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Administração - Nayara e Paulo - 26-02-2022

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CLUBE DO CONCURSO
WORKSHOP – Direito Penal, Direito Administrativo e Direitos Humanos 
ORGANIZADORES: Nayara Cavalcante & Paulo Antunes 
_______________________________________________________________________________________
DIREITO ADMINISTRATIVO
Regime jurídico administrativo
e Princípios da Adm. Pública
Regime jurídico administrativo: 
O regime jurídico administrativo se resume a
um conjunto de prerrogativas e sujeições
especiais que permitem, de um lado, o alcance da
finalidade pública do Estado e, de outro, a
preservação dos direitos fundamentais e do
patrimônio público. 
Princípios EXPRESSOS (CF, art. 37,
caput): 
L I M P E  Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade, Eficiência. 
Aplicáveis a toda Administração Pública,
direta e indireta, de qualquer dos Poderes, da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e aos particulares no exercício de função
pública. 
Legalidade 
* A Administração só pode agir segundo a
lei (em sentido amplo).
 
 * Para a Administração: restrição de
vontade; para os particulares: autonomia de
vontade.
 
 * Legalidade (agir conforme a lei) X
Legitimidade (observar também os demais
princípios).
 
 * Restrições à legalidade: estado de defesa,
estado de sítio e medidas provisórias. 
 Impessoalidade 
 * Atos devem ser praticados tendo em vista o
interesse público, e não os interesses pessoais
do agente ou de terceiros.
 
 * Três aspectos: isonomia, finalidade pública e não
promoção pessoal. 
 * Ex: concurso público e licitação.
 
 * Proíbe nome, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal, inclusive do
partido.
 
 * Permite que se reconheça a validade de atos
praticados por agente de fato.
 
 * Ato pode ser anulado, por desvio de finalidade. 
Observação do Professor:
Os Agentes públicos de fato são
particulares que, sem vínculos formais e legítimos
com o Estado, exercem, de boa-fé, a função pública
com o objetivo de atender ao interesse público,
inexistindo investidura prévia nos cargos, emprego
e funções públicas. 
Os agentes públicos de fato dividem-se em
duas categorias: os Agentes de Fato Putativos,
que são aqueles que exercem a função pública em
situação de normalidade e possuem a aparência de
servidor público (ex.: agentes públicos que
desempenham a função pública sem pública sem a
aprovação em concurso público válido);e os
Agentes de Fato Necessário, sendo os que
exercem função pública em situações de calamidade
e emergência. Ex.: particulares que,
espontaneamente, auxiliam vítimas de desastres
naturais. 
 Moralidade 
* Necessidade de atuação ética dos agentes
públicos (moral administrativa).
* Conceito indeterminado, mas passível de
ser extraído do ordenamento jurídico.
 
* Aspecto vinculado; permite a anulação
dos atos administrativos.
 
* Nepotismo: não necessita de lei formal;
não se aplica a agentes políticos. 
_____________________________________________________________________________________________
Avenida Presidente Vargas, 2001, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP.
CLUBE DO CONCURSO
WORKSHOP – Direito Penal, Direito Administrativo e Direitos Humanos 
ORGANIZADORES: Nayara Cavalcante & Paulo Antunes 
_______________________________________________________________________________________
Publicidade 
Art. 37, § 1º – CF/1988: A publicidade
dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos. 
 → A Administração deve dar transparência a
seus atos.
 
→ Permite o controle da legalidade e da
moralidade dos atos administrativos.
 
→ Restrições à publicidade: segurança da
sociedade e do Estado; proteção à intimidade ou ao
interesse social.
 
→ Publicidade (diversos meios) ≠ Publicação
(divulgação em órgãos oficiais).
 
→ Publicidade não é considerada elemento
de formação do ato administrativo, e sim requisito
de eficácia.
 
→ O ato não publicado permanece válido,
mas sem produzir efeitos perante terceiros.
 
→ STF permite a divulgação do nome, do
cargo e da remuneração dos servidores públicos,
mas não do CPF, da identidade e do endereço,
como medida de segurança. 
Eficiência 
 →Atividade administrativa deve ser exercida
com presteza, perfeição e rendimento 
funcional, buscando-se maior produtividade e
redução dos desperdícios de recursos. Adentrou em
nossa CF/1988 com a EC nº 19 de 1998. 
 
→ Princípio ligado à Reforma do Estado
(administração gerencial).
 
→ Possui dois focos: conduta do agente
público e organização interna da Administração.
 
→ Ex: avaliação de desempenho; contratos
de gestão com fixação de metas; celeridade na 
tramitação dos processos administrativos e judiciais.
→ Não pode se sobrepor ao princípio da
legalidade (deve ser buscada com observância aos 
parâmetros e procedimentos previstos na lei). 
QUESTÕES PARA FIXAÇÃO
_______________________________________
1 – (VUNESP 2022) A respeito dos princípios do
Direito Administrativo, assinale a alternativa
correta. 
 
A) O princípio da moralidade administrativa impede a
prática do nepotismo na Administração Pública,
estendendo-se a vedação a nomeações de cargos
políticos. 
B) É compatível com o princípio da legalidade a ação
administrativa que, embora não esteja estritamente
autorizada por lei, tem por base os princípios
constitucionais e visa assegurar os direitos fundamentais
do cidadão. 
C) O princípio da eficiência exige que a correção da ação
administrativa seja analisada exclusivamente sob o
prisma econômico. 
D) O princípio da impessoalidade não impede a
realização de propagandas que tenham por objetivo
promover a imagem do gestor público. 
E) Em função do princípio da publicidade, todos os atos
administrativos devem ter o seu conteúdo veiculado no
Diário Oficial do respectivo ente federativo. 
______________________________________________
2 - A máxima segundo a qual as realizações
públicas não podem ser tidas como feitos pessoais
dos seus respectivos agentes, mas, sim, da
respectiva entidade administrativa, devendo a
publicidade dos atos do Poder Público ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social,
“dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos” (Art. 37, § 1º,
da CRFB), corresponde ao princípio da: 
 
A) Legalidade.
_____________________________________________________________________________________________
Avenida Presidente Vargas, 2001, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP.
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WORKSHOP – Direito Penal, Direito Administrativo e Direitos Humanos 
ORGANIZADORES: Nayara Cavalcante & Paulo Antunes 
_______________________________________________________________________________________
B) Impessoalidade.
C) Moralidade.
D) Publicidade.
E) Eficiência.
______________________________________________
3 - Assinale a alternativa que indica corretamente
o princípio da Administração Pública cujo objetivo
é assegurar que os atos administrativos, assim
como os serviços públicos, devem beneficiar a
coletividade. 
 
A) Princípio da eficiência
B) Princípio da legalidade
C) Princípio da moralidade
D) Princípio da impessoalidade
E) Princípio da supremacia do interesse público
______________________________________________
4 - “Nepotismo é o favorecimento dos vínculos de
parentesco nas relações de trabalho ou emprego. As
práticas denepotismo substituem a avaliação de mérito
para o exercício da função pública pela valorização de
laços de parentesco”. 
O nepotismo é prática proibida pela
Constituição Federal, particularmente porque
viola o princípio administrativo da:
 
A) Publicidade.
B) Impessoalidade.
C) Proporcionalidade.
D) Ampla defesa.
E) Supremacia do interesse privado.
______________________________________
5 - A atuação da Administração Pública deve
ocorrer sem prejuízo ou benefício de parte do
público atendido, mantendo um tratamento
isonômico, para realizar o interesse coletivo.
O princípio descrito é o de: 
A) legalidade.
B) publicidade.
C) moralidade.
D) impessoalidade.
E) eficiência.
______________________________________________
Gabarito regime jurídico administrativo: 
1-B 2-B 3-D 4-B 5-D
________________________________________
 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
O Grande doutrinador José dos Santos
Carvalho Filho define poderes administrativos
como “o conjunto de prerrogativas de direito
público que a ordem jurídica confere aos agentes
administrativos para o fim de permitir que o Estado
alcance seus fins”. Ou seja, para que sejam
realizados os objetivos da Administração Pública é
necessário fornecer poderes aos agentes estatais. 
Todavia é necessário observar que esses
poderes também são verdadeiros deveres, isto é,
mandamentos legais para que os agentes atuem,
quando assim a situação exigir. 
PODER HIERÁRQUICO
→ Relação de coordenação e subordinação
que se estabelece nas organizações administrativas.
 
→ O poder hierárquico não depende de lei.
 
 → Permite ao superior hierárquico dar
ordens, fiscalizar, controlar, aplicar sanções, delegar
e avocar competências.
 
→ Só abrange sanções disciplinares a
servidores, e não sanções a particulares.
 
→ Delegação pode ocorrer fora da estrutura
hierárquica; já a avocação, não pode.
 
→ Não há hierarquia: entre diferentes
pessoas jurídicas; entre Adm. direta e indireta; no
exercício de funções típicas (ex:
tribunais do Judiciário); entre os Poderes da
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República; entre Administração e 
administrados. 
PODER DISCIPLINAR
 → Prerrogativa para aplicar sanções àqueles
que, submetidos à disciplina interna da Adm.,
cometem infrações (servidores e particulares com
vínculo contratual com a Adm.).
 
 → Admite discricionariedade (gradação e
escolha da penalidade). 
PODER REGULAMENTAR
 →Poder inerente ao Chefe do Executivo para
editar decretos.
 
→ Decreto de execução: dar fiel execução
às leis administrativas; não pode ser delegado; atos
de caráter geral e abstrato.
 
→ Atos normativos secundários: não podem
inovar o ordenamento jurídico.
 
 → Decreto autônomo (espécie legislativa
primária, pois recebe os seus fundamentos direto
da CF/88, de certa forma pode inovar no
ordenamento jurídico): não precisa de lei prévia;
apenas para (i) organizar a Adm. Pública, sem
aumento de despesa ou criação/extinção de órgãos
(ii) mas pode extinguir cargos públicos, desde que
estejam vagos. Pode ser delegado.
 
 → O Congresso Nacional pode sustar atos
normativos do Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar. 
PODER DE POLÍCIA
 → Prerrogativa de condicionar e restringir o
exercício de atividades privadas.
 
 → Qualquer medida restritiva deve observar
o devido processo legal (ampla defesa).
 
→ Poder de polícia preventivo: anuência
prévia para a prática de atividades privadas:
 
  Licença: anuência para usufruir um
direito; ato administrativo vinculado e definitivo.
 
  Autorização: anuência para exercer
atividade de interesse do particular;ato
administrativo discricionário e precário.
 
→ Poder de polícia repressivo: aplicação
de sanções administrativas a particulares.
 
→ Podem ser cobradas taxas (espécie de
tributo, e não preços públicos ou tarifas) em razão
do exercício (efetivo) do poder de polícia.
Dispensa a fiscalização “porta a porta”.
 
 → Ciclo de polícia: legislação (ordem),
consentimento, fiscalização e sanção.
 
 → Legislação e fiscalização são as únicas
fases que sempre existirão num ciclo de polícia.
 
 →Delegação a entidades da adm. indireta
de direito privado:
 
Posição do STF: admite, desde que a entidade
seja prestadora de serviço público de atuação
própria do Estado, em regime não concorrencial e
capital social majoritariamente público. Poderá
receber a delegação das fases de consentimento,
fiscalização e sanção. 
(RE 633782/MG. Rel. Min. Luiz Fux, 23/10/2020)
Posição do STJ: admite apenas nas fases
consentimento e fiscalização.
OBSERVAÇÃO!! Tanto o STJ quanto o STF não
admitem, de forma alguma, delegação da fase
“ordem”, também chamada de “legislação”, pois se
trata de fase absolutamente indelegável por
envolver a função legislativa. 
 
 → Não pode ser delegado a entidades
privadas não integrantes da Adm. Pública formal.
 
→ Atributos: discricionariedade,
autoexecutoriedade e coercibilidade. Entretanto,
alguns atos de polícia podem ser vinculados (ex:
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licenças) ou não autoexecutórios e coercitivos (ex:
atos preventivos, cobrança de multa não paga).
 
 → Polícia administrativa: caráter preventivo;
exercida por diversos órgãos administrativos; incide
sobre atividades, bens e direitos.
 
→ Polícia judiciária: caráter repressivo;
exercida por corporações especializadas (polícias
civil, federal e militar); prepara a função
jurisdicional; incide sobre pessoas. Trabalha com
infração Penal. 
________________________________________
QUESTÕES SOBRE PODERES
1 – (fgv – Juiz – tjap – 2022) A sociedade de
economia mista Beta do Município X recebeu
formalmente, por meio de lei específica, delegação do
poder de polícia do Município para prestar serviço de
policiamento do trânsito na cidade, inclusive para
aplicar multa aos infratores. Sabe-se que a entidade
Beta é uma empresa estatal municipal de capital
majoritariamente público, que presta exclusivamente
serviço público de atuação própria do poder público e
em regime não concorrencial. Por entender que o
Município X não poderia delegar o poder de polícia a
pessoa jurídica de direito privado, o Ministério Público
ajuizou ação civil pública pleiteando a declaração de
nulidade da delegação e das multas aplicadas, assim
como a assunção imediata do serviço pelo Município. 
No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal em tema de
repercussão geral, a pretensão ministerial: 
 
A) não deve ser acolhida, pois é constitucional a
delegação do poder de polícia na forma realizada,
inclusive no que concerne à sanção de polícia; 
B) não deve ser acolhida, pois é constitucional a
delegação do poder de polícia a qualquer pessoa
jurídica de direito privado, desde que cumprido o
único requisito que é a prévia autorização legal; 
 
C) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a
delegação do poder de polícia,em qualquer das fases
de seu ciclo, a pessoa jurídica de direito privado
integrante da administração indireta; 
D) deve ser acolhida parcialmente, pois é
inconstitucional a delegação do poder de polícia, nas
fases de seu ciclo de ordem de polícia e de sanção de
polícia, a pessoa jurídica de direito privado integrante
da administração indireta; 
E) deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser
constitucional a delegação do poder de polícia para o
serviço público de fiscalização de trânsito, é
inconstitucional tal delegação no que concerne à
aplicação de multa, que deve ser feita por pessoa
jurídica de direito público. 
______________________________________
2 - Para enfrentamento da emergência de saúde
pública de importância internacional no combate ao
novo coronavírus, o Estado Alfa, regularmente, no
âmbito de sua competência, adotou a medida de
quarentena, consistente na restrição de atividades e
separação de pessoas suspeitas de contaminação das
pessoas que não estavam doentes e de mercadorias
suspeitas de contaminação, de maneira a evitar a
possível propagação do coronavírus. A citada medida
restritiva teve base em evidências científicas e em
análises sobre as informações estratégicas em saúde
feitas pelo comitê técnico estadual e foi limitada no
tempo e no espaço ao mínimo indispensável à
promoção e à preservação da saúde pública. 
No caso em tela, a quarentena foi embasada no
chamado poder administrativo: 
 
A) de polícia, mediante imposição de restrições ao
exercício de liberdades individuais e ao direito de
propriedade do particular, em prol do interesse
coletivo; 
B) de segurança pública, mediante imposição de
restrições legais, cujo descumprimento merece
repressão na esfera administrativa e criminal pelos
órgãos de segurança pública; 
C) disciplinar, mediante o estabelecimento de normas
sanitárias que regem a vida em sociedade, com base
na supremacia do interesse público sobre o privado; 
D) hierárquico, mediante imposição de restrições por
autoridades administrativas, que condicionam
liberdade e propriedade individual em prol do
interesse público; 
E) regulamentar, mediante edição de normas
concretas e específicas para disciplinar situação
urgente que demanda sacrifícios individuais em prol
do interesse coletivo. 
________________________________________
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3 – (FGV – TJ-RO – 2021) O Tribunal de Justiça do
Estado de Rondônia, após regular processo licitatório,
contratou a sociedade empresária Alfa para prestar
serviços de jardinagem e paisagismo no canteiro
existente ao redor do prédio do fórum central. Ocorre
que a contratada deu causa à inexecução parcial do
contrato. Após regular processo administrativo, o
contratante aplicou-lhe a sanção administrativa da
advertência, pois não se justificou a imposição de
penalidade mais grave. 
Com base na doutrina de Direito Administrativo, o
poder administrativo que embasou diretamente a
aplicação da mencionada sanção é o poder: 
 
A) hierárquico, que consiste na superioridade
contratual da Administração Pública contratante em
relação à sociedade contratada, em razão das
cláusulas limitantes; 
B) regulamentar, que consiste na possibilidade de a
Administração Pública contratante impor
unilateralmente penalidades, com base na supremacia
do interesse público; 
C) disciplinar, que consiste em um sistema punitivo
interno a que se sujeita a contratada que tem um
vínculo com a Administração Pública contratante; 
D) de polícia, que consiste na necessidade vinculante
de a Administração Pública contratante condicionar e
limitar a propriedade da sociedade contratada em prol
do interesse público; 
E) de justiça, que consiste na superioridade e na
imperatividade das decisões jurisdicionais proferidas
pela Administração Pública contratante em face da
sociedade contratada, que deve se sujeitar às sanções
impostas. 
______________________________________
4 - (FCC – 2021 – PGE – GO) Recentemente, o
Supremo Tribunal Federal enfrentou um dos temas
mais controversos no âmbito do Direito Administrativo,
tendo fixado algumas balizas sobre a delegação do
poder de polícia, fixando tese de Repercussão Geral a
respeito, em Recurso Extraordinário ajuizado pela
Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte
S/A − BHTRANS (Tema 532 − RE 633782, Relator:
Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgado em 26/10/2020). Por
meio deste precedente, o STF consolidou o
entendimento no sentido de que a competência
administrativa relativa ao poder de polícia é 
 
A) delegável a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração pública, desde que
limitado às fases do ciclo de polícia administrativa
relativas ao consentimento e à fiscalização, excluída a
fase sancionatória. 
B) delegável, por lei, a pessoas jurídicas de direito
privado não integrantes da Administração pública,
inclusive no tocante à fase sancionatória do ciclo de
polícia, contanto que no exercício sejam observados os
princípios do devido processo legal, da ampla defesa e
do contraditório. 
C) indelegável, sendo reservado apenas aos órgãos da
Administração direta, dada a natureza de potestade
pública da atividade. 
D) delegável, por lei, a pessoas jurídicas de direito
privado integrantes da Administração pública indireta,
desde que sejam de capital social majoritariamente
público e prestem exclusivamente serviço público de
atuação própria do Estado, em regime não
concorrencial. 
E) delegável, por lei, apenas às pessoas jurídicas de
direito público integrantes da Administração pública
indireta, visto que o regime jurídico estatutário de
seus servidores lhes confere a estabilidade
indispensável ao exercício da atividade.
______________________________________________
5 - No enfrentamento à pandemia do novo
coronavírus, o Estado Alfa editou lei estadual, nos
termos da Lei federal nº 13.979/20, dispondo que o
setor privado de bens e serviços deverá adotar
medidas de prevenção à proliferação de doenças,
como a assepsia de locais de circulação de pessoas e
a disponibilização aos usuários de produtos
higienizantes e saneantes, e que incorrerá em multa o
estabelecimento autorizado a funcionar durante a
pandemia da Covid-19 que deixar de disponibilizar
álcool em gel a 70% (setenta por cento) em locais
próximos a suas entradas, elevadores e escadas
rolantes, tudo conforme regulamento já devidamente
editado. 
Obedecidas as formalidades legais, a aplicação
da citada multa pelo Estado Alfa ao particular
que inobservar as medidas sanitárias impostas,
decorre diretamente do poder: 
 
A) hierárquico, que decorre da supremacia do
interesse público sobre o privado.
_____________________________________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________________________
B) disciplinar, que autoriza o poder público a impor
penalidades a quem descumprir medidassanitárias
legalmente impostas. 
C) normativo, que incide individualmente sobre cada
pessoa natural ou jurídica, após o devido processo
legal. 
D) de regulamentação, que autoriza os agentes
públicos estaduais a aplicarem discricionariamente a
sanção. 
E) de polícia, que autoriza limitações ao exercício de
liberdades individuais em prol do interesse coletivo. 
______________________________________________
Gabarito: 1-A 2-A 3-C 4-D 5-E
______________________________________________
ATOS ADMINISTRATIVOS
Conceito: Pelo critério formal, ato administrativo é
o que ditam os órgãos administrativos, ficando
excluídos dessa conceituação os atos provenientes
dos órgãos legislativo e judicial, ainda que tenham a
mesma natureza daqueles (Maria Sylvia Zanella Di
Pietro). 
O Direito Civil faz distinção entre ato e fato,
sendo o primeiro imputável ao homem, e o segundo
decorrente de acontecimentos naturais, que
independem do homem ou que dele dependem
apenas indiretamente.
Quando o fato corresponde à descrição
contida na norma legal, ele é chamado fato
jurídico e produz efeitos no mundo do direito.
Quando o fato descrito na norma legal
produz efeitos no campo do direito
administrativo, ele é um fato administrativo,
como a morte de um funcionário, que produz a
vacância de seu cargo.
Se o fato não produz qualquer efeito jurídico
no Direito Administrativo, ele é chamado fato da
administração.
Fato administrativo é acontecimento material
da Administração, que produz consequências
jurídicas. No entanto, não traduz uma manifestação
de vontade voltada para produção dessas
consequências, na verdade, tem sentido de
atividade material no exercício da função
administrativa, visando ao efeito de ordem
prática, como, por exemplo, a construção de uma
obra pública, a desapropriação de bens privados, a
apreensão de mercadorias.
Acrescenta-se ainda que até fenômenos
naturais, quando repercutem na esfera
administrativa, constituem fatos administrativos,
como é o caso, por exemplo, de um raio que destrói
um bem público ou de uma enchente que inutiliza
equipamentos pertencentes ao serviço público.
O fato administrativo é toda atividade
pública material em cumprimento de uma decisão
administrativa. O fato administrativo nem
sempre resultado ato administrativo, que o
determina – caso do raio que atinge a escola (não
há suporte de ato administrativo aqui).
Ato administrativo
Praticado no exercício da atividade administrativa;
Administração expressa a sua vontade.
Ex.: nomeação de um servidor.
Fato administrativo
Materialização da função administrativa.
Produz efeito jurídico no Direito
Administrativo
Ex. morte de um Servidor que produz a vacância do
cargo; construção de um viaduto. 
__________________________________________
QUESTÃO - O fato administrativo é conceituado como a
materialização da função administrativa.
Gabarito: C
__________________________________________
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O Fato Administrativo é a execução material
do Estado.
Exemplos:
– Um médico operando em hospital público;
– Um gari da prefeitura varrendo as ruas da cidade;
– Um professor lecionando em uma escola pública;
Obs.: É importante ainda lembrar que o fato
administrativo nem sempre produz efeitos jurídicos
caso em que o fato administrativo ele é chamado de
fato da administração.
ATO ADMINISTRATIVO = Ato material por
expressar manifestação de vontade da Adm.
Pública.
Ex.: A construção de uma escola.
O fato administrativo é nada mais que uma
vontade da administração que se
materializou/concretizou e que, portanto,
cumpriu sua função.
Dessa forma, pode-se afirmar que o fato
administrativo se trata da “materialização da
função administrativa”.
____________________________________
QUESTÃO - Os fatos administrativos não produzem
efeitos jurídicos, motivo pelo qual não são enquadrados
no conceito de ato administrativo.
Gabarito: Errada
____________________________________
QUESTÃO - A pavimentação de uma rua pela
administração pública municipal representa um fato
administrativo, atividade decorrente do exercício da
função administrativa, que pode originar-se de um ato
administrativo.
Gabarito: Certa
__________________________________________
QUESTÃO - A construção de uma ponte pela
administração pública caracteriza um fato administrativo,
pois constitui uma atividade pública material em
cumprimento de alguma decisão administrativa.
Gabarito: Certa
______________________________________________
QUESTÃO - Para concretizar a desapropriação de um
imóvel, a administração toma providência para tomar a
posse desse imóvel, situação que constitui exemplo de
fato administrativo.
Gabarito: Certa
______________________________________________
A grande sacada da questão é que a
execução ou concretização de um ato pela própria
Administração é uma atividade material e esta
atividade é um Fato Administrativo, por isso a
questão está correta.
__________________________________________
QUESTÃO - Um fato administrativo pode se consumar
sem o suporte de um ato administrativo.
Gabarito: Certa
__________________________________________
Um fato administrativo pode se consumar
sem o suporte de um ato administrativo. Há fatos
administrativos que possuem suporte de um ato
administrativo como é a pavimentação de uma rua.
A pavimentação é um fato administrativo que só foi
possível por conta de um ato administrativo
promovido pela autoridade pública – como o
prefeito. Contudo, existem os fatos administrativos
que não possuem suporte de um ato
administrativo. A título de exemplo, podemos citar
os fenômenos da natureza quando repercutem
na esfera administrativa!
Exemplos:
 Raio que destrói um bem público;
• Enchente que inutiliza equipamentos
pertencentes ao serviço público;
• Etc.
__________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Avenida Presidente Vargas, 2001, entre Manoel Eudóxio e Professor Tostes, Centro, Macapá-AP.
CLUBE DO CONCURSO
WORKSHOP – Direito Penal, Direito Administrativo e Direitos Humanos 
ORGANIZADORES: Nayara Cavalcante & Paulo Antunes 
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QUESTÃO - Considere:
I. Constituem exemplos de fatos administrativos a
apreensão de mercadorias, a desapropriação de bens
privados, a requisição de serviços ou bens privados,
dentre outros.
II. A expressão fato jurídico é sinônima de fato
administrativo, pois ambos englobam também os fatos
simples, ou seja, aqueles que não repercutem na esfera
de direitos, mas estampam evento material ocorrido no
seio da Administração.
III. Fatos administrativos naturais são aqueles que se
originam de fenômenos da natureza, cujos efeitos se
refletem na órbita administrativa.
No que concerne aos fatos administrativos, está
correto o que se afirma em: I e III, apenas.
______________________________________________
QUESTÃO - Quando a Administração pública atua
executando atos materiais, como a edificação de um
muro, realização da poda de árvores ou, direta ou
indiretamente, promovendo o recolhimento do lixo,
pratica: fatos administrativos, que não têm conteúdo queexpresse manifestação de vontade decisória, não
obstante possam gerar efeitos e consequências na esfera
de direitos dos administrados.
Gabarito: Certa. 
__________________________________________
QUESTÃO - O fato administrativo trata de ações que
não representam uma vontade, mas puramente a
necessidade executória, ao passo que um ato
administrativo pode ser considerado uma manifestação
de vontade e uma declaração do Estado com produção
imediata de efeitos.
Gabarito: Certa
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ELEMENTOS ou REQUISITOS (Com Fi For M
Ob) 
COMpetência: poder atribuído pela lei. 
 
FInalidade: interesse público (resultado 
mediato)
 
FORma: como o ato vem ao mundo. 
 
Motivo: pressupostos de fato e de direito. 
 
OBjeto: conteúdo (resultado imediato) 
ATRIBUTOS ou CARACTERÍSTICAS DOS
ATOS
Presunção de legitimidade:
conformidade do ato com a ordem jurídica e
veracidade dos fatos (sempre existe).
 
Autoexecutoriedade: permite que a
Administração atue independente de autorização
judicial, todavia pautada na lei e em situações
emergenciais. 
 
Tipicidade: vem sempre definido em lei.
 
Imperatividade: faz com que o
destinatário deva obediência ao ato,
independentemente de concordância. 
OBS: Fique atento acerca da teoria dos motivos
determinantes, conforme ensinamento da própria
jurisprudência do STJ: 
“Pela Teoria dos Motivos Determinantes, a
validade do ato administrativo está vinculada
à existência e à veracidade dos motivos apontados
como fundamentos para a sua adoção, a sujeitar o
ente público aos seus termos.” 
Ex.: Exoneração ad nutum. A administração resolve
exonerar um servidor (de cargo comissionado - livre
nomeação e exoneração) sob a justificativa da falta
de recursos financeiros, e, logo em seguida, nomeia
outro servidor para ocupar a mesma função. Assim,
pela referida teoria supramencionada, o ato deve
ser anulado pelo seu fundamento não corresponder
com a realidade fática. O ato pode ser anulado pela
própria Adm. P., assim como pelo Judiciário. 
Destaca-se que só poderá ser anulado pelo
judiciário se este for provocado. A Adm. Pública
poderá fazê-lo de ofício. 
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1 – (FGV – 2022/MS – Defensor) João,
observadas as formalidades legais, firmou ato de
permissão de uso de bem público com o Estado Alfa,
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para instalação e funcionamento de um restaurante
em hospital estadual, pelo prazo de 24 meses.
Passados seis meses, o Estado alegou que iria instalar
uma nova sala de UTI no local onde o restaurante está
localizado, razão pela qual revogou unilateralmente a
permissão de uso. Três meses depois, João logrou
obter provas irrefutáveis no sentido de que o Estado
não instalou nem irá instalar a UTI no local.
Inconformado, João buscou assistência jurídica na
Defensoria Pública, pretendendo reassumir o
restaurante.
Ao elaborar a petição judicial, o defensor público
informou a João que pleitear judicialmente a
invalidação da revogação do ato de permissão é:
A) inviável, por se tratar de ato precário, mas cabe o
ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção
da permissão antes do prazo previsto; 
B) inviável, por se tratar de ato discricionário, mas
cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da
extinção da permissão antes do prazo previsto; 
C) viável, eis que, com base no princípio da
continuidade dos serviços públicos, João tem direito
de explorar o restaurante no prazo acordado, ainda
que, de fato, o Estado Alfa fosse instalar a UTI no
local; 
D) viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário,
aplica-se a teoria dos motivos determinantes, de
maneira que o Estado está vinculado à veracidade do
motivo fático que utilizou para a revogação. 
Gabarito: D
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O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A
CONVALIDAÇÃO: 
FUNDAMENTO LEGAL: 
Lei Nº 9.784/1999 - Art. 55. Em decisão na qual se
evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
– Legalidade e legitimidade (vícios
sanáveis).
– Efeito Ex tunc (retroage). 
– Competência da Administração.
– Incide nos Atos vinculados e
discricionários. 
– Em regra incide sobre os elementos
competência (também chamado de
sujeito), desde que não seja uma
competência privativa ou exclusiva e
sobre o elemento Forma, contanto que
não se trate de uma forma essencial ou
que a lei a tenha declarado como
necessária para a validade do ato. 
ATENÇÃO!!
1. Não pode convalidar a COMPETÊNCIA se ela
for exclusiva ou privativa. 
2. Não pode convalidar a FORMA se a LEI
estipular a forma necessária.
3. Não poderão ser convalidados os seguintes
atos: 
-Com vício no motivo ou finalidade.
-Aquele em que o defeito foi impugnado
perante a Adm. Pública ou Judiciário. 
-Se a convalidação causar danos à Adm.
Pública ou prejuízos.
-Prejudicar direitos ou interesses de
terceiros. 
ESPÉCIES DE CONVALIDAÇÃO: 
Macete: CoRRE 
Conversão: É a modificação do ato anterior,
considerado inválido, substituindo a parte inválida
por outra válida.
Ratificação: Supre vício de competência. 
REforma: Suprime, Retira a parte inválida e
mantém a válida.
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OBSERVAÇÃO DE CORAÇÃO DO
PROFESSOR!!
Vício quanto ao objeto, pode ser convalidado? 
Regra: Não pode. 
Exceção: Quando o Objeto for “Plúrimo”. 
Ex.: Ato de promoção de “A” e também de “B”.
Posteriormente verifica-se que B não preenche os
requisitos para tal promoção. Assim, retira-se do ato
apenas a parte viciada (objeto plúrimo), ou seja, de
apenas um dos interessados, permanecendo
normalmente o ato para a promoção de “A”. 
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2 – (Vunesp – 2022 - Câmara Legislativa de SP
– Técnico Legislativo) O Diretor Administrativo da
Câmara Municipal emitiu ato administrativo vinculado
que possui vício de forma. A autoridade administrativa
entende que o interesse público será melhor atendido
caso o ato seja preservado. Com base na situação
hipotética e na teoria do ato administrativo, é correto
afirmar que: 
 
A) por se tratar de vício sanável, será cabível a
convalidação, que produzirá efeitos retroativos. 
B) em função do princípio da legalidade, qualquer ato
administrativo viciado deve ser anulado. 
C) o ato deverá ser revogado.
D) será possível a convalidação, ainda que haja
prejuízo a terceiro, sempre que essa conduta se
mostrar adequada a atender o interesse público. 
E) o ato administrativo deve ser anulado, pois o vício
de forma não é passível de convalidação. 
Gabarito: A
______________________________________________
3 – (Vunesp – 2022 – Câmara Legislativa de SP)
Acerca dos atributos dos atos administrativos, assinale
a alternativa correta. 
 
A) A presunção de veracidade se aplica aos atos
privadosda Administração Pública.
B) A imperatividade constitui na prerrogativa de a
Administração Pública executar, diretamente, os seus
atos, independentemente da manifestação do Poder
Judiciário. 
C) A presunção de veracidade não implica na inversão
do ônus da prova, pois o cidadão tem o direito de
exigir sempre que a autoridade pública comprove que
está agindo de acordo com o princípio da legalidade.
D) Prevalece na doutrina o entendimento de que a
autoexecutoriedade prescinde prévia autorização
legislativa ou a caracterização de situação
emergencial. 
E) A autoexecutoriedade autoriza a Administração a,
em determinados casos, utilizar de forma moderada a
força para viabilizar a execução do interesse público.
Gabarito: E. 
______________________________________________
4 – (FCC – 2017 – DPE/SC) Os atos
administrativos podem ser produzidos em
desrespeito às normas jurídicas e, nestes casos,
é correto afirmar que: 
 
A) existe, no direito brasileiro, apenas duas formas de
convalidação, a ratificação e a reforma. 
B) ainda que o ato tenha sido objeto de impugnação é
possível falar-se em convalidação, com o objetivo de
aplicar o princípio da eficiência. 
C) à vícios que podem ser sanados e, nestes casos, a
convalidação terá efeitos ex nunc. 
D) a violação das normas jurídicas causa um vício que
só pode ser corrigido com a edição de novo ato, pelo
poder Judiciário. 
E) é possível convalidar atos com vício no objeto, ou
conteúdo, mas apenas quando se tratar de conteúdo
plúrimo. 
Gabarito: E
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PONTOS RELEVANTES SOBRE COMPETÊNCIA,
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO NA LEI nº
9.784/99: 
DA COMPETÊNCIA
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Art. 11. A competência é irrenunciável e se
exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída
como própria, salvo os casos de delegação e
avocação legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular
poderão, se não houver impedimento legal, delegar
parte da sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente
subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste
artigo aplica-se à delegação de competência dos
órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Art. 13. Não podem ser objeto de
delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do
órgão ou autoridade.
MACETE DO PROFESSOR PARA GRAVAR
OS ATOS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DE
DELEGAÇÃO: 
CE NO RA
– Competência Exclusiva.
– Edição de atos NOrmativos.
– Decisão de Recursos Administrativos. 
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação
deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1o O ato de delegação especificará as
matérias e poderes transferidos, os limites da
atuação do delegado, a duração e os objetivos da
delegação e o recurso cabível, podendo conter
ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a
qualquer tempo pela autoridade delegante.
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem
mencionar explicitamente esta qualidade e
considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional
e por motivos relevantes devidamente justificados, a
avocação temporária de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior.
5 – (FGV – Adaptada) Considerando o instituto
da convalidação e a Lei Federal nº 9.784/99,
assinale a afirmativa incorreta. 
 
A) A convalidação do ato com vício de competência é
efetivada por meio da ratificação. 
B) O ato pode ser reformado, caso o objeto seja
plúrimo, com a manutenção de sua parte válida. 
C) A Administração, quando retira uma parte válida do
ato e a substitui por uma nova também válida, realiza
a conversão. 
D) O decurso do tempo pode gerar a convalidação de
ato inválido. 
E) A convalidação somente se admite caso o vício seja
sanável. 
Gabarito: C
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Os atos administrativos valem até a data
neles prevista ou, como regra geral, até que outro
ato os revogue ou anule. Desde o nascimento, seja
ele legítimo ou não, produz seus efeitos, em face da
presunção de legitimidade e veracidade. Duas são
as maneiras de um ato ser desfeito: revogação e
anulação. 
Anulação
Um ato é nulo quando afronta a lei, quando
foi produzido com alguma ilegalidade. Pode ser
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declarada pela própria Administração Pública, no
exercício de sua autotutela, ou pelo Judiciário.
Opera efeitos retroativos, “ex tunc”, como se
nunca tivesse existido, exceto em relação a
terceiros de boa-fé.
PRAZOS PARA A AD. P. ANULAR ATOS ADM. 
Art. 54. O direito da Administração de
anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5
(cinco anos), contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé. 
Revogação
Revogação é a forma de desfazer um ato
válido, legítimo, mas que não é mais conveniente,
útil ou oportuno. Como é um ato perfeito, que não
mais interessa à Administração Pública, só por ela
pode ser revogado, não cabendo ao Judiciário fazê-
lo, exceto no exercício de sua atividade atípica
administrativa, ou seja, só pode revogar seus
próprios atos administrativos.
Assim, seus efeitos são proativos,
prospectivos (futuros), “ex nunc”, pois não
retroagem, sendo válidas todas as situações
atingidas antes da revogação. Se a revogação é
total, nomeia-se ab-rogação; se parcial, chama-se
derrogação.
Ex.: Considerando a implantação temporária
do atendimento à população, uma repartição pode,
via ato administrativo, ampliar o horário para fazer
face a essa demanda. Com o passar do tempo,
voltando ao normal, revoga-se o ato que instituiu o
novo horário, retornando o atendimento à hora
normal, estando válidos todos os efeitos produzidos
no período de exceção.
Acerca da anulação e revogação, você
deve conhecer, obrigatoriamente, as seguintes
Súmulas do STF e o art. 53 da Lei nº 9.784/99: 
“Súmula 346: A Administração
pública pode declarar a nulidade dos
seus próprios atos.” 
“Súmula 473: A Administração
pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação
judicial.”
Lei nº 9.784/99, “Art. 53. A
Administração deve anular seus
próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.” 
NÃO PODEM SER REVOGADOS: 
1. Vinculados
2. Consumados
3. Procedimento Administrativo
4. Declaratório
5. Enunciativo
6. Complexos
7. Direito adquirido
OBS!! STJ possui decisãono sentido de que a
licença para construção (ato vinculado), pode
ser revogada em razão de fundamentado
interesse público, com indenização do
particular pelos prejuízos comprovados. 
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Lembrando que isso não é unânime nos
Tribunais e nos concursos. Prevalece que atos
vinculado não podem ser revogados, todavia
tome nota dessa exceção do STJ. 
______________________________________
6 - A distinção entre revogação e anulação dos
atos administrativos decorre de: 
 
A) construção doutrinária e corrente jurisprudencial
majoritária.
B) princípios constitucionais implícitos da
Administração Pública.
C) entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de
Justiça.
D) súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
E) expressa disposição legal e também entendimento
sumulado.
Gabarito: E
____________________________________________
7 – (FCC – TJ-PE) Quanto a invalidação dos atos
administrativos consistentes em sua revogação e
anulação, é certo que a: 
A) revogação e a anulação que, embora constituam
meios de invalidação dos atos administrativos, se
confundem e se empregam indistintamente. 
B) faculdade de invalidação dos atos administrativos pela
própria Administração é bem mais ampla do que se
concede à Justiça Comum, porque esta só pode desfazer
seus atos quando ilegais. 
C) anulação é a declaração de invalidade de um ato
administrativo legítimo e eficaz, enquanto que pela
revogação se invalida um ato ilegítimo ou ilegal. 
D) faculdade de revogar o ato administrativo só pode ser
executada a pedido, e por autoridade superior, nunca
pelo mesmo agente que o praticou. 
E) anulação de um ato administrativo é exclusividade do
Poder Judiciário, devendo, de regra, ser levado à sua
apreciação por meios procedimentais 
Gabarito: B
____________________________________________
8 - (ALAP-2020-ANALISTA LEGISLATIVO) Se o
Poder Judiciário, no exercício do controle judicial,
considerar ilegal determinado ato discricionário praticado
pelo Poder Executivo, 
 
A) poderá anulá-lo, inclusive se o considerar apenas
inconveniente ou inoportuno, aferindo seu mérito, desde
que mediante provocação de interessado ou legitimado,
não podendo nenhuma lesão a direito ser excluída do
Poder Judiciário. 
B) poderá revogá-lo, pois o Poder Judiciário realiza o
controle, no exercício da sua atividade jurisdicional, sobre
os atos administrativos editados, no exercício de função
administrativa, pelo Poder Executivo. 
C) não poderá revogá-lo, sendo possível, entretanto, que
o Poder Judiciário revogue ato administrativo
discricionário válido por ele mesmo praticado, em sua
função atípica administrativa, atuando como
administração. 
D) não poderá anulá-lo, pois não se admite análise do
ato administrativo pelo Poder Judiciário praticado
legitimamente pela Administração, pois os poderes são
independentes e harmônicos entre si, não podendo haver
interferência de um no outro. 
E) poderá revogá-lo, sendo também possível a revogação
de ato administrativo discricionário ilegal pelo Poder
Judiciário quando praticado por ele mesmo, em sua
função atípica administrativa, atuando como
administração. 
Gabarito: C
______________________________________________
9 – (CESPE – 2018 – Auditor – PB) A administração
pública pode anular e revogar os seus atos,
independentemente de solicitação ao Poder Judiciário.
Esse poder-dever está consagrado na Súmula n.º 346 do
STF, que afirma que a administração pública pode
declarar a nulidade dos seus próprios atos, e na Súmula
n.º 473 do STF, que afirma que a administração pode
anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, ou revogá-los, por motivo de
conveniência e oportunidade. 
O poder-dever descrito anteriormente
corresponde ao princípio da: 
A) moralidade administrativa.
B) supremacia do interesse público.
C) autotutela.
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D) especialidade.
E) legalidade.
Gabarito: C
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10 – (FCC – 2015 – TRT 9 – Analista Judiciário) O
denominado Poder de autotutela é uma decorrência do
princípio da legalidade. Cuida-se de controle que a
Administração exerce sobre seus próprios atos, que
podem ser: 
 
A) anulados, quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, sendo vedada, no entanto, pela via
administrativa, a revogação por motivos de conveniência
e oportunidade. 
B) anulados ou revogados, no entanto, na hipótese de
revogação há a necessidade de participação do judiciário,
que exerce controle de razoabilidade e proporcionalidade
da medida. 
C) declarados nulos, ante a presença de vício de
legalidade, ou revogados, por motivo de conveniência e
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
rassalvada, quando o caso, a apreciação judicial. 
D) revogados ou anulados, respectivamente por motivo
de conveniência e oportunidade e em razão de vício de
legalidade, sendo passível de controle judicial tão
somente a retirada do ato, pela Administração, por
motivo de legalidade, restrito ao judiciário o controle da
autotutela fundamentado em juízo discricionário.
E) anulados por ilegalidade e revogados por motivo de
conveniência e oportunidade, sempre por meio de
recurso ao Poder judiciário, em razão do princípio da
inafastabilidade da jurisdição. 
Gabarito: C
______________________________________________
TREDESTINAÇÃO e RETROCESSÃO
A tredestinação ocorre quando um bem
expropriado alcança ou busca finalidade diversa da
que se planejou inicialmente. Divide-se em lícita e
ilícita. 
TREDESTINAÇÃO LÍCITA: ocorre quando a
Administração dá destinação outra que não a
planejada quando da expropriação, porém,
mantém o atendimento ao interesse público.
Assim, o motivo continua sendo o interesse
público, mas, como ensina Carvalho Filho, o
"aspecto específico" dentro desse interesse público
é diferente. Logo, não se vislumbra ilicitude porque
o fim especial foi diferente, porém, o motivo que
deu ensejo à expropriação (interesse público)
permanece, isto é, o fim geral que é atender ao
interesse público permanece no ato. (CARVALHO
FILHO, José dos Santos. Manual de Direito
Administrativo, 2021). Ex: Desapropriar um imóvel
para construir uma escola, mas, diante das novas
circunstâncias, decidiu-se construir um posto de
saúde. 
TREDESTINAÇÃO ILÍCITA: é traduzida na
verdadeira desistência da expropriação e dá ensejo
à retrocessão. Ou seja, quando a Administração
pratica desvio de finalidade ou, ainda, transmite o
bem a terceiros (quando não é possível). Não há a
mantença do interesse público, o qual motivou a
expropriação. 
Assim, na tredestinação ilícita a conduta
da Adm. Pública, posterior à expropriação, foge
tanto a finalidade específica (que motivou o ato
originário) quanto a finalidade geral (interesse
público), surgindo, por consequência, o direito doantigo proprietário solicitar a Retrocessão de seu
imóvel. 
OBSERVAÇÃO DO PROFESSOR: Vale ressaltar
que a simples demora na utilização do bem não
significa tredestinação. 
RETROCESSÃO
Também denominada reversão ou
reaquisição é a devolução do domínio
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expropriado, para que se integre ou regresse ao
patrimônio daquele de quem foi tirado, pelo mesmo
preço da desapropriação. Assim, retrocessão é o
direito que tem o expropriado de exigir de volta o
seu imóvel caso o mesmo não tenha o destino para
o qual se desapropriou, ou seja, a Administração
Pública dando outra finalidade ao bem adquirido,
finalidade esta que também não busca o interesse
público (tredestinação ilícita). 
Ex: Desapropriar um imóvel para construção de um
hospital mas, na verdade, construiu em seu lugar um
estacionamento privado para beneficiar o filho do
prefeito. Assim, surge para o antigo proprietário o
direito de requerer a retrocessão de seu bem imóvel. 
______________________________________________
1 - O direito que tem o expropriado de exigir de
volta o seu imóvel caso este não tenha o destino
para o qual foi desapropriado, denomina-se: 
 
A) tredestinação. 
B) preempção. 
C) desafetação. 
D) retrocessão. 
E) redestinação. 
Gabarito: D
______________________________________________
Ato administrativo simples,
complexo e composto
SIMPLES: Ato administrativo simples é o que
decorre de uma única manifestação de vontade de
um único órgão, unipessoal (ato simples singular)
ou colegiado (ato simples colegiado). Não
interessa o número de pessoas que pratica o ato,
mas a expressão da manifestação de vontade que
não pode depender de outras, seja concomitante ou
posterior. Reiterando, aperfeiçoa-se (ato perfeito)
com uma única manifestação. 
COMPLEXO: O ato complexo, por sua vez, decorre
da manifestação de vontade de dois ou mais
diferentes órgãos ou autoridades e, somente
assim, alcança a perfeição (completo, concluído,
formado). Duas ou mais pessoas (agentes ou
órgãos) para a prática de um único ato. 
MACETE: ATO COM SEXO (Dois órgão para um só
ato. 
OBSERVAÇÃO DO PROFESSOR: Os atos
administrativos praticados dentro de um processo
administrativo são dotados de perfeição e
conclusão, podendo ser impugnados administrativa
ou judicialmente. Os atos administrativos
complexos, por outro lado, são imperfeitos
enquanto não há a efetiva manifestação de
vontades distintas necessárias à sua
formação, e só podem ser impugnados após isso. 
COMPOSTO: É aquele cujo conteúdo resulta da
manifestação de um só órgão, mas a sua edição ou
a produção de seus efeitos depende de um outro
ato que o aprove. A função desse outro ato é
meramente instrumental: autorizar/ratificar a
prática do ato principal, ou conferir eficácia a este.
O ato acessório ou instrumental em nada altera o
conteúdo do ato principal.
Citamos como exemplo um parecer
exarado por servidor público integrante do
departamento jurídico de determinado órgão da
administração direta, que depende de
homologação ainda pendente, de autoridade
superior para ser validado (CESPE - 2016). Veja que
esses atos complexos podem receber a
denominação de aprovação, ratificação,
homologação, visto, entro outros, conforme for o
caso.
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1 - Quando um ato administrativo é praticado
unicamente por um órgão, dotado de competência
e legitimidade para realiza-lo, porém, composto
por um colegiado de servidores, uma vez realizado
tal ato administrativo, é correto dizer que se trata
de um ato: 
 
A) complexo, pois exige a vontade de várias pessoas,
seja por unanimidade ou maioria, para a realização do
ato. 
B) composto, pois exige a vontade de várias pessoas,
seja por unanimidade ou maioria, para a realização do
ato. 
C) simples, pois exige a vontade de um único órgão,
ainda que composto por várias pessoas, que decidirão
por unanimidade ou maioria. 
D) se a decisão for unânime, será um ato composto; se
for por maioria, será um ato complexo. 
Gabarito: C
______________________________________________
 ATUALIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO
STF
Art. 71 (CF/1988) - O controle externo, a cargo
do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta,
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo
de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e
pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório. 
No dia 19/02/2020, o STF concluiu julgamento do
RE 636553, definindo a seguinte tese de
repercussão geral (Tema 445): “Os Tribunais de
Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos
para o julgamento da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, reforma
ou pensão, a contar da chegada do processo à
respectiva Corte de Contas, em atenção aos
princípios da segurança jurídica e da
confiança legítima”.
Portanto, atualmente, apesar de o STF ter mantido
o entendimento de que o ato de concessão de
aposentadoria, reforma ou pensão se trata de
ato administrativo de natureza complexa,
julgou necessário impor ao Tribunal de Contas o
prazo máximo de 05 (cinco) anos para
avaliar, para fins de registro, tal ato de
concessão, utilizando-se por analogia o prazo
prescricional do Decreto 20.910/32, tendo em vista
que é imposto o mesmo prazo quinquenal para que
o particular busque qualquer direito em face da
Administração Pública.
Ultrapassado o referido prazo, haverá o registro
tácito da concessão do benefício.
O Tribunal de Contas, dessa forma, ao
proceder ao registro acima referido, integra a
vontade declarada pelo administrador público na
aposentação do servidor, aperfeiçoando e
concluindo a formação do ato. E essa atuação do
Tribunal de Contas envolve atividade
homologatória que não deve divergir das
conclusões apresentadas pelo órgão que
procedeu à concessão da aposentadoria
propriamente dita. Não possui qualquer
prerrogativa de poder modificá-la. 
______________________________________________
2 – (FGV – TJSC – Analista Judiciário) João, Oficial
de Justiça do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, se
aposentou. Três meses depois, foi informado que o
Tribunal de Contas Estadual não aprovou o ato
administrativo de sua aposentadoria, eis que faltam dois
meses para completar o tempo de contribuição
necessário. 
A interferência da Corte de Contas, no caso em tela, em
tese, é: 
 
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ORGANIZADORES: Nayara Cavalcante & Paulo Antunes 
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A) ilegítima, eis que o ato administrativo de
aposentadoria é simples, e o Tribunal de Contas não tem
competência para interferir em ato administrativo do
Poder Judiciário; 
B) ilegítima, eis que o ato administrativo de
aposentadoria é composto, sendo formado pela
manifestação do Diretor de Recursos Humanos e
Presidente do TJSC, sem controle pelo Tribunal de
Contas; 
C) ilegítima, eis que o ato administrativo de
aposentadoria é composto, e a apreciação da legalidade
do ato de concessão inicial de aposentadoria do Tribunal
de Contas imprescinde do contraditório e da ampla
defesa; 
D) legítima, eis que o ato administrativo de
aposentadoria é simples e deve ser praticado somente
pelo agente público competente para tal, qual seja, o
Presidente do Tribunal de Contas; 
E) legítima, eis que o ato administrativo de aposentadoria
é complexo, e a apreciação da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria do Tribunal de Contas
prescinde do contraditório e da ampla defesa. 
Gabarito: E
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3 - O ato de aposentadoria do servidor público
segurado do regime próprio de previdência social
dos servidores públicos (RPPS) é classificado
como ato: 
 
A) complexo, porque pressupõe a concessão do benefício
previdenciário pela unidade gestora do RPPS ou pelo
órgão de vinculação do servidor e a homologação dessa
concessão pelo Tribunal de Contas, que tem a
prerrogativa de alterar o ato de concessão. 
B) complexo, porque pressupõe a concessão do benefício
previdenciário pela unidade gestora do RPPS ou pelo
órgão de vinculação do servidor e a homologação dessa
concessão pelo Tribunal de Contas, que não pode
registrar ato diverso do que lhe foi apresentado para
apreciação. 
C) composto, porque pressupõe a concessão do benefício
previdenciário pela unidade gestora do RPPS ou pelo
órgão de vinculação do servidor e a homologação dessa
concessão pelo Tribunal de Contas, que tem a
prerrogativa de alterar o ato de concessão. 
D) composto, porque pressupõe a concessão do
benefício previdenciário pela unidade gestora do RPPS ou
pelo órgão de vinculação do servidor e a homologação
dessa concessão pelo Tribunal de Contas, que não pode
registrar ato diverso do que lhe foi apresentado para
apreciação. 
E) simples, porque não depende de manifestação do
Tribunal de Contas, que deve apenas proceder o registro
do ato de concessão oriundo da unidade gestora do
RPPS ou pelo órgão de vinculação do servidor. 
Gabarito: B
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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Centralização: o Estado executa as tarefas
diretamente, por intermédio da Administração
Direta. 
Descentralização: distribui funções para outra
pessoa, física ou jurídica. Não há hierarquia. 
Pode ocorrer das seguintes formas: 
 Por serviços, funcional, técnica ou por
outorga: transfere a titularidade e a execução.
Depende de lei. Prazo indeterminado.
Controle finalístico (ex: criação de entidades da
Adm. Indireta).
 
 Por colaboração ou delegação: transfere
apenas a execução. Pode ser por contrato ou ato
unilateral. Prazo: determinado (contrato).
Indeterminado (se for ato) . Controle amplo e rígido
(ex: concessão ou autorização). 
Territorial ou geográfica: transfere
competências administrativas genéricas para
entidade geograficamente delimitada (ex: Territórios
Federais).
 
Desconcentração: a entidade se desmembra
em órgãos, organizados em hierarquia. É técnica
administrativa para melhorar o desempenho. Só
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uma pessoa jurídica. Ocorre na Adm. Direta e na
Indireta. 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA: conjunto de órgãos
que integram as pessoas políticas do Estado (U, E,
DF, M), aos quais foi atribuída a
competência para o exercício de atividades
administrativas, de forma centralizada.
 
Órgãos Públicos: não possuem capacidade
processual, exceto órgãos autônomos e
independentes para mandado de 
segurança na defesa de suas prerrogativas e
competências.
 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: entidades
administrativas vinculadas à Adm. Direta para o
exercício de atividades de forma 
descentralizada. A administração indireta é criada
para prestar serviços de forma especializada, por
isso obedece ao princípio da especialidade e
finalidade. 
 
Supervisão Ministerial / Tutela administrativa
/ Controle finalístico / Vinculação
Administrativa: verifica os resultados das
entidades descentralizadas, a harmonização de suas
atividades com a política do Governo, a eficiência de
sua gestão e a manutenção de sua autonomia.
Depende de previsão em lei 
(tutela ordinária), podendo extrapolar a lei em caso
de problemas graves. Significa a Administração
Direta tomando as rédeas para exercer o controle
sob a entidade criada. 
OBSERVAÇÃO: Isso não significa que há
hierarquia, tampouco subordinação entre a Adm.
Direta sobre a Indireta, mas tão somente um
controle/fiscalização de suas atividades. 
AUTARQUIAS:
 
Criação e extinção: diretamente por lei.
 
Objeto: atividades típicas de Estado, sem fins
lucrativos. “Serviços públicos personalizados.”
 
Regime jurídico: direito público.
 
Prerrogativas: prazos processuais especiais;
prescrição quinquenal; precatórios; inscrição de
seus créditos em dívida ativa; imunidade tributária;
não sujeição à falência.
 
Classificação: geográfica ou territorial; de serviço
ou institucional; fundacionais; corporativas ou
associativas e outras.
 
Autarquias de regime especial: maior
autonomia que as demais. Estabilidade dos
dirigentes (ex: agências reguladoras). 
 
Patrimônio: bens públicos (impenhorabilidade,
imprescritibilidade e restrições à alienação).
 
Pessoal: regime jurídico único (igual ao da Adm.
Direta).
 
Foro judicial: Justiça Federal (federais) e Justiça
Estadual (estaduais e municipais) 
FUNDAÇÕES:
 
Criação e extinção: diretamente por lei (se de dir.
público); autorizada por lei, mais registro (se de dir.
Privado). 
 
Objeto: atividades que beneficiam a coletividade,
sem fins lucrativos. “Patrimônio personalizado”.
 
Regime jurídico: direito público ou privado.
 
Prerrogativas: mesmas que as autarquias (se de
dir. público); imunidade tributária (dir. público ou
privado).
 
Patrimônio: bens públicos (se de dir. público);
bens privados, sendo que os bens empregados na
prestação de serviços públicos possuem
prerrogativas de bens públicos (se de dir. Privado).
 
Pessoal: regime jurídico único (se dir. público);
regime jurídico único ou celetista – divergência
doutrinária (se dir. Privado).
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_______________________________________________________________________________________Foro judicial: igual às autarquias (se de dir.
público); p/ doutrina, Justiça Estadual (se de dir.
privado); p/ jurisprudência, Justiça Federal (se de
dir. privado federal). 
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE
ECONOMIA MISTA:
 
Criação e extinção: autorizada por lei, mais
registro.
 
Subsidiárias: depende de autorização legislativa;
pode ser genérica, na lei que autorizou a criação da
matriz.
 
Objeto: atividades econômicas, com intuito de
lucro. Pode ser: (i) intervenção direta no domínio
econômico (só nos casos 
de segurança nacional ou relevante interesse
coletivo; ou monopólio) ou (ii) prestação de serviços
públicos.
 
Personalidade jurídica: direito privado. 
 
Regime jurídico: + direito privado (exploradores
de atividade empresarial); + direito público
(prestadoras de serviço público).
 
Sujeições ao direito público: controle pelo
Tribunal de Contas; concurso público; licitação na
atividade-meio.
 
Estatuto: aplicável às exploradoras de atividade
empresarial. Prevê sujeição ao regime próprio das
empresas privadas e estatuto próprio de licitações e
contratos.
 
Patrimônio: bens privados. Nas prestadoras de
serviço público, os bens empregados na prestação
dos serviços possuem prerrogativas de
bens públicos.
 
Pessoal: celetista. Sem estabilidade. Demissão
exige motivação. Não cabe ao Legislativo aprovar o
nome de dirigentes. É possível mandado de
segurança contra atos dos dirigentes em licitações.
 
Falência e execução: não se sujeitam. 
 
Forma jurídica: SEM = sociedades anônimas; EP
= qualquer forma admitida em direito.
 
Composição do capital: SEM = público
(majoritário) e privado; EP = exclusivo público,
podendo participar mais de uma 
entidade pública.
 
Foro judicial: SEM federal = Justiça Estadual,
regra; ou, se a União atuar como assistente ou
oponente = Justiça Federal. EP 
federal = Justiça Federal, sempre. EP ou SEM
estadual ou municipal = Justiça Estadual. Ações
trabalhistas = Justiça do Trabalho. 
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DIREITO PENAL
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APLICAÇÃO DA LEI PENAL
De acordo com o princípio da legalidade
do Direito Penal, os crimes e as penas apenas
podem ser definidos por meio de lei. 
A Lei Penal, assim como qualquer outra lei, é
inserida no mundo jurídico em um determinado
momento e permanece em vigor até a sua
revogação, regulando todos os fatos praticados
nesse período. 
Porém, durante esse processo de mudança,
há algumas situações em que essas leis penais
entram em conflito, gerando diferentes
consequências para cada tipo de cenário. Há 4
tipos de conflitos da lei penal:
• Abolitio Criminis. 
• Novatio Legis Incriminadora (Lei Nova
Incriminadora). 
• Novatio Legis in Pejus (Lex Gravior –
Lei Nova mais Severa). 
• Novatio legis in Mellius (Lex Mitior –
Lei Nova mais Benéfica).
______________________________
Abolitio Criminis
A abolitio criminis é a situação de
abolição de um crime, ou seja, é quando uma
conduta deixa de ser considerada como um
crime, através da revogação de uma lei penal
incriminadora por outra lei. 
Um exemplo é o já extinto crime de
adultério, que deixou de ser considerado conduta
delituosa em 2005. Isso mesmo pessoal, até o ano
de 2005, o parceiro que cometesse infidelidade
conjugal estaria sujeito à pena de 15 dias a 6
meses de detenção.
Quando ocorre o abolitio criminis, há a
retroatividade benéfica da lei penal, extinguindo
a punibilidade do agente, ou seja, todos aqueles
que estavam respondendo a esse crime que foi
abolido terão seus processos arquivados, além
disso, aqueles que já cumprem pena, serão
liberados.
FIQUE ATENTO: Nesses casos, o abolitio criminis
apenas faz cessar os efeitos penais, sendo que
os efeitos civis da pena persistem
(extrapenais). Por exemplo, caso o réu tenha sido
condenado a pagar uma indenização cível ao
ofendido, essa pena persistirá, mesmo no caso da
abolição do crime.
FIQUE ATENTO:
Para que ocorra, de fato, a abolitio criminis,
é necessário que haja uma revogação (pela lei
posterior) Formal e material. Isto é, abolir
formalmente o delito do tipo legal e essa conduta
não continuar sendo punida por outro tipo penal.
Caso esta última ocorra, estaremos não diante de
uma abolitio criminis, senão do instituto da
“continuidade normativo-típica”. 
Continuidade normativo-típica: 
Significa a manutenção do caráter proibido
da conduta, porém com o deslocamento do
conteúdo criminoso para outro tipo penal. A
intenção é que a conduta permaneça criminosa. 
Ex.: como ocorreu com o crime de atentado
violento ao pudor (CP, art. 214), o qual passou a
ter continuidade normativa no art. 213 do CP.
Novatio Legis Incriminadora (Lei Nova
Incriminadora)
Esse é o caso mais simples, em que uma
nova lei entra em vigor e passa a criminalizar
uma conduta que antes não era considerada
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como crime. Nessa situação, não há a
retroatividade da lei penal, uma vez que ela não
é benéfica ao agente, ou seja, ela apenas produzirá
efeitos a partir de sua entrada em vigor.
Por exemplo, se uma lei que considera o
consumo bebida alcoólica como crime entrar em
vigor em 10/03/2022, apenas as pessoas que
ingerirem essa bebida a partir dessa data serão
penalizadas, sendo que aquelas que consumiram a
bebida antes dessa data não poderão ser
enquadradas nessa lei. 
Novatio Legis in Pejus (Lex Gravior – Lei
Nova mais Severa)
Essa situação é quando uma lei estabelece
uma situação mais gravosa ao réu em algum
delito já existente.
Por exemplo, vamos supor que uma lei
altere a pena máxima do crime de homicídio
simples de 20 anos para 30 anos de reclusão.
Assim, houve uma alteração em um crime que já
existe, agravando a situação do acusado.
Nesses casos, não há a retroatividade
prejudicial da nova lei penal, sendo que apenas
aqueles que cometeram o delito depois da entrada
em vigor da nova lei poderão sofrer as
consequências dessa nova regra legal.
Novatio legis in Mellius (Lex Mitior – Lei
Nova mais Benéfica)
Esse é o oposto à situação acima, em que
uma nova lei beneficia o agente em um delito
existente.
Nesse caso, supomos que o crime de
homicídio simples terá agora uma redução da
pena máxima de 20 anos para 15 anos de
reclusão.
Diferentemente do Novatio Legis in Pejus, no
Novatio legis in Mellius haverá a retroatividade
da lei, sendo aplicada a situações ocorridas antes
da nova lei mais benéfica ao acusado. Assim,
mesmo que um criminoso tenha praticado um
homicídio simples antes da vigência da nova lei, no
caso da situação hipotética acima, o máximo que
ele poderá cumprir de pena será 15 anos de
reclusão e não mais 20 anos.
PARA FIXAR:
A Lei Penal:
• RETROAGE nos casos benéficos ao
acusado: Abolitio Criminis e Novatio
Legis in Mellius;
• NÃO RETROAGE nos casos prejudiciais
ao acusado: Novatio Legis Incriminadora

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