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Matéria Direito Constitucional III 1º Bimestre

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DIREITO CONSTITUCIONAL III
Da leitura da constituição a assembléia legislativa Distrital pode atuar como legislador estadual e legislador municipal (art. 32, § 1º da CF). A Constituição, contudo não prevê o controle abstrato em relação a tais leis, como se infere da leitura dos artigos 102, I, “a” e 125, § 2º da CF. O STF pacifica entendimento no seguinte sentido: 
a) se a Assembleia produziu lei municipal que vulnere a lei orgânica distrital, admite-se ADI no TJ/DF;
b) se produziu lei estadual contra a CF a ADI será no STF.
	LF
	CF
	ADI
	STF
	Art. 102, I, “a” da CF
	LE
	CF
	ADI
	STF
	Art. 102, I, “a” da CF
	LE
	CE
	ADI
	TJ
	Art. 125, § 2º da CF
	LM
	CE
	ADI
	TJ
	Art. 125, § 2º da CF
	LM
	CF
	ADPF
	STF
	Art. 102 § 1º da CF
	LDE
	CF
	ADI
	STF
	Art. 102, I, “a” da CF
	LDM
	LODF
	ADI
	TJ/DF
	Art. 125, § 2º da CF
Princípio da Transcendência dos Motivos Determinantes: Pelo que dispõe o art. 28 da lei 9868-99, só é publicada no Diário da Justiça a parte dispositiva-ementa da sentença proferida em uma ADI. Por conta disso a vinculatividade mencionada no art. 102, par. 2, CF, sempre ficou restrita a esse resumo. Excepcionalmente o STF admite que a vinculatividade ultrapasse esse resumo, alcançando os votos vencedores da decisão, desde de que relevantes naquele julgamento.
ADI por Omissão (Art. 103 da CF): Em geral o controle abstrato decorre de uma ação do poder publico que contrarie a Constituição, por exemplo, uma lei que vulnere a CF. Nesses casos utiliza-se a ADI genérica. A Constituição impõe ao poder público o dever de agir, de fazer, vinculando essa ação a efetividade de direitos fundamentais. Se o poder publico não agir, viola um dever constitucional, ensejando esse controle concentrado.
Características do Controle ADI por Omissão:
1) É direto no STF;
2) Pode ser iniciado pelas autoridades do art. 103, I a IX da CF;
3) A decisão pela procedência ou improcedência exige maioria qualificada absoluta, presentes na sessão pelo menos oito ministros (maioria qualificada) – Art. 22 e 23 da Lei 9.868/99.
4) De acordo com o art. 103, § 2º da CF, julgada procedente essa ADI, o STF conclama (faz um apelo) ao Congresso sem conceder prazo, para que produza a lei exigida pela Constituição; se a mora for do Executivo pode assinar prazo razoável, que pode ser superior a 30 dias (Neste caso aplica-se o art. 12-H, § 1º da Lei nº 9.868/99.
Excepcionalmente o STF em casos de omissão do Congresso (art. 18, § 4º da CF) concedeu prazo para a feitura de leis, como se verifica nas ADI 2240, 3682 e 3316.
Para criação de um Município é necessário uma Lei Estadual e uma Lei Complementar Federal (Art. 18, § 4º da CF).
O art. 161, II da CF exige do Congresso lei complementar que defina os critérios para o fundo de participação dos Estados, definindo-se assim, os critérios socioeconômicos. Em 1989 o Congresso aprova a Lei Complementar 62. Em 2010 é proposta e julgada a ADI 875, que concedeu ao Congresso prazo até 31/12/2012 para aprovação de uma nova lei, atualizando tais critérios. A lei não veio e por isso foi proposta outra ADI por Omissão nº 023 em 2013; O STF concede novo prazo para aprovação dessa lei sob pena de não ser mais aplicada a lei anterior. Em julho desse ano (2013) foi aprovada a lei complementar 143. 
A omissão é total quando a lei exigida pela Constituição não foi aprovada; será parcial, quando a lei aprovada não atender de modo íntegro o pedido da Constituição. A aprovação da lei, portanto não supre a mora em todos os casos (Art. 5º, XXVI da CF).
Ação Declaratória de Constitucionalidade – ADC: Em 1993 pela Emenda nº 3, o Brasil passa a ter mais essa forma de controle. A chamada ADC observa em geral os mesmos critérios destinados para a ADI. É regida pela lei 9.868/99. O diferencial: o principal requisito de admissibilidade é a demonstração de controvérsia judicial que coloca em risco a presunção de constitucionalidade da lei (Art. 14, III da CF), o que deve ser demonstrado através de liminares, afastando a aplicação da lei. Se for julgada procedente a lei é declarada constitucional e a decisão é erga omnes, vinculativa e “ex tunc” (Admite-se Modulação).
Podem propor a ação as autoridades do art. 103 da CF. No STF, a sessão deve estar presentes pelo menos oito ministros; A procedência ou improcedência: maioria absoluta.
*Não há pronuncia de Nulidade na ADC.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF (Art. 102, §1º da CF – Lei 9.882/99).
Foi instituída pela atual constituição e passou a ser usada a partir de 1999. Pode ser proposta diretamente no STF (autônoma) ou pode começar em um caso concreto (incidental). Tem caráter subsidiário ou residual, pois somente é admitida quando não houver outra forma de controle concentrado.
Será admitida a arguição quando se tratar de lei revogada, lei pré-constitucional, ato normativo secundário, ato normativo concreto e lei municipal que viole preceito fundamental da CF. São dois os requisitos: a) Quando não couber outra forma de controle concentrado; e b) e que haja violação de preceito fundamental.
Pode ser proposta pelos legitimados do Art. 103 da CF, a procedência depende de maioria absoluta, a decisão é erga omnes, vinculante e ex tunc. Admite-se Modulação pelo quorum qualificado de 2/3 (dois terços). 
O STF na ADPF números 03, 13, 17, 33, 54, 72 já definiu os dispositivos da Constituição qualificados como preceitos fundamentais: Arts. 1º; 3º; 5º; 6º; 7º; 12; 14; 16; 34, VII; 53; 60, §4º; 170; 196; 220; 225; 226 e 227 todos da CF.
Na primeira fase da ADPF, o STF examina a pertinência temática do autor; Se não é hipótese de outra forma de controle concentrado; Se houve violação a um preceito fundamental; Se ausente um dos pressupostos a ADPF será arquivada.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – Incidental
Se em um caso concreto for envolvido preceito fundamental cujo controle concentrado não admitiria ADI, pode qualquer autoridade do Art. 103 da CF encaminhar a incidental ao STF. Nesse caso o STF examina objetivamente a matéria e a decisão será erga omnes, vinculante e ex tunc, admitida modulação.
O projeto de lei previa originariamente no inciso II do Art. 2º da lei 9.882/99 que qualquer interessado poderia provocar a incidental, com o veto a esse inciso, só podem fazê-los as autoridades do Art. 103 da CF, esse fator esvazia a incidental no Brasil.
Atividades
Os direitos humanos no século XXI são marcados por estarem previstos nas constituições democráticas. Nessa perspectiva, os direitos antes abstratos passam a ser tratados como obrigações jurídicas. Comente sobre essa afirmação em pelo menos cinco linhas, com base no material de apoio.
Antes de serem reconhecidos como direitos, e positivados em uma constituição, os Direitos Humanos são considerados uma espécie de moral jurídica universal, são considerados direitos naturais que protegem todos os seres humanos, onde existem direitos de natureza supra estatal. Ao serem aceitos como parte da Constituição de um país, os mesmos se tornam direitos positivados e assumem a condição de direitos fundamentais, apesar de não perderem o seu status universal. Desse modo, confirmo que os direitos abstratos passam a ser tratados como obrigações jurídicas.
“Direitos humanos” e “direitos fundamentais são expressões aceitas irrestritamente como sinônimas. Você concorda com essa afirmação? Responda em pelo menos cinco linhas.
Não. Esse tema é bastante debatido nos dias atuais, mas baseado na leitura do texto, existem vários distinções entre eles. Posso citar por exemplo os seguintes:
a) Os direitos fundamentais estão relacionados aos direitos humanos positivados na constituição de determinado estado (Por exemplo: A constituição Federal do Brasil de 1988). Enquanto, os Direitos Humanos estão relacionados com os documentos de direito internacional, não estando diretamente ligados a constituição de determinado país, e sim, para todos os povos e tempos.
b) Os Direitos Humanos estarão sempreligados aos direitos da pessoa natural, em contrapartida, os Direitos Fundamentais podem ser atribuídos, além da pessoa natural (pessoa física), as pessoas jurídicas ou até mesmo aos animais.
c) Antes de serem positivados, os Direitos humanos estão ligados apenas a uma moral jurídica universal. Já os Direitos Fundamentais, que se encontram positivados na Constituição, concernem às pessoas como membros de um ente público concreto.
Baseado nessas “diferenças” e outras que aqui não foram abordadas, posso afirmar que Direitos Humanos e Direitos Fundamentais, apesar de estarem interligados, tem significados distintos.
Que motivos ou razões justificam a sucessiva criação dos direitos humanos de 1ª, 2ª e 3ª Dimensões? Explique em cinco linhas.
As gerações ou dimensões foram criações da DOUTRINA. A doutrina demonstra que, no curso da história, a pessoa humana (indivíduo) e a sociedade para a exigir novas categorias de direitos humanos, ante a carência de proteção por parte do Estado. Inicialmente, na PRIMEIRA DIMENSÃO havia apenas a igualdade e a liberdade, mas no plano da abstração, isto é, PERANTE A LEI e não concretamente. 
Foi então necessária a SEGUNDA DIMENSÃO, os chamados DIREITOS SOCIAIS. Aqui o Estado que não intervinha para proteger o indivíduo e a sociedade, obriga-se a oferecer prestações, tais como: educação, saúde, previdência, moradia, saneamento básico, segurança pública. Aqui a igualdade e a liberdade já eram tratados no campo da concreção, isto é, o homem passou a ser visto como um ser real, dotado de necessidades (IGUALDADE MATERIAL ou JURÍDICA).
Depois, entendeu a doutrina constata que a o mundo passa a utilizar os chamados valores constitucionais: consolida-se, então a FRATERNIDADE e a SOLIDARIEDADE, que são característicos da TERCEIRA DIMENSÃO.
A NECESSIDADE DE MAIOR PROTEÇÃO E UMA INTERVENÇÃO ESTATAL MAIS EFETIVA NO SENTIDO DE PROTEGER E PRESTAR OBRIGAÇÕES É QUE JUSTIFICA, AO FINAL, O SURGIMENTO DESSAS TRÊS DIMENSÕES.
O surgimento de novas Dimensões indicada a superação jurídica e histórica da(s) anterior(es). Explique em cinco linhas.
Não, bem ao contrário. Assim como o surgimento da igualdade e da liberdade materiais consolidam, dão efetividade à igualdade e a liberdade formais (a segunda fortalece a primeira), os valores constitucionais mencionados (fraternidade e solidariedade) são fecundos para assegurar a concretização dessas duas primeiras dimensões. Não há, pois se falar em superação mas sim em consolidação, confirmação, otimização entre as dimensões.
“Direitos Individuais” podem ser considerados como sinônimos de “Garantias Constitucionais”?
Não. DIREITOS INDIVIDUAIS são normas de conteúdo declaratório, ou seja, são dispositivos que declaram os direitos inerentes a cada pessoa, garantidos pela Constituição Federal. Por exemplo: direito a vida, direito a propriedade, direito à liberdade de locomoção. Já a GARANTIA CONSTITUCIONAL é uma norma de conteúdo assecuratório, ou seja, garante a defesa dos direitos individuais. Muitas dessas garantias tem a característica de serem ações, isto é, são garantias constitucionais que são ajuizadas perante o Poder Judiciário para tutelar alguns direitos, também chamados de remédios constitucionais. Por exemplo: Habeas Corpus, Habeas Data, Mandado de Segurança, Mandato de Injunção, Ação Popular.
Logo, os DIREITOS INDIVIDUAIS possuem um caráter declaratório, enquanto as GARANTIAS CONSTITUCIONAIS possuem caráter assecuratório, desse modo, as garantias são elementos instrumentais que garantem o respeito aos direitos que são declarados na Constituição.

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