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Resumo Anatomia Topográfica Aplicada

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As relações recíprocas, ou seja, envolvendo um único órgão são conhecidas por quais termos abaixo.  D) Histiotopia e Idiotopia
A relação Anatômica de fundamental interesse clínico e cirúrgico, pois estabelece a proximidade imediata entre estruturas anatômicas, o que pode ser fundamental para o bom entendimento de alguns processos patogênicos, bem como, minimiza os riscos em cirurgias, é denominada de?  D) Sintopia
A diferenciação do término da medula espinhal existente dentre os diversos animais domésticos, cujo desconhecimento profissional pode interferir drasticamente em procedimentos clínicos e cirúrgicos, é caracterizada como uma: C) variação normal decorrente da espécie a ser estudada
Entre as alternativas abaixo, qual define antímeros? B) São unidades morfológicas de construção do corpo dos vertebrados, homólogas, formadas pelo plano longitudinal mediano e aparentemente iguais.
Qual glândula faz sintopia lateralmente com a traquéia e caudalmente com a laringe? E) tireóide
Qual das alternativas abaixo, define paquímero? A) São unidades morfológicas de construção heterólogas, que dividem o corpo dos vertebrados, em duas porções desiguais, isto é, dorsal e ventral
A definição de metâmeros é: D) São unidades morfológicas de construção do corpo dos vertebrados, homólogas, que se sucedem no sentido cranio-caudal, sendo separadas umas das outras, por planos transversais paralelos e consecutivos
Quais são as principais estruturas do feixe vásculo-nervoso da região cervical ventral do cão? C) tronco vago simpático, artéria carótida comum e veia jugular interna
Os animais dolicopélvicos, caracterizam-se por apresentar a entrada da pelve em forma oval, achatada lateralmente. Qual das espécies abaixo não se enquadra nesta classificação? B) Égua
A definição de diâmetro bi-ilíaco é: A) É determinado da tuberosidade do psoas no corpo do íleo de um lado à tuberosidade do psoas do outro lado
Os músculos que compõem o quadríceps da coxa do cão são: C) Reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio e vasto medial
São articulações intrinsicas da pelve: C) Sacro-ilíaca e sínfise pélvica
As articulações extrínsicas da pelve são: A) Coxo-femoral e lombo-sacral
OSSO LONGO: seu comprimento é consideravelmente maior que a largura e a espessura. 
Consiste em um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. 
A diáfise apresenta, em seu interior, uma cavidade, o canal medular, que aloja a medula óssea. 
Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges. 
Medula óssea vermelha: formação de eritrócitos, leucócitos, megacariocitos (formam as plaquetas).
Medula óssea amarela: fica na diáfise (corpo) do osso, é composta de tecido conjuntivo formado por células adiposas. 
Estrutura Articulação Sinovial
Cápsula articular: A cápsula articular irá envolver as duas epífises envolvidas na articulação. Ela possui duas membranas, uma externa e outra interna. A membrana externa tem função de proteção, sendo uma membrana fibrosa de tecido conjuntivo fibroso denso. A membrana interna é a membrana sinovial, responsável pela produção do líquido sinovial.
Cavidade articular: É a cavidade que estará entre o osso e a cápsula articular.
Cartilagem articular: Cartilagem de natureza hialina que irá envolver a epífise dos ossos, evitando o atrito entre os ossos. Essa cartilagem é desprovida de inervação e vascularização. A nutrição dessa cartilagem se dá através do líquido sinovial. A sua degeneração origina a Artrose.
Ligamentos: Os ligamentos servem de apoio e firmeza das articulações. Há três tipos de ligamentos:
- Ligamentos Capsulares: estão inseridos na cápsula articular;
- Ligamentos extra capsulares: são fácias de tecido conjuntivo fibroso que dão mais firmeza na articulação;
- Ligamentos intra articulares – estão no interior da cápsula, cruzando a articulação.
Líquido Sinovial: Líquido produzido pela membrana sinovial, tendo como características a coloração clara, transparente e aspecto mucoso, devido as mucinas. É rico em albumina, sais, gotículas lipídicas e células (defesa).
Tem como função lubrificar as superfícies articulares e transportar nutrientes e retirar de catabólicos (resíduos) da cartilagem articular.
Discos e Meniscos: São estruturas fibrocartilagíneas que estão presentes dentro da cápsula articular.
Suas funções são: - Amortecer as pressões sobre as articulações muito gesticuladas;
- Possibilitar uma maior congruência entre uma superfície articular e outra, melhorando o encaixe entre essas articulações.
A diferença entre eles é que o disco tem o formato redondo e o menisco, semi-lua.
Como exemplos de discos e meniscos, temos: - Disco: entre o osso mandibular e o temporal;
- Meniscos: articulação do joelho, entre o fêmur e a tíbia.
Lábios: Nas articulações côncavas temos a presença dos lábios. Os lábios são anéis de fibrocartilagem que vão estar ligados às bordas das cavidades articulares. Há dois lábios:
- Lábio glenoidal à Lábio presente na borda da escápula, onde se encaixa o úmero. A cavidade onde o úmero se encaixa recebe o nome de cavidade glenóide.
- Lábio acetabular à Envolve a cavidade onde o fêmur se encaixa na pelve. Essa cavidade recebe o nome de cavidade acetábulo. A deficiência nesse lábio gera a Displasia coxo-femoral.
Tipos Constitucionais
 
            Define-se como tipo constitucional o esquema arquitetônico ao qual correspondem indivíduos que, mesmo que sejam de origem diversa, serão dotados das mesmas atitudes e aptidões funcionais.
            Para tanto, os animais estão sujeitos a certos fatores que interferem e moldam seu tipo constitucional, de modo que sua constituição individual se deve a estes fatores:
 
            - Genótipo: a carga genética do animal;
            - Fenótipo: a interação do genótipo com fatores ambientais;
- Parátipo: são fatores não genéticos, associados a características fisiológicas (hormônios e sistema nervoso, influenciando no comportamento) e aomeio externo: clima, temperatura, umidade, nutrientes disponíveis, facilidade de acesso à água, alimentação, moléstias etc.
 
            Para a determinação dos tipos constitucionais, é necessária a avaliação de certos fatores morfológicos, como:
- Perfil: construção da cabeça;
- Formato corpóreo como um todo;
- Proporções corpóreas: harmônicas ou não;
- Harmonia de conformação: de acordo com o tipo de trabalho ou atividade que o animal possa exercer.
 
***
 
O estudo do perfil dos animais é dito aloidismo. Segundo Baron, de acordo com o tipo de perfil que possui (avaliação da transição fronto-nasal – “stop”) o animal pode ser classificado como:
- Retilíneo ou ortóide: possui a transição fronto-nasal homogênea;
- Concavilíneo ou selóide: possui uma ligeira depressão na transição fronto-nasal;
- Convexilíneo ou certóide: possui uma ligeira elevação na transição fronto-nasal.
 
Esta classificação também está associada com a aptidão funcional. Em geral, animais com cabeças mais robustas são mais adequados à carga, enquanto os mais afilados são melhores corredores. Cães de cabeça mais robusta também costumam ser usados para transporte, ou mesmo para guarda.
 
***
 
O estudo do formato do corpo é a heterometria. De acordo com o formato do corpo, o animal pode ser classificado como:
- Hipermétrico: animal grande
- Eumétrico: animal médio
- Elipométrico: animal pequeno
 
Associando esta classificação à aptidão funcional, podemos perceber que animais eumétricos costumam ser bons para corrida (tamanho considerável sem muito peso). Por outro lado, animais hipermétricos magros seriam excelentes. Por isso, é necessária a avaliação global da figura do animal (peso, altura, comprimento...), já que este tipo de classificação não avalia as proporções corpóreas. Podemos comparar raças distintas, ou mesmo espécies diferentes, como no exemplo acima.
 
***
 
O estudo das proporções corpóreas é a anamorfose. Envolve o comprimento do corpo, mas leva em conta a cabeça e também mensuraçõestorácicas. Em geral, não leva em conta o comprimento dos membros. De acordo com suas proporções corpóreas, os animais podem ser:
- Brevilíneos ou braquimorfos: animais curtos;
- Mediolíneos ou mesomorfos: animais equilibrados;
- Longilíneos ou dolicomorfos: animais alongados;
- Anacolimorfos: animais cujo corpo parece um cilindro, ou um bastonete. O corpo é longo e os membros são curtos.
 
Para a correta avaliação das proporções corpóreas, são utilizados os índices zoométricos. Para sua adequada determinação, os índices que evolvem perímetro torácico devem ter este perímetro avaliado na região média do tórax. São eles:
- Índice do perfil corpóreo: comprimento do tronco X 100 / perímetro torácico;
- Índice torácico transversal: largura do tórax X 100 / altura do tórax;
- Índice dáctilo-torácico: perímetro metacarpo X 100 / perímetro torácico;
- Índice cefálico: largura da fronte entre as órbitas X 100 / comprimento da cabeça.
 
***
 
O estudo da harmonia de conformação leva em conta as classificações anteriores somadas à aptidão funcional do animal (conformação anatômica adaptada ao trabalho, carga, defesa, esporte, produção de carne, produção de leite, produção de ovos...).
Esta harmonia está associada aos fatores externos do corpo do animal, que nem sempre correspondem às características anatômicas (por exemplo, no caso da cavidade torácica, que é reduzida em relação ao tórax visto externamente, já que o diafragma invade o gradil costal).
O equilíbrio da conformação gera o conceito da beleza harmônica que deve ser avaliada na dependência da finalidade à qual o animal se destina.
Estudos relacionados à harmonia de conformação vinculada às diferentes espécies animais estão relacionados a seguir:
 
Caninos:
Os tipos constitucionais são associados ao estudo dos tipos de crânio e dos tipos de cabeça:
 
Tipos de crânio levam em consideração o formato dos ossos da cabeça. É avaliada a medida obtida entre o osso nasal e o occipital em comparação com a medida obtida entre os arcos zigomáticos. Segundo esta classificação, os cães podem ser:
            - Braquicefálicos: possuem comprimento reduzido em relação à largura (Ex: Boxer);
            - Mesaticefálicos: têm as medidas equilibradas (Ex: Cocker);
            - Dolicocefálicos: possuem o comprimento excedendo muito a largura (Ex: Whippet).
 
Tipos de cabeça avaliam a cabeça do cão como um todo, e não apenas a parte óssea. De acordo com esta classificação, um cão pode ser:
            - Graióide: possui cabeça cônica, com a região da narina mais afilada, alargando gradativamente em direção caudal (Ex: Collie, Whippet, Saluki);
            - Lupóide: possui cabeça piramidal, semelhante à da classificação anterior, porém com o alargamento mais severo (Ex: Pastor Alemão, Malamute);
            - Bracóide: possui cabeça em forma de paralelepípedo, quando vista dorsalmente (Ex: Cocker);
            - Molossóide: possui cabeça em forma cúbica, larga (Ex: Mastim, Mastiff, Rottweiler, Boxer).
 
Obs: Não há correspondência exata entre a classificação dos tipos de crânio e dos tipos de cabeça. De forma geral, pode-se dizer que animais lupóides e bracóides estão associados aos mesaticefálicos. Animais Graióides correspondem aos dolicocefálicos. Molossóides associam-se aos braquicefálicos.
 
            Outra observação de ordem geral que pode ser associada aos cães está representada abaixo:
            - Cães longilíneos são adequados à corrida e caça;
            - Cães mediolíneos costumam ser bons para pastoreio;
            - Cães brevilíneos adaptam-se bem à carga e à guarda.
 
Eqüinos:
- Longilíneos são adaptados à velocidade por possuírem membros longos. O perfil costuma ser retilíneo ou côncavo. São animais úteis para o esporte (Ex: Puro Sangue Inglês);
- Mediolíneos são harmoniosos, em geral possuem perfil reto ou convexo, e são úteis para trabalho a campo, pólo, salto (Ex: Manga-larga, Árabe);
- Brevilíneos possuem grande massa corpórea, tronco muito desenvolvido, pescoço curto, são musculosos, e em geral possuem perfil convexilíneo. São úteis para tração (Ex: Percheron).
 
Bovinos:
Têm sua harmonia de conformação avaliada de acordo com a finalidade a que se destinam:
- Produção de leite: cabeça leve, perfil côncavo, pescoço longo, ossos mais finos, úbere muito desenvolvido e tendem ao longilíneo;
- Produção de carne: animal compacto, cabeça mais curta, pescoço e tronco curtos e musculosos, membros curtos e musculosos e tendem ao brevilíneo;
- Animais para rodeio não costumam ser avaliados, mas há a possibilidade de enquadramento de acordo com suas características principais.
 
            Os exemplos abaixo avaliam certas raças, comparando seu tipo constitucional com a finalidade a que se destinam:
- Longilíneos (holandês, gir) - leite
- Brevilíneos (charolês, nelore) - carne
- Mediolíneos (red polled, guzerá) - misto
 
Ovinos:
Não há regra que classifique o corpo dos animais em função da produção de lã, visto que não há interferência deste fator com o corpóreo. Para carne e leite, a classificação é semelhante ao padrão observado nos bovinos.
 
Caprinos:
Avalia-se carne, leite e resistência.
 
Suínos:
- Produção de carne: animais longilíneos e mediolíneos. Este padrão se inverte em relação ao observado nos ruminantes, e pode ser explicado pela observação de que o lombo é carne nobre, de modo que animais longilíneos estão aptos a fornecer maior quantidade desta carne;
- Produção de banha: animais com escore corpóreo mais desenvolvido, perímetro maior, como os brevilíneos.
 
Aves:
Para aves, leva-se em consideração para mensuração, além do tronco, o pescoço.
            - Produção de carne: brevilíneos;
            - Produção de ovos: mediolíneos;
            - Combate: longilíneos.
Membro torácico:
 
Pensando de maneira prática, parece ao leigo que um cavalo demanda muito mais energia para se manter em estação que um cão; afinal, seus membros são maiores, o peso corporal é maior, enfim, tudo leva a crer que seu esforço para se manter em posição quadrupedal será maior.
            Este conceito seria plenamente correto se o cavalo dependesse exclusivamente de força muscular em seu membro torácico para se manter em estação, uma vez que, quanto maior a força muscular empregada na manutenção da estática do corpo, maior a fadiga a que os músculos envolvidos estão sujeitos, havendo necessidade de repouso ao cabo de certo tempo.
            Durante o processo evolutivo, os cavalos desenvolveram uma série de alterações em seu membro torácico (quando comparados aos demais animais domésticos), de modo que a estática é possível com demanda mínima de atuação muscular. Para tanto, houve fusão entre muitos de seus ossos (rádio e ulna, por exemplo), o que possibilitou que estes assumam a função de verdadeiras colunas de sustentação. Além do mais, a presença de articulações do tipo gínglimo neste membro confere a ele um efeito de mola, que é responsável por manter a articulação “travada” sem que seja necessária força muscular atuante para isso (coaptação fechada). Finalizando, grande parte do tecido muscular envolvido no membro torácico foi substituída por elementos fibrosos, que atuam na estática sem que haja demanda energética (o músculo bíceps braquial, por exemplo, tem aproximadamente um terço de sua massa substituída por um elemento tendíneo).
            Devido a todas estas alterações, e à grande especialização sofrida pelos membros do cavalo ao longo de sua evolução, esta espécie será o modelo anatômico utilizado como base para a aula de mecânica dos membros. A seguir, serão descritos os componentes anatômicos atuantes na estática do membro torácico.
Estabilização da face cranial do membro:
- Corda bicipital: tendão do músculo bíceps braquial.
- Lacerto fibroso: fita fibrosa que parte da corda bicipital em direção ao terceiro osso metacarpiano (existente apenas nos eqüídeos). Juntamente com a corda bicipital, estabiliza as articulações do ombro, cotovelo e carpo, impedindo suamovimentação em direção cranial.
 
Estabilização da face caudal do membro:
- Músculo serrátil ventral: mantido em contração, estabiliza o ombro do animal caudalmente (portanto, aqui, há um pequeno gasto de energia; este gasto, ainda assim, é reduzido, pois o músculo serrátil ventral dos cavalos é substituído em grande parte por tecido conjuntivo fibroso).
- A estabilização caudal do cotovelo se dá pelo próprio tipo da articulação, um gínglimo.
 
            Estabilização do carpo e dos dedos:
            Um conjunto de elementos fibrosos atua nesta sustentação. Este conjunto é conhecido como aparelho suspensor da articulação metacarpo-falangeana (ou “aparelho suspensor do boleto”), e é constituído por:
- Tendão do músculo extensor digital comum, que estabiliza dorsalmente a região.
- Tendão do músculo extensor digital lateral.
- Ligamento suspensor (também chamado de ligamento sesamóideio proximal, ou músculo interósseo nas demais espécies): este ligamento tem um prolongamento distal em direção à face dorsal do membro, e assim, quando hiperestendido, atua como mola, suspendendo o boleto e levando-o de volta à posição normal (figura ao lado).
- Tendão do músculo flexor digital profundo.
- Tendão do músculo flexor digital superficial.
- Ligamentos da articulação metacarpo-falangeana.
Há ainda estruturas que atuam na fixação dos tendões flexores aos ossos, auxiliando ainda mais na sustentação do corpo do animal. São elas:
- Brida radial (também conhecida como check superior ou ligamento acessório do tendão flexor digital superficial).
- Brida cárpica (check inferior ou ligamento acessório do tendão flexor digital profundo).
 
            O conjunto de estruturas aqui descritas, responsáveis pela estática do membro torácico, pode ser observado no esquema a seguir:
  Dinâmica:
Os principais músculos envolvidos estão especificados a seguir.
 
Ombro: realiza principalmente flexão/extensão; pode fazer também abdução/adução e supinação/pronação.
Extensão: músculos braquiocefálico e supraespinhal. O nervo envolvido é o supraescapular.
Flexão: músculos deltóide, redondo maior e grande dorsal. O nervo envolvido é o axilar.
 
Cotovelo: realiza apenas flexão/extensão.
Extensão: músculo tríceps braquial (principalmente a cabeça longa). O nervo envolvido é o radial.
Flexão: músculos bíceps braquial e braquial. O nervo envolvido é o musculocutâneo.
 
Mão e dedos:
Extensão: músculos crânio-laterais. O músculo ulnar lateral do cavalo é uma exceção (pois integra o grupo crânio-lateral, mas atua como flexor. Nas demais espécies, onde é um extensor propriamente dito, seu nome é extensor carpo ulnar). O nervo envolvido é o radial.
Flexão: músculos caudo-mediais. Os nervos envolvidos são o mediano e o ulnar.
Formação dos nervos do plexo braquial
São derivados do plexo braquial os nervos supraescapular, subescapular, axilar, musculocutâneo, radial, mediano, ulnar, toracodorsal, torácico lateral, torácico longo, peitorais e ramos musculares (MILLER et al., 1964). A formação de cada um destes nervos varia consideravelmente entre as espécies, em especial devido às diferenças na aptidão do uso dos membros torácicos para defesa, locomoção ou busca de alimentos.

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