos recursos humanos, financeiros, tecnológicos, materiais, equipamentos, para obtenção dos resultados esperados pelas organizações. a) Eficácia. 19 b) Motivação. c) Efetividade. d) Eficiência. 9) A ________ é o uso dos recursos de forma adequada, sem desperdício. a) Eficácia b) Proatividade c) Eficiência d) Efetividade 10)Em Administração, utilizar da melhor forma todos os recursos disponíveis denomina-se: a) Eficácia. b) Eficiência. c) Desempenho. d) Gerenciamento. 11) No que se refere aos conceitos de eficiência e eficácia, é INCORRETO afirmar: a) A eficiência compara os resultados alcançados com os recursos utilizados, já a eficácia compara os objetivos que se pretendia alcançar com os resultados alcançados. b) A eficiência diz respeito aos meios, já a eficácia diz respeito aos objetivos. c) A eficiência refere-se mais aos níveis operacionais, já a eficácia está mais relacionada aos níveis hierárquicos superiores de uma organização. d) A eficiência diz respeito ao que fazer, já a eficácia diz respeito a como fazer. 12) Sobre a definição de eficiência e eficácia, assinale a alternativa correta. a) Ser eficiente é fazer bem e corretamente as coisas e ser eficaz é fazer bem e corretamente as coisas atingindo os objetivos organizacionais. b) A eficácia e a eficiência estão interligadas por possuírem os mesmos propósitos organizacionais, ou seja, a realização das tarefas atingindo os melhores resultados. c) Ser eficiente é atingir os objetivos organizacionais e ser eficaz é fazer bem e corretamente as coisas atingindo os objetivos organizacionais. d) A eficácia relaciona-se com os fins e propósitos organizacionais, já a eficiência relaciona-se com os fins e propósitos pessoais. e) Quando o colaborador realiza suas tarefas corretamente, está sendo eficaz e, quando ele realiza suas tarefas corretamente atingindo aos objetivos organizacionais, ele está sendo eficiente. 13) As organizações contemporâneas, a despeito de terem presenciado muitas modificações, próprias de um processo de evolução, continuam chamando seus dirigentes de nível estratégico de: a) executivos. b) gerentes. c) líderes. d) supervisores. e) comandantes. 14) aos níveis de administração pode-se afirmar que: a) Os gerentes de primeira linha são responsáveis pelo planejamento estratégico das organizações. b) Os gerentes médios nunca terão subordinados operacionais. c) Os gerentes de topo são responsáveis pelo planejamento operacional das organizações. 20 d) Os gerentes de topo são responsáveis pelo planejamento estratégico das organizações. e) Os gerentes médios definem a forma e a cadência do crescimento das organizações, e são chefiados pelos gerentes de primeira linha. 15) A função direção costuma ser exercida, no nível operacional, com foco no curto prazo. Seus gestores se responsabilizam pela implementação de planos de nível intermediários, envolvendo-se diretamente com funcionários não administrativos, além de conduzir as operações necessárias. Este tipo de administrador é conhecido como: a) superintendente. b) chefe. c) supervisor. d) gerente e) executivo junior. 16) Vários são os níveis organizacionais. Relativamente ao nível institucional é CORRETO afirmar: a) É o nível mais elevado e aberto da organização. b) É composto pelos gerentes setoriais. c) É responsável pela realização das tarefas cotidianas. d) É composto pelos supervisores de primeira linha. 17) “Nesse tipo de estrutura organizacional, a principal característica é a autoridade única e absoluta do superior sobre seus subordinados, decorrente do princípio da unidade de comando.” (Idalberto Chiavenato. Teoria Geral da Administração. Vol. 1. São Paulo: McGraw Hill, Makron Books, 1993.) Assinale a alternativa que define qual o tipo de estrutura organizacional a que o autor se refere. a) Staff. b) Linear. c) Gerencial. d) Funcional. e) Operacional. 18) Em relação ao modelo linear staff de estrutura organizacional NÃO é correto afirmar que: a)é o modelo de estrutura em que as unidades diretivas contam com uma unidade especial (órgão ou pessoa-staff); o staff deve ser independente e ter liberdade de opinião. b) o staff deve servir de apoio, assessoria e recomendações. c)uma desvantagem do modelo reside no fato de não permitir agregar conhecimento novo e especializado à organização. d) o staff pode assessorar e fazer recomendações ao pessoal de linha, sem comandar. e) a linha deve ouvir as recomendações do staff, mesmo que não as aceite. 19) Forma estrutural baseada em linhas diretas e únicas de autoridade e de responsabilidade. É uma organização simples e de conformação piramidal, em que cada chefe recebe e transmite tudo o que se passa na sua área, uma vez que as linhas de comunicação são rigidamente estabelecidas. Podem ser citadas como características desse tipo de organização o comando único e a centralização de decisões. Tal conceito refere-se a que tipo de organização? a) De alto desempenho. b) Linha-Staff. c) Linear. 21 d) Matricial. e) Funcional. 20) Os tipos de subordinação funcional definem como se reportam as áreas ou estruturas organizacionais entre si e podem ser principalmente de três tipos. Assinale a alternativa correta: a) Linha, assessoria (linha-staff) e funcional. b) Linha, assessoria (linha-staff) e sistêmica. c) Linha, assessoria (linha-staff) e clássica. d) Assessoria (linha-staff), sistêmica e clássica. e) Nenhuma das alternativas é correta.
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