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Resumo AV1 - História do Direito no Brasil

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Resumo de História do Direito Brasileiro 
AULAS 1 e 2 
COMMON LAW X CIVIL LAW 
 
*Autóctone - que se origina da região onde é encontrado, onde se manifesta. 
Administração colonial – 
•Direito no Brasil Colonial – 1500 a 1815: descobrimento por Pedro Álvares Cabral até quando Brasil, 
Portugal e Algarves assumiram o status de Reino Unido. 
Capitanias hereditárias – O litoral foi recortado em linhas horizontais e as terras foram entregues a 
donatários escolhidos pelo beneplácito do cetro real, para serem portadores de privilégios (concedidos pela 
coroa portuguesa) com a finalidade de colonizar o Brasil. 
• Razão da ineficácia no Brasil: Modo de divisão do solo; dificuldades de adaptação com o clima 
trópico; pestilências; conflitos com os povos indígenas; inviabilidade econômica do negócio. 
Instrumentos legais na/da colônia 
• Regimentos – Conjunto de normas impostas ou consentidas. 
• Alvarás – Documento ou declaração governamental que autoriza alguém a praticar determinado ato. 
• Cartas Régias – documento oficial assinado por um monarca que segue para uma autoridade sem 
passar pela chancelaria, geralmente contendo determinações gerais e permanentes. 
• Carta de Doação – documento da Coroa Portuguesa pelo qual fazia a concessão de uma capitania 
a um capitão donatário. 
• Carta Foral / Forais – documento real utilizado em Portugal, que visava estabelecer um concelho e 
regular a sua administração, deveres e privilégios. 
• Sesmarias – instituto jurídico português que normatizava a distribuição de terras destinadas à 
produção agrícola. 
Cartas Régias – 
• Carta Régia de 1570 determinava regras da Coroa Portuguesa para os colonos, sobre restrição aos 
desmandos e violência praticados contra os índios, autorizando, entretanto, a captura de indivíduos 
hostis, bem como a escravização deles. 
• No Brasil, o documento com esse status que teve grande importância no período colonial foi o que 
determinava a abertura dos portos, por exemplo, foi uma das primeiras iniciativas de Dom João 
após a mudança da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em novembro de 1807. O documento 
foi assinado exatamente em 28 de janeiro de 1808. 
Carta de Doação – 
• Ato jurídico inicial que investia o donatário de garantias e privilégios gerais, que remontava às 
tradições feudais, acompanhadas de juras de lealdade. 
• Por meio dela se autorizava a posse de determinado território na colônia, a ser transmitida 
hereditariamente ao filho mais velho. 
Carta Foral / Forais – 
• Diploma legal de origem medieval, utilizado para organizar a administração dos vilarejos a serem 
criados em determinada região. 
• Uma carta de foral é um documento concedido por um rei ou por um senhorio a uma povoação onde 
se estabelecem as normas de relacionamento dos seus habitantes, entre si e com o senhor que lhes 
outorgou o documento. É concedido como uma carta de privilégio, concedendo aos moradores da 
terra que a recebe um estatuto privilegiado ou de exceção. 
• *o instituto do direito ao foro só pode ser extinto através de acordo entre aforador e senhorio.* 
(Resposta do caso concreto da aula 2). 
Sesmarias – 
• Documento legal que regulava a distribuição de terras destinadas à produção de alimentos, posto 
que os donatários não teriam a capacidade suficiente de cultivar toda a terra recebida, legando assim, 
parte dela a terceiros particulares, com o objetivo de impulsionar o progresso das capitanias 
hereditárias. 
Estruturação das ordenações portuguesas 
Eram sistematizações legais que levavam o nome do monarca correspondente 
• Ordenações Afonsinas – 1446 - Relacionada ao processo de unificação política de Portugal, posto 
que dá conta das origens de independência da pátria, da necessidade prover a nação lusitana com 
legislação própria em função da soberania alcançada após a secessão junto ao Reino de Leão. 
Jurisconsultos João Mendes e Ruy Fernandes. 
• Ordenações Manuelinas – 1521 - Estruturada na época dos descobrimentos. Morte e perseguição 
a judeus lusitanos. Novas leis com a justificativa de: um, a excelência do direito romano como fonte 
do direito nacional e dois, vaidade pessoal do monarca de rever o sistema legislativo, fornecendo 
codificação nova. 
• Ordenações Filipinas – 1603 - Particular importância para a construção do direito no Brasil, 
sobretudo o Livro V das Ordenações Filipinas, matéria criminal. 
- discricionariedade na aplicação das penas privilegiando nobres. 
- sem distinção entre crime e pecado. 
- perseguição a qualquer fé diferente do catolicismo, principalmente judaísmo e islamismo (imposição 
de uso de vestimentas). 
- crimes de lesa majestade (caso Tiradentes no Brasil). 
- morte na fogueira para sodomia, lesbianismo e bestialidade. 
Caso Concreto 1 
Em reportagem recentemente publicada, importante veículo de comunicação afirmou que, de acordo com 
especialistas, a Lava-Jato inventou não um novo direito penal, mas sim uma nova maneira de conduzir o 
processo penal. Entendem tais juristas que as novidades não se limitam apenas à velocidade acelerada dos 
processos, mas também implementou novidades que são mais comuns no sistema anglo-saxão (o 
denominado sistema de common law) as não na tradição romano-germânica, na qual se filia o sistema 
jurídico brasileiro. Cita, então, como tais novidades os acordos de delação e os acordos de leniência. Em 
(http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/11/1936497-lava-jatoacelerou-processos-mas-direito-penal-de-
curitiba-e-criticado.shtml) Neste sentido, pesquise e responda: 
I) Quais as características fundamentais que diferenciam os sistemas romano-germânico do sistema 
denominado de common law? 
A civil law almeja a segurança por meio de leis, ao passo que, o common law a busca por meio de 
precedentes judiciais. 
A diferença entre os dois sistemas está na importância que se dá para as leis e códigos em cada um deles. 
Por exemplo, no common law os códigos não pretendem coibir a interpretação da lei, razão pela qual, se 
houver um conflito entre uma lei codificada e uma criada pela common law, ficará a encargo do juiz 
interpretar qual das duas deve ser aplicada, já na civil law define que a lei por si só é suficiente e plenamente 
aplicável, limitando qualquer interpretação do juiz no seu processo de aplicação aos casos concretos. 
II) Por que razão o Brasil acabou adotando o sistema jurídico românico-germânico em detrimento do 
sistema de common law? 
Este caráter “legicêntrico”, ou seja, centrado nas leis escritas, foi positivado no ordenamento jurídico pela 
Constituição Federal, artigo 5º, II, ao estabelecer que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei”. Conclui-se, desta forma, que o modelo brasileiro, inserido na tradição 
do civil law, tem seu direito vinculado à produção legislativa. 
Caso Concreto 2 
O Foral de Olinda de 1537 é o documento histórico mais antigo relativo à cidade e elevou o povoado de 
Olinda à condição de Vila, estabelecendo seu patrimônio público, bem como um plano de ocupação 
territorial. Foi produzido pelo primeiro capitão donatário de Pernambuco (Duarte Coelho) aos povoadores e 
moradores, cedendo o direito de uso da terra, mas sem transferir sua propriedade. Ainda hoje a Prefeitura 
Municipal se utiliza do documento para fundamentar a cobrança de “foro anual” e também de “laudêmio”. 
Inconformado, José, morador em terreno passível de cobrança, afirma que no Brasil não se reconhece um 
documento com quase cinco séculos de existência, além do que os forais não possuem força jurídica. 
Diante da informação acima, pesquise e responda: 
a) o que é uma Carta Foral? 
- Cartas Forais eram documentos onde eram estabelecidas as obrigações do donatário de povoar a 
Capitania, criar vilas, direito de doar sesmarias, entre outros (indicavam seus direitos e seus deveres). 
- Carta Foral era um diploma concedido pelo rei, ou por um senhor laico ou eclesiástico, à determinada terra,contendo normas que disciplinam as relações dos povoadores e destes com a entidade outorgante. 
(Dicionário de História de Portugal – Joel Serrão). 
b) Com que fundamento o Município de Olinda continua cobrando o foro anual e laudêmio? 
Um título adquirido não perde valor pelo tempo decorrido. O mesmo só pode ser revogado pelas partes que 
o elaboraram, ou seja, entre aforador e senhorio, o que não ocorreu. Desta forma, a Prefeitura tem o direito 
de realizar tais cobranças. 
 
AULAS 3 e 4 
O que eram as ordenações? Conjunto de leis de vigoravam no país, no caso, Portugal e, derivavam das 
tradições legislativas do CIVIL LAW e, como éramos colônia neste período histórico, vigoravam aqui 
também. 
Ordenações Filipinas – 1603 
O mais importante nesta ordenação, consiste no Livro V que tinha natureza criminal e regulamentava os 
conflitos sociais desta natureza. 
Principais características do Livro V: 
• discricionariedade na aplicação das penas, assegurando aos nobres o gozo de seus privilégios; 
Diferenciação na aplicação de penas pelas camadas sociais, quanto mais pobre, maior e mais dura 
a pena. Variava pela ordem de nascimento da pessoa que cometia o delito. O foco não era a conduta 
delitiva em si, e sim seu autor. 
• o teor da sentença ficava a critério do monarca; 
Alguns casos saiam da esfera do juiz e vinham a esfera do monarca para que este decidisse. 
• sem distinção entre crime e pecado, assumindo o Estado a execução das punições para as infrações 
do Direito Eclesiástico; 
Existe neste livro, inclusive, disposições de cunho religioso, as quais criminalizam, por a exemplo, a 
blasfêmia, uma infração religiosa, mas não uma infração jurídica. 
Crimes contra os dogmas e a fé: 
1. Qualquer que arrenegar, descrer ou pesar de Deus e da sua Santa Fé, ou disser outras 
blasfêmias, pela primeira vez, sendo fidalgo, pague vinte cruzados e seja degredado um 
ano para a África. 
2. E sendo cavaleiro ou escudeiro, pague quatro mil réis e seja degredado um ano para a 
África (Livro V, 2) 
3. E se for peão, deem-lhe trinta açoites ao pé do pelourinho com baraço e pregão, e pague 
dois mil réis (Livro V, 2) 
• não se admitia qualquer forma de culto que não o autorizado pela Igreja Católica Apostólica Romana. 
Mineração: a era do ouro 
• Mudança da base da economia: deixa de ser o açúcar e passa a ser o minério (sucesso nas colônias 
holandesa, francesas e inglesas com a produção do açúcar; descoberta dos minérios no Brasil; 
queda da economia do açúcar no Brasil. 
• Crescimento demográfico nas regiões auríferas 
• Surge o mercado interno 
• Classe média 
• Desenvolvimento cultural 
• Progressiva consciência do abuso na cobrança dos impostos da Metrópole a Colônia Brasil 
• Crescente sentimento de identificação e pertencimento 
• Eclosão de conflitos políticos: crise na relação entre colônia e metrópole. 
Revolta de Beckman (Maranhão, 1684); Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1707); Guerra dos 
Emboadas (Pernambuco, 1708); Revolta de Filipe dos Santos (Vila Rica,1720); Conjuração Baiana 
(1798) 
Conjuração Mineira (1789): doutrina iluminista; ideias de liberdade advindos dos Estados Unidos 
da América e da França; objetivava a desvinculação de Minas Gerais de Portugal. 
Crime de lesa-majestade Livro V 
• Crime de lesa-majestade era considerado o mais grave das Ordenações Filipinas de 1603. Crime ao 
qual Tiradentes foi acusado e condenado. 
• Eram atentados cometidos contra o monarca ou sua família, estando a conduta delituosa descrita na 
lei ou não. 
Punições aos inconfidentes: 
• Tiradentes: após a morte o cadáver foi esquartejado e seus membros expostos como advertência 
aos rebeldes. 
• Outros participantes: prisão e exílio. 
Administração Pombalina 
• Marques de Pombal teve importante papel na reformulação da estrutura judiciária tanto da metrópole 
quanto da colônia. 
• Criação de Companhias de comércio do Maranhão, Grão Pará, Pernambuco e Paraíba, com a 
dinamização do comércio do açúcar e do algodão. 
• Instituição do Tribunal da Relação no RJ. Começa neste ponto a organização da estrutura judiciária 
no Brasil. 
Lei da boa razão 
• Lei criada no período da administração de Marques de Pombal, que tinha um caráter modernizador 
que restringia o uso do Direito Romano e das interpretações dadas a este pelos juristas medievais 
Ac. 
• Tinha por finalidade restringir a arbitrariedade dos decisores e, diminuir a discricionariedade aplicada 
até então, jogando foco na conduta cometida pelo autor do delito e não mais na posição social do 
autor. 
Saída da família real de Portugal 
 Napoleão Bonaparte estendia seu domínio sobre a Europa Continental, avançando em direção a 
Portugal, com ameaças e proibições a esse país de realizar comércio com a Inglaterra. Entretanto, Portugal 
já estava endividado com a Inglaterra, o que dificultaria o cancelamento das relações comerciais entre estes 
países. Neste contexto, Inglaterra apoiou a Corte lusitana a fugir para o Brasil, com navios de escolta, poucas 
horas antes da invasão francesa. 
 França invadiu Portugal e o subjugou inclusive juridicamente, redefinindo a estrutura administrativa, 
constituindo o Conselho de Governo, órgão militar composto por franceses, os quais consideravam que teria 
havido abdicação do trono português (Decreto 1° de fevereiro de 1808). 
Chegada da família real no Brasil 
• Há a transferência da sede do Império Português para o Brasil. 
• Carta Régia de 1808 (abertura dos portos brasileiros): dinamização da economia e comércio 
internacional. 
• Criações: Biblioteca Nacional, Museu de Belas Artes, Banco do Brasil 
• Vida urbana em desenvolvimento; incipiente ímpeto industrial para atender às necessidades locais; 
paulatinas reivindicações de autonomia; expansão da economia local. 
• Carta Régia de 1815: elevação do Brasil à condição de Reino Unido (Portugal, Brasil e 
Algarves). 
• Progressivo sentimento de nacional (aversão aos interesses e contínua influência de Portugal sobre 
o Brasil). 
Independência do Brasil 
• Revolução do Porto de 1820: ideais liberais, com pressão para o regresso imediato de D. João VI 
• Dificuldades financeiras de Portugal e exigência dos portugueses do regresso do Brasil ao status de 
colônia. 
• Nova realidade brasileira: portos abertos, comércio desenvolvido, elite local, sentimento de nacional. 
• Retorno de D. João a Portugal. 
• 7 de setembro de 1822: grito de independência às margens do Rio Ipiranga por D. Pedro I. 
• Reconhecimento da independência do Brasil por Portugal em 1825, através da mediação da 
Inglaterra e pagamento de vultosa quantia em dinheiro, no Tratado do Rio de Janeiro. 
Processo Constituinte 
Assembleia Geral Constituinte: 
Convocação 03 de maio de 1823 pelo Príncipe Regente (D. Pedro I). Entretanto, com sentimento de 
desprestígio, ele mesmo faz a dissolução em 12 de novembro de 1823 em razão de divergências entre 
imperador e deputados. 
Partido Brasileiro (monarquia constitucional da casa de Bragança) x Partido Português (estreitamento dos 
laços com Portugal) 
Conselho de Estado (órgão criado pelo imperador com pessoas que corroboravam o seu pensamento) 
(decreto de 13 de novembro): elaboração do texto constitucional a cargo de um grupo de homens probos*. 
*Probos - Que tem .caráter íntegro, honrado, justo, .reto. (De confiança do Imperador) 
*****Constituição Imperial 25 de março de 1824 – (Primeira Constituição)***** 
• Bases teórico-filosóficas do Iluminismo que culminou com a promoção do movimento 
constitucionalista europeu no Brasil. 
• Constituição outorgada. (Imposta pelo Imperador – caráter autoritário) 
• Assimilação do ideal liberal do velho mundo. 
• Poder Moderador: teoria formulada pelo jurista suíço Benjamin Constant, como um poder neutro 
capaz de corrigir os desvios e moderar os excessos dos outros poderes, sendo o Imperador o chefe 
supremo da nação, deixando de lado a doutrina da Tripartição (dos Poderes) de Montesquieu, sendoincontestável a supremacia ou a superioridade do vigilante sobre os vigiados. 
Repercussões da Constituição de 1824 
Criação de escolas de Direito no Brasil: 
• Olinda (Mosteiro de São Bento) 
• São Paulo (Convento São Francisco) 
Trajetória autônoma do Direito Nacional: 
• Código criminal (1830): “Organizar-se-á quanto antes um Código Civil e Criminal, fundado nas 
sólidas bases da Justiça e Equidade (Art. 79, XVIII)” 
• Código de Processo Criminal (1832) 
• Código comercial (1850) – Urgência por regulamentar as relações econômicas. 
*****Código Criminal do Império (1830)***** 
• Legislação anterior LIVRO V das Ordenações Filipinas (penas cruéis, degradantes com viés 
medieval). 
• Busca de ideais iluministas. 
• Busca de penas com melhor proporcionalidade ao mal causado. 
• Influências: Código Francês (1810); Código Napolitano (1819); Código da Baviera (1813). 
• Influenciador: Legislação penal da Espanha (1848), de Portugal (1852) , além de outros códigos da 
América Latina. 
Caso Concreto 3 
Frequentemente o apoio à pena de morte é destaque na mídia brasileira. Recentemente, mais 
especificamente o mês de janeiro de 2018, pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha apontou que 57% da 
população brasileira são favoráveis à pena de morte. Na verdade tal número representou um aumento de 
10 pontos percentuais em relação à última pesquisa, realizada no ano de 2008, quando a quantidade de 
pessoas que apoiavam este tipo de punição era de 47%. Ao menos em relação ao tema pena de morte, 
parece que a visão da população brasileira parece estar indo de encontro com as ideias preconizadas por 
Cesare Beccaria, um grande iluminista italiano, contemporâneo de Tiradentes. 
Agora que você leu o texto acima, faça uma pesquisa e responda as seguintes perguntas: 
a) Com base em que legislação Tiradentes foi, no Século XVIII, condenado à pena de morte? 
Tiradentes foi condenado a pena de morte com base no Livro V das Ordenações Filipinas, pelo crime de 
Lesa Majestade. 
b) A condenação e a pena aplicadas a Tiradentes foram influenciadas pelas ideias de Cesare 
Beccaria? Justifique. 
Não, o Iluminista Cesare Beccaria defendia que as penas deveriam ser proporcionais aos delitos cometidos. 
c) Nos dias de hoje, é possível haver condenação a pena de morte no Brasil? Justifique. 
Não, com exceção para casos de guerra declarada. 
 
Caso Concreto 4 
Sabe-se que a Constituição Imperial foi a única da história do Brasil que adotou a "divisão" do poder por 
quatro Poderes. Porém, em mensagem transmitida na abertura do ano judiciário de 2018, a ministra Carmen 
Lúcia, presidente do STF, afirmou que o Poder Judiciário precisa ser um poder suficientemente forte para 
enfrentar constantemente as pressões de toda ordem, além de poder fazer face a uma das suas principais 
características, que é a de um poder moderador, isto é, capaz de efetivar o seu controle externo sobre os 
atos dos demais poderes públicos, quando for necessário. 
Pergunta-se: 
a) O que caracterizou o chamado Poder Moderador no âmbito do Primeiro Império? 
A Constituição de 1824, outorgada pelo Imperador Dom Pedro I, era uma das mais liberais que existiam em 
sua época, entretanto, foram criados quatro poderes, sendo eles: Legislativo, Executivo, Judiciário e o Poder 
Moderador. Este último, com o objetivo de centralizar diversas competências na figura individual do 
Imperador, permitindo a ele, se imiscuir nos outros poderes, conforme mostram os artigos abaixo: 
Art. 98 - O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, é delegado privativamente ao 
Imperador como Chefe Supremo da Nação e seu primeiro representante, para que incessantemente vele 
sobre a manutenção da independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos. 
Art. 99. A pessoa do Imperador é inviolável, não está sujeito à responsabilidade alguma. 
Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador. 
b) Relacione a fala da Ministra com a crítica de que a atuação do Poder Judiciário como um poder 
moderador acaba desaguando em uma judicialização da política. 
No meu entendimento, é preciso que o Poder Judiciário atue de forma consistente pois, no Brasil 
contemporâneo, onde os crimes contra as instituições públicas emergem em abundância, ele deve atuar 
como guardiões da nossa Constituição Federal. Nos últimos anos, o STF tem sido sobrecarregado com um 
número elevado de processos, muitos dos quais, contra os políticos de nosso país. Infelizmente, como os 
juízes do Supremo Tribunal Federal são nomeados pelo Presidente e aprovados pelo Senado, é impossível 
que não haja uma politização no poder judiciário, pelo menos nesta última instância. 
 
AULAS 5 e 6 
A nova ordem jurídica como consequência da crise pela abdicação D. Pedro I 
• autoritarismo de que era acusado o monarca; 
• suposto privilégio que o mesmo estaria concedendo aos interesses portugueses em detrimento dos 
interesses "brasileiros "; 
• Sentimento antilusitano. 
• Sentimento de brasilidade: Século XVIII. 
• a crise econômica por que passava o país, em razão dos gastos com guerras (especialmente, 
Cisplatina e a repressão à Confederação do Equador). 
Situação em decorrência da abdicação de D. Pedro I 
• A abdicação do Imperador Dom Pedro I do Brasil, ocorreu em 7 de abril de 1831, em favor de seu 
filho D. Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II. O ato marcou o fim do Primeiro Reinado e o início 
do período regencial, no Brasil. Necessidade de criar condições jurídico-políticas para o exercício do 
poder sem a legitimidade de um membro da família real. 
• Lei de regência (junho de 1831): “Art. 10. A Regência nomeada exercerá , com a referenda do 
Ministro competente, todas as atribuições, que pela Constituição do Império competem ao Poder 
Moderador, e ao chefe do Poder Executivo, com as limitações e excepções seguintes.” 
• Lei de criação da Guarda Nacional (agosto de 1831): a Guarda Nacional foi criada com o propósito 
de defender a constituição, a integridade, a liberdade e a independência do Império Brasileiro. Além 
disso, pelo poder a ela concedido, seus membros deveriam firmar o compromisso de sedimentar a 
tranquilidade e a ordem pública. 
• Lei Feijó - Lei para inglês ver, novembro de 1831: africano livre era o importado após 07/11/1831. 
Os apreendidos deveriam ser exportados para a África, mas na realidade, eram incorporados aos 
serviços públicos e particulares. Africanos “livres”. 
• Código Processual Criminal de 1832: garantias de defesa aos acusados e valorização do papel do 
magistrado, conferindo-lhe importantes funções. 
O Ato Adicional de 1834 e a alteração no Texto Constitucional 
• Reforma da Constituição do Império de 1824 foi promovida pelo Ato Adicional de 1834, que 
institucionalizou o processo de descentralização do poder, em razão da ausência da figura do 
Imperador. Aumento da autonomia dos poderes locais em face do poder central. 
• O Estado ainda unitário não teria se transformado em Federal pelo fato de os presidentes das 
províncias terem continuado a serem indicados pelo Poder Central. 
• Revoltas como consequência do baixo reconhecimento de autoridade dos governos regenciais. 
A maioridade de D. Pedro II e a estabilização do processo político 
• Golpe da maioridade: necessidade política de restaurar a confiança e a legitimidade do poder para 
dar fim às disputas políticas que abalavam o Brasil. 
• Plano político: o segundo reinado se caracterizou pelo compartilhamento de poder entre liberais 
e conservadores, sendo que o Poder Moderador do Imperador conferia estabilidade, funcionando, 
portanto, como intermediário imparcial. 
O Código Comercial e a Lei de Terras 
• Código Comercial - Vigência em 1850. 
Surgiu à época com o objetivo de regulamentar as ações comerciais. 
• Busca de modernização do quadro jurídico-econômico e social brasileiro. 
• Código Comercial ainda vigente no que se refere ao direito marítimo. Demais disposições 
revogadas pelo Código Civilde 2002. 
• Lei de terras: primeira iniciativa de organizar a propriedade privada no Brasil. Forma de manter a 
estrutura latifundiária vigente. Chegada dos imigrantes e temor da extinção da escravatura. 
 
***** LEIS ABOLICIONISTAS ***** 
1. Lei Euzébio de Queiroz (1850) – extinção do tráfico 
2. Lei Visconde do Rio Branco ou Ventre Livre (1871) – Libertar os filhos de escravos 
3. Lei dos Sexagenários (1885) – Libertar escravos ao atingir 60 anos 
4. Lei Áurea (1888) – Libertação dos escravos. 
 
• Lei Euzébio de Queiroz (1850): visava a extinção do tráfico negreiro como resposta às pressões 
da Inglaterra. 
• Art. 1º As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e as estrangeiras 
encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriais do Brasil, tendo a seu 
bordo escravos, cuja importação é proibida pela Lei de sete de Novembro de mil oitocentos 
trinta e um, ou havendo-os desembarcado, serão apreendidas pelas Autoridades, ou pelos 
Navios de guerra brasileiros, e consideradas importadoras de escravos. 
• Aquelas que não tiverem escravos a bordo, nem os houverem proximamente desembarcado, 
porém que se encontrarem com os sinais de se empregarem no tráfico de escravos, serão 
igualmente apreendidas, e consideradas em tentativa de importação de escravos. 
• Lei Visconde do Rio Branco ou lei do ventre livre (1871): 
• Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data desta lei, 
libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento daqueles 
filhos menores e sobre a libertação de escravos.... 
• Art. 1º Os filhos de mulher escrava que nascerem no Império desde a data desta lei, serão 
considerados de condição livre. 
• Menores sob tutela dos senhores das mães ou encaminhados a associações. Nos dois casos, 
ou o Estado remunerava o sustento ou poderia ser usufruído o direito ao serviço gratuito dos 
menores até 21 anos. 
• Lei dos Sexagenários (1885) 
• LEI N. 3270 - DE 28 DE SETEMBRO DE 1885 - “Regula a extinção gradual do elemento 
servil.” - Apesar de considerados livres, os escravos que tivessem 60 anos de idade, “a título 
de indenização pela alforria, eram obrigados a prestar serviço a seus ex-senhores pelo 
espaço de três anos. 
• Lei Áurea (1888) 
• Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil. 
• Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário. 
 
Com exceção da Lei Áurea, que efetivamente libertou os escravos, as leis abolicionistas concessivas 
anteriores, tinham tão somente o objetivo de procrastinar a libertação dos escravos, que era 
iminente. Ou seja, visavam retardar o máximo possível a libertação dos escravos. 
 
A crise e o fim do Império do Brasil (1870-1889) 
• Crise do Império: conjunto de crises parciais e localizadas que favoreceram a proclamação da 
República. 
• Propagação das ideias republicanas. 
• Questão religiosa: crise entre Igreja e Estado. 
• Abolição da escravatura: retirada do apoio dos senhores de escravos ao regime imperial. 
• Questão militar: conflitos entre oficiais do Exército e a monarquia, entre 1884 e 1887, 
fortalecendo a campanha republicana entre os militares. 
 
Caso Concreto 5 
(Udesc 2017 - adaptada) 
A abdicação de Dom Pedro I, em 1831, foi seguida por anos turbulentos, nos quais diferentes grupos 
políticos defendiam distintos projetos para os destinos da nação. Neste período que, até a coroação de Dom 
Pedro II, é conhecido como “Período Regencial” diversas revoltas eclodiram nas províncias e 
reivindicavam, especialmente, autonomia em relação ao poder central. 
Assim, responda brevemente por que razão o Período Regencial (1831-1840) é considerado um 
período de transição na história da formação do Estado brasileiro. 
Dom Pedro I retorna a Portugal e deixa Dom Pedro II como rei. Entretanto, D. Pedro II, com 5 anos de idade, 
era o rei, mas obviamente não governava. Fato posto, o congresso se reuniu para a eleição de uma regência 
trina, que seria composta por três governantes que conduziriam politicamente o país até a posse de Dom 
Pedro II como Imperador do Brasil. 
Em função da “ausência” do Imperador, e consequentemente com a descentralização do poder, surgiram 
algumas correntes políticas e o Brasil ficou mais vulnerável às revoltas que surgiram em todo o território, 
algumas inclusive com fins separatistas, colocando assim a unidade do país em risco. 
Entretanto, o medo de que essas revoltas “levassem à anarquia” e causassem mudanças na estrutura social 
vigente à época, membros das elites que se dividiam entre conservadores e liberais, com várias divergências 
políticas, entraram em acordo. Mesmo com a alternância entre os gabinetes liberal e conservador, a 
semelhança com que ambos governavam davam indícios que chegava ao fim o período de disputas internas, 
facilitando desta forma, a estabilização política e a sensação de pertencimento à nação brasileira. Foi neste 
período em que surge uma nova língua portuguesa, ganhando características próprias, enriquecida com 
vocábulos e literaturas indígenas, estes, considerados os maiores símbolos do Brasil. 
Em resumo, a regência foi uma manobra política para conferir legitimidade ao governo de então, até 
que Dom Pedro II alcançasse a maioridade constitucional e voltasse a exercer a monarquia de forma 
legítima. 
 
Caso Concreto 6 
A questão agrária no Brasil, tão atual e discutida por diversos setores de nossa sociedade, remonta um 
longo processo histórico que assinala o problema da concentração de terras em nosso país. Durante o 
Segundo Reinado, destacamos um dos mais importantes marcos desse processo no momento em que o 
poder imperial estabelece a Lei de Terras de 1850. 
Sendo um fruto de seu tempo, essa lei assinalou o predomínio dos grandes proprietários de terra no cenário 
político do século XIX. Essa lei surgiu em uma época de intensas transformações sociais e políticas do 
Império. Naquele mesmo ano, duas semanas antes da aprovação da Lei de Terras, o governo imperial 
criminalizou o tráfico negreiro no Brasil por meio da aprovação da Lei Euzébio de Queiroz. De fato, essas 
duas leis estavam intimamente ligadas, pois o fim da importação de escravos seria substituído por ações 
que incentivavam a utilização da mão de obra assalariada dos imigrantes europeus. 
(texto adaptado - disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/lei-terras-1850.htm ) 
Responda as questões abaixo: 
a) O texto acima faz referência à Lei Euzébio de Queiroz. No âmbito do processo de Abolição da 
Escravatura no Brasil, as leis abolicionistas que se seguiram à referida Lei podem ser consideradas 
fruto do amadurecimento humanístico de nossas elites? 
Não – Foi fruto da pressão inglesa. 
b) Considerando o texto, estabeleça relações entre Lei de Terras, Imigração Subvencionada e 
Abolição da Escravatura. 
Lei de terras visava limitar a aquisição da propriedade territorial, dificultando desta forma, a obtenção de 
terras de forma indiscriminada principalmente pelos escravos, que estavam em vias de serem libertos. 
Imigração subvencionada visava estimular o fluxo imigratório, com vindas de famílias inteiras e não de 
indivíduos isolados. As passagens eram financiadas, bem como o alojamento e o trabalho inicial no campo 
ou na lavoura. visava também “branquear” a população brasileira. 
Com a abolição da escravatura e a soma deste fato, com os dois mencionados anteriormente, ocorreu o 
fomento do mercado consumidor, em função de uma mão-de-obra livre e um mercado de consumo. 
 
AULAS 7 e 8 
República da Espada: do Governo Provisório ao governo do Marechal Floriano 
• Fatos políticos: prestígio do Exército, das oligarquias, fim da escravidão, desprestígio da 
monarquia, ideais liberais. 
• Golpe Militar: Marechal Deodoro da Fonseca ocupando o Ministério da Guerra e depondo o 
Imperador. 
• Câmara Municipal do Rio de Janeiro, José do Patrocínio declarava extinta a Monarquiae 
inaugurava a República. 
Governo provisório chefiado pelo próprio Marechal Deodoro 
• Após o golpe esse evento, instaurava-se um governo provisório chefiado pelo Marechal Deodoro. 
Este Governo Provisório iria durar até fevereiro de 1891, quando o próprio Deodoro tornar-se-ia o 
primeiro presidente eleito indiretamente da República do Brasil, tendo como vice-presidente o 
Marechal Floriano Peixoto, que assumiria o governo em novembro de 1891, após a renúncia do 
Marechal Deodoro. 
• Em tão pouco tempo, três governos diferentes, o provisório, o governo do Marechal Deodoro e o 
governo do Marechal Floriano, todos militares, por isso chamamos esse período inicial de nossa 
História republicana “República Militar” ou “República da Espada” 
O Governo Provisório 
• De novembro de 1889 a fevereiro de 1891. 
• deveria coordenar as mudanças institucionais necessárias à transição do regime 
monárquico para o regime republicano, por meio, principalmente, da construção de uma nova 
Constituição e da organização das primeiras eleições presidenciais 
• decretos alteraram diversos aspectos políticos-institucionais. 
• separação entre Estado e Igreja, com o fim do Beneplácito e do Padroado; estabelecimento do 
casamento civil e do registro civil de nascimento, etapas da vida do cidadão que ficavam a cabo 
da Igreja. 
Situação econômica no Governo Provisório 
• País mergulhado em um sistema econômico monetário completamente arcaico, sustentado por 
uma economia agrícola dominada pelo café e por uma política monetária que não atendia mais 
as necessidades de uma economia não mais escravista. 
• Encilhamento: política econômica fundamentada na ideia de livre emissão de créditos 
monetários. Essa medida visava duas coisas básicas: estimular a industrialização e o 
estabelecimento de novos negócios. 
• Resultado: inflação, onda de empréstimos, investimentos em bolsa de valores, falências etc. 
Legislação criminal no Brasil 
• Ordem cronológica: 
• Ordenações Filipinas – Livro V com essencialidade criminal 
• Código Criminal de 1830 
• Código Penal de 1890 
• Código Penal de 1940 
• O Código Penal de 1890 – 
• Em 1890 foi promulgado o novo diploma, por meio de um decreto, o Decreto 847. O teor desse 
Código bem demonstra o temor das elites às novas condições sociais ocorridas com a libertação 
dos ex-cativos, como fica claro com a criminalização de prática da capoeira em locais públicos. 
• Proibia a imputação de penas infamantes; Limite de 30 anos para pena restritiva de liberdade; 
imputabilidade penal a partir dos 9 anos. 
• O adultério permanecia tendo o mesmo tratamento concedido pelo Código do Império, ou seja, 
incorreria neste delito a mulher casada que mantivesse relações sexuais com outro homem. 
Entretanto, o marido somente cometeria tal crime se estivesse mantendo outra mulher. 
 
A Primeira Constituição Republicana 
• Constituição do Império de 1824, outorgada por D. Pedro I. 
• Constituição Da República foi elaborada pelo congresso constituinte e aprovada em sessão deste 
mesmo congresso. 
• migrava de uma monarquia para uma República 
• Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil 
• Influência em alguns pontos, da Constituição estadunidense. 
• eleição direta, tanto para o Executivo como para o Legislativo, em um único turno e determinava 
o voto universal. A Constituição imperial estabelecia o voto censitário. 
• Voto inexistente para mulheres, analfabetos, mendigos, alguns religiosos de baixo clero e alguns 
militares de baixa patente 
• O Poder Legislativo era composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Os membros do 
Senado perdiam sua vitaliciedade e passavam a ter um mandato, seguindo o exemplo dos 
membros da Câmara dos Deputados. 
A Primeira Constituição Republicana 
• Adotando como forma de governo a república e forma de Estado a federação e o sistema político o 
presidencialismo. 
República Federativa - É um Estado que possui características de uma República e de uma Federação. 
Ou seja, é um Estado formado pela união de estados federados que possuem autonomia ampla, mas se 
subordinam ao Governo Federal. 
Presidencialismo - É um sistema de governo onde o Presidente (no caso de Estados democráticos, eleito) 
acumula as funções de Chefe de Estado (representante da nação) e de Chefe de Governo (aquele que 
efetivamente governa). 
Constituição - Existem duas formas de fazer valer uma Constituição. Uma delas é proclamando-a. Isso 
ocorre quando ela é escrita por um grupo de pessoas, que formam uma assembleia e se submete o texto 
final a essa mesma assembleia (promulgada). Outra forma é quando ela é outorgada por uma autoridade. 
Ou seja, nomeia-se um grupo que vai escrevê-la e o chefe do executivo, sem consultar nenhum instrumento 
político faz valer o texto constitucional. 
Congresso constituinte - Quando se vai promulgar uma Constituição democraticamente, um grupo de 
pessoas é eleito para escrevê-la. Este grupo é chamado de Assembleia Constituinte. Quando o grupo que 
vai escrever a Constituição acumula a função legislativa, ou seja, compõe o Congresso nacional, chamamos 
de “Congresso Constituinte”. 
RESUMO 
• Os primeiros governos republicanos foram constituídos por presidentes militares; 
• Já nos primeiros anos a jovem República enfrentou uma grave crise econômica: o Encilhamento; 
• O período foi marcado por rebeliões armadas: Revolta da Armada e Revolução Federalista; 
• Havia divergências entre as elites agrárias e os militares; 
• A Constituição republicana concedia autonomia para os estados, separava o Estado da Igreja, 
estabelecia o voto universal (mas excluía mulheres e analfabetos) e direto entre outras coisas; 
• A república foi proclamada sem a participação popular; 
• Após os governos militares inicia-se um período em que as oligarquias agrárias, principalmente 
as cafeeiras, irão controlar o país. 
 
 
 
 
 
Caso Concreto 7 
 
Embora a charge acima apresente um tom intencionalmente irônico, há alguns questionamentos que podem ser 
feitos. 
a) No que se refere a ignorância dos personagens no terceiro quadro acerca da Proclamação da República, teria ela 
alguma conexão com a situação ocorrida em 1891? 
Essa transição Monarquia — República se cristalizava longe do olhar popular. Se tivéssemos de escolher uma 
característica marcante desse processo, certamente seria o afastamento das massas populares deste processo. Ou 
seja, a república foi proclamada sem a participação popular. Neste sentido, não pode ser considerado um movimento 
popular e revolucionário, assemelhando-se mais a um golpe de estado. 
b) No que se refere ao segundo quadro, apesar do estabelecido no Art. 72 da Constituição de 1891 (direitos 
fundamentais), a presença dos militares no comando da Proclamação propiciou maior grau de liberdade aos 
cidadãos brasileiros? 
A charge é uma ironia, pois os primeiros momentos da república não são caracterizados pela liberdade aos cidadãos. 
 
Caso concreto 8 
As eleições são de fundamental importância, pois além de representar um ato de cidadania, possibilitam a escolha de 
representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um 
mau governante pode representar uma queda na qualidade em nossas vidas. 
Analise a figura abaixo e, depois, responda as seguintes questões: 
 
a) Quais as características do processo eleitoral estabelecidos pela Constituição brasileira de 1891? 
O direito ao voto no decorrer da chamada Primeira República seguiu os ditames estabelecidos na Constituição de 
1891. São as suas principais características foram: 
universal (não censitário, embora as mulheres não tivessem ainda conquistado seu direito de votar), direto (opondo-
se ao voto indireto) e aberto (que se opõe ao chamado voto secreto, no qual o eleitor não precisa tornar público o 
candidato no qual votou). 
b) Explique a relação entre a charge e o chamado voto aberto. 
O voto era abertoe, em função disso, como os “coronéis” podiam ver em quem votariam, em função disso, eles 
determinavam as pessoas que poderiam votar e, consequentemente, em quem votariam. Este fato ficou conhecido 
como voto de cabresto, pois eram impostos por meio de pressão e coação. O que por fim determinavam os rumos 
políticos da época.

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