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Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos Compilação de Leis Nacionais Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos Compilação de Leis Nacionais Ricardo Perlingeiro Coordenador Flávia Affonso Graziela de Caro Alice Frazão Anna Gabriela Costa Carmen Silvia Lima de Arruda Mônica Ventura Rosa 1ª Edição - Março 2017 Tribunal Regional Federal da 2ª Região Acesso livre e gratuito. É autorizada a cópia deste livro e também a reprodução do seu conteúdo, desde que indicada a fonte. CDU: 35.077.3 CDD: 341.362 Organização: Ricardo Perlingeiro Autores: Ricardo Perlingeiro, Flávia Affonso, Graziela de Caro, Alice Frazão, Anna Gabriela Costa, Carmen Silvia Lima de Arruda e Mônica Ventura Rosa Projeto Gráfico, Capa e Editoração Eletrônica: Leila Andrade de Souza Distribuição Gratuita 1ª Edição 2017 Editado pela Escola da Magistratura Regional Federal da 2ª Região - EMARF Órgão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) Rua Acre, 80 - 22º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ CEP20081-000 ( (21) 2282-8530 - 2282-8788 http://emarf.trf2.jus.br/site revistaemarf@trf2.jus.br P963 Procedimento administrativo e processo administrativo latino-americanos : compilação de leis nacionais / Ricardo Perlingeiro coordenador, Flávia Affonso... et al. ; Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Escola da Magistratura Regional Federal. -- 1. ed. -- Rio de Janeiro : EMARF, 2017. 1822 p. Disponível em: <http://emarf.trf2.jus.br/site/revistaemarf.php> ISBN: 978-85-62108-04-4 1. Procedimento administrativo. 2. Processo administrativo. 3. América Latina. 4. Legislação. I. Perlingeiro, Ricardo (Coord.). II. Affonso, Flávia. III. Brasil. Tribunal Regional Federal (2. Região). IV. Escola da Magistratura Regional Federal (2. Região). V. Título. Diretoria da EMARF Diretor-Geral Desembargador Federal Luiz Antonio Soares Diretor de Cursos e Pesquisas Desembargador Federal Aluisio Gonçalves de Castro Mendes Diretor de Publicações Desembargador Federal Augusto Guilherme Diefenthaeler Diretor de Intercâmbio e Difusão Desembargador Federal Ricardo Perlingeiro EQUIPE DA EMARF Clarice de Souza Biancovilli - Assessora Executiva Rio de Janeiro Edith Alinda Balderrama Pinto Flávia Munic Medeiros Pereira João Paulo de Jesus Baptista Leila Andrade de Souza Luciana de Mello Leitão Luiz Carlos Lorenzo Peralba Maria Suely Nunes do Nascimento Osmani Valporto Moreno Pedro Mailto de Figueiredo Lima Marta Geovana de Oliveira Tânia Maria Marçolla Livramento Thereza Helena Perbeils Marchon Vilma Ferreira Amado Espírito Santo Soraya Bassini Chamun Rayane Ferreira Machado Daher Tribunal Regional Federal da 2ª Região Presidente: Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND Vice-Presidente: Desembargador Federal REIS FRIEDE Corregedor-Geral: Desembargador Federal GUILHERME COUTO Membros: Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO Desembargadora Federal VERA LÚCIA LIMA Desembargador Federal ANTONIO IVAN ATHIÉ Desembargador Federal SERGIO SCHWAITZER Desembargador Federal ANDRÉ FONTES Desembargador Federal ABEL GOMES Desembargador Federal LUIZ ANTONIO SOARES Desembargador Federal MESSOD AZULAY NETO Desembargadora Federal LANA REGUEIRA Desembargador Federal GUILHERME CALMON Desembargador Federal JOSÉ ANTONIO NEIVA Desembargador Federal JOSÉ FERREIRA NEVES NETO Desembargadora Federal NIZETE LOBATO RODRIGUES CARMO Desembargador Federal LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO Desembargador Federal ALUISIO GONçALVES DE CASTRO MENDES Desembargador Federal GUILHERME DIEFENTHAELER Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM Desembargador Federal MARCELO PEREIRA DA SILVA Desembargador Federal RICARDO PERLINGEIRO Desembargadora Federal CLAUDIA MARIA PEREIRA BASTOS NEIVA Desembargadora Federal LETICIA DE SANTIS MELLO Desembargadora Federal SIMONE SCHREIBER Desembargador Federal MARCELLO GRANADO Juiz Federal Convocado ALCIDES MARTINS RIBEIRO FILHO Apresentação O presente livro compreende uma compilação de leis nacionais acerca do processo e do procedimento administrativo em vigor nos países latino-americanos de origem Ibérica e sujeitos à jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e, ainda que atualmente desvinculada da Convenção Americana, a Venezuela), com o objetivo de viablizar um estudo comparado regional, a partir das seguintes normas modelo: Código Modelo Euro-Americano de Jurisdição Administrativa, da Universidade Federal Fluminense (Niterói/Rio de Janeiro) e da Universidade Alemã de Ciências da Administração Pública; e Código Modelo de Processos Administrativos (Judicial e Extrajudicial) para Ibero-América, do Instituto Ibero-Americano de Direito Processual. Lista de Autores Ricardo Perlingeiro é Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense - UFF. Graduado em Direito pela UFF, Mestre e Doutor em Direito pela Universidade Gama Filho. Especialista em Direito pela Universidade de Brasília. Flávia Martins Affonso é Advogada da União, ex-Advogada da Caixa Econômica Federal, graduada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Mestre pelo Instituto Brasiliense de Direito Público e doutoranda pela Universidade Federal Fluminense. Especialista em “Globalização, Justiça e Segurança Humana” pela Escola Superior do Ministério Público da União e, em Processo Civil, pelo Instituto Brasiliense de Direito Público e pela Universidade do Sul de Santa Catarina. Graziela de Caro é Graduanda em Direito na Faculdade de Direito (Niterói- RJ), da Universidade Federal Fluminense. Monitora da disciplina “Introdução à Justiça Administrativa”. Alice Frazão é Graduanda em Direito na Faculdade de Direito (Niterói- RJ), da Universidade Federal Fluminense. Estagiária da Escola da Magistartura Regional Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Anna Gabriela Costa é Advogada, com graduação em Direito pela Universidade Federal Fluminense. Carmen Silvia Lima de Arruda é Juíza Federal Titular da 15ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Justiça Administrativa da Universidade Federal Fluminense. Doutoranda. Juris Doctor conferido pela University of Miami em 2008. Mônica Ventura Rosa é Advogada, com graduação em Direito pela Universidade Federal Fluminense – UFF e Mestre em Justiça Administrativa pela UFF. Especialista em Direito Fiscal pela PUC/RJ, em Direito Previdenciário pela Cândido Mendes/RJ e em Direito Processual Civil pela UFF. Conselho Científico Abel Fernandes Gomes, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região Adriana García, Professora do Centro de Investigación y Docencia Económicas (CIDE), México Augusto Guilherme Diefenthaeler, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região Cristiana Fortini, Professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais Daniel Wunder Hachem, Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná Diana-Urania Galetta, Professora da Faculdade de Direito da Universidade de Milão, Itália Edilson Nobre Júnior, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, Professor da Faculdade de Direito do Recife (Universidade Federal de Pernambuco) Eduardo Talamini, Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná Ernesto Jinesta Lobo, Magistrado Presidente da Sala Constitucional de la Corte Supremade Justicia da Costa Rica, Presidente da Academia Costarricense de Derecho (ACD) e da Asociación Costarricense de Derecho Administrativo (ASCODA) Guilherme Calmon Nogueira da Gama, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Jacques Ziller, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Pavia, Itália Juan Antonio Robles Garzón, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Málaga, Espanha Juliana Ferraz Coutinho, Professora da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Portugal Marcelo Pereira da Silva, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região Marcus Abraham, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Milena Liani, Professora da Faculdade de Direito da Universidad Católica Andrés Bello, Venezuela Mônica Sifuentes, Desembargadora Federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Odete Medauar, Professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Pedro Aberastury, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, Argentina Ruth Stella Correa Palacio, Ex-Ministra da Justiça da República da Colômbia, Ex-Magistrada do Conselho de Estado da Colômbia, Relatora do Anteprojeto de Código de Procedimiento Administrativo y de lo Contencioso Administrativo da Colômbia Simone Schreiber, Desembargadora Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Victor Moreno Catena, Professor da Faculdade de Direito da Universidade Carlos III, Espanha 15 Sumário Apresentação ............................................................................................................................... 9 Lista de Autores ..........................................................................................................................11 Conselho Científico ....................................................................................................................13 Introdução à compilação de leis de procedimento administrativo e processo administrativo latino-americanos .......................................................................................................................21 ARGENTINA LEY Nº 19.549, DE 3 DE ABRIL DE 1972 ...........................................................................33 Ley de procedimiento administrativo. DECRETO Nº 1.759, DE 3 DE ABRIL DE 1972 ...................................................................46 Reglamentación de la Ley Nacional de Procedimientos Administrativos. LEY Nº 3.952, DE 27 DE SETEMBRO DE 1900 ..................................................................74 Ley de demandas contra la Nación. LEY Nº 25.344, DE 19 DE OCTUBRE DE 2000 ...................................................................76 Ley de Emergencia Económico-Financiera. DECRETO DE NECESIDAD Y URGENCIA Nº 1.510, DE 22 DE OCTUBRE DE 1997 .........85 Ley de procedimiento administrativo de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires (texto consolidado al 29.2.2016 por la Ley n° 5.666 - BOCBA 5014 del 24-11-2016). LEY Nº 189, DE 13 DE MAYO DE 1999 ........................................................................... 116 Código Contencioso Administrativo y Tributario de la Ciudad de Buenos Aires (texto consolidado al 29.2.2016 por la Ley n° 5.666 - BOCBA 5014 del 24-11-2016). BOLÍVIA LEY Nº 2.341, DE 23 DE ABRIL DE 2002 ......................................................................... 247 Ley de procedimiento administrativo. DECRETO SUPREMO Nº 27.113 ....................................................................................... 274 Reglamenta la Ley N° 2341 de 23 de abril de 2002, de Procedimiento Administrativo, para su aplicación en el Poder Ejecutivo. LEY Nº 3.076, DE 20 DE JUNIO DE 2005 ........................................................................ 309 Modificaciones a las Leyes n° 2.427 del bonosol, n° 2.341 de procedimiento administrativo y n° 1.488 de bancos y entidades financieros. LEY Nº 620, DE 29 DE DICIEMBRE DE 2014 .................................................................. 314 Ley transitória para la tramitación de los proccesos contencioso y contencioso administrativo. DECRETO LEY Nº 12.760, DE 6 DE AGOSTO DE 1975 ................................................... 316 Código de Procedimiento Civil. 16 Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ... BRASIL CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 ............................. 321 DECRETO Nº 70.235, DE 6 DE MARÇO DE 1972 ........................................................... 326 Decreto que dispõe sobre o processo administrativo fiscal. LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ................................................................ 345 Lei que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. LEI Nº 8.666 DE 21 DE JUNHO DE 1993 ........................................................................ 355 Lei que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996 ................................................................ 359 Lei que dispõe sobre a arbitragem. LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999 ..................................................................... 360 Lei que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011 ............................................................. 366 Lei que regula o acesso a informações. LEI Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015 ..................................................................... 370 Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública; altera a Lei no 9.469, de 10 de julho de 1997, e o Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga o § 2º do art. 6º da Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997. DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941 ...................................................... 374 Lei que dispõe sobre desapropriações por utilidade pública. LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965 ........................................................................ 383 Regula a ação popular. LEI Nº 5.010, DE 30 DE MAIO DE 1966 .......................................................................... 391 Lei que organiza a Justiça Federal de primeira instância. LEI Nº 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980 ................................................................ 393 Lei de execução fiscal. LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985 ......................................................................... 405 Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências. LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 ................................................................ 410 Código de Defesa do Consumidor. LEI Nº 8.397, DE 6 DE JANEIRO DE 1992 ....................................................................... 412 Institui medida cautelar fiscal e dá outras providências. 17 Sumário LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 .......................................................................... 416 Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.LEI Nº 8.437, DE 30 DE JUNHO DE 1992. ...................................................................... 427 Lei que dispõe sobre a concessão de medidas cautelares contra atos do Poder Público. LEI Nº 9.469, DE 10 DE JULHO DE 1997 ........................................................................ 429 Regulamenta o disposto no inciso VI do art. 4º da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993; dispõe sobre a intervenção da União nas causas em que figurarem, como autores ou réus, entes da administração indireta; regula os pagamentos devidos pela Fazenda Pública em virtude de sentença judiciária; revoga a Lei nº 8.197, de 27 de junho de 1991, e a Lei nº 9.081, de 19 de julho de 1995, e dá outras providências. LEI Nº 9.494, DE 10 DE SETEMBRO DE 1997 ................................................................ 434 Lei sobre a aplicação da tutela antecipada contra a Fazenda Pública. LEI No 10.259, DE 12 DE JULHO DE 2001 ....................................................................... 436 Lei que dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal. LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 ..................................................................... 442 Lei que regula o mandado de segurança individual e coletivo. LEI Nº 12.153, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009 ............................................................. 449 Lei que dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Nº 115, DE 29 DE JUNHO DE 2010 ........................................................................................................................ 455 Resolução sobre a Gestão de Precatórios no âmbito do Poder Judiciário LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 ..................................................................... 474 Lei que institui o Código de Processo Civil. RESOLUÇÃO DO CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL Nº 405, DE 9 DE JUNHO DE 2016 ..481 Resolução sobre a regulamentação, no âmbito da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, os procedimentos relativos à expedição de ofícios requisitórios. CHILE DECRETO Nº 1/19.653, 13 DE DICIEMBRE DE 2000 .................................................... 501 Fija texto refundido, coordinado y Sistematizado de la ley nº 18.575, Organica constitucional de bases Generales de la administracion del Estado. LEY Nº 19.880, DE 14 DE MAYO DE 2003 ...................................................................... 519 Establece Bases de los Procedimientos Administrativos que Rigen los Actos de los Organos de la Administracion del Estado. 18 Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ... COLÔMBIA LEY Nº 1.437, DE 18 DE ENERO DE 2011 ...................................................................... 543 Código de Procedimiento Administrativo y de lo Contencioso Administrativo. COSTA RICA LEY Nº 6.227, DE 2 DE MAYO DE 1978 ........................................................................... 683 Ley General de la Administracion Pública. LEY Nº 8.508, DE 28 DE ABRIL DE 2006 ........................................................................ 769 Código Procesal Contencioso-Administrativo. EL SALVADOR DECRETO Nº 81, DE 24 DE NOVIEMBRE DE 1978 ......................................................... 861 Ley de la jurisdicción contencioso administrativa. EQUADOR DECRETO EJECUTIVO Nº 2.428, DE 18 DE MARZO DE 2002 ........................................ 875 Estatuto del Régimen Jurídico Administrativo de la Función Ejecutiva. LEY Nº 35, DE 18 DE MARZO DE 1968 ........................................................................... 949 Ley de la jurisdicción contencioso administrativa. GUATEMALA DECRETO Nº 119/96, DE 21 DE NOVIEMBRE DE 1996 ................................................ 973 Ley de lo contencioso administrativo. HONDURAS DECRETO Nº 152-87, DE 1 DE DICIEMBRE DE 1987 .................................................... 987 Ley de procedimiento administrativo. DECRETO Nº 189-87, DE UNO DE JULIO DE 1988 .......................................................1015 Ley de la jurisdicción de lo contencioso administrativo. MÉXICO LEY DE 4 DE AGOSTO DE 1994 .....................................................................................1045 Ley Federal de Procedimiento Administrativo. LEY FEDERAL DE 1º DE DICIEMBRE DE 2005 ..............................................................1081 Ley Federal de Procedimiento Contencioso Administrativo. LEY DE 6 DE DICIEMBRE DE 2007 ................................................................................1159 Ley Orgánica del Tribunal Federal de Justicia Administrativa. 19 Sumário NICARÁGUA LEY Nº 290, DE 27 DE MARZO DE 1998 .......................................................................1207 Ley De Organización, Competencia y Procedimientos Del Poder Ejecutivo. DECRETO Nº 71-98, DE 30 DE OCTUBRE DE 1998 .....................................................1237 Reglamento a la ley 290, ley de organización, competencia y procedimientos del poder ejecutivo. LEY Nº 350, DE 18 DE MAYO DE 2000 .........................................................................1376 Ley de regulación de la jurisdicción de lo contencioso-administrativo. PANAMÁ LEY Nº 38, DE 31 DE JULIO DE 2000 ............................................................................1421 Aprueba el Estatuto Orgánico de la Procuraduría de la Administración, regula el Procedimiento Administrativo General y dicta disposiciones especiales. LEY Nº 135, DE 30 DE ABRIL DE 1943 .........................................................................1481 Sobre la jurisdicción contencioso-administrativa. PARAGUAI LEY Nº 1.462, DE 18 DE JULIO DE 1935 .......................................................................1499 Ley que establece el procedimiento para lo contencioso administrativo. LEY Nº 4.679, DE 17 DE AGOSTO DE 2012 ..................................................................1501 Ley de trámites administrativos. PERU LEY Nº 27.444, 11 DE ABRIL DE 2001 ..........................................................................1507 Ley del procedimiento administrativo general. LEY Nº 29.060, DE 7 DE JULIO DE 2007 .......................................................................1602 Ley del silencio administrativo. LEY Nº 27.584, DE 29 DE AGOSTO DE 2008 ................................................................1608 Ley que regula el proceso contencioso administrativo. REPÚBLICA DOMINICANA LEY Nº 107-13, DE 6 DE AGOSTO DE 2013 ..................................................................1631 Ley de procedimiento administrativo. LEY Nº. 1494, DE 9 DE AGOSTO DE 1947 ....................................................................1663 Ley de la jurisdicción contencioso-administrativa. LEY Nº. 13-07, DE 25 DE OCTUBRE DE 2006 ...............................................................1673 Ley sobre el Tribunal Superior Administrativo. 20 Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ... URUGUAI DECRETO 500/991 CON LAS MODIFICACIONES DEL DECRETO 420/007 al DECRETO Nº 640/973, 8 DE AGOSTO DE 1973 ..................................................................................1681 Normas generales de actuación administrativa y regula el procedimiento disciplinario en la Administración Central. LEY Nº. 15.869 DE 22 DE JUNIO DE 1987 .....................................................................1731 Se modifican disposiciones del Decreto Ley 15.524. VENEZUELA LEY Nº 2.818 DEL 1 DE JULIO DE 1981 .........................................................................1737 Ley orgánica de procedimientos administrativos.LEY Nº 39.447, DE 16 DE JUNIO DE 2010 .....................................................................1755 Ley orgánica de la jurisdicción contencioso administrativa. CÓDIGOS-MODELO CÓDIGO MODELO DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL PARA IBERO-AMÉRICA ....................................................................................................1787 CÓDIGO MODELO EURO-AMERICANO DE JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA ...............1808 21 Introdução à compilação de leis de procedimento administrativo e processo administrativo latino-americanos Ricardo Perlingeiro Flávia Affonso Resumo: A introdução à compilação das leis nacionais de processo e procedimento administrativo de países que estão submetidos à Corte Interamericana de Direitos Humanos é voltada principalmente para o público brasileiro que, na América Latina, é um dos poucos que desconhece uma lei geral ou um código de processo (judicial) sobre as causas de direito administrativo. Nesse contexto, imperativo se faz esclarecer preliminarmente certas terminologias, que no Brasil não são compreendidas como nos demais países da região, tais como “processo administrativo” e “procedimento administrativo”, “justiça administrativa”, “jurisdição administrativa” e “contencioso administrativo”, que do mesmo modo são utilizadas no Código Modelo Euro-Americano de Jurisdição Administrativa e no Código Modelo de Processos – Judicial e Extrajudicial – para a Ibero-América. Na presente introdução, tenta-se demonstrar que o levantamento de leis nacionais sobre o processo e o procedimento administrativo é uma importante ferramenta de pesquisa no estudo comparado do direito administrativo latino-americano, impulsionado pela influência no continente da jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos, e que estimula o debate na região sobre relevantes temas como o da independência e imparcialidade das autoridades e dos juízes, confiança legítima e segurança jurídica, controle judicial da discricionariedade, disciplinamento de efeitos da omissão administrativa, autoexecutoriedade administrativa, medidas cautelares, execução de sentenças, meios consensuais de solução de conflitos, dentre outros. A presente compilação foi desenvolvida no âmbito do projeto de pesquisa “Desafios contemporâneos da justiça administrativa”, do Grupo de Pesquisa Efetividade da Jurisdição (GPEJ-CNPq), por graduandos, mestrandos e doutorandos da Universidade Federal Fluminense vinculados ao Curso de 22 Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ... Direito da Faculdade de Direito em Niterói, ao Programa de Pós-Graduação Justiça Administrativa (Mestrado Profissional e Doutorado) e ao Programa de Pós-Graduação de Sociologia e Direito (Doutorado). Ela reúne a legislação sobre o processo administrativo judicial e extrajudicial de países da Ibero-América, cujos sistemas estão sujeitos à jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte I.D.H.). O trabalho compreende as leis nacionais dos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela1. No caso do Brasil, que não adota uma lei geral sob forma de código acerca do processo (judicial) administrativo, optou-se por reunir as regras específicas do Código de Processo Civil que se referem à “Fazenda Pública” (Administração Pública), algumas leis específicas que cuidam de determinados ramos do direito administrativo e a lei que trata do procedimento administrativo, no direito brasileiro, terminologia conhecida como “processo administrativo”. Também fazem parte da lista, como fontes doutrinárias norteadoras, o Código Modelo Euro-Americano de Jurisdição Administrativa e o Código Modelo de Processos Administrativos – judicial e extrajudicial – para Ibero-América. O Código Modelo Euro-Americano de Jurisdição Administrativa é resultado de um projeto cooperativo europeu-latino-americano, coordenado por Ricardo Perlingeiro (Universidade Federal Fluminense, Niterói) e Karl- Peter Sommermann (Universidade Alemã de Ciências Administrativas em Speyer), com a participação de juristas de vários países da Europa e da América Latina.2 Por sua vez, a ideia de um Código Modelo de Processos Administrativos – judicial e extrajudicial – para Ibero-América surgiu em novembro de 2008, em Niterói, em evento acadêmico organizado pelo Núcleo de Ciências Judiciárias da Universidade Federal Fluminense (Nupej/UFF). A Comissão para elaborar a proposta de um Código foi instituída pelo Instituto Ibero-Americano 1 A Venezuela denunciou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, saindo voluntariamente da jurisdição da Corte I.D.H., em 10 de setembro de 2012. De acordo com o art. 78 da Convenção Americana de sobre Direitos Humanos, “os Estados Partes poderão denunciar esta Convenção depois de expirado um prazo de cinco anos, a partir da data da entrada em vigor da mesma e mediante aviso prévio de um ano, notificando o Secretário-Geral da Organização, o qual deve informar as outras Partes.” Contudo, o mesmo artigo assevera que a denúncia não terá efeito se desligar o Estado parte interessado das obrigações contidas na Convenção em caso de violações promovidas anteriormente ao período em que a denúncia produziu efeito. 2 PERLINGEIRO, Ricardo; SOMMERMANN, Karl-Peter. Euro-American Model Code of Administrative Ju- risdiction: English, French, German, Italian, Portuguese and Spanish Versions. Niterói: Editora da UFF, 2014. 23 Introdução de Direito Processual em março de 2009 e chancelada nas XXII Jornadas Iberoamericanas de Derecho Procesal, realizadas em Santiago do Chile, em agosto de 2010. Participaram da Comissão, dentre juristas de países da Ibero- América, Ada Pellegrini Grinover, como Presidente, e Ricardo Perlingeiro, como Secretário-Geral.3 Nesse contexto, a compilação busca ser uma fonte de inspiração. Através do estudo comparado, o trabalho permitirá ser o ponto de partida de reflexão para o aprimoramento da jurisdição administrativa em cada país, em prestígio aos direitos fundamentais. Importante, contudo, reparar que as nomenclaturas nem sempre coincidem. Não há uma uniformidade de terminologia entre as leis nacionais examinadas acerca dos institutos concernentes à jurisdição administrativa, entendida como a função do Estado para solucionar, em definitivo, conflitos sobre direito administrativo. De um modo geral, com exceção do direito brasileiro, “processo” está associado à jurisdição e “procedimento” a atuações não jurisdicionais da Administração, meramente executivas e destinadas à solução de conflitos, porém sujeitas a uma revisão jurisdicional subsequente. No Brasil, porém, utiliza-se a expressão “processo administrativo” para se referir ao que o restante da legislação latino-americana denomina “procedimento administrativo”, valendo-se da expressão “processo judicial” para referir-se ao processo jurisdicional, que, aqui, é sempre judicial, das causas de direito administrativo. No Equador, por exemplo, o processo (judicial) administrativo é chamado de procedimento contencioso-administrativo, conforme escrito na Lei nº 35, de 18 de março de 1968. Contudo, tecnicamente, e fora do Brasil, “processo administrativo” será jurisdicional; tradicionalmente judicial, mas com alguns casos de jurisdição administrativa exercida fora do Judiciário, como no caso do Uruguai e do seu Tribunal de Contencioso Administrativo. Por outro lado, “procedimento” será sempre extrajudicial e não jurisdicional. Deve-se entender que o termo “processo administrativo” engloba tanto os países de jurisdição dúplice, que adotam, portanto, tribunais administrativos, como os países de jurisdição una, como o Brasil, em que o Poder Judiciáriotambém soluciona os conflitos administrativos. Nesse sentir, quando a solução 3 GRINOVER, Ada Pellegrini; PERLINGEIRO, Ricardo et al. Código Modelo de Processos Administrati- vos - Judicial e Extrajudicial - para Iberoamérica. Revista Eletrônica de Direito Processual. Rio de Janeiro, v. X, p. 360-383, 2012. 24 Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ... dos conflitos administrativos é dada por órgão pertencente ao Poder Judiciário, temos a nomenclatura “processo administrativo judicial”; do contrário, teremos um processo administrativo extrajudicial, mas jurisdicional. Sendo o processo um instrumento pelo qual o Estado exerce a sua jurisdição, o termo “processo administrativo” seria equivalente ao procedimento administrativo com contraditório, conforme definição consolidada por Fazzalari, que assevera categoricamente que existe processo quando no iter de formação de um provimento existe contraditório. O procedimento seria o gênero e o processo a espécie, porque representaria um procedimento qualificado especialmente pela estrutura dialética marcada pelo contraditório4. Percebemos por uma análise dessa compilação que países como Costa Rica, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela possuem legislação específica tanto para tratar do procedimento administrativo como do contencioso administrativo. A Argentina, por sua vez, trata de forma incipiente, em sua lei nacional, sobre o processo administrativo, existindo leis específicas apenas nas províncias e em especial na cidade de Buenos Aires. Por sua vez, a Colômbia, em uma única lei, trata a respeito do procedimento administrativo e do Contencioso Administrativo, em seu “Código de Procedimiento Administrativo y de lo Contencioso Administrativo”, utilizando indistintamente o termo “Procedimiento Administrativo.” O estudo da legislação acaba por representar a análise comparativa da aplicação e do reflexo em cada Estado da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, como no “Caso Barbani Duarte e outros”, em que figura como demandado o Uruguai, e, no “Caso Maldonado Ordoñez”, a Guatemala.5 Na Lei nº 1.437, de 2011, da Colômbia, a exemplo das demais leis nacionais, vislumbramos a consagração dos princípios do devido processo legal, igualdade, imparcialidade, boa-fé, da moralidade, participação, responsabilidade, transparência, publicidade, coordenação, eficácia, economia e celeridade, de forma positivada. Em seu art. 10, verifica-se a preocupação com o dever de aplicação uniforme das normas aos interessados, a situações que tenham os mesmos supostos fáticos e jurídicos, em prestígio inclusive ao princípio da impessoalidade, o que se torna mais relevante quando diante de demandas repetitivas. A Lei 107-13, Lei de Procedimento Administrativo, da República Dominicana, Derechos de las Personas en sus Relaciones com la Administración y de Procedimiento Administrativo, explicita a existência 4 FAZZALARI, Elio. Processo e procedimento (Teoria Generale). Enciclopédia Del Diritto, v. XXXV, 1986, p. 819-836. 5 CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Barbani Duarte e outros contra Uru- guai, São José, 13 de outubro de 2011, § 204. CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Maldonado Ordoñez contra Guatemala, São José, 3 de maio de 2016, § 109. 25 Introdução do direito fundamental a uma boa administração, que não se manifestaria exclusivamente pelas garantias jurídicas das pessoas, mas na orientação de aumento de qualidade dos serviços e atividades que realiza a Administração Pública, assim como no direito de as pessoas serem indenizadas por lesão a seus bens e direitos. Avança a legislação ao não só prever direitos dos interessados, mas correlatos deveres com a Administração. No Brasil, inexiste lei falando do controle da discricionariedade, o que vai ser encontrado na legislação de alguns países, como no Código Procesal Contencioso-Administrativo, Lei n° 8.508, da Costa Rica, que, em seu art. 128, estabelece que, quando a sentença versar sobre poderes administrativos com elementos discricionários, seja por omissão ou por exercício indevido, condenará a Administração ao exercício de tais poderes, dentro de um prazo previsto, nos limites e preceitos impostos pela lei e pelas circunstâncias do fato.Tal regra vai ao encontro do disposto no art. 4 do Código Modelo Euro- Americano de Jurisdição Administrativa. A jurisdição administrativa deve ser dotada de independência institucional e pessoal, assim como deve prever a imparcialidade dos juízes. Também deve ser completa e efetiva, propiciando ampla defesa e participação, e celeridade na defesa e na aplicação dos direitos. O processo na jurisdição administrativa deve assegurar a realização da tutela judicial efetiva dos direitos e interesses legítimos e garantir a paridade de armas, nos termos de previsão do art. 21 do Código Modelo de Processos Administrativos – judicial e extrajudicial – para Ibero-América. Através da leitura da compilação, poder-se-á verificar o tratamento legal de institutos ainda não previstos no ordenamento pátrio, como o “silêncio administrativo”. Nesse sentido, e de forma minoritária, o Decreto n°119/96, da Guatemala, prevê, em seu art. 16, o prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data em que o procedimento se encontra em estado de resolver, para, em caso de omissão da autoridade administrativa, ter-se por esgotada a via governamental e confirmado o ato ou resolução que motivou o recurso. Esse, porém, não é o posicionamento da maior parte das leis nacionais. Legislações como da Argentina, Colômbia, Costa Rica e Venezuela apontam no sentido de que o silêncio ou a ambiguidade da administração serão interpretados como negativa, pois somente mediante disposição expressa poderá ser acordado o silêncio em sentido positivo. As legislações que estatuem ser o silêncio administrativo destituído do efeito da concessão do direito postulado conferem importância ao instituto, pois somente após o seu reconhecimento é permitida a abertura da via judicial, o que possibilita que se evite a sobreposição de esferas de atuação, tão comum no direito brasileiro. 26 Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ... Na busca também de se evitar essa sobreposição, a Lei nº 2.341, de 23 de abril de 2002, da Bolívia, sobre o procedimento administrativo, ao prever que a via do contencioso administrativo só será aberta quando do esgotamento da via administrativa, nos seus arts. 69 e 70. No mesmo sentido, o Decreto nº 189-87 de Honduras, em seu art. 42, que só o dispensa na possibilidade de disposição expressa de lei. Igualmente, a Ley de Regulación de La Jurisdicción de lo Contencioso-Administrativo, Lei n° 350, 2000, da Nicarágua, que, em seu art. 46, prevê o esgotamento da via administrativa, para o exercício da ação no âmbito do contencioso-administrativo. Assim, afirma que a via será considerada esgotada quando: (i) do uso dos recursos administrativos indicados pela Lei e notificação da resolução expressa; (ii) do silêncio administrativo, na hipótese de que, seguindo a corrente minoritária, terá por aceita a solicitação do requerente. Outro ponto de não menos importância, a imparcialidade da autoridade administrativa quando da análise do procedimento administrativo, é matéria de preocupação de legislações como a chilena, a colombiana, a hondurenha e a mexicana. No Chile, a Lei nº 19.880/2003, em seu art. 4º, prevê expressamente os princípios da imparcialidade e da abstenção, dispondo, em seu art. 12, em que consistiria esse último princípio, e prevendo as hipóteses de sua ocorrência, dentre elas, ter a autoridade administrativa interesse pessoal no assunto, ser administrador de sociedade ou entidade interessada ou ter questão religiosa pendente com alguminteressado. Por sua vez, a Lei nº 1.437, de 2011, do Código de Procedimiento Administrativo y lo Contencioso Administrativo, da Colômbia, ao lado de princípios como o devido processo legal, igualdade, dentre outros já mencionados, prevê o princípio da imparcialidade, em seu art. 3º, apontando que as autoridades deveriam atuar levando em consideração que a finalidade dos procedimentos consiste em assegurar e garantir os direitos de todas as pessoas sem discriminação, e sem sopesar fatores de afeto e interesse, e, em geral, qualquer classe de motivação subjetiva. Prevê hipóteses também de recusa dos servidores públicos que intervenham em procedimentos administrativos, o art. 15 do Decreto nº 152, de 1º dezembro de 1987, de Honduras, consistentes na relação de parentesco, afinidade, amizade íntima ou inimizade manifesta, existência de interesse pessoal no assunto, dentre outras. No mesmo sentido, a Ley Federal de Procedimiento Administrativo, do México. Além dessa proteção, o art. 123 do Decreto nº 152-87 de Honduras cuida da confiança legítima do interessado na eventualidade de anulação do ato, ao 27 Introdução vedar essa potestade da administração quando da ocorrência de prescrição, pelo tempo decorrido ou mesmo quando seu exercício resultar contrário à equidade, ao direito dos particulares ou às leis. Por outro lado, estabelece que a anulação, revogação ou modificação de um ato somente dará lugar à indenização quando a mesma está prevista expressamente na lei. A Lei nacional da República Dominicana, acima citada, Lei nº 107-13, como forma de proteger o interessado em suas expectativas que razoavelmente haja gerado a própria administração no passado, prevê não só o princípio da confiança legítima, mas o da coerência e da boa-fé. A respeito da autoexecutoriedade das decisões administrativas, a Lei do Procedimento Administrativo no México prevê que, após oferecida ampla defesa, as autoridades competentes farão uso das medidas legais necessárias, incluindo o auxílio da força pública, para conseguir a execução das sanções e das medidas de segurança que aplicam (art. 75). Não se trata de previsão isolada, pois a Lei n° 27.444, 11 de novembro de 2001, Ley Del Procedimiento Administrativo General, do Peru, em seu art. 194, consagra a possibilidade de execução forçada das decisões administrativas e, nos artigos 196/200, as suas modalidades: execução coativa, execução subsidiária, multa coercitiva e medidas compulsórias sobre as pessoas. Também prevê a possibilidade de execução forçada dos atos administrativos a Ley Orgánica de Procedimientos Administrativos, de 1º de julho de 1981, da Venezuela, com a aplicação sucessiva de multas como forma de coerção. A mesma lei peruana sobre procedimento administrativo aponta, como causa de nulidade, em seu art. 182, a inobservância de realização da audiência pública, como formalidade essencial à participação efetiva de terceiros, quando o ato resultante do processo administrativo for suscetível de afetar direitos e interesses cuja titularidade corresponda a pessoas indeterminadas. Nessa audiência, qualquer terceiro, sem necessidade de comprovar legitimação especial, está habilitado para apresentar informação e requerer análise de provas, assim como para expressar opinião sobre as questões que constituem objeto do procedimento. Como previsão inovadora, a Lei nº 107-13, da República Dominicana, estatui a função administrativa arbitral, mediante a qual a Administração dita atos administrativos decidindo controvérsias jurídicas entre os interessados. Ao tratar do processo administrativo, conforme legislação da Costa Rica, Código Procesal Contencioso-Administrativo, nº 8.508, serão legitimados para demandar, por regra, os seguintes: (i) quem alegue afetação de interesse legítimo ou direito subjetivo, (ii) as entidades, corporações e instituições de Direito 28 Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ... Público, ou que ostentem a representação e defesa de interesses e direitos de caráter geral, (iii) os legitimados para a defesa de interesses difusos ou coletivos, (iv) todas as pessoas por ação popular, assim quando disponha expressamente a lei, (v) e a Administração, em caso de prejuízo ao interesse público, à Fazenda Pública, e para exigir responsabilidade contratual e extracontratual. No Equador, e na sua já mencionada Lei nº 35, 18 de março de 1968, pode também intervir no processo, em qualquer estado da causa, como assistente do demandado, qualquer pessoa natural ou jurídica que tenha interesse direto na manutenção do ato ou dispositivo que motivou a ação do contencioso-administrativo. No que diz respeito à capacidade postulatória, chama a atenção a Lei do Contencioso-Administrativo da Nicarágua, que em seu art. 26 confere essa capacidade aos menores de idade que tiverem completado 15 anos, quando ostentarem direitos ou interesses próprios. Quanto aos limites da via do contencioso administrativo, o Decreto n° 119, de de 21 de novembro 1996, da Guatemala, exclui da competência do Tribunal de lo Contencioso Administrativo os seguintes assuntos: relativos à ordem política, militar ou de defesa, sem prejuízo das indenizações decorrentes, referentes às disposições de caráter geral sobre saúde e higiene públicas, sem prejuízo das indenizações decorrentes, os que sejam de competência de outros tribunais, aqueles envolvendo concessão, salvo disposto em lei especial ao contrário e os que a lei exclua a possibilidade de serem pleiteados na via do contencioso-administrativo. Verificamos, no que diz respeito à possibilidade de medidas cautelares contra a Fazenda Pública, sua previsão, nos arts. 19 a 30 do Código da Costa Rica, com importância ressaltar que, na hipótese de envolver elementos discricionários, deve ser aplicada a norma do mesmo art. 128 evidenciado acima. Para tanto, o art. 22 da lei estabelece balizamentos, quando afirma que o tribunal ou juiz, ao outorgar ou denegar alguma medida cautelar, deverá considerar especificamente o princípio da proporcionalidade, ponderando eventual lesão ao interesse público, os danos ou prejuízos provocados com a medida a terceiros, assim como os caracteres de instrumentalidade e provisoriedade, de modo que não se afete a gestão substancial da entidade, nem se afete de forma grave a situação jurídica de terceiros. Também deverá observar as possibilidades e previsões financeiras que a Administração Pública deverá efetuar para a execução da medida cautelar. O mesmo “Código Procesal Contencioso-Administrativo”, da Costa Rica, prevê, em seu art. 72, que a Administração Pública poderá conciliar sobre a conduta administrativa, sua validez e seus efeitos, com independência de sua 29 Introdução natureza pública ou privada. Ao mesmo tempo, conforme o art.79, as partes, por si mesmas, poderão buscar os diversos mecanismos para solução de seus conflitos fora do processo, podendo solicitar a sua suspensão. A lei nacional da Costa Rica, ademais, possui um título específico, para execução de sentenças contra o poder público, sendo o Tribunal dotado de um corpo de juízes executores. As sentenças devem ser cumpridas imediatamente, salvo se o juiz de ofício ou a pedido outorgar, de forma motivada, um prazo de até 3 (três) meses; em casos excepcionais, o juiz poderá prorrogar por uma única vez o prazo concedido (art. 157). Ao funcionário que não cumpra sem justa casa qualquer dos requerimentos do juiz executor, será aplicada uma multa de um a cinco salários mínimos, sendo-lhe dada oportunidade de defesa (art. 159). Pela Lei de El Salvador, Decreto nº 81, de 24 de novembro de 1978, Ley de la Jurisdicción Contencioso Administrativa, a Corte Suprema de Justiça poderá suspender total ou parcialmente a execução da sentença quando houver perigo de transtorno grave daordem pública, supressão ou suspensão de um serviço público essencial à comunidade, ou de privação do uso coletivo real e atual de uma coisa destinada a um fim público, ou quando tal sentença resultar em grave prejuízo para a Fazenda Pública. No primeiro caso, a suspensão surtirá efeito durante o tempo em que persistirem as causas de motivação. No segundo caso, a Corte determinará um prazo prudencial, não mais de 3 (três) anos, para o cumprimento da sentença. Como medida inovadora, a Ley de Procedimiento Contencioso Administrativo, do México, disciplina a Facultad de Atracción, para julgamento de causas, pelo Pleno ou Seções do Tribunal Administrativo, com características especiais, pela natureza da matéria, fundamentos de defesa ou valor da causa, ou mesmo quando seja necessário estabelecer, pela primeira vez, a interpretação direta da lei, regulamento ou disposição administrativa de caráter geral, parametrizar o alcance dos elementos constitutivos de um imposto, até fixar a jurisprudência. O Presidente do Tribunal também poderá solicitar a atração de tal competência. Em conclusão, a compilação tem o intuito de contribuir para reflexões concernentes ao fortalecimento da jurisdição administrativa no contexto latino-americano, pois a leitura das fontes permitirá ao jurista desenvolver um próprio raciocínio crítico na abordagem dos institutos. Ela também visa estimular o debate e aprimoramento da jurisdição administrativa, para fins de efetivação e respeito dos direitos fundamentais dos interessados no contexto de observância da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Argentina 33 LEY Nº 19.549, DE 3 DE ABRIL DE 1972 Ley de procedimiento administrativo. En uso de las atribuciones conferidas por el artículo 5 del Estatuto de la Revolución Argentina, EL PRESIDENTE DE LA NACION ARGENTINA SANCIONA Y PROMULGA CON FUERZA DE LEY: TÍTULO I Procedimiento administrativo: ámbito de aplicación Artículo 1°. Las normas del procedimiento que se aplicará ante la Administración Pública Nacional centralizada y descentralizada, inclusive entes autárquicos, con excepción de los organismos militares y de defensa y seguridad, se ajustarán a las propias de la presente ley y a los siguientes requisitos: Requisitos generales: impulsión e instrucción de oficio a) Impulsión e instrucción de oficio, sin perjuicio de la participación de los interesados en las actuaciones; Celeridad, economía, sencillez y eficacia en los trámites b) Celeridad, economía, sencillez y eficacia en los trámites quedando facultado el Poder Ejecutivo para regular el régimen disciplinario que asegure el decoro y el orden procesal. Este régimen comprende la potestad de aplicar multa de hasta diez mil pesos ($ 10.000) - cuando no estuviere previsto un monto distinto en norma expresa- mediante resoluciones que, al quedar firmes, tendrán fuerza ejecutiva. Este monto máximo será reajustado anualmente por el Poder Ejecutivo Nacional, de acuerdo con la variación del índice de precios al consumidor establecido por el Instituto Nacional de Estadística y Censos del Ministerio de Economía de la Nación; Informalismo c) Excusación de la inobservancia por los interesados de exigencias formales no esenciales y que puedan ser cumplidas posteriormente; Días y horas hábiles d) Los actos, actuaciones y diligencias se practicarán en días y horas hábiles 34 Ley de procedimiento administrativo administrativos, pero de oficio o a petición de parte podrán habilitarse aquellos que no lo fueren, por las autoridades que deban dictarlos o producirlas; Los plazos e) En cuanto a los plazos: 1) Serán obligatorios para los interesados y para la Administración; 2) Se contarán por días hábiles administrativos salvo disposición legal en contrario o habilitación resuelta de oficio o a petición de parte; 3) Se computarán a partir del día siguiente al de la notificación. Si se tratare de plazos relativos a actos que deban ser publicados regirá lo dispuesto por el artículo 2 del Código Civil; 4) Cuando no se hubiere establecido un plazo especial para la realización de trámites, notificaciones y citaciones, cumplimiento de intimaciones y emplazamientos y contestación de traslados, vistas e informes, aquél será de diez (10) días; 5) Antes del vencimiento de un plazo podrá la Administración de oficio o a pedido del interesado, disponer su ampliación, por el tiempo razonable que fijare mediante resolución fundada y siempre que no resulten perjudicados derechos de terceros. La denegatoria deberá ser notificada por lo menos con dos (2) días de antelación al vencimiento del plazo cuya prórroga se hubiere solicitado; Interposición de recursos fuera de plazo 6) Una vez vencidos los plazos establecidos para interponer recursos administrativos se perderá el derecho para articularlos; ello no obstará a que se considere la petición como denuncia de ilegitimidad por el órgano que hubiera debido resolver el recurso, salvo que éste dispusiere lo contrario por motivos de seguridad jurídica o que, por estar excedidas razonables pautas temporales, se entienda que medió abandono voluntario del derecho; Interrupción de plazos por articulación de recursos 7) Sin perjuicio de lo establecido en el artículo 12, la interposición de recursos administrativos interrumpirá el curso de los plazos aunque aquéllos hubieren sido mal calificados, adolezcan de defectos formales insustanciales o fueren deducidos ante órgano incompetente por error excusable; Pérdida de derecho dejado de usar en plazo 8) La Administración podrá dar por decaído el derecho dejado de usar dentro del plazo correspondiente, sin perjuicio de la prosecución de los procedimientos según su estado y sin retrotraer etapas siempre que no se tratare del supuesto a que se refiere el apartado siguiente; 35 Argentina Caducidad de los procedimientos 9) Transcurridos sesenta (60) días desde que un trámite se paralice por causa imputable al administrado, el órgano competente le notificará que, si transcurrieren otros treinta (30) días de inactividad, se declarará de oficio la caducidad de los procedimientos, archivándose el expediente. Se exceptúan de la caducidad los trámites relativos a previsión social y los que la Administración considerare que deben continuar por sus particulares circunstancias o por estar comprometido el interés público. Operada la caducidad, el interesado podrá, no obstante, ejercer sus pretensiones en un nuevo expediente, en el que podrá hacer valer las pruebas ya producidas. Las actuaciones practicadas con intervención de órgano competente producirán la suspensión de plazos legales y reglamentarios, inclusive los relativos a la prescripción, los que se reiniciarán a partir de la fecha en que quedare firme el auto declarativo de caducidad; Debido proceso adjetivo f) Derecho de los interesados al debido proceso adjetivo, que comprende la posibilidad: Derecho a ser oído 1) De exponer las razones de sus pretensiones y defensas antes de la emisión de actos que se refieren a sus derechos subjetivos o intereses legítimos, interponer recursos y hacerse patrocinar y representar profesionalmente. Cuando una norma expresa permita que la representación en sede administrativa se ejerza por quienes no sean profesionales del Derecho, el patrocinio letrado será obligatorio en los casos en que se planteen o debatan cuestiones jurídicas. Derecho a ofrecer y producir pruebas 2) De ofrecer prueba y que ella se produzca, si fuere pertinente, dentro del plazo que la administración fije en cada caso, atendiendo a la complejidad del asunto y a la índole de la que deba producirse, debiendo la administración requerir y producir los informes y dictámenes necesarios para el esclarecimiento de los hechos y de la verdad jurídica objetiva; todo con el contralorde los interesados y sus profesionales, quienes podrán presentar alegatos y descargos una vez concluido el período probatorio; Derecho a una decisión fundada 3) Que el acto decisorio haga expresa consideración de los principales argumentos y de las cuestiones propuestas, en tanto fueren conducentes a la solución del caso”. (Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977) 36 Ley de procedimiento administrativo Procedimientos especiales excluidos Articulo 2º. Dentro del plazo de CIENTO VEINTE días, computado a partir de la vigencia de las normas procesales a que se refiere el artículo 1, el PODER EJECUTIVO determinará cuáles serán los procedimientos especiales actualmente aplicables que continuarán vigentes. Queda asimismo facultado para: Paulatina adaptación de los regímenes especiales al nuevo procedimiento a) sustituir las normas legales y reglamentarias de índole estrictamente procesal de los regímenes especiales que subsistan, con miras a la paulatina adaptación de éstos al sistema del nuevo procedimiento y de los recursos administrativos por él implantados, en tanto ello no afectare las normas de fondo a las que se refieren o apliquen los citados regímenes especiales. La presente ley será de aplicación supletoria en las tramitaciones administrativas cuyos regímenes especiales subsistan. b) dictar el procedimiento administrativo que regirá respecto de los organismos militares y de defensa y seguridad, a propuesta de éstos, adoptando los principios básicos de la presente ley y su reglamentación. Actuaciones reservadas o secretas c) determinar las circunstancias y autoridades competentes para calificar como reservadas o secretas las actuaciones, diligencias, informes o dictámenes que deban tener ese carácter, aunque estén incluidos en actuaciones públicas. TÍTULO II Competencia del órgano Articulo 3º. La competencia de los órganos administrativos será la que resulte, según los casos, de la Constitución Nacional, de las leyes y de los reglamentos dictados en su consecuencia. Su ejercicio constituye una obligación de la autoridad o del órgano correspondiente y es improrrogable, a menos que la delegación o sustitución estuvieren expresamente autorizadas; la avocación será procedente a menos que una norma expresa disponga lo contrario. Cuestiones de competencia Articulo 4º. EL PODER EJECUTIVO resolverá las cuestiones de competencia que se susciten entre los Ministros y las que se plantean entre autoridades, organismos o entes autárquicos que desarrollen su actividad en sede de diferentes Ministerios. Los titulares de éstos resolverán las que se planteen entre autoridades, organismos o entes autárquicos que actúen en la esfera de sus respectivos Departamentos de Estado. 37 Argentina Contiendas negativas y positivas Articulo 5º. Cuando un órgano, de oficio o a petición de parte, se declarare incompetente, remitirá las actuaciones al que reputare competente; si éste, a su vez, las rehusare, deberá someterlas a la autoridad habilitada para resolver el conflicto. Si dos órganos se considerasen competentes, el último que hubiere conocido en el caso someterá la cuestión, de oficio o a petición de parte, a la autoridad que debe resolverla. La decisión final de las cuestiones de competencia se tomará, en ambos casos, sin otra sustanciación que el dictamen del servicio jurídico correspondiente y, si fuere de absoluta necesidad, con el dictamen técnico que el caso requiera. Los plazos previstos en este artículo para la remisión de actuaciones serán de DOS días y para producir dictámenes y dictar resoluciones serán de CINCO días. Recusación y excusación de funcionarios y empleados Articulo 6º. Los funcionarios y empleados pueden ser recusados por las causales y en las oportunidades previstas en los artículos 17 y 18 del Código Procesal Civil y Comercial de la Nación, debiendo dar intervención al superior inmediato dentro de los DOS días. La intervención anterior del funcionario o empleado en el expediente no se considerará causal de recusación. Si el recusado admitiere la causal y ésta fuere procedente, aquél le designará reemplazante. Caso contrario, resolverá dentro de los CINCO días; si se estimare necesario producir prueba, ese plazo podrá extenderse otro tanto. La excusación de los funcionarios y empleados se regirá por el artículo 30 del Código arriba citado y será remitida de inmediato al superior jerárquico, quien resolverá sin sustanciación dentro de los CINCO días. Si aceptare la excusación se nombrará reemplazante; si la desestimare devolverá las actuaciones al inferior para que prosiga interviniendo en el trámite. Las resoluciones que se dicten con motivo de los incidentes de recusación o excusación y las que los resuelvan, serán irrecurribles. TÍTULO III Requisitos esenciales del acto administrativo Articulo 7º. Son requisitos esenciales del acto administrativo los siguientes: Competencia a) ser dictado por autoridad competente. 38 Ley de procedimiento administrativo Causa b) Deberá sustentarse en los hechos y antecedentes que le sirvan de causa y en el derecho aplicable. Objeto c) El objeto debe ser cierto y física y jurídicamente posible debe decidir todas las peticiones formuladas, pero puede involucrar otras no propuestas, previa audiencia del interesado y siempre que ello no afecte derechos adquiridos. Procedimientos d) Antes de su emisión deben cumplirse los procedimientos esenciales y sustanciales previstos y los que resulten implícitos del ordenamiento jurídico. Sin perjuicio de lo que establezcan otras normas especiales, considérase también esencial el dictamen proveniente de los servicios permanentes de asesoramiento jurídico cuando el acto pudiere afectar derechos subjetivos e intereses legítimos. Motivación e) Deberá ser motivado, expresándose en forma concreta las razones que inducen a emitir el acto, consignando, además, los recaudos indicados en el inciso b) del presente artículo. Finalidad f) Habrá de cumplirse con la finalidad que resulte de las normas que otorgan las facultades pertinentes del órgano emisor, sin poder perseguir encubiertamente otros fines, públicos o privados, distintos de los que justifican el acto, su causa y objeto. Las medidas que el acto involucre deben ser proporcionalmente adecuadas a aquella finalidad. Los contratos que celebren las jurisdicciones y entidades comprendidas en el Sector Público Nacional se regirán por sus respectivas leyes especiales, sin perjuicio de la aplicación directa de las normas del presente título, en cuanto fuere pertinente. (Párrafo sustituido por art. 36 del Decreto N°1023/2001 B.O. 16/8/2001) Forma Articulo 8º. El acto administrativo se manifestará expresamente y por escrito; indicará el lugar y fecha en que se lo dicta y contendrá la firma de la autoridad que lo emite; sólo por excepción y si las circunstancias lo permitieren podrá utilizarse una forma distinta. 39 Argentina Vías de hecho Artículo 9º. La Administración se abstendrá: a) De comportamientos materiales que importen vías de hecho administrativas lesivas de un derecho o garantía constitucionales; b) De poner en ejecución un acto estando pendiente algún recurso administrativo de los que en virtud de norma expresa impliquen la suspensión de los efectos ejecutorios de aquél, o que, habiéndose resuelto, no hubiere sido notificado. (Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977) Silencio o ambigüedad de la Administración Articulo 10. El silencio o la ambigüedad de la Administración frente a pretensiones que requieran de ella un pronunciamiento concreto, se interpretarán como negativa. Sólo mediando disposición expresa podrá acordarse al silencio sentido positivo. Si las normas especiales no previeren unplazo determinado para el pronunciamiento, éste no podrá exceder de SESENTA días. Vencido el plazo que corresponda, el interesado requerirá pronto despacho y si transcurrieren otros TREINTA días sin producirse dicha resolución, se considerará que hay silencio de la Administración. Eficacia del acto: Notificación y publicación Articulo 11. Para que el acto administrativo de alcance particular adquiera eficacia debe ser objeto de notificación al interesado y el de alcance general, de publicación. Los administrados podrán antes, no obstante, pedir el cumplimiento de esos actos si no resultaren perjuicios para el derecho de terceros. Presunción de legitimidad y fuerza ejecutoria Articulo 12. El acto administrativo goza de presunción de legitimidad; su fuerza ejecutoria faculta a la Administración a ponerlo en práctica por sus propios medios -a menos que la ley o la naturaleza del acto exigieren la intervención judicial- e impide que los recursos que interpongan los administrados suspendan su ejecución y efectos, salvo que una norma expresa establezca lo contrario. Sin embargo, la Administración podrá, de oficio o a pedido de parte y mediante resolución fundada, suspender la ejecución por razones de interés público, o para evitar perjuicios graves al interesado, o cuando se alegare fundadamente una nulidad absoluta. 40 Ley de procedimiento administrativo Retroactividad del acto Artículo 13. El acto administrativo podrá tener efectos retroactivos -siempre que no se lesionaren derechos adquiridos- cuando se dictare en sustitución de otro revocado o cuando favoreciere al administrado. Nulidad Artículo 14. El acto administrativo es nulo, de nulidad absoluta e insanable en los siguientes casos: a) Cuando la voluntad de la Administración resultare excluida por error esencial; dolo, en cuanto se tengan como existentes hechos o antecedentes inexistentes o falsos; violencia física o moral ejercida sobre el agente; o por simulación absoluta. b) Cuando fuere emitido mediando incompetencia en razón de la materia, del territorio, del tiempo o del grado, salvo, en este último supuesto, que la delegación o sustitución estuvieren permitidas; falta de causa por no existir o ser falsos los hechos o el derecho invocados; o por violación de la ley aplicable, de las formas esenciales o de la finalidad que inspiró su dictado. Anulabilidad Artículo 15. Si se hubiere incurrido en una irregularidad, omisión o vicio que no llegare a impedir la existencia de alguno de sus elementos esenciales, el acto será anulable en sede judicial. (Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977) Invalidez de cláusulas accidentales o accesorias Artículo 16. La invalidez de una cláusula accidental o accesoria de un acto administrativo no importará la nulidad de este, siempre que fuere separable y no afectare la esencia del acto emitido. Revocación del acto nulo Artículo 17. El acto administrativo afectado de nulidad absoluta se considera irregular y debe ser revocado o sustituido por razones de ilegitimidad aun en sede administrativa. No obstante, si el acto estuviere firme y consentido y hubiere generado derechos subjetivos que se estén cumpliendo, sólo se podrá impedir su subsistencia y la de los efectos aún pendientes mediante declaración judicial de nulidad. (Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977) 41 Argentina Revocación del acto regular Artículo 18. El acto administrativo regular, del que hubieren nacido derechos subjetivos a favor de los administrados, no puede ser revocado, modificado o sustituido en sede administrativa una vez notificado. Sin embargo, podrá ser revocado, modificado o sustituido de oficio en sede administrativa si el interesado hubiere conocido el vicio, si la revocación, modificación o sustitución del acto lo favorece sin causar perjuicio a terceros y si el derecho se hubiere otorgado expresa y válidamente a título precario. También podrá ser revocado, modificado o sustituido por razones de oportunidad, mérito o conveniencia, indemnizando los perjuicios que causare a los administrados. Saneamiento Artículo 19. El acto administrativo anulable puede ser saneado mediante: Ratificación a) Ratificación por el órgano superior, cuando el acto hubiere sido emitido con incompetencia en razón de grado y siempre que la avocación, delegación o sustitución fueren procedentes. Confirmación b) Confirmación por el órgano que dictó el acto subsanando el vicio que lo afecte. Los efectos del saneamiento se retrotraerán a la fecha de emisión del acto objeto de ratificación o confirmación. Conversión Artículo 20. Si los elementos válidos de un acto administrativo nulo permitieren integrar otro que fuere válido, podrá efectuarse su conversión en éste consintiéndolo el administrado. La conversión tendrá efectos a partir del momento en que se perfeccione el nuevo acto. Caducidad Artículo 21. La Administración podrá declarar unilateralmente la caducidad de un acto administrativo cuando el interesado no cumpliere las condiciones fijadas en el mismo, pero deberá mediar previa constitución en mora y concesión de un plazo suplementario razonable al efecto. Revisión Artículo 22. Podrá disponerse en sede administrativa la revisión de un acto firme: a) Cuando resultaren contradicciones en la parte dispositiva, háyase pedido o no su aclaración. 42 Ley de procedimiento administrativo b) Cuando después de dictado se recobraren o descubrieren documentos decisivos cuya existencia se ignoraba o no se pudieron presentar como prueba por fuerza mayor o por obra de tercero. c) Cuando hubiere sido dictado basándose en documentos cuya declaración de falsedad se desconocía o se hubiere declarado después de emanado el acto. d) Cuando hubiere sido dictado mediando cohecho, prevaricato, violencia o cualquier otra maquinación fraudulenta o grave irregularidad comprobada. El pedido deberá interponerse dentro de los DIEZ (10) días de notificado el acto en el caso del inciso a). En los demás supuestos podrá promoverse la revisión dentro de los TREINTA (30) días de recobrarse o hallarse los documentos o cesar la fuerza mayor u obra del tercero; o de comprobarse en legal forma los hechos indicados en los incisos c) y d). TÍTULO IV Impugnación judicial de actos administrativos Artículo 23. Podrá ser impugnado por vía judicial un acto de alcance particular: a) Cuando revista calidad de definitivo y se hubieren agotado a su respecto las instancias administrativas. b) Cuando pese a no decidir sobre el fondo de la cuestión, impida totalmente la tramitación del reclamo interpuesto. c) Cuando se diere el caso de silencio o de ambigüedad a que se alude en el artículo 10. d) Cuando la Administración violare lo dispuesto en el artículo 9. Artículo 24. El acto de alcance general será impugnable por vía judicial: a) Cuando un interesado a quien el acto afecte o pueda afectar en forma cierta e inminente en sus derechos subjetivos, haya formulado reclamo ante la autoridad que lo dictó y el resultado fuere adverso o se diere alguno de los supuestos previstos en el artículo 10. b) Cuando la autoridad de ejecución del acto de alcance general le haya dado aplicación mediante actos definitivos y contra tales actos se hubieren agotado sin éxito las instancias administrativas. 43 Argentina Plazos dentro de los cuales debe deducirse la impugnación (por vía de acción o recurso) Artículo 25. La acción contra el Estado o sus entes autárquicos deberá deducirse dentro del plazo perentorio de noventa (90) días hábiles judiciales, computados de la siguiente manera: a) Si se tratare de actos de alcance particular, desde su notificación al interesado; b) Si se tratare de actos de contenido general contra los que se hubiereformulado reclamo resuelto negativamente por resolución expresa, desde que se notifique al interesado la denegatoria; c) Si se tratare de actos de alcance general impugnables a través de actos individuales de aplicación, desde que se notifique al interesado el acto expreso que agote la instancia administrativa; d) Si se tratare de vías de hecho o de hechos administrativos, desde que ellos fueren conocidos por el afectado.- Cuando en virtud de norma expresa la impugnación del acto administrativo deba hacerse por vía de recurso, el plazo para deducirlo será de treinta (30) días desde la notificación de la resolución definitiva que agote las instancias administrativas. (Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977) Artículo 26. La demanda podrá iniciarse en cualquier momento cuando el acto adquiera carácter definitivo por haber transcurrido los plazos previstos en el artículo 10 y sin perjuicio de lo que corresponda en materia de prescripción. Impugnación de actos por el Estado o sus entes autárquicos; plazos Artículo 27. No habrá plazo para accionar en los casos en que el Estado o sus entes autárquicos fueren actores, sin perjuicio de lo que corresponda en materia de prescripción. Amparo por mora de la Administración Artículo 28. El que fuere parte en un expediente administrativo podrá solicitar judicialmente se libre orden de pronto despacho. Dicha orden será procedente cuando la autoridad administrativa hubiere dejado vencer los plazos fijados y en caso de no existir éstos, si hubiere transcurrido un plazo que excediere de lo razonable sin emitir el dictamen o la resolución de mero trámite o de fondo que requiera el interesado. Presentado el petitorio, el juez se 44 Ley de procedimiento administrativo expedirá sobre su procedencia, teniendo en cuenta las circunstancias del caso, y si lo estimare pertinente requerirá a la autoridad administrativa interviniente que, en el plazo que le fije, informe sobre las causas de la demora aducida. La decisión del juez será inapelable. Contestado el requerimiento o vencido el plazo sin que se lo hubiere evacuado, se resolverá lo pertinente acerca de la mora, librando la orden si correspondiere para que la autoridad administrativa responsable despache las actuaciones en el plazo prudencial que se establezca según la naturaleza y complejidad del dictamen o trámites pendientes. (Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977) Articulo 29. La desobediencia a la orden de pronto despacho tornará aplicable lo dispuesto por el artículo 17 del decreto-ley 1.285/58. Reclamo administrativo previo a la demanda judicial Artículo 30. El Estado nacional o sus entidades autárquicas no podrán ser demandados judicialmente sin previo reclamo administrativo dirigido al Ministerio o Secretaría de la Presidencia o autoridad superior de la entidad autárquica, salvo cuando se trate de los supuestos de los artículos 23 y 24. El reclamo versará sobre los mismos hechos y derechos que se invocarán en la eventual demanda judicial y será resuelto por las autoridades citadas. (Artículo sustituido por art. 12 de la Ley N° 25.344 B.O. 21/11/2000) Artículo 31. El pronunciamiento acerca del reclamo deberá efectuarse dentro de los noventa (90) días de formulado. Vencido ese plazo, el interesado requerirá pronto despacho y si transcurrieren otros cuarenta y cinco (45) días, podrá aquél iniciar la demanda, la que deberá ser interpuesta en los plazos perentorios y bajos los efectos previstos en el artículo 25, sin perjuicio de lo que fuere pertinente en materia de prescripción. El Poder Ejecutivo, a requerimiento del organismo interviniente, por razones de complejidad o emergencia pública, podrá ampliar fundadamente los plazos indicados, se encuentren o no en curso, hasta un máximo de ciento veinte (120) y sesenta (60) días respectivamente. La denegatoria expresa del reclamo no podrá ser recurrida en sede administrativa. Los jueces no podrán dar curso a las demandas mencionadas en los artículos 23, 24 y 30 sin comprobar de oficio en forma previa el cumplimiento de los recaudos establecidos en esos artículos y los plazos previstos en el artículo 25 y en el presente. 45 Argentina (Artículo sustituido por art. 12 de la Ley N° 25.344 B.O. 21/11/2000) Artículo 32. El reclamo administrativo previo a que se refieren los artículos anteriores no será necesario si mediare una norma expresa que así lo establezca y cuando: a) Se tratare de repetir lo pagado al Estado en virtud de una ejecución o de repetir un gravamen pagado indebidamente; b) Se reclamare daños y perjuicios contra el Estado por responsabilidad extracontractual. (Artículo sustituido por art. 12 de la Ley N° 25.344 B.O. 21/11/2000) Artículo 33. La presente ley entrará a regir a los CIENTO VEINTE (120) días de su publicación en el BOLETIN OFICIAL. Articulo 34. Comuníquese, publíquese, dése a la DIRECCION NACIONAL DEL REGISTRO OFICIAL y archívese. LANUSSE - Coda - Rey - Quijano Antecedentes Normativos - Artículo 30, sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977; - Artículo 32, sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977; 46 Reglamentación de la Ley Nacional de Procedimientos Administrativos DECRETO Nº 1.759, DE 3 DE ABRIL DE 1972 Reglamentación de la Ley Nacional de Procedimientos Administrativos. VISTO y CONSIDERANDO: lo establecido por la Ley N° 19.549 y lo propuesto por el señor Ministro de Justicia de la Nación, EL PRESIDENTE DE LA NACION ARGENTINA DECRETA: TÍTULO I Artículo 1º. Apruébase el cuerpo de disposiciones adjunto, que constituye la reglamentación de la Ley Nacional de Procedimientos Administrativos. Artículo 2º. La reglamentación aprobada entrará a regir a los ciento veinte días de su publicación en el Boletín Oficial y se aplicará a los trámites administrativos que se inicien de oficio o a pedido de parte, a partir de esa fecha. Artículo 3º. El Ministerio de Justicia convocará de inmediato a los titulares de los distintos servicios jurídicos de la Administración pública nacional centralizada y descentralizada, inclusive entes autárquicos, para que, reunidos en comisión, propongan cuáles serán los procedimientos especiales actualmente aplicables que continuarán vigentes. Sus conclusiones serán elevadas al Poder Ejecutivo, juntamente con las normas proyectadas, treinta días antes del vencimiento del plazo previsto en el artículo 2 de la ley. Artículo 4º. Cada uno de los titulares de los servicios jurídicos antes mencionados deberá ir sugiriendo paulatinamente al Poder Ejecutivo, por conducto del Departamento de Estado u organismo de que dependa, las medidas a que se refiere el artículo 2, inciso a), de la ley. A su ve, los titulares de los servicios jurídicos militares y de defensa y seguridad harán lo propio a través de los Comandos en jefe de sus respectivas armas y organismos de que dependan, respecto de los procedimientos administrativos a que se refiere el inciso b) del mismo artículo de la ley. Artículo 5º. Comuníquese, publíquese, dése a la Dirección Nacional del Registro Oficial y archívese. LANUSSE– Carlos A.- Rey – Ismael E. Bruno Quijano – Carlos G. N. Coda. 47 Argentina REGLAMENTACIÓN DE PROCEDIMIENTO ADMINISTRATIVO TITULO I (Nota Infoleg: Por art. 3° del Decreto N° 1883/1991 B.O. 24/9/1991, se aprueba el texto ordenado del Decreto N° 1759/72, el que pasa a titularse “Reglamento de Procedimientos Administrativos. Decreto 1759/72 T.O. 1991”.) Organos Competentes 1º. Los expedientes administrativos tramitarán y serán resueltos con intervención del órgano al que una ley o un decreto hubieren atribuido competencia; en su defecto actuará el organismo que determine el reglamento interno del Ministerio o cuerpo directivo del ente descentralizado, según
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