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Procedimento Administrativo e Processo A

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Procedimento Administrativo e 
Processo Administrativo
Latino-Americanos
Compilação de Leis Nacionais
Procedimento Administrativo e 
Processo Administrativo
Latino-Americanos
Compilação de Leis Nacionais
Ricardo Perlingeiro 
Coordenador
Flávia Affonso
Graziela de Caro
Alice Frazão
Anna Gabriela Costa
Carmen Silvia Lima de Arruda
Mônica Ventura Rosa
1ª Edição - Março 2017
Tribunal Regional Federal da 2ª Região
Acesso livre e gratuito. É autorizada a cópia deste livro e também a reprodução do seu 
conteúdo, desde que indicada a fonte.
CDU: 35.077.3
CDD: 341.362
Organização: Ricardo Perlingeiro
Autores: Ricardo Perlingeiro, Flávia Affonso, Graziela de Caro, Alice Frazão, Anna Gabriela 
Costa, Carmen Silvia Lima de Arruda e Mônica Ventura Rosa
Projeto Gráfico, Capa e Editoração Eletrônica: Leila Andrade de Souza
Distribuição Gratuita
1ª Edição
2017
Editado pela Escola da Magistratura Regional Federal da 2ª Região - EMARF
Órgão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo)
Rua Acre, 80 - 22º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP20081-000
( (21) 2282-8530 - 2282-8788
http://emarf.trf2.jus.br/site
revistaemarf@trf2.jus.br
P963 
Procedimento administrativo e processo administrativo latino-americanos : 
compilação de leis nacionais / Ricardo Perlingeiro coordenador, Flávia Affonso... et al. ; 
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Escola da Magistratura Regional Federal. -- 1. 
ed. -- Rio de Janeiro : EMARF, 2017.
1822 p. 
Disponível em: <http://emarf.trf2.jus.br/site/revistaemarf.php>
ISBN: 978-85-62108-04-4
1. Procedimento administrativo. 2. Processo administrativo. 3. América Latina. 
4. Legislação. I. Perlingeiro, Ricardo (Coord.). II. Affonso, Flávia. III. Brasil. Tribunal 
Regional Federal (2. Região). IV. Escola da Magistratura Regional Federal (2. Região). 
V. Título. 
Diretoria da EMARF
Diretor-Geral
Desembargador Federal Luiz Antonio Soares
Diretor de Cursos e Pesquisas
Desembargador Federal Aluisio Gonçalves de Castro Mendes
Diretor de Publicações
Desembargador Federal Augusto Guilherme Diefenthaeler
Diretor de Intercâmbio e Difusão
Desembargador Federal Ricardo Perlingeiro
EQUIPE DA EMARF
Clarice de Souza Biancovilli - Assessora Executiva
Rio de Janeiro
Edith Alinda Balderrama Pinto
Flávia Munic Medeiros Pereira
João Paulo de Jesus Baptista
Leila Andrade de Souza
Luciana de Mello Leitão
Luiz Carlos Lorenzo Peralba
Maria Suely Nunes do Nascimento
Osmani Valporto Moreno
Pedro Mailto de Figueiredo Lima
Marta Geovana de Oliveira
Tânia Maria Marçolla Livramento
Thereza Helena Perbeils Marchon
Vilma Ferreira Amado
Espírito Santo
Soraya Bassini Chamun
Rayane Ferreira Machado Daher
Tribunal Regional Federal da 2ª Região
Presidente:
Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND 
Vice-Presidente:
Desembargador Federal REIS FRIEDE
Corregedor-Geral:
 Desembargador Federal GUILHERME COUTO
Membros:
Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO
Desembargadora Federal VERA LÚCIA LIMA
Desembargador Federal ANTONIO IVAN ATHIÉ
Desembargador Federal SERGIO SCHWAITZER
Desembargador Federal ANDRÉ FONTES
Desembargador Federal ABEL GOMES
Desembargador Federal LUIZ ANTONIO SOARES
Desembargador Federal MESSOD AZULAY NETO
Desembargadora Federal LANA REGUEIRA
Desembargador Federal GUILHERME CALMON
Desembargador Federal JOSÉ ANTONIO NEIVA
Desembargador Federal JOSÉ FERREIRA NEVES NETO
Desembargadora Federal NIZETE LOBATO RODRIGUES CARMO
Desembargador Federal LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal ALUISIO GONçALVES DE CASTRO MENDES
Desembargador Federal GUILHERME DIEFENTHAELER
Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM
Desembargador Federal MARCELO PEREIRA DA SILVA
Desembargador Federal RICARDO PERLINGEIRO
Desembargadora Federal CLAUDIA MARIA PEREIRA BASTOS NEIVA
Desembargadora Federal LETICIA DE SANTIS MELLO
Desembargadora Federal SIMONE SCHREIBER
Desembargador Federal MARCELLO GRANADO
Juiz Federal Convocado ALCIDES MARTINS RIBEIRO FILHO 
Apresentação
O presente livro compreende uma compilação de leis nacionais acerca do 
processo e do procedimento administrativo em vigor nos países latino-americanos 
de origem Ibérica e sujeitos à jurisdição da Corte Interamericana de Direitos 
Humanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, 
Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, 
República Dominicana, Uruguai e, ainda que atualmente desvinculada da 
Convenção Americana, a Venezuela), com o objetivo de viablizar um estudo 
comparado regional, a partir das seguintes normas modelo: Código Modelo 
Euro-Americano de Jurisdição Administrativa, da Universidade Federal 
Fluminense (Niterói/Rio de Janeiro) e da Universidade Alemã de Ciências 
da Administração Pública; e Código Modelo de Processos Administrativos 
(Judicial e Extrajudicial) para Ibero-América, do Instituto Ibero-Americano de 
Direito Processual. 
Lista de Autores
Ricardo Perlingeiro é Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal 
da 2ª Região, e Professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal 
Fluminense - UFF. Graduado em Direito pela UFF, Mestre e Doutor 
em Direito pela Universidade Gama Filho. Especialista em Direito pela 
Universidade de Brasília. 
Flávia Martins Affonso é Advogada da União, ex-Advogada da Caixa 
Econômica Federal, graduada pela Universidade Estadual do Rio de 
Janeiro, Mestre pelo Instituto Brasiliense de Direito Público e doutoranda 
pela Universidade Federal Fluminense. Especialista em “Globalização, 
Justiça e Segurança Humana” pela Escola Superior do Ministério Público 
da União e, em Processo Civil, pelo Instituto Brasiliense de Direito Público 
e pela Universidade do Sul de Santa Catarina.
Graziela de Caro é Graduanda em Direito na Faculdade de Direito (Niterói- 
RJ), da Universidade Federal Fluminense. Monitora da disciplina 
“Introdução à Justiça Administrativa”.
Alice Frazão é Graduanda em Direito na Faculdade de Direito (Niterói- RJ), 
da Universidade Federal Fluminense. Estagiária da Escola da Magistartura 
Regional Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. 
Anna Gabriela Costa é Advogada, com graduação em Direito pela 
Universidade Federal Fluminense.
Carmen Silvia Lima de Arruda é Juíza Federal Titular da 15ª Vara Federal do 
Rio de Janeiro. Graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio de 
Janeiro. Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Justiça Administrativa 
da Universidade Federal Fluminense. Doutoranda. Juris Doctor conferido 
pela University of Miami em 2008.
Mônica Ventura Rosa é Advogada, com graduação em Direito pela 
Universidade Federal Fluminense – UFF e Mestre em Justiça 
Administrativa pela UFF. Especialista em Direito Fiscal pela PUC/RJ, em 
Direito Previdenciário pela Cândido Mendes/RJ e em Direito Processual 
Civil pela UFF.
Conselho Científico
Abel Fernandes Gomes, Desembargador Federal do Tribunal Regional 
Federal da 2ª Região 
Adriana García, Professora do Centro de Investigación y Docencia 
Económicas (CIDE), México
Augusto Guilherme Diefenthaeler, Desembargador Federal do Tribunal 
Regional Federal da 2ª Região 
Cristiana Fortini, Professora da Faculdade de Direito da Universidade 
Federal de Minas Gerais 
Daniel Wunder Hachem, Professor da Faculdade de Direito da Universidade 
Federal do Paraná 
Diana-Urania Galetta, Professora da Faculdade de Direito da Universidade 
de Milão, Itália
Edilson Nobre Júnior, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal 
da 5ª Região, Professor da Faculdade de Direito do Recife (Universidade 
Federal de Pernambuco) 
Eduardo Talamini, Professor da Faculdade de Direito da Universidade 
Federal do Paraná 
Ernesto Jinesta Lobo, Magistrado Presidente da Sala Constitucional de 
la Corte Supremade Justicia da Costa Rica, Presidente da Academia 
Costarricense de Derecho (ACD) e da Asociación Costarricense de 
Derecho Administrativo (ASCODA)
Guilherme Calmon Nogueira da Gama, Desembargador Federal do 
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Professor da Faculdade de Direito 
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Jacques Ziller, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Pavia, Itália
Juan Antonio Robles Garzón, Professor da Faculdade de Direito da Universidade 
de Málaga, Espanha 
Juliana Ferraz Coutinho, Professora da Faculdade de Direito da Universidade 
do Porto, Portugal 
Marcelo Pereira da Silva, Desembargador Federal do Tribunal Regional 
Federal da 2ª Região 
Marcus Abraham, Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 
2ª Região, Professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado 
do Rio de Janeiro 
Milena Liani, Professora da Faculdade de Direito da Universidad Católica 
Andrés Bello, Venezuela 
Mônica Sifuentes, Desembargadora Federal do Tribunal Regional Federal da 
1ª Região 
Odete Medauar, Professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo 
Pedro Aberastury, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de 
Buenos Aires, Argentina
Ruth Stella Correa Palacio, Ex-Ministra da Justiça da República da 
Colômbia, Ex-Magistrada do Conselho de Estado da Colômbia, Relatora 
do Anteprojeto de Código de Procedimiento Administrativo y de lo 
Contencioso Administrativo da Colômbia
Simone Schreiber, Desembargadora Federal do Tribunal Regional Federal da 
2ª Região, Professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do 
Estado do Rio de Janeiro 
Victor Moreno Catena, Professor da Faculdade de Direito da Universidade 
Carlos III, Espanha
15
Sumário
Apresentação ............................................................................................................................... 9
Lista de Autores ..........................................................................................................................11
Conselho Científico ....................................................................................................................13
Introdução à compilação de leis de procedimento administrativo e processo administrativo 
latino-americanos .......................................................................................................................21
ARGENTINA
LEY Nº 19.549, DE 3 DE ABRIL DE 1972 ...........................................................................33
Ley de procedimiento administrativo. 
DECRETO Nº 1.759, DE 3 DE ABRIL DE 1972 ...................................................................46
Reglamentación de la Ley Nacional de Procedimientos Administrativos.
LEY Nº 3.952, DE 27 DE SETEMBRO DE 1900 ..................................................................74
Ley de demandas contra la Nación.
LEY Nº 25.344, DE 19 DE OCTUBRE DE 2000 ...................................................................76
Ley de Emergencia Económico-Financiera.
DECRETO DE NECESIDAD Y URGENCIA Nº 1.510, DE 22 DE OCTUBRE DE 1997 .........85
Ley de procedimiento administrativo de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires (texto 
consolidado al 29.2.2016 por la Ley n° 5.666 - BOCBA 5014 del 24-11-2016).
LEY Nº 189, DE 13 DE MAYO DE 1999 ........................................................................... 116
Código Contencioso Administrativo y Tributario de la Ciudad de Buenos Aires (texto 
consolidado al 29.2.2016 por la Ley n° 5.666 - BOCBA 5014 del 24-11-2016).
BOLÍVIA
LEY Nº 2.341, DE 23 DE ABRIL DE 2002 ......................................................................... 247
Ley de procedimiento administrativo.
DECRETO SUPREMO Nº 27.113 ....................................................................................... 274
Reglamenta la Ley N° 2341 de 23 de abril de 2002, de Procedimiento Administrativo, para 
su aplicación en el Poder Ejecutivo.
LEY Nº 3.076, DE 20 DE JUNIO DE 2005 ........................................................................ 309
Modificaciones a las Leyes n° 2.427 del bonosol, n° 2.341 de procedimiento administrativo 
y n° 1.488 de bancos y entidades financieros.
LEY Nº 620, DE 29 DE DICIEMBRE DE 2014 .................................................................. 314
Ley transitória para la tramitación de los proccesos contencioso y contencioso administrativo.
DECRETO LEY Nº 12.760, DE 6 DE AGOSTO DE 1975 ................................................... 316
Código de Procedimiento Civil.
16
Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ...
BRASIL
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 ............................. 321
DECRETO Nº 70.235, DE 6 DE MARÇO DE 1972 ........................................................... 326
Decreto que dispõe sobre o processo administrativo fiscal.
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ................................................................ 345
Lei que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais.
LEI Nº 8.666 DE 21 DE JUNHO DE 1993 ........................................................................ 355
Lei que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública.
LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996 ................................................................ 359
Lei que dispõe sobre a arbitragem.
LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999 ..................................................................... 360
Lei que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011 ............................................................. 366
Lei que regula o acesso a informações.
LEI Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015 ..................................................................... 370
Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre 
a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública; altera a Lei no 9.469, de 
10 de julho de 1997, e o Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga o § 2º do art. 6º 
da Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997.
DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941 ...................................................... 374
Lei que dispõe sobre desapropriações por utilidade pública.
LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965 ........................................................................ 383
Regula a ação popular.
LEI Nº 5.010, DE 30 DE MAIO DE 1966 .......................................................................... 391
Lei que organiza a Justiça Federal de primeira instância.
LEI Nº 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980 ................................................................ 393
Lei de execução fiscal.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985 ......................................................................... 405
Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, 
ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico 
(VETADO) e dá outras providências.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 ................................................................ 410
Código de Defesa do Consumidor.
LEI Nº 8.397, DE 6 DE JANEIRO DE 1992 ....................................................................... 412
Institui medida cautelar fiscal e dá outras providências.
17
Sumário
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 .......................................................................... 416
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito 
no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta 
ou fundacional e dá outras providências.LEI Nº 8.437, DE 30 DE JUNHO DE 1992. ...................................................................... 427
Lei que dispõe sobre a concessão de medidas cautelares contra atos do Poder Público.
LEI Nº 9.469, DE 10 DE JULHO DE 1997 ........................................................................ 429
Regulamenta o disposto no inciso VI do art. 4º da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro 
de 1993; dispõe sobre a intervenção da União nas causas em que figurarem, como autores 
ou réus, entes da administração indireta; regula os pagamentos devidos pela Fazenda Pública 
em virtude de sentença judiciária; revoga a Lei nº 8.197, de 27 de junho de 1991, e a Lei nº 
9.081, de 19 de julho de 1995, e dá outras providências.
LEI Nº 9.494, DE 10 DE SETEMBRO DE 1997 ................................................................ 434
Lei sobre a aplicação da tutela antecipada contra a Fazenda Pública.
LEI No 10.259, DE 12 DE JULHO DE 2001 ....................................................................... 436
Lei que dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da 
Justiça Federal.
LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 ..................................................................... 442
Lei que regula o mandado de segurança individual e coletivo.
LEI Nº 12.153, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009 ............................................................. 449
Lei que dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Nº 115, DE 29 DE JUNHO 
DE 2010 ........................................................................................................................ 455
Resolução sobre a Gestão de Precatórios no âmbito do Poder Judiciário
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 ..................................................................... 474
Lei que institui o Código de Processo Civil.
RESOLUÇÃO DO CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL Nº 405, DE 9 DE JUNHO DE 2016 ..481
Resolução sobre a regulamentação, no âmbito da Justiça Federal de primeiro e segundo 
graus, os procedimentos relativos à expedição de ofícios requisitórios.
CHILE
DECRETO Nº 1/19.653, 13 DE DICIEMBRE DE 2000 .................................................... 501
Fija texto refundido, coordinado y Sistematizado de la ley nº 18.575, Organica constitucional 
de bases Generales de la administracion del Estado.
LEY Nº 19.880, DE 14 DE MAYO DE 2003 ...................................................................... 519
Establece Bases de los Procedimientos Administrativos que Rigen los Actos de los Organos 
de la Administracion del Estado. 
18
Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ...
COLÔMBIA
LEY Nº 1.437, DE 18 DE ENERO DE 2011 ...................................................................... 543
Código de Procedimiento Administrativo y de lo Contencioso Administrativo. 
COSTA RICA
LEY Nº 6.227, DE 2 DE MAYO DE 1978 ........................................................................... 683
Ley General de la Administracion Pública.
LEY Nº 8.508, DE 28 DE ABRIL DE 2006 ........................................................................ 769
Código Procesal Contencioso-Administrativo.
EL SALVADOR
DECRETO Nº 81, DE 24 DE NOVIEMBRE DE 1978 ......................................................... 861
Ley de la jurisdicción contencioso administrativa.
EQUADOR
DECRETO EJECUTIVO Nº 2.428, DE 18 DE MARZO DE 2002 ........................................ 875
Estatuto del Régimen Jurídico Administrativo de la Función Ejecutiva.
LEY Nº 35, DE 18 DE MARZO DE 1968 ........................................................................... 949
Ley de la jurisdicción contencioso administrativa.
GUATEMALA
DECRETO Nº 119/96, DE 21 DE NOVIEMBRE DE 1996 ................................................ 973
Ley de lo contencioso administrativo.
HONDURAS
DECRETO Nº 152-87, DE 1 DE DICIEMBRE DE 1987 .................................................... 987
Ley de procedimiento administrativo.
DECRETO Nº 189-87, DE UNO DE JULIO DE 1988 .......................................................1015
Ley de la jurisdicción de lo contencioso administrativo. 
MÉXICO
LEY DE 4 DE AGOSTO DE 1994 .....................................................................................1045
Ley Federal de Procedimiento Administrativo.
LEY FEDERAL DE 1º DE DICIEMBRE DE 2005 ..............................................................1081
Ley Federal de Procedimiento Contencioso Administrativo.
LEY DE 6 DE DICIEMBRE DE 2007 ................................................................................1159
Ley Orgánica del Tribunal Federal de Justicia Administrativa.
19
Sumário
NICARÁGUA
LEY Nº 290, DE 27 DE MARZO DE 1998 .......................................................................1207
Ley De Organización, Competencia y Procedimientos Del Poder Ejecutivo.
DECRETO Nº 71-98, DE 30 DE OCTUBRE DE 1998 .....................................................1237
Reglamento a la ley 290, ley de organización, competencia y procedimientos del poder 
ejecutivo.
LEY Nº 350, DE 18 DE MAYO DE 2000 .........................................................................1376
Ley de regulación de la jurisdicción de lo contencioso-administrativo.
PANAMÁ
LEY Nº 38, DE 31 DE JULIO DE 2000 ............................................................................1421
Aprueba el Estatuto Orgánico de la Procuraduría de la Administración, regula el 
Procedimiento Administrativo General y dicta disposiciones especiales.
LEY Nº 135, DE 30 DE ABRIL DE 1943 .........................................................................1481
Sobre la jurisdicción contencioso-administrativa. 
PARAGUAI
LEY Nº 1.462, DE 18 DE JULIO DE 1935 .......................................................................1499
Ley que establece el procedimiento para lo contencioso administrativo. 
LEY Nº 4.679, DE 17 DE AGOSTO DE 2012 ..................................................................1501
Ley de trámites administrativos. 
PERU
LEY Nº 27.444, 11 DE ABRIL DE 2001 ..........................................................................1507
Ley del procedimiento administrativo general.
LEY Nº 29.060, DE 7 DE JULIO DE 2007 .......................................................................1602
Ley del silencio administrativo.
LEY Nº 27.584, DE 29 DE AGOSTO DE 2008 ................................................................1608
Ley que regula el proceso contencioso administrativo.
REPÚBLICA DOMINICANA
LEY Nº 107-13, DE 6 DE AGOSTO DE 2013 ..................................................................1631
Ley de procedimiento administrativo.
LEY Nº. 1494, DE 9 DE AGOSTO DE 1947 ....................................................................1663
Ley de la jurisdicción contencioso-administrativa. 
LEY Nº. 13-07, DE 25 DE OCTUBRE DE 2006 ...............................................................1673
Ley sobre el Tribunal Superior Administrativo.
20
Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ...
URUGUAI
DECRETO 500/991 CON LAS MODIFICACIONES DEL DECRETO 420/007 al DECRETO Nº 
640/973, 8 DE AGOSTO DE 1973 ..................................................................................1681
Normas generales de actuación administrativa y regula el procedimiento disciplinario en la 
Administración Central.
LEY Nº. 15.869 DE 22 DE JUNIO DE 1987 .....................................................................1731
Se modifican disposiciones del Decreto Ley 15.524.
VENEZUELA
LEY Nº 2.818 DEL 1 DE JULIO DE 1981 .........................................................................1737
Ley orgánica de procedimientos administrativos.LEY Nº 39.447, DE 16 DE JUNIO DE 2010 .....................................................................1755
Ley orgánica de la jurisdicción contencioso administrativa.
CÓDIGOS-MODELO
CÓDIGO MODELO DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL 
PARA IBERO-AMÉRICA ....................................................................................................1787
CÓDIGO MODELO EURO-AMERICANO DE JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA ...............1808
21
Introdução à compilação de leis de 
procedimento administrativo e processo 
administrativo latino-americanos
Ricardo Perlingeiro 
Flávia Affonso
Resumo: A introdução à compilação das leis nacionais de processo e procedimento 
administrativo de países que estão submetidos à Corte Interamericana de Direitos 
Humanos é voltada principalmente para o público brasileiro que, na América Latina, 
é um dos poucos que desconhece uma lei geral ou um código de processo (judicial) 
sobre as causas de direito administrativo. Nesse contexto, imperativo se faz esclarecer 
preliminarmente certas terminologias, que no Brasil não são compreendidas como 
nos demais países da região, tais como “processo administrativo” e “procedimento 
administrativo”, “justiça administrativa”, “jurisdição administrativa” e “contencioso 
administrativo”, que do mesmo modo são utilizadas no Código Modelo Euro-Americano 
de Jurisdição Administrativa e no Código Modelo de Processos – Judicial e Extrajudicial 
– para a Ibero-América. Na presente introdução, tenta-se demonstrar que o levantamento 
de leis nacionais sobre o processo e o procedimento administrativo é uma importante 
ferramenta de pesquisa no estudo comparado do direito administrativo latino-americano, 
impulsionado pela influência no continente da jurisdição da Corte Interamericana de 
Direitos Humanos, e que estimula o debate na região sobre relevantes temas como o 
da independência e imparcialidade das autoridades e dos juízes, confiança legítima e 
segurança jurídica, controle judicial da discricionariedade, disciplinamento de efeitos 
da omissão administrativa, autoexecutoriedade administrativa, medidas cautelares, 
execução de sentenças, meios consensuais de solução de conflitos, dentre outros.
A presente compilação foi desenvolvida no âmbito do projeto de pesquisa 
“Desafios contemporâneos da justiça administrativa”, do Grupo de Pesquisa 
Efetividade da Jurisdição (GPEJ-CNPq), por graduandos, mestrandos e 
doutorandos da Universidade Federal Fluminense vinculados ao Curso de 
22
Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ...
Direito da Faculdade de Direito em Niterói, ao Programa de Pós-Graduação 
Justiça Administrativa (Mestrado Profissional e Doutorado) e ao Programa de 
Pós-Graduação de Sociologia e Direito (Doutorado). 
Ela reúne a legislação sobre o processo administrativo judicial e extrajudicial 
de países da Ibero-América, cujos sistemas estão sujeitos à jurisdição da Corte 
Interamericana de Direitos Humanos (Corte I.D.H.). O trabalho compreende 
as leis nacionais dos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, 
Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, 
Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e 
Venezuela1. No caso do Brasil, que não adota uma lei geral sob forma de 
código acerca do processo (judicial) administrativo, optou-se por reunir as 
regras específicas do Código de Processo Civil que se referem à “Fazenda 
Pública” (Administração Pública), algumas leis específicas que cuidam de 
determinados ramos do direito administrativo e a lei que trata do procedimento 
administrativo, no direito brasileiro, terminologia conhecida como “processo 
administrativo”.
Também fazem parte da lista, como fontes doutrinárias norteadoras, o Código 
Modelo Euro-Americano de Jurisdição Administrativa e o Código Modelo de 
Processos Administrativos – judicial e extrajudicial – para Ibero-América.
O Código Modelo Euro-Americano de Jurisdição Administrativa é 
resultado de um projeto cooperativo europeu-latino-americano, coordenado 
por Ricardo Perlingeiro (Universidade Federal Fluminense, Niterói) e Karl-
Peter Sommermann (Universidade Alemã de Ciências Administrativas 
em Speyer), com a participação de juristas de vários países da Europa e da 
América Latina.2
Por sua vez, a ideia de um Código Modelo de Processos Administrativos – 
judicial e extrajudicial – para Ibero-América surgiu em novembro de 2008, em 
Niterói, em evento acadêmico organizado pelo Núcleo de Ciências Judiciárias 
da Universidade Federal Fluminense (Nupej/UFF). A Comissão para elaborar 
a proposta de um Código foi instituída pelo Instituto Ibero-Americano 
1 A Venezuela denunciou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, saindo voluntariamente da 
jurisdição da Corte I.D.H., em 10 de setembro de 2012. De acordo com o art. 78 da Convenção Americana 
de sobre Direitos Humanos, “os Estados Partes poderão denunciar esta Convenção depois de expirado 
um prazo de cinco anos, a partir da data da entrada em vigor da mesma e mediante aviso prévio de um 
ano, notificando o Secretário-Geral da Organização, o qual deve informar as outras Partes.” Contudo, o 
mesmo artigo assevera que a denúncia não terá efeito se desligar o Estado parte interessado das obrigações 
contidas na Convenção em caso de violações promovidas anteriormente ao período em que a denúncia 
produziu efeito.
2 PERLINGEIRO, Ricardo; SOMMERMANN, Karl-Peter. Euro-American Model Code of Administrative Ju-
risdiction: English, French, German, Italian, Portuguese and Spanish Versions. Niterói: Editora da UFF, 2014. 
23
Introdução
de Direito Processual em março de 2009 e chancelada nas XXII Jornadas 
Iberoamericanas de Derecho Procesal, realizadas em Santiago do Chile, em 
agosto de 2010. Participaram da Comissão, dentre juristas de países da Ibero-
América, Ada Pellegrini Grinover, como Presidente, e Ricardo Perlingeiro, 
como Secretário-Geral.3
Nesse contexto, a compilação busca ser uma fonte de inspiração. Através 
do estudo comparado, o trabalho permitirá ser o ponto de partida de reflexão 
para o aprimoramento da jurisdição administrativa em cada país, em prestígio 
aos direitos fundamentais.
Importante, contudo, reparar que as nomenclaturas nem sempre coincidem.
Não há uma uniformidade de terminologia entre as leis nacionais 
examinadas acerca dos institutos concernentes à jurisdição administrativa, 
entendida como a função do Estado para solucionar, em definitivo, conflitos 
sobre direito administrativo. 
De um modo geral, com exceção do direito brasileiro, “processo” está 
associado à jurisdição e “procedimento” a atuações não jurisdicionais da 
Administração, meramente executivas e destinadas à solução de conflitos, 
porém sujeitas a uma revisão jurisdicional subsequente. No Brasil, porém, 
utiliza-se a expressão “processo administrativo” para se referir ao que o restante 
da legislação latino-americana denomina “procedimento administrativo”, 
valendo-se da expressão “processo judicial” para referir-se ao processo 
jurisdicional, que, aqui, é sempre judicial, das causas de direito administrativo. 
No Equador, por exemplo, o processo (judicial) administrativo é chamado 
de procedimento contencioso-administrativo, conforme escrito na Lei nº 35, 
de 18 de março de 1968.
Contudo, tecnicamente, e fora do Brasil, “processo administrativo” será 
jurisdicional; tradicionalmente judicial, mas com alguns casos de jurisdição 
administrativa exercida fora do Judiciário, como no caso do Uruguai e do seu 
Tribunal de Contencioso Administrativo. Por outro lado, “procedimento” será 
sempre extrajudicial e não jurisdicional.
Deve-se entender que o termo “processo administrativo” engloba tanto os 
países de jurisdição dúplice, que adotam, portanto, tribunais administrativos, 
como os países de jurisdição una, como o Brasil, em que o Poder Judiciáriotambém soluciona os conflitos administrativos. Nesse sentir, quando a solução 
3 GRINOVER, Ada Pellegrini; PERLINGEIRO, Ricardo et al. Código Modelo de Processos Administrati-
vos - Judicial e Extrajudicial - para Iberoamérica. Revista Eletrônica de Direito Processual. Rio de Janeiro, 
v. X, p. 360-383, 2012.
24
Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ...
dos conflitos administrativos é dada por órgão pertencente ao Poder Judiciário, 
temos a nomenclatura “processo administrativo judicial”; do contrário, 
teremos um processo administrativo extrajudicial, mas jurisdicional.
Sendo o processo um instrumento pelo qual o Estado exerce a sua jurisdição, 
o termo “processo administrativo” seria equivalente ao procedimento 
administrativo com contraditório, conforme definição consolidada por 
Fazzalari, que assevera categoricamente que existe processo quando no iter 
de formação de um provimento existe contraditório. O procedimento seria 
o gênero e o processo a espécie, porque representaria um procedimento 
qualificado especialmente pela estrutura dialética marcada pelo contraditório4.
Percebemos por uma análise dessa compilação que países como Costa Rica, 
Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai 
e Venezuela possuem legislação específica tanto para tratar do procedimento 
administrativo como do contencioso administrativo. A Argentina, por sua vez, 
trata de forma incipiente, em sua lei nacional, sobre o processo administrativo, 
existindo leis específicas apenas nas províncias e em especial na cidade de 
Buenos Aires. Por sua vez, a Colômbia, em uma única lei, trata a respeito 
do procedimento administrativo e do Contencioso Administrativo, em seu 
“Código de Procedimiento Administrativo y de lo Contencioso Administrativo”, 
utilizando indistintamente o termo “Procedimiento Administrativo.”
O estudo da legislação acaba por representar a análise comparativa da 
aplicação e do reflexo em cada Estado da jurisprudência da Corte Interamericana 
de Direitos Humanos, como no “Caso Barbani Duarte e outros”, em que figura 
como demandado o Uruguai, e, no “Caso Maldonado Ordoñez”, a Guatemala.5
Na Lei nº 1.437, de 2011, da Colômbia, a exemplo das demais leis nacionais, 
vislumbramos a consagração dos princípios do devido processo legal, igualdade, 
imparcialidade, boa-fé, da moralidade, participação, responsabilidade, 
transparência, publicidade, coordenação, eficácia, economia e celeridade, de forma 
positivada. Em seu art. 10, verifica-se a preocupação com o dever de aplicação 
uniforme das normas aos interessados, a situações que tenham os mesmos supostos 
fáticos e jurídicos, em prestígio inclusive ao princípio da impessoalidade, o que se 
torna mais relevante quando diante de demandas repetitivas.
A Lei 107-13, Lei de Procedimento Administrativo, da República 
Dominicana, Derechos de las Personas en sus Relaciones com la 
Administración y de Procedimiento Administrativo, explicita a existência 
4 FAZZALARI, Elio. Processo e procedimento (Teoria Generale). Enciclopédia Del Diritto, v. XXXV, 
1986, p. 819-836.
5 CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Barbani Duarte e outros contra Uru-
guai, São José, 13 de outubro de 2011, § 204. CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. 
Caso Maldonado Ordoñez contra Guatemala, São José, 3 de maio de 2016, § 109.
25
Introdução
do direito fundamental a uma boa administração, que não se manifestaria 
exclusivamente pelas garantias jurídicas das pessoas, mas na orientação de 
aumento de qualidade dos serviços e atividades que realiza a Administração 
Pública, assim como no direito de as pessoas serem indenizadas por lesão 
a seus bens e direitos. Avança a legislação ao não só prever direitos dos 
interessados, mas correlatos deveres com a Administração.
No Brasil, inexiste lei falando do controle da discricionariedade, o que 
vai ser encontrado na legislação de alguns países, como no Código Procesal 
Contencioso-Administrativo, Lei n° 8.508, da Costa Rica, que, em seu art. 
128, estabelece que, quando a sentença versar sobre poderes administrativos 
com elementos discricionários, seja por omissão ou por exercício indevido, 
condenará a Administração ao exercício de tais poderes, dentro de um prazo 
previsto, nos limites e preceitos impostos pela lei e pelas circunstâncias do 
fato.Tal regra vai ao encontro do disposto no art. 4 do Código Modelo Euro-
Americano de Jurisdição Administrativa.
A jurisdição administrativa deve ser dotada de independência institucional 
e pessoal, assim como deve prever a imparcialidade dos juízes. Também deve 
ser completa e efetiva, propiciando ampla defesa e participação, e celeridade na 
defesa e na aplicação dos direitos. O processo na jurisdição administrativa deve 
assegurar a realização da tutela judicial efetiva dos direitos e interesses legítimos e 
garantir a paridade de armas, nos termos de previsão do art. 21 do Código Modelo 
de Processos Administrativos – judicial e extrajudicial – para Ibero-América.
Através da leitura da compilação, poder-se-á verificar o tratamento legal 
de institutos ainda não previstos no ordenamento pátrio, como o “silêncio 
administrativo”. Nesse sentido, e de forma minoritária, o Decreto n°119/96, da 
Guatemala, prevê, em seu art. 16, o prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data 
em que o procedimento se encontra em estado de resolver, para, em caso de 
omissão da autoridade administrativa, ter-se por esgotada a via governamental 
e confirmado o ato ou resolução que motivou o recurso. Esse, porém, não é o 
posicionamento da maior parte das leis nacionais. Legislações como da Argentina, 
Colômbia, Costa Rica e Venezuela apontam no sentido de que o silêncio ou a 
ambiguidade da administração serão interpretados como negativa, pois somente 
mediante disposição expressa poderá ser acordado o silêncio em sentido positivo.
As legislações que estatuem ser o silêncio administrativo destituído do 
efeito da concessão do direito postulado conferem importância ao instituto, 
pois somente após o seu reconhecimento é permitida a abertura da via judicial, 
o que possibilita que se evite a sobreposição de esferas de atuação, tão comum 
no direito brasileiro. 
26
Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ...
Na busca também de se evitar essa sobreposição, a Lei nº 2.341, de 23 de 
abril de 2002, da Bolívia, sobre o procedimento administrativo, ao prever que 
a via do contencioso administrativo só será aberta quando do esgotamento 
da via administrativa, nos seus arts. 69 e 70. No mesmo sentido, o Decreto 
nº 189-87 de Honduras, em seu art. 42, que só o dispensa na possibilidade de 
disposição expressa de lei. Igualmente, a Ley de Regulación de La Jurisdicción 
de lo Contencioso-Administrativo, Lei n° 350, 2000, da Nicarágua, que, em seu 
art. 46, prevê o esgotamento da via administrativa, para o exercício da ação no 
âmbito do contencioso-administrativo. Assim, afirma que a via será considerada 
esgotada quando: (i) do uso dos recursos administrativos indicados pela Lei e 
notificação da resolução expressa; (ii) do silêncio administrativo, na hipótese de 
que, seguindo a corrente minoritária, terá por aceita a solicitação do requerente.
Outro ponto de não menos importância, a imparcialidade da autoridade 
administrativa quando da análise do procedimento administrativo, é matéria 
de preocupação de legislações como a chilena, a colombiana, a hondurenha e 
a mexicana.
No Chile, a Lei nº 19.880/2003, em seu art. 4º, prevê expressamente os 
princípios da imparcialidade e da abstenção, dispondo, em seu art. 12, em que 
consistiria esse último princípio, e prevendo as hipóteses de sua ocorrência, 
dentre elas, ter a autoridade administrativa interesse pessoal no assunto, ser 
administrador de sociedade ou entidade interessada ou ter questão religiosa 
pendente com alguminteressado.
Por sua vez, a Lei nº 1.437, de 2011, do Código de Procedimiento 
Administrativo y lo Contencioso Administrativo, da Colômbia, ao lado 
de princípios como o devido processo legal, igualdade, dentre outros já 
mencionados, prevê o princípio da imparcialidade, em seu art. 3º, apontando 
que as autoridades deveriam atuar levando em consideração que a finalidade 
dos procedimentos consiste em assegurar e garantir os direitos de todas as 
pessoas sem discriminação, e sem sopesar fatores de afeto e interesse, e, em 
geral, qualquer classe de motivação subjetiva.
Prevê hipóteses também de recusa dos servidores públicos que intervenham 
em procedimentos administrativos, o art. 15 do Decreto nº 152, de 1º dezembro 
de 1987, de Honduras, consistentes na relação de parentesco, afinidade, 
amizade íntima ou inimizade manifesta, existência de interesse pessoal no 
assunto, dentre outras. No mesmo sentido, a Ley Federal de Procedimiento 
Administrativo, do México. 
Além dessa proteção, o art. 123 do Decreto nº 152-87 de Honduras cuida 
da confiança legítima do interessado na eventualidade de anulação do ato, ao 
27
Introdução
vedar essa potestade da administração quando da ocorrência de prescrição, 
pelo tempo decorrido ou mesmo quando seu exercício resultar contrário à 
equidade, ao direito dos particulares ou às leis. Por outro lado, estabelece 
que a anulação, revogação ou modificação de um ato somente dará lugar à 
indenização quando a mesma está prevista expressamente na lei. 
A Lei nacional da República Dominicana, acima citada, Lei nº 107-13, 
como forma de proteger o interessado em suas expectativas que razoavelmente 
haja gerado a própria administração no passado, prevê não só o princípio da 
confiança legítima, mas o da coerência e da boa-fé.
A respeito da autoexecutoriedade das decisões administrativas, a Lei do 
Procedimento Administrativo no México prevê que, após oferecida ampla 
defesa, as autoridades competentes farão uso das medidas legais necessárias, 
incluindo o auxílio da força pública, para conseguir a execução das sanções 
e das medidas de segurança que aplicam (art. 75). Não se trata de previsão 
isolada, pois a Lei n° 27.444, 11 de novembro de 2001, Ley Del Procedimiento 
Administrativo General, do Peru, em seu art. 194, consagra a possibilidade 
de execução forçada das decisões administrativas e, nos artigos 196/200, as 
suas modalidades: execução coativa, execução subsidiária, multa coercitiva e 
medidas compulsórias sobre as pessoas.
Também prevê a possibilidade de execução forçada dos atos administrativos 
a Ley Orgánica de Procedimientos Administrativos, de 1º de julho de 1981, da 
Venezuela, com a aplicação sucessiva de multas como forma de coerção.
A mesma lei peruana sobre procedimento administrativo aponta, como causa 
de nulidade, em seu art. 182, a inobservância de realização da audiência pública, 
como formalidade essencial à participação efetiva de terceiros, quando o ato 
resultante do processo administrativo for suscetível de afetar direitos e interesses 
cuja titularidade corresponda a pessoas indeterminadas. Nessa audiência, 
qualquer terceiro, sem necessidade de comprovar legitimação especial, está 
habilitado para apresentar informação e requerer análise de provas, assim como 
para expressar opinião sobre as questões que constituem objeto do procedimento.
Como previsão inovadora, a Lei nº 107-13, da República Dominicana, 
estatui a função administrativa arbitral, mediante a qual a Administração dita 
atos administrativos decidindo controvérsias jurídicas entre os interessados.
Ao tratar do processo administrativo, conforme legislação da Costa Rica, 
Código Procesal Contencioso-Administrativo, nº 8.508, serão legitimados para 
demandar, por regra, os seguintes: (i) quem alegue afetação de interesse legítimo 
ou direito subjetivo, (ii) as entidades, corporações e instituições de Direito 
28
Procedimento Administrativo e Processo Administrativo Latino-Americanos ...
Público, ou que ostentem a representação e defesa de interesses e direitos de 
caráter geral, (iii) os legitimados para a defesa de interesses difusos ou coletivos, 
(iv) todas as pessoas por ação popular, assim quando disponha expressamente a 
lei, (v) e a Administração, em caso de prejuízo ao interesse público, à Fazenda 
Pública, e para exigir responsabilidade contratual e extracontratual.
No Equador, e na sua já mencionada Lei nº 35, 18 de março de 1968, pode também 
intervir no processo, em qualquer estado da causa, como assistente do demandado, 
qualquer pessoa natural ou jurídica que tenha interesse direto na manutenção do ato 
ou dispositivo que motivou a ação do contencioso-administrativo.
No que diz respeito à capacidade postulatória, chama a atenção a Lei do 
Contencioso-Administrativo da Nicarágua, que em seu art. 26 confere essa 
capacidade aos menores de idade que tiverem completado 15 anos, quando 
ostentarem direitos ou interesses próprios.
Quanto aos limites da via do contencioso administrativo, o Decreto n° 119, de 
de 21 de novembro 1996, da Guatemala, exclui da competência do Tribunal de 
lo Contencioso Administrativo os seguintes assuntos: relativos à ordem política, 
militar ou de defesa, sem prejuízo das indenizações decorrentes, referentes às 
disposições de caráter geral sobre saúde e higiene públicas, sem prejuízo das 
indenizações decorrentes, os que sejam de competência de outros tribunais, aqueles 
envolvendo concessão, salvo disposto em lei especial ao contrário e os que a lei 
exclua a possibilidade de serem pleiteados na via do contencioso-administrativo.
Verificamos, no que diz respeito à possibilidade de medidas cautelares 
contra a Fazenda Pública, sua previsão, nos arts. 19 a 30 do Código da Costa 
Rica, com importância ressaltar que, na hipótese de envolver elementos 
discricionários, deve ser aplicada a norma do mesmo art. 128 evidenciado 
acima. Para tanto, o art. 22 da lei estabelece balizamentos, quando afirma que 
o tribunal ou juiz, ao outorgar ou denegar alguma medida cautelar, deverá 
considerar especificamente o princípio da proporcionalidade, ponderando 
eventual lesão ao interesse público, os danos ou prejuízos provocados com 
a medida a terceiros, assim como os caracteres de instrumentalidade e 
provisoriedade, de modo que não se afete a gestão substancial da entidade, 
nem se afete de forma grave a situação jurídica de terceiros. Também deverá 
observar as possibilidades e previsões financeiras que a Administração Pública 
deverá efetuar para a execução da medida cautelar.
O mesmo “Código Procesal Contencioso-Administrativo”, da Costa Rica, 
prevê, em seu art. 72, que a Administração Pública poderá conciliar sobre a 
conduta administrativa, sua validez e seus efeitos, com independência de sua 
29
Introdução
natureza pública ou privada. Ao mesmo tempo, conforme o art.79, as partes, 
por si mesmas, poderão buscar os diversos mecanismos para solução de seus 
conflitos fora do processo, podendo solicitar a sua suspensão.
A lei nacional da Costa Rica, ademais, possui um título específico, para 
execução de sentenças contra o poder público, sendo o Tribunal dotado de um 
corpo de juízes executores. As sentenças devem ser cumpridas imediatamente, 
salvo se o juiz de ofício ou a pedido outorgar, de forma motivada, um prazo de 
até 3 (três) meses; em casos excepcionais, o juiz poderá prorrogar por uma única 
vez o prazo concedido (art. 157). Ao funcionário que não cumpra sem justa casa 
qualquer dos requerimentos do juiz executor, será aplicada uma multa de um a 
cinco salários mínimos, sendo-lhe dada oportunidade de defesa (art. 159).
Pela Lei de El Salvador, Decreto nº 81, de 24 de novembro de 1978, Ley de 
la Jurisdicción Contencioso Administrativa, a Corte Suprema de Justiça poderá 
suspender total ou parcialmente a execução da sentença quando houver perigo de 
transtorno grave daordem pública, supressão ou suspensão de um serviço público 
essencial à comunidade, ou de privação do uso coletivo real e atual de uma coisa 
destinada a um fim público, ou quando tal sentença resultar em grave prejuízo para 
a Fazenda Pública. No primeiro caso, a suspensão surtirá efeito durante o tempo 
em que persistirem as causas de motivação. No segundo caso, a Corte determinará 
um prazo prudencial, não mais de 3 (três) anos, para o cumprimento da sentença.
Como medida inovadora, a Ley de Procedimiento Contencioso 
Administrativo, do México, disciplina a Facultad de Atracción, para 
julgamento de causas, pelo Pleno ou Seções do Tribunal Administrativo, com 
características especiais, pela natureza da matéria, fundamentos de defesa ou 
valor da causa, ou mesmo quando seja necessário estabelecer, pela primeira 
vez, a interpretação direta da lei, regulamento ou disposição administrativa 
de caráter geral, parametrizar o alcance dos elementos constitutivos de um 
imposto, até fixar a jurisprudência. O Presidente do Tribunal também poderá 
solicitar a atração de tal competência.
Em conclusão, a compilação tem o intuito de contribuir para reflexões 
concernentes ao fortalecimento da jurisdição administrativa no contexto 
latino-americano, pois a leitura das fontes permitirá ao jurista desenvolver 
um próprio raciocínio crítico na abordagem dos institutos. Ela também visa 
estimular o debate e aprimoramento da jurisdição administrativa, para fins de 
efetivação e respeito dos direitos fundamentais dos interessados no contexto 
de observância da Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
Argentina
33
LEY Nº 19.549, DE 3 DE ABRIL DE 1972
Ley de procedimiento administrativo. 
 En uso de las atribuciones conferidas por el artículo 5 del Estatuto de la 
Revolución Argentina, EL PRESIDENTE DE LA NACION ARGENTINA 
SANCIONA Y PROMULGA CON FUERZA DE LEY:
TÍTULO I
Procedimiento administrativo: ámbito de aplicación
Artículo 1°. Las normas del procedimiento que se aplicará ante la 
Administración Pública Nacional centralizada y descentralizada, inclusive entes 
autárquicos, con excepción de los organismos militares y de defensa y seguridad, 
se ajustarán a las propias de la presente ley y a los siguientes requisitos:
Requisitos generales: impulsión e instrucción de oficio
a) Impulsión e instrucción de oficio, sin perjuicio de la participación de los 
interesados en las actuaciones;
Celeridad, economía, sencillez y eficacia en los trámites
b) Celeridad, economía, sencillez y eficacia en los trámites quedando 
facultado el Poder Ejecutivo para regular el régimen disciplinario que asegure 
el decoro y el orden procesal. Este régimen comprende la potestad de aplicar 
multa de hasta diez mil pesos ($ 10.000) - cuando no estuviere previsto un 
monto distinto en norma expresa- mediante resoluciones que, al quedar firmes, 
tendrán fuerza ejecutiva.
Este monto máximo será reajustado anualmente por el Poder Ejecutivo Nacional, 
de acuerdo con la variación del índice de precios al consumidor establecido por el 
Instituto Nacional de Estadística y Censos del Ministerio de Economía de la Nación;
Informalismo
c) Excusación de la inobservancia por los interesados de exigencias 
formales no esenciales y que puedan ser cumplidas posteriormente;
Días y horas hábiles
d) Los actos, actuaciones y diligencias se practicarán en días y horas hábiles 
34
Ley de procedimiento administrativo
administrativos, pero de oficio o a petición de parte podrán habilitarse aquellos 
que no lo fueren, por las autoridades que deban dictarlos o producirlas;
Los plazos
e) En cuanto a los plazos:
1) Serán obligatorios para los interesados y para la Administración;
2) Se contarán por días hábiles administrativos salvo disposición legal en 
contrario o habilitación resuelta de oficio o a petición de parte;
3) Se computarán a partir del día siguiente al de la notificación. Si se tratare 
de plazos relativos a actos que deban ser publicados regirá lo dispuesto por el 
artículo 2 del Código Civil;
4) Cuando no se hubiere establecido un plazo especial para la realización de 
trámites, notificaciones y citaciones, cumplimiento de intimaciones y emplazamientos 
y contestación de traslados, vistas e informes, aquél será de diez (10) días;
5) Antes del vencimiento de un plazo podrá la Administración de oficio o a 
pedido del interesado, disponer su ampliación, por el tiempo razonable que fijare 
mediante resolución fundada y siempre que no resulten perjudicados derechos 
de terceros. La denegatoria deberá ser notificada por lo menos con dos (2) días 
de antelación al vencimiento del plazo cuya prórroga se hubiere solicitado;
Interposición de recursos fuera de plazo
6) Una vez vencidos los plazos establecidos para interponer recursos 
administrativos se perderá el derecho para articularlos; ello no obstará a que se 
considere la petición como denuncia de ilegitimidad por el órgano que hubiera 
debido resolver el recurso, salvo que éste dispusiere lo contrario por motivos 
de seguridad jurídica o que, por estar excedidas razonables pautas temporales, 
se entienda que medió abandono voluntario del derecho;
Interrupción de plazos por articulación de recursos
7) Sin perjuicio de lo establecido en el artículo 12, la interposición de 
recursos administrativos interrumpirá el curso de los plazos aunque aquéllos 
hubieren sido mal calificados, adolezcan de defectos formales insustanciales 
o fueren deducidos ante órgano incompetente por error excusable;
Pérdida de derecho dejado de usar en plazo
8) La Administración podrá dar por decaído el derecho dejado de usar 
dentro del plazo correspondiente, sin perjuicio de la prosecución de los 
procedimientos según su estado y sin retrotraer etapas siempre que no se 
tratare del supuesto a que se refiere el apartado siguiente;
35
Argentina
Caducidad de los procedimientos
9) Transcurridos sesenta (60) días desde que un trámite se paralice por 
causa imputable al administrado, el órgano competente le notificará que, si 
transcurrieren otros treinta (30) días de inactividad, se declarará de oficio la 
caducidad de los procedimientos, archivándose el expediente. Se exceptúan de 
la caducidad los trámites relativos a previsión social y los que la Administración 
considerare que deben continuar por sus particulares circunstancias o por estar 
comprometido el interés público. Operada la caducidad, el interesado podrá, no 
obstante, ejercer sus pretensiones en un nuevo expediente, en el que podrá hacer 
valer las pruebas ya producidas. Las actuaciones practicadas con intervención de 
órgano competente producirán la suspensión de plazos legales y reglamentarios, 
inclusive los relativos a la prescripción, los que se reiniciarán a partir de la fecha 
en que quedare firme el auto declarativo de caducidad;
Debido proceso adjetivo
f) Derecho de los interesados al debido proceso adjetivo, que comprende 
la posibilidad:
Derecho a ser oído
1) De exponer las razones de sus pretensiones y defensas antes de la 
emisión de actos que se refieren a sus derechos subjetivos o intereses legítimos, 
interponer recursos y hacerse patrocinar y representar profesionalmente. 
Cuando una norma expresa permita que la representación en sede administrativa 
se ejerza por quienes no sean profesionales del Derecho, el patrocinio letrado 
será obligatorio en los casos en que se planteen o debatan cuestiones jurídicas.
Derecho a ofrecer y producir pruebas
2) De ofrecer prueba y que ella se produzca, si fuere pertinente, dentro del 
plazo que la administración fije en cada caso, atendiendo a la complejidad 
del asunto y a la índole de la que deba producirse, debiendo la administración 
requerir y producir los informes y dictámenes necesarios para el esclarecimiento 
de los hechos y de la verdad jurídica objetiva; todo con el contralorde los 
interesados y sus profesionales, quienes podrán presentar alegatos y descargos 
una vez concluido el período probatorio;
Derecho a una decisión fundada
3) Que el acto decisorio haga expresa consideración de los principales argumentos 
y de las cuestiones propuestas, en tanto fueren conducentes a la solución del caso”.
(Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977)
36
Ley de procedimiento administrativo
Procedimientos especiales excluidos
Articulo 2º. Dentro del plazo de CIENTO VEINTE días, computado a partir 
de la vigencia de las normas procesales a que se refiere el artículo 1, el PODER 
EJECUTIVO determinará cuáles serán los procedimientos especiales actualmente 
aplicables que continuarán vigentes. Queda asimismo facultado para: 
Paulatina adaptación de los regímenes especiales al nuevo procedimiento
a) sustituir las normas legales y reglamentarias de índole estrictamente 
procesal de los regímenes especiales que subsistan, con miras a la paulatina 
adaptación de éstos al sistema del nuevo procedimiento y de los recursos 
administrativos por él implantados, en tanto ello no afectare las normas de 
fondo a las que se refieren o apliquen los citados regímenes especiales.
La presente ley será de aplicación supletoria en las tramitaciones 
administrativas cuyos regímenes especiales subsistan.
b) dictar el procedimiento administrativo que regirá respecto de los 
organismos militares y de defensa y seguridad, a propuesta de éstos, adoptando 
los principios básicos de la presente ley y su reglamentación.
Actuaciones reservadas o secretas
c) determinar las circunstancias y autoridades competentes para calificar 
como reservadas o secretas las actuaciones, diligencias, informes o dictámenes 
que deban tener ese carácter, aunque estén incluidos en actuaciones públicas.
TÍTULO II
Competencia del órgano
Articulo 3º. La competencia de los órganos administrativos será la que 
resulte, según los casos, de la Constitución Nacional, de las leyes y de los 
reglamentos dictados en su consecuencia. Su ejercicio constituye una obligación 
de la autoridad o del órgano correspondiente y es improrrogable, a menos que la 
delegación o sustitución estuvieren expresamente autorizadas; la avocación será 
procedente a menos que una norma expresa disponga lo contrario.
Cuestiones de competencia
Articulo 4º. EL PODER EJECUTIVO resolverá las cuestiones de 
competencia que se susciten entre los Ministros y las que se plantean entre 
autoridades, organismos o entes autárquicos que desarrollen su actividad en 
sede de diferentes Ministerios. Los titulares de éstos resolverán las que se 
planteen entre autoridades, organismos o entes autárquicos que actúen en la 
esfera de sus respectivos Departamentos de Estado.
37
Argentina
Contiendas negativas y positivas
Articulo 5º. Cuando un órgano, de oficio o a petición de parte, se declarare 
incompetente, remitirá las actuaciones al que reputare competente; si éste, a su 
vez, las rehusare, deberá someterlas a la autoridad habilitada para resolver el 
conflicto. Si dos órganos se considerasen competentes, el último que hubiere 
conocido en el caso someterá la cuestión, de oficio o a petición de parte, a la 
autoridad que debe resolverla.
La decisión final de las cuestiones de competencia se tomará, en ambos casos, 
sin otra sustanciación que el dictamen del servicio jurídico correspondiente y, si 
fuere de absoluta necesidad, con el dictamen técnico que el caso requiera. Los 
plazos previstos en este artículo para la remisión de actuaciones serán de DOS 
días y para producir dictámenes y dictar resoluciones serán de CINCO días.
Recusación y excusación de funcionarios y empleados
Articulo 6º. Los funcionarios y empleados pueden ser recusados por las 
causales y en las oportunidades previstas en los artículos 17 y 18 del Código 
Procesal Civil y Comercial de la Nación, debiendo dar intervención al superior 
inmediato dentro de los DOS días. La intervención anterior del funcionario 
o empleado en el expediente no se considerará causal de recusación. Si el 
recusado admitiere la causal y ésta fuere procedente, aquél le designará 
reemplazante. Caso contrario, resolverá dentro de los CINCO días; si se 
estimare necesario producir prueba, ese plazo podrá extenderse otro tanto. La 
excusación de los funcionarios y empleados se regirá por el artículo 30 del 
Código arriba citado y será remitida de inmediato al superior jerárquico, quien 
resolverá sin sustanciación dentro de los CINCO días. Si aceptare la excusación 
se nombrará reemplazante; si la desestimare devolverá las actuaciones al 
inferior para que prosiga interviniendo en el trámite. Las resoluciones que se 
dicten con motivo de los incidentes de recusación o excusación y las que los 
resuelvan, serán irrecurribles.
TÍTULO III
Requisitos esenciales del acto administrativo
Articulo 7º. Son requisitos esenciales del acto administrativo los siguientes:
Competencia
a) ser dictado por autoridad competente.
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Ley de procedimiento administrativo
Causa
b) Deberá sustentarse en los hechos y antecedentes que le sirvan de causa 
y en el derecho aplicable.
Objeto
c) El objeto debe ser cierto y física y jurídicamente posible debe decidir 
todas las peticiones formuladas, pero puede involucrar otras no propuestas, 
previa audiencia del interesado y siempre que ello no afecte derechos 
adquiridos.
Procedimientos
d) Antes de su emisión deben cumplirse los procedimientos esenciales y 
sustanciales previstos y los que resulten implícitos del ordenamiento jurídico. 
Sin perjuicio de lo que establezcan otras normas especiales, considérase también 
esencial el dictamen proveniente de los servicios permanentes de asesoramiento 
jurídico cuando el acto pudiere afectar derechos subjetivos e intereses legítimos.
Motivación
e) Deberá ser motivado, expresándose en forma concreta las razones que 
inducen a emitir el acto, consignando, además, los recaudos indicados en el 
inciso b) del presente artículo.
Finalidad
f) Habrá de cumplirse con la finalidad que resulte de las normas que 
otorgan las facultades pertinentes del órgano emisor, sin poder perseguir 
encubiertamente otros fines, públicos o privados, distintos de los que 
justifican el acto, su causa y objeto. Las medidas que el acto involucre deben 
ser proporcionalmente adecuadas a aquella finalidad.
Los contratos que celebren las jurisdicciones y entidades comprendidas en el 
Sector Público Nacional se regirán por sus respectivas leyes especiales, sin perjuicio 
de la aplicación directa de las normas del presente título, en cuanto fuere pertinente. 
(Párrafo sustituido por art. 36 del Decreto N°1023/2001 B.O. 16/8/2001)
Forma
Articulo 8º. El acto administrativo se manifestará expresamente y por 
escrito; indicará el lugar y fecha en que se lo dicta y contendrá la firma de la 
autoridad que lo emite; sólo por excepción y si las circunstancias lo permitieren 
podrá utilizarse una forma distinta.
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Argentina
Vías de hecho
Artículo 9º. La Administración se abstendrá:
a) De comportamientos materiales que importen vías de hecho 
administrativas lesivas de un derecho o garantía constitucionales;
b) De poner en ejecución un acto estando pendiente algún recurso 
administrativo de los que en virtud de norma expresa impliquen la suspensión 
de los efectos ejecutorios de aquél, o que, habiéndose resuelto, no hubiere sido 
notificado.
(Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977)
Silencio o ambigüedad de la Administración
Articulo 10. El silencio o la ambigüedad de la Administración frente 
a pretensiones que requieran de ella un pronunciamiento concreto, se 
interpretarán como negativa. Sólo mediando disposición expresa podrá 
acordarse al silencio sentido positivo. Si las normas especiales no previeren 
unplazo determinado para el pronunciamiento, éste no podrá exceder de 
SESENTA días. Vencido el plazo que corresponda, el interesado requerirá 
pronto despacho y si transcurrieren otros TREINTA días sin producirse dicha 
resolución, se considerará que hay silencio de la Administración.
Eficacia del acto: Notificación y publicación
Articulo 11. Para que el acto administrativo de alcance particular adquiera 
eficacia debe ser objeto de notificación al interesado y el de alcance general, de 
publicación. Los administrados podrán antes, no obstante, pedir el cumplimiento 
de esos actos si no resultaren perjuicios para el derecho de terceros.
Presunción de legitimidad y fuerza ejecutoria
Articulo 12. El acto administrativo goza de presunción de legitimidad; 
su fuerza ejecutoria faculta a la Administración a ponerlo en práctica por 
sus propios medios -a menos que la ley o la naturaleza del acto exigieren 
la intervención judicial- e impide que los recursos que interpongan los 
administrados suspendan su ejecución y efectos, salvo que una norma expresa 
establezca lo contrario. Sin embargo, la Administración podrá, de oficio o a 
pedido de parte y mediante resolución fundada, suspender la ejecución por 
razones de interés público, o para evitar perjuicios graves al interesado, o 
cuando se alegare fundadamente una nulidad absoluta.
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Ley de procedimiento administrativo
Retroactividad del acto
Artículo 13. El acto administrativo podrá tener efectos retroactivos -siempre 
que no se lesionaren derechos adquiridos- cuando se dictare en sustitución de 
otro revocado o cuando favoreciere al administrado.
Nulidad
Artículo 14. El acto administrativo es nulo, de nulidad absoluta e insanable 
en los siguientes casos:
a) Cuando la voluntad de la Administración resultare excluida por error 
esencial; dolo, en cuanto se tengan como existentes hechos o antecedentes 
inexistentes o falsos; violencia física o moral ejercida sobre el agente; o por 
simulación absoluta.
b) Cuando fuere emitido mediando incompetencia en razón de la materia, 
del territorio, del tiempo o del grado, salvo, en este último supuesto, que la 
delegación o sustitución estuvieren permitidas; falta de causa por no existir 
o ser falsos los hechos o el derecho invocados; o por violación de la ley 
aplicable, de las formas esenciales o de la finalidad que inspiró su dictado.
Anulabilidad
Artículo 15. Si se hubiere incurrido en una irregularidad, omisión o vicio 
que no llegare a impedir la existencia de alguno de sus elementos esenciales, 
el acto será anulable en sede judicial.
(Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977)
Invalidez de cláusulas accidentales o accesorias
Artículo 16. La invalidez de una cláusula accidental o accesoria de un acto 
administrativo no importará la nulidad de este, siempre que fuere separable y 
no afectare la esencia del acto emitido.
Revocación del acto nulo
Artículo 17. El acto administrativo afectado de nulidad absoluta se considera 
irregular y debe ser revocado o sustituido por razones de ilegitimidad aun 
en sede administrativa. No obstante, si el acto estuviere firme y consentido 
y hubiere generado derechos subjetivos que se estén cumpliendo, sólo se 
podrá impedir su subsistencia y la de los efectos aún pendientes mediante 
declaración judicial de nulidad.
(Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977)
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Argentina
Revocación del acto regular
Artículo 18. El acto administrativo regular, del que hubieren nacido derechos 
subjetivos a favor de los administrados, no puede ser revocado, modificado 
o sustituido en sede administrativa una vez notificado. Sin embargo, podrá 
ser revocado, modificado o sustituido de oficio en sede administrativa si 
el interesado hubiere conocido el vicio, si la revocación, modificación o 
sustitución del acto lo favorece sin causar perjuicio a terceros y si el derecho 
se hubiere otorgado expresa y válidamente a título precario. También podrá 
ser revocado, modificado o sustituido por razones de oportunidad, mérito o 
conveniencia, indemnizando los perjuicios que causare a los administrados.
Saneamiento
Artículo 19. El acto administrativo anulable puede ser saneado mediante:
Ratificación
a) Ratificación por el órgano superior, cuando el acto hubiere sido emitido 
con incompetencia en razón de grado y siempre que la avocación, delegación 
o sustitución fueren procedentes.
Confirmación
b) Confirmación por el órgano que dictó el acto subsanando el vicio que lo 
afecte. Los efectos del saneamiento se retrotraerán a la fecha de emisión del 
acto objeto de ratificación o confirmación.
Conversión
Artículo 20. Si los elementos válidos de un acto administrativo nulo 
permitieren integrar otro que fuere válido, podrá efectuarse su conversión en 
éste consintiéndolo el administrado. La conversión tendrá efectos a partir del 
momento en que se perfeccione el nuevo acto.
Caducidad
Artículo 21. La Administración podrá declarar unilateralmente la 
caducidad de un acto administrativo cuando el interesado no cumpliere las 
condiciones fijadas en el mismo, pero deberá mediar previa constitución en 
mora y concesión de un plazo suplementario razonable al efecto.
Revisión
Artículo 22. Podrá disponerse en sede administrativa la revisión de un acto firme:
a) Cuando resultaren contradicciones en la parte dispositiva, háyase pedido 
o no su aclaración.
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Ley de procedimiento administrativo
b) Cuando después de dictado se recobraren o descubrieren documentos 
decisivos cuya existencia se ignoraba o no se pudieron presentar como prueba 
por fuerza mayor o por obra de tercero.
c) Cuando hubiere sido dictado basándose en documentos cuya declaración 
de falsedad se desconocía o se hubiere declarado después de emanado el acto.
d) Cuando hubiere sido dictado mediando cohecho, prevaricato, violencia 
o cualquier otra maquinación fraudulenta o grave irregularidad comprobada.
El pedido deberá interponerse dentro de los DIEZ (10) días de notificado 
el acto en el caso del inciso a). En los demás supuestos podrá promoverse 
la revisión dentro de los TREINTA (30) días de recobrarse o hallarse los 
documentos o cesar la fuerza mayor u obra del tercero; o de comprobarse en 
legal forma los hechos indicados en los incisos c) y d).
TÍTULO IV
Impugnación judicial de actos administrativos
Artículo 23. Podrá ser impugnado por vía judicial un acto de alcance particular:
a) Cuando revista calidad de definitivo y se hubieren agotado a su respecto 
las instancias administrativas.
b) Cuando pese a no decidir sobre el fondo de la cuestión, impida totalmente 
la tramitación del reclamo interpuesto.
c) Cuando se diere el caso de silencio o de ambigüedad a que se alude en 
el artículo 10.
d) Cuando la Administración violare lo dispuesto en el artículo 9.
Artículo 24. El acto de alcance general será impugnable por vía judicial:
a) Cuando un interesado a quien el acto afecte o pueda afectar en forma 
cierta e inminente en sus derechos subjetivos, haya formulado reclamo ante 
la autoridad que lo dictó y el resultado fuere adverso o se diere alguno de los 
supuestos previstos en el artículo 10.
b) Cuando la autoridad de ejecución del acto de alcance general le haya 
dado aplicación mediante actos definitivos y contra tales actos se hubieren 
agotado sin éxito las instancias administrativas.
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Argentina
Plazos dentro de los cuales debe deducirse la impugnación (por vía de 
acción o recurso)
Artículo 25. La acción contra el Estado o sus entes autárquicos deberá 
deducirse dentro del plazo perentorio de noventa (90) días hábiles judiciales, 
computados de la siguiente manera:
a) Si se tratare de actos de alcance particular, desde su notificación al 
interesado;
b) Si se tratare de actos de contenido general contra los que se hubiereformulado reclamo resuelto negativamente por resolución expresa, desde que 
se notifique al interesado la denegatoria;
c) Si se tratare de actos de alcance general impugnables a través de actos 
individuales de aplicación, desde que se notifique al interesado el acto expreso 
que agote la instancia administrativa;
d) Si se tratare de vías de hecho o de hechos administrativos, desde que 
ellos fueren conocidos por el afectado.-
Cuando en virtud de norma expresa la impugnación del acto administrativo deba 
hacerse por vía de recurso, el plazo para deducirlo será de treinta (30) días desde la 
notificación de la resolución definitiva que agote las instancias administrativas.
(Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977)
Artículo 26. La demanda podrá iniciarse en cualquier momento cuando el 
acto adquiera carácter definitivo por haber transcurrido los plazos previstos en 
el artículo 10 y sin perjuicio de lo que corresponda en materia de prescripción.
Impugnación de actos por el Estado o sus entes autárquicos; plazos
Artículo 27. No habrá plazo para accionar en los casos en que el Estado o 
sus entes autárquicos fueren actores, sin perjuicio de lo que corresponda en 
materia de prescripción.
Amparo por mora de la Administración
Artículo 28. El que fuere parte en un expediente administrativo podrá 
solicitar judicialmente se libre orden de pronto despacho. Dicha orden será 
procedente cuando la autoridad administrativa hubiere dejado vencer los 
plazos fijados y en caso de no existir éstos, si hubiere transcurrido un plazo 
que excediere de lo razonable sin emitir el dictamen o la resolución de mero 
trámite o de fondo que requiera el interesado. Presentado el petitorio, el juez se 
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Ley de procedimiento administrativo
expedirá sobre su procedencia, teniendo en cuenta las circunstancias del caso, 
y si lo estimare pertinente requerirá a la autoridad administrativa interviniente 
que, en el plazo que le fije, informe sobre las causas de la demora aducida. 
La decisión del juez será inapelable. Contestado el requerimiento o vencido 
el plazo sin que se lo hubiere evacuado, se resolverá lo pertinente acerca de la 
mora, librando la orden si correspondiere para que la autoridad administrativa 
responsable despache las actuaciones en el plazo prudencial que se establezca 
según la naturaleza y complejidad del dictamen o trámites pendientes.
(Artículo sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977)
Articulo 29. La desobediencia a la orden de pronto despacho tornará 
aplicable lo dispuesto por el artículo 17 del decreto-ley 1.285/58.
Reclamo administrativo previo a la demanda judicial
Artículo 30. El Estado nacional o sus entidades autárquicas no podrán 
ser demandados judicialmente sin previo reclamo administrativo dirigido al 
Ministerio o Secretaría de la Presidencia o autoridad superior de la entidad 
autárquica, salvo cuando se trate de los supuestos de los artículos 23 y 24.
El reclamo versará sobre los mismos hechos y derechos que se invocarán 
en la eventual demanda judicial y será resuelto por las autoridades citadas.
(Artículo sustituido por art. 12 de la Ley N° 25.344 B.O. 21/11/2000)
Artículo 31. El pronunciamiento acerca del reclamo deberá efectuarse 
dentro de los noventa (90) días de formulado. Vencido ese plazo, el interesado 
requerirá pronto despacho y si transcurrieren otros cuarenta y cinco (45) días, 
podrá aquél iniciar la demanda, la que deberá ser interpuesta en los plazos 
perentorios y bajos los efectos previstos en el artículo 25, sin perjuicio de 
lo que fuere pertinente en materia de prescripción. El Poder Ejecutivo, a 
requerimiento del organismo interviniente, por razones de complejidad o 
emergencia pública, podrá ampliar fundadamente los plazos indicados, se 
encuentren o no en curso, hasta un máximo de ciento veinte (120) y sesenta 
(60) días respectivamente.
La denegatoria expresa del reclamo no podrá ser recurrida en sede 
administrativa.
Los jueces no podrán dar curso a las demandas mencionadas en los artículos 
23, 24 y 30 sin comprobar de oficio en forma previa el cumplimiento de los 
recaudos establecidos en esos artículos y los plazos previstos en el artículo 25 
y en el presente.
45
Argentina
(Artículo sustituido por art. 12 de la Ley N° 25.344 B.O. 21/11/2000)
Artículo 32. El reclamo administrativo previo a que se refieren los artículos 
anteriores no será necesario si mediare una norma expresa que así lo establezca 
y cuando:
a) Se tratare de repetir lo pagado al Estado en virtud de una ejecución o de 
repetir un gravamen pagado indebidamente;
b) Se reclamare daños y perjuicios contra el Estado por responsabilidad 
extracontractual.
(Artículo sustituido por art. 12 de la Ley N° 25.344 B.O. 21/11/2000)
Artículo 33. La presente ley entrará a regir a los CIENTO VEINTE (120) 
días de su publicación en el BOLETIN OFICIAL.
Articulo 34. Comuníquese, publíquese, dése a la DIRECCION NACIONAL 
DEL REGISTRO OFICIAL y archívese. LANUSSE - Coda - Rey - Quijano
Antecedentes Normativos
- Artículo 30, sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977;
- Artículo 32, sustituido por art. 1° de la Ley N° 21.686 B.O. 25/11/1977;
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Reglamentación de la Ley Nacional de Procedimientos Administrativos
DECRETO Nº 1.759, DE 3 DE ABRIL DE 1972
Reglamentación de la Ley Nacional de Procedimientos Administrativos.
VISTO y CONSIDERANDO: lo establecido por la Ley N° 19.549 y lo 
propuesto por el señor Ministro de Justicia de la Nación, 
EL PRESIDENTE DE LA NACION ARGENTINA DECRETA:
TÍTULO I
Artículo 1º. Apruébase el cuerpo de disposiciones adjunto, que constituye 
la reglamentación de la Ley Nacional de Procedimientos Administrativos.
Artículo 2º. La reglamentación aprobada entrará a regir a los ciento 
veinte días de su publicación en el Boletín Oficial y se aplicará a los trámites 
administrativos que se inicien de oficio o a pedido de parte, a partir de esa fecha.
Artículo 3º. El Ministerio de Justicia convocará de inmediato a los 
titulares de los distintos servicios jurídicos de la Administración pública 
nacional centralizada y descentralizada, inclusive entes autárquicos, para que, 
reunidos en comisión, propongan cuáles serán los procedimientos especiales 
actualmente aplicables que continuarán vigentes. Sus conclusiones serán 
elevadas al Poder Ejecutivo, juntamente con las normas proyectadas, treinta 
días antes del vencimiento del plazo previsto en el artículo 2 de la ley.
Artículo 4º. Cada uno de los titulares de los servicios jurídicos antes 
mencionados deberá ir sugiriendo paulatinamente al Poder Ejecutivo, por 
conducto del Departamento de Estado u organismo de que dependa, las 
medidas a que se refiere el artículo 2, inciso a), de la ley. A su ve, los titulares 
de los servicios jurídicos militares y de defensa y seguridad harán lo propio a 
través de los Comandos en jefe de sus respectivas armas y organismos de que 
dependan, respecto de los procedimientos administrativos a que se refiere el 
inciso b) del mismo artículo de la ley.
Artículo 5º. Comuníquese, publíquese, dése a la Dirección Nacional del 
Registro Oficial y archívese. LANUSSE– Carlos A.- Rey – Ismael E. Bruno 
Quijano – Carlos G. N. Coda.
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Argentina
REGLAMENTACIÓN DE PROCEDIMIENTO ADMINISTRATIVO
TITULO I
(Nota Infoleg: Por art. 3° del Decreto N° 1883/1991 B.O. 24/9/1991, 
se aprueba el texto ordenado del Decreto N° 1759/72, el que pasa a titularse 
“Reglamento de Procedimientos Administrativos. Decreto 1759/72 T.O. 1991”.)
Organos Competentes
1º. Los expedientes administrativos tramitarán y serán resueltos con 
intervención del órgano al que una ley o un decreto hubieren atribuido 
competencia; en su defecto actuará el organismo que determine el reglamento 
interno del Ministerio o cuerpo directivo del ente descentralizado, según

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