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FICHAMENTO CAP.13 Império BRASIL

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DADOS SOBRE A OBRA
	REFERÊNCIA COMPLETA DA OBRA: 
	MACIEL. José Fábio Rodrigues: AGUIAR, Renan, História Do Direito, 7ºEd., São Paulo:Saraiva, 2016 – Capítulo 13 – O Direito no Império
	
	PALAVRAS-CHAVE: Direito, Jurídico, Brasil, Império, Revolução, Código Penal, Código comercial, Processual, Civil, Crimes, Constituição, Magistratura, Regência, Províncias, Leis, Áurea
	
	FICHAMENTO DE LEITURA
	QUESTÕES DIRECIONADAS
	I. Quais é(são) a(s) ideia(s) principal(is) defendida(s) pelo autor(a)?
- Organização Social no Império
- Liberalismo no Brasil
- Novo arcabouço Jurídico
- Magistratura
- Cursos de Direito no Brasil Imperial
- A Constituição de 1824: Primeira genuinamente nacional
- Revolução Americana 
- Regime Republicano
- Quilombolas
- Lei Áurea e etc.
- Período Regencial
- Liberdade Federativa
- Laicidade do Estado
- Revolução Francesa
- Primeiro Código Penal da América Latina
- Código de Processo Criminal de 1832
- Conselho de Jurados
- Efeito da Revolução Industrial
- O código comercial de 1850
- Regulamento n.737 ou verdadeiro Código de Processo Civil no Brasil
- O julgamento da “Fera De Macabu”
- Leis de Terras
- Revolução do Porto
	II. Que argumentos são usados para fundamentar esta(s) ideia(s)?
O Direito no Império tem como ponto de partida a elaboração de leis próprias do Brasil, que deixem de fora a marcada no período colonial. Uma solução viável seria a substituição paulatina das leis portuguesas e também a manutenção de quem tinha o poder de comandar o governo, essa ruptura não foi bem sucedida e é por isso que muitos defendem que vivemos ainda nos dias de hoje “colonizados”. As revoluções Americana e Francesa proporcionaram a burguesia e ao liberalismo prosperar, as enormes transformações da organização social trouxe a família real portuguesa para o Brasil, fato esse considerado de grande relevância por transformar a relação entre colonos e colonizados. Importante ressaltar a criação do Banco do Brasil em 1810 e a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves em 1815. A revolução do Porto fez com que D. João VI voltasse a Portugal e D. Pedro I assumisse o trono. O liberalismo no século XVIII defendeu a liberdade pessoal, o individualismo e a tolerância entre outros temas. Juridicamente o liberalismo foi o responsável em parte contra os defensores do sistema colonial, os monopólios e estancos, o fisco, a antiga administração da justiça, a administração portuguesa etc. Os grandes proprietários de terra continuaram a ter seus interesses realizados pelos governantes, bem diferente do liberalismo Europeu em que se buscava criar novos setores da sociedade e focado na luta contra vantagens para a nobreza. O Estado liberal brasileiro surgiu por vontade da elite dominante, eliminando o principio revolucionário. Contudo, buscou-se a democracia no geral, dois problemas que agravaram o governo de D. Pedro I, a luta contra o absolutismo e a favor da descentralização político-administrativa, objetivado ao federalismo. 
Os juristas brasileiros eram formados na Universidade de Coimbra, resultado disso foi o lerdo processo de independência do país. Para mudar isso, a partir de 1827, cria-se o primeiro curso jurídico brasileiro que vai gerar os primeiros bacharéis em direito que o Brasil formou. Um problema que surte é o fato de a magistratura garantir a unidade nacional e o status quo dominante, ou seja, o poder judicial ficava ligado ao poder político, mesmo sendo instituições distintas. A criação dos cursos de direito tinham como objetivos a justiça e formar pessoas capacitadas a resolver as burocracias.
A revolução do Porto fez com que muitos políticos brasileiros participassem da Assembléia Constituinte para a criação da constituição de 1824, isso proporcionou ganho de experiência dos nossos juristas. Surge com isso o problema da influência da revolução Americana o que não era bom exemplo para a recente monarquia nacional, que tinha o regime republicano, com o poder descentralizado da forma de um Estado Federativo. Ademais, a Constituição Americana defendia o Estado Laico, ou seja, sem religião oficial e sem restrição de crença. A igreja me mostrou contrária a laicidade no Estado, além do que, desde a colônia o regime foi padroado. Quanto à revolução Francesa era confusa em relação a sociedade latifundiária e escravocrata que viviam no Brasil, indo contra o pensamento das oligarquias locais. 
Apenas em 1830 que as ordenações Filipinas deram lugar ao código criminal, primeiro código penal da América Latina e vigorou até 1890. O código criminal eliminou as penas muito rigorosas, associadas a uma cultura leniente, e beneficiam o criminoso e favorecem a impunidade. O debate ficou por conta da pena de morte que a partir de 1855, depois do erro judiciário do caso de Manuel da Mota Coqueiro, mais conhecido como “A fere de Macabu”. O código criminal também foi contra a constituição de 1824 e permitia no seu art. 60 para os escravos a pena de açoites e celebrar cultos de outra religião que não a católica é crime policial. 
Já no fim de 1832, mais precisamente 29 de novembro, foi aprovado o Código de Processo Criminal que visava a instaurar a investigação criminal e dando fim a filipina. Como características a evidenciar o juizado de instrução, de perfil contraditório, dirigido pelo juiz de paz, leigo e eleito. O novo código traz também o Conselho de Jurados e o Habeas corpus. Alienado ao Código Criminal diferenciava os crimes públicos dos crimes privados. Os públicos davam causa à ação penal promovida pelo promotor público ou por qualquer cidadão do corpo de jurados. Os crimes particulares davam ao ofendido a possibilidade de promover a ação penal. O que era levado em consideração era a vítima, portanto até mesmo o homicídio era considerado particular, pois agredia a segurança pública. O Conselho de Jurados era dividido em duas etapas, um sistema misto entre o aplicado na Inglaterra e na França, O sumário era competência do juiz de paz, responsável também pela instrução das queixas a ele apresentadas. No ordinário, os processos eram da competência do Conselho de Jurados, tanto na fase de denuncia quanto no procedimento de julgamento.
O período regencial brasileiro funcionou como prévia de uma republicana dentro do Império, aconteceu entre 1831 a 1840, período esse entre a abdicação de D. Pedro I e o golpe da maioridade que encaminhou D. Pedro II ao governo. Várias foram a revoltas populares que acabaram acontecendo nessa época, as de maiores impactos que vale citarmos aqui são: Farroupilha (RS – 1835 a 1845), Cabanagem (PA – 1835 a 1840), Sabinada (BA – 1837 a 1838), Malês (BA – 1835) e Balaiada (MA – 1838 – 1841). Em 7 de setembro de 1822 foi o dia que se instaurou o Primeiro Reinado. Esse período politicamente não foi um dos mais estáveis, foi necessário unificar a América Portuguesa, a disputa da Província Cisplatina gerou uma grave crise externa, e em 1828 se transformou em República do Uruguai. Nesse contexto, D. Pedro I foi visto com maus olhares pelos brasileiros, que acreditavam que ele dava mais atenção aos problemas de Portugal que aos brasileiros, mesmo abdicando do poder. Com essa instabilidade política interna, o rei D. Pedro I abdicou do trono em nome de seu filho de apenas 5 anos de idade. Os efeitos dessa abdicação foram graves, causou um vazio político no pais, aumentando o conflito de interesses entre liberais moderados (camadas médias urbanas) e liberais conservadores (aristocracia rural). Os dois grupos políticos formavam o Partido Brasileiro, e tinham como objetivo a derrubada de D. Pedro I que tinha como força contrária ao Partido Brasileiro o Partido Português. No acontecimento conhecido como A Noite das Garrafadas, o Partido Português é derrotado e abre espaço para o Partido Brasileiro entrar em disputa no chamado Período Regencial.
A Regência Trina Provisória de 1831, previa que por Dom Pedro II ser menor devia ser seguido a constituição de 1824, onde ordenava escolher ummembro da família real e esse deve ter 25 anos ou mais. Os deputados e senadores foram obrigados a elegerem uma regência composta por três membros. A primeira medida prevista pela regência foi retirar do exército todos os estrangeiros e também os que eram acusados de crimes políticos. A Regência tinha um clamor pelo liberalismo e antiabsolutista. 
De 1831 a 1835 instalou-se a Regência Trina Permanente, foi uma tentativa de equilíbrio entre as forças do norte e do sul do pais. Surgem então três grupos políticos que entravam em conflito diariamente, eram eles: o moderado, o exaltado e o restaurador. O primeiro apoiava a regência, o segundo defendia ideais republicanas e o terceiro pregavam o retorno de D. Pedro I. 
A Regência de Feijó defendeu a fim da escravatura e teve grande pressão opositora no seu governo.
A regência de Araújo Lima ficou conhecida como ministério das capacidades, já que era composta por indivíduos de status da época. Não terminou o seu mandado pois ocorreu o golpe da maioridade em 1840, levando D. Pedro II com quinze anos ao poder.
Cabanagem no Pará foi um movimento extremamente violento, destaca-se a participação de indígenas e negros. Liderados por Antonio Vinagre tomam o quartel e o palácio do governo de Belém. A rebelião espalhou-se rapidamente e em 1836 Belém é reconquistada pelas tropas imperiais.
Outra grande revolta foi a Revolta dos Malês na Bahia no ano de 1835, queriam o fim da escravidão e luta por igualdade. Essas revoltas até então nunca obtiveram sucesso diante das tropas do governo, foi só em 1835 que um ataque partindo de dentro da cidade de Salvador. Inúmeros libertos e escravos foram a luta nas ruas, a Sociedade dos Malês era composta por africanos e adeptos do islamismo.
Sabina da Bahia foi uma resposta ao recrutamento obrigatório no norte para fortalecer os combates aos farroupilhas do RS, um corpo de artilharia tomou controle da cidade de Salvador e com isso declararam independência em relação ao RJ, nomeando um novo presidente e só restando organizar um nova constituição. A resposta do governo foi imediata ao ato, um novo presidente legal foi para Itaparica e comandou a retomada. Salvador foi invadida, não foi um confronto tão sangrento porque alguns vários rebeldes entregaram-se antes. 
O que todas as províncias sofriam era a alta tributação e quase nenhum retorno por parte da corte estabelecida no RJ, isso gerou um rebelião que ficou conhecida como Balaiada no Maranhão. O estopim para isso foi o estupro da filha de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira e a prisão injustificada do seu irmão. Os balaios conseguiram tomar a vila de Caxias e o governo maranhense então começa a juntar forças militares de várias províncias para combater o movimento. Para combatê-los a Regência enviou ao Maranhão como comandante e presidente o coronel Luis Alves de Lima e Silva que tinha grande experiência militar. Em 1841, Cosme Bento o último líder da Balaiada foi morto. Assim, Lima e Silva ganha a batalha e o título de barão de Caxias.
A guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul teve com fundamento uma maior autonomia na província e mais poder a elas. O Principal produto da economia gaúcha era o Charque, e a corte cobrava altos impostos e diminuía o lucro da produção do mesmo. O lema que juntou adeptos foi “o centro explora o Sul”, e nesses 10 anos de luta (1835 a 1845) foram várias as batalhas com vitórias e derrotas. 
Com alguns efeitos da Revolução Industrial chegando ao Brasil surge o código comercial, para solucionar o problema de te várias institutos ainda não previstos no ordenamento jurídico. No mesmo momento a escravatura chagara o seu tempo máximo em vigência, perdendo poder com a Lei Eusébio de Queirós em 1850. Em seqüência surge a Lei das Terras, que transformou a terra em propriedade imobiliária, ou seja, único modo de ser dono de propriedade é comprando a mesma. Isso explicava o fato dos negros, brancos pobres, negros libertos e mestiços não possuírem acesso a essa Lei porque não possuíam poder aquisitivo. As ordenações Filipinas, com exceção do processo criminal eram adotadas ainda para o julgamento. Isso mudou em 1850 com o decreto conhecido como Regulamento n. 737. Funcionou como Código Civil no Brasil, deixando de vigorar em 1939 com a publicação do verdadeiro Código Civil. O regulamento n. 737, além de disciplinar os procedimentos a serem observados nos Tribunais do Comércio, apresentava a relação mercancia econômica. 
A lei Áurea assinada por princesa Isabel extinguiu juridicamente a escravidão no Brasil e foi graças e ela que Isabel ficou conhecida historicamente. A busca insana por riquezas fez com que a escravidão fosse oficializada, isso infere até hoje nas relações raciais e sociais. 
Tiverem leis anteriores ao movimento abolicionista que também trataram desse problema, a Lei Euzébio de Queiróz, Lei Nabuco de Araújo.
A lei Euzébio de Queiroz fez com que a extinção do tráfico de escravos fosse aprovada. 
A lei Nabuco de Araújo impôs uma forte fiscalização e penas para traficantes. Começou então a se substituir escravos por imigrantes europeus assalariados. 
Já no movimento abolicionista temos a Lei do Ventre livre, Lei dos Sexagenários e Lei Áurea. A lei do ventre livre previa que são livres todos os filhos de mãe escrava nascidos a partir da promulgação da lei.
A lei dos Sexagenários previa a o fim da escravidão em seu território, mas teve pouco resultado já que livres os escravos não tinham como sobreviver, pois não tinham como pagar por nada.
Finalmente a Lei Áurea beneficia juridicamente os escravos, e conseqüentemente aboliu os problemas sociais que tinham como causa a escravidão. 
Os Quilombos são formados por grupos étnicos, em grande parte população negra rural e urbana. Os mesmos se proclamam no momento das relações com a terra, o território, as tradições e práticas culturais próprias. É a própria comunidade que se autoreconhece “remanescente de quilombo”. 
Os membros dos quilombos vivem em mutua luta para garantir o direito das futuras gerações no acesso a esse território que receberam seus antepassados. Não se trata de um território aleatório, ele simboliza a luta contra a dominação, e todas as dificuldades vivenciadas no passado para obtenção desse direito presente.
Com isso, nada é mais vergonhoso que em um país, tenha tanta burocracia para se chegar ao mínimo de dignidade humana como prevista na constituição federal de 1988. Deve-se regulamentar o acesso da terra prelos quilombolas, fator decisivo não só para a dignidade desses membros, mas também para a própria preservação cultural brasileira.
Um exemplo prático da demonstração do poder do rei é o julgamento da “Fera de Macabu”, nem sempre o direito penal estava presente. A impunidade é que prevalecia, com a prática do perdão ligado à família real portuguesa, funcionando como legitimação ideológica do poder real. O rei era o senhor da justiça e mediador da graça.
Foi tentado durante o reinado de D. Pedro II mudar o quadro de impunidade, principalmente contra escravos e negros. Com o fim do tráfico negreiro, a aprovação do Código Comercial e a Lei Das Terras, as sesmarias deixaram de existir. Coqueiro foi condenado à morte por haver sido considerado mandante do assassinato de uma família de colonos. Durante o processo ele tentou se defender por várias formas, mas sem sucesso. Coqueiro foi julgado e condenado à morte. Após a condenação ser aceita pelos tribunais superiores, foi-lhe também negada por D. Pedro II a graça imperial. A execução serviu de exemplo na luta contra o governo pela impunidade, mas, desgraçadamente, acabou entrando para a história como erro judiciário. A aplicação depois foi sendo aos poucos diminuída ao ponto de não existir mais. 
	III. Em tua opinião, qual é o ponto alto da obra? Compartilhas das opiniões do autor(a)?
O ponto alto da obra se dá a partir das exposições e explicações da constituição de 1824, que foi um marco na importância da participação de nossos próprios juristas brasileiros para assim não servirmais a metrópole e deixarmos de ser colônia. A constituição de 1824 teve a elaboração nas mãos de poucos, pois a composição era de maioria liberal radical, que defendia interesses bons para o novo país, mas contrários aos de que detinham o poder real.
O autor trás uma visão bastante convicta sobre os assuntos tratados no capítulo, de pronto imediato concordo com a reflexão dele, principalmente na importância de termos formados nossos próprios juristas para assim acelerar o processo de independência.
	IV. Espaço para reprodução de frases/trechos importantes da obra. 
“Após a conquista da independência, uma das principais tarefas que surgem é dotar o novo país de instituições fortes que garantam a unidade nacional e, ao mesmo tempo, permitam a construção de uma nação coesa e comprometida com o seu novo status.” Pág. 243
“Só que o liberalismo da escola europeia possuía enormes diferenças em relação à estrutura sociopolítica vigente no Brasil, ou seja, uma estrutura político-administrativa patrimonialista e conservadora, com dominação econômica escravista das elites agrárias.” Pág. 244
"(...) como dotar o Brasil de leis próprias, que não carreguem a marca do período colonial, sem romper com o passado histórico de construção do País? A solução veio com a substituição paulatina das leis portuguesas do nosso ordenamento e com a manutenção do filho mais ilustre da Metrópole no comando do novo governo: D. Pedro I assume o Império. Não ocorreu ruptura com o estado anterior de dominação. (...)" Pág. 243
"Com a solidificação da Independência, havia necessidade de formar o novo arcabouço jurídico do jovem país. Para isso, duas principais medidas foram tomadas: a criação de cursos jurídicos nacionais e a substituição das Ordenações Filipinas por nova legislação. Inicia-se então a grande tarefa dos legisladores, que precisavam reformar praticamente todas as instituições remanescentes do Antigo Regime, como a justiça, o governo e a fazenda." Pág. 245
“Quando convocada a Assembléia Constituinte no início do Império, essa experiência foi aproveitada, já que muitos retornaram e assumiram postos para a elaboração da nossa primeira Constituição genuinamente nacional. E aí que começam a surgir os primeiros problemas, já que foram tremendamente influenciados pelo pensamento liberal, e o liberalismo tinha como ícones as bem-sucedidas Revoluções Americana e Francesa, cujos princípios não eram facilmente adaptáveis à recente condição de ex-colônia do nosso país.” Pág. 248
"Como visto, após a Independência havia a premente necessidade de buscar identificação jurídica nacional, mas que estivesse apartada do sistema imposto pela antiga Metrópole. Criaram-se, então, por Lei de 11 de agosto de 1827, os cursos de direito no Brasil, com sedes em Olinda e São Paulo56. Esse ato foi importantíssimo, já que com a Independência perdeu-se o acesso à Universidade de Coimbra, não mais disponível aos brasileiros como durante a colonização." Pág. 246
"Ao avaliarmos as principais casas legislativas do mundo veremos que não é diferente desse passado brasileiro, caso incluamos outros profissionais da área jurídica nesse espectro. O problema residia justamente nesse fato, já que a formação jurídica dos que aqui atuavam tinha sido levada a cabo, na sua esmagadora maioria, na Universidade de Coimbra. Resultado disso foi que o processo de independência do país não contou com a adesão dos magistrados, muito ligados à monarquia lusitana." Pág. 245
"Apesar da tendência mais liberal do Código, sua aplicação era competência do Conselho de Jurados (tribunal do júri). Esse fato não permitiu maiores avanços, já que pelo fato de os jurados virem dos grupos que representavam as grandes oligarquias, o que foi preservado foi a moralidade e as atitudes conservadoras, deixando-se de lado o ideal de certa forma liberal que constava no texto da lei." Pág. 252
“(...) Esse Código, além de sepultar o sistema judicial do antigo regime e dar ampla autonomia judiciária aos municípios, trouxe novidades ao ordenamento, como o Conselho de Jurados e o habeas corpus (...)” Pág. 252
“Com o direito comercial era diferente, já que os ecos da Revolução Industrial aqui chegavam e as novas demandas comerciais requeriam uma série de institutos ainda não previstos no ordenamento jurídico. Além disso, a pressão internacional para o fim da escravatura chegava ao seu ápice, e lentamente o país cedia a essas pressões, com a publicação da Lei Eusébio de Queirós em 1850.” Pág. 254
“(...) o Regulamento n. 737, além de disciplinar os procedimentos a serem observados nos Tribunais do Comércio, apresentava a relação de atividades econômicas de mercancia (...)” Pág. 256
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