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EAMi16 – Energia hidráulica e biomassa Dr. Rafael Balbino Cardoso e-mail: cardosorb@unifei.edu.br 1º semestre de 2013 Introdução à Energia de Biomassa Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI 2 �Sistemas bioenergéticos no Brasil: �Biocombustíveis automotivos (etanol e biodiesel) �Geração elétrica (lenha, bagaço, etc) �Produção de aço usando carvão vegetal de reflorestamento ENERGIA DE BIOMASSA 3 �Fotossíntese: �Água + CO2 O2 + Água + Glicose �Plantas com ciclos C-3 e C-4 (C-4 são mais eficientes em fixação solar). �Eficiência média < 2%. ENERGIA DE BIOMASSA Luz 4 �Presença da bioenergia no Brasil: ENERGIA DE BIOMASSA Fonte: BEN/MME, 2004 5 � Geração de energia elétrica – Ciclo Rankine: ENERGIA DE BIOMASSA Descreve o processo de operação de máquinas a vapor. É o ciclo de potência cuja a fonte de energia provém da queima de um combustível em uma caldeira. 6 � Geração de energia elétrica – Ciclo Brayton: ENERGIA DE BIOMASSA 7 � Geração de energia elétrica – Ciclo Combinado (mais eficiente): ENERGIA DE BIOMASSA 8 �Demanda de bioenergia no Brasil: ENERGIA DE BIOMASSA 0 10000 20000 30000 40000 50000 1985 1989 1993 1997 2001 1000 tep Etanol Carvão vegetal Subprodutos indust. Bagaço Lenha 0 % 2 0 % 4 0 % 6 0 % 8 0 % 1 0 0 % 1 9 8 5 1 9 9 0 1 9 9 5 2 0 0 0 M o d e rn B i o m a s s / T o t a l B i o m a s s B i o m a s s s h a r e in t o t a l e n e rg y d e m a n d Biocombustíveis estão se tornando mais “modernos” e diversificados 9 �Bioenergia - Álcool: ENERGIA DE BIOMASSA C AN A -D E - AÇ Ú C A R É P U R A E N E R G IA 1 T C A N A AÇ Ú C ARE S 1 5 3 K G BAG AÇ O (5 0% UM ID AD E ) 2 7 6 K G PA L H A (1 5% UM ID AD E ) 1 6 5 K G 6 0 8 x 1 0 3 KC AL 5 9 8 x 1 0 3 KC AL 5 1 2 x 1 0 3 KC AL 1 T -C AM PO 17 18 x 1 0 3 KC AL 1 7 1 8 x 1 0 3 K C AL 1 T C A N A AÇ Ú C ARE S 1 5 3 K G BAG AÇ O (5 0% UM ID AD E ) 2 7 6 K G PA L H A (1 5% UM ID AD E ) 1 6 5 K G 6 0 8 x 1 0 3 KC AL 5 9 8 x 1 0 3 KC AL 5 1 2 x 1 0 3 KC AL 1 T -C AM PO 17 18 x 1 0 3 KC AL 1 7 1 8 x 1 0 3 K C AL 1 ,2 B A R R IS P E TR Ó L E O 1 B AR R IL D E P ET RÓ LE O 138 6 x 1 0 3 KC A L ~ = 1 ,2 B A R R IS P E TR Ó L E O 1 B AR R IL D E P ET RÓ LE O 138 6 x 1 0 3 KC A L ~ = ~ = E N E RG IA L IM P A E R E N O V ÁVE L1 /3 D O B AG AÇO E N E RG IA L IM P A E R E N O V ÁVE L1 /3 D O B AG AÇO 1 /3 D A P A L H A E N E RG IA L IM P A E R E N O V ÁVE L1 /3 D A P A L H A E N E RG IA L IM P A E R E N O V ÁVE L 1 /3 D O C A LD O D E C AN A AÇ Ú C AR : O A L IM E N T O (K CA L ) M A IS B AR A T O D O M U N DO ET ANO L : E N ER G IA L IM P A E R E NO V ÁVE L 1 /3 D O C A LD O D E C AN A AÇ Ú C AR : O A L IM E N T O (K CA L ) M A IS B AR A T O D O M U N DO ET ANO L : E N ER G IA L IM P A E R E NO V ÁVE L 35 0 .0 0 0 b /d 3 5 0 .0 0 0 b /d 3 5 0 .0 0 0 b /d S AF R A 9 9 /00 35 0 .0 0 0 b /d 3 5 0 .0 0 0 b /d 3 5 0 .0 0 0 b /d S AF R A 9 9 /00 10 ENERGIA DE BIOMASSA ETANOL (+) VINHAÇA INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE HIDRÓLISE AS TRÊS ETAPAS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ÁLCOOL A PARTIR DE MATERIAIS CELULÓSICOS HIDRÓLISE (SACARIFICAÇÃO) FERMENTAÇÃO ( + ) DESTILAÇÃO ( + ) HEXOSES HEXOSES PENTOSES VINHO VINHO + GÁS CARBÔNICO + GÁS CARBÔNICO MOSTO DE HEXOSES MOSTO DE PENTOSES LEVEDURA A LEVEDURA B MEIO ÁCIDO MEIO ÁCIDO CELULOSE HEMICELULOSE ÁGUA ÁGUA (+) (+) PROCESSOS FÍSICOSVINHO 11 �Bioenergia - Álcool: �Parâmetros básicos: �Produtividade média = 85 t/há �85 l/t �Balanço Energético (BE): 8 a 10 (cana) e 1,5 a 2 (milho) �Custo de produção do álcool = cerca de 0,20 US$/l ENERGIA DE BIOMASSA 12 �Segundo a EMBRAPA: �O Brasil possui mais de 90 milhões de há para expansão agrícola tropical. �Hoje cerca de 6 milhões de há é a área de produção de cana de açúcar (50% álcool e 50% açúcar) �Brasil e EUA são responsáveis pela produção de 70% do álcool mundial em partes iguais. ENERGIA DE BIOMASSA 13 �Segundo a EMBRAPA: �O Brasil possui mais de 90 milhões de há para expansão agrícola tropical. �Hoje cerca de 6 milhões de há é a área de produção de cana de açúcar (50% álcool e 50% açúcar) �Brasil e EUA são responsáveis pela produção de 70% do álcool mundial: �Brasil – cerca de 16 bilhões de litros por ano �EUA – cerca de 18,8 bilhões de litros por ano. ENERGIA DE BIOMASSA 14 �Álcool Brasileiro é cerca de 30% mais barato que o álcool dos EUA. �Proteção dos EUA com relação ao álcool do Brasil. �Segundo o astrônomo Martin Rees (Presidente da Royal Society) as chances de melhorar a cana são maiores que o milho, que começou há 150 anos e não teve grandes avanços, enquanto que a cana só tem 30 anos de pesquisas (início com o PROÁLCOOL). �Brasil possui mais de 300 usinas em operação com 40 novos empreendimentos em construção (50% estado de SP) ENERGIA DE BIOMASSA 15 �Bioenergia - Biodiesel: �Combustível produzido mediante a transesterificação de óleos vegetais ou gorduras animais, com características semelhantes ao do óleo diesel derivado do petróleo. �Óleo+etanol+catalizador (OH-) Biodiesel �Mistura óleo diesel e biodiesel – BXX �Devem obedecer as especificações técnicas de qualidade da ANP. ENERGIA DE BIOMASSA 16 �Bioenergia - Biodiesel: �Especificações do biodiesel: Deve garantir a durabilidade dos motores, a confiança dos consumidores e reduzir conflitos entre agentes econômicos. �BE – Em média 1.5. �Aspectos políticos e institucionais �Contratos de compra e venda �Subsídios ENERGIA DE BIOMASSA 17 �Bioenergia - Biodiesel: �1980 – OVEG / 2002 – PROBIODIESEL / 2003 – Programa de biodiesel (estímulos a pequenos produtores, inclusão social) �B02 – 2008 �B05 – a partir de 2013 �Matérias primas principais utilizadas pelo Brasil: Soja (mais de 50% do total da produção) e mamona. ENERGIA DE BIOMASSA 18 ENERGIA DE BIOMASSA LIMITES MÉTODOS CARACTERÍSTICAS UNIDADES Biodiesel ABNT NBR ASTM D EN/ISO Aspecto - LII - - - Enxofre total, máx. % massa 0, 050 (0,001) - - 5453 - - EN ISO 14596 Massa específica a 20ºC kg/m3 anotar (850 - 900) 7148 14065 1298 4052 - - Ponto de fulgor, mín. °C 100,0 14598 - 93 - - ISO/CD 3679 Viscosidade a 40°C cSt (mm2/s) anotar 10441 445 EN ISO 3104 Ponto de entupimento filtro a frio, máx. °C tabela 14747 6371 - Número de Cetano, mín. - 45 - 613 EN ISO 5165 Corrosividade ao cobre, 3h a 50 °C, máx. - 1 14359 130 EN ISO 2160 Água e sedimentos, máx. % volume 0,050 - 2709 - Portaria ANP 255/2003 (Características comuns ao Óleo Diesel e ao Biodiesel) 19 ENERGIA DE BIOMASSA Portaria ANP 255/2003 (Características comuns ao Óleo Diesel e ao Biodiesel) MÉTODOS CARACTERÍSTICAS UNIDADES LIMITES ABNT NBR ASTM D EN/ISO Destilação 90% (95%) volume recuperado, máx. °C 360,0 - 1160 - Resíduo de carbono, máx. % massa 0,10 (0,05) - - 4530 189 EN ISO 10370 - Índice de acidez, máx. mg KOH/g 0,80 14448 664 BS EN 14104 Glicerina livre, máx. %massa 0,02 - - 6584 - BS EN 14105 BS EN 14106 Glicerina total, máx. %massa 0,38 - 6584 BS EN 14105 Metanol ou Etanol, máx. % massa 0,5 - - BS EN 14110 Índice de iodo, máx. % massa Anotar - - BS EN 14111 Monoglicerídeos, máx. % massa 1,00 - 6584 BS EN 14105 Diglicerídeos, máx. % massa 0,25 - 6584 BS EN 14105 Triglicerídeos,máx. % massa 0,25 - 6584 BS EN 14105 Sódio + Potássio, máx. mg/kg 10 - - - - BS EN 14108 BS EN 14109 (Fósforo, máx.) mg/kg (10) - 4951 BS EN 14107 Estabilidade à oxidação a 110°C, mín. h 6 - - BS EN 14112 20 ENERGIA DE BIOMASSA Rendimentos dos óleos vegetais Espécie Origem do Óleo Conteúdo de Óleo (%) Meses de Colheita Rendimento em Óleo (t/ha) Dendê (Elaeis guineensis N.) Amêndoa 26 12 3,0-6,0 Babaçu (Attalea speciosa M.) Amêndoa 66 12 0,4-0,8 Girassol (Helianthus annus) Grão 38-48 3 0,5-1,5 Colza (Brassica campestris) Grão 40-48 3 0,5-0,9 Mamona (Ricinus communis ) Grão 43-45 3 0,5-1,0 Amendoim (Arachis hipogaea) Grão 40-50 3 0,6-0,8 Soja (Glycine max) Grão 17 3 0,2-0,6 21 ENERGIA DE BIOMASSA Viabilidade da adoção do biodiesel no Brasil 22 �Bioenergia - Biodiesel: �Desafios: �Controle de oferta e demanda �Estimular a tecnologia �Testes com B05 para não afetar a vida útil dos motores �Modelo tributário compatível ENERGIA DE BIOMASSA 23 �Bioenergia - Biodiesel: �Temas estratégicos: �Balanço Energético pouco explorado. �Emissões de poluentes �Novas matérias primas �Transformar o Biodiesel em um Comoditie internacional para substituir o petróleo. ENERGIA DE BIOMASSA
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