Buscar

Matéria de Direito Penal III 1º Bimestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

I - DAS PENAS
1) Quem detém o poder de impor pena?
R – O Estado. Obs.: É necessário destacar que o detentor do poder de punir é exclusivamente do Estado. Não importa se a Ação Penal é de natureza pública ou privada. Uma vez que na Ação Privada o Estado mantém o poder de punir, cedendo apenas, o direito de ação.
2) O poder de punir do Estado é absoluto?
R – Não. Pois a CF/88 limita esse poder. Exemplos: Art. 5º, III da CF (Pena de tortura); Art. 5º, XLVII da CF (Pena de morte, somente em caso de guerra declarada); Pena de trabalho forçado; Pena de caráter perpétuo, a doutrina diz que o CP por meio do Art. 75, procurou defender tal proibição estabelecendo que o sujeito não poderá cumprir mais de 30 anos; Pena de banimento; e Penas cruéis.
3) O Art. 97, § 1º do CP nos traz uma hipótese de pena perpétua? Foi recepcionado pela CF/88?
R – Apesar da divergência doutrinária e jurisprudência anota-se que esse dispositivo foi recepcionado pela CF/88, porém foi necessário fazer uma interpretação conforme a Constituição, ou seja, o sujeito ficará internado ou sobre tratamento ambulatorial nos limites do Art. 75 do CP.
4) É possível alguém no Brasil cumprir de forma ininterrupta mais de 30 anos?
R – Sim. Nos termos do § 2º do Art. 75 do CP, que diz: “Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido (Questão de Prova).
1) Classificação das penas
	 - Privativa de Liberdade
Penas	 - Restritiva de Direito (Pena alternativa)
	 - Multa
1.1 – Pena Privativa de Liberdade (PPL).
Divide-se em: Reclusão, Detenção e Prisão Simples.
Obs. 1: A lei penal estabelecerá qual a espécie da pena privativa de liberdade. Exemplo: Art. 121 do CP. Matar alguém: Pena – reclusão, de 6 a 20 anos.
Reclusão e Detenção	 – 	Crime.
Prisão simples		 – 	Contravenção Penal (Decreto nº 3.688/41)
	RECLUSÃO
	DETENÇÃO
	PRISÃO SIMPLES
	- Destina-se aos crimes.
- A lei determina no seu preceito secundário a espécie da pena.
- Na reclusão o sujeito pode cumprir a pena no regime fechado ou no regime semiaberto ou no regime aberto. 
- Regime fechado § 1º, alínea “a” do Art. 33 do CP.
- Regime semiaberto § 1º, alínea “b” do Art. 33 do CP.
- Regime aberto § 1º, alínea “c” do Art. 33 do CP.
	- Destina-se aos crimes.
- A lei determina no seu preceito secundário a espécie da pena.
- Na detenção o sujeito pode cumprir a pena no regime semiaberto ou no regime aberto.
- Obs. 1: O sujeito jamais iniciará o cumprimento da pena no regime fechado.
Obs. 2: É perfeitamente possível o cumprimento da pena no regime fechado a título de regressão.
	- Destina-se às Contravenções Penais.
- O Decreto-Lei nº 3.688/41 já determina.
- Na prisão simples o sujeito pode cumprir a pena no regime semiaberto ou no regime aberto.
- Obs.: Aqui o sujeito jamais cumprirá a pena em regime fechado, nem mesmo a título de regressão.
Obs. 2: O juiz deverá analisar os seguintes elemento para determinar o regime de pena que o sujeito iniciará:
1º Deverá identificar a espécie de pena (reclusão, detenção ou prisão simples);
2º Deverá analisar a quantidade da pena;
3º Deverá analisar se o sujeito é reincidente ou não;
4º Deverá analisar as circunstâncias judiciais do Art. 59 do CP
Pena Reclusão.
As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observando os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) O condenado a pena superior a 8 anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado (§ 2º, alíneas “a” do art. 33 do CP).
b) O condenado não reincidente, cuja a pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8 anos, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto (§ 2º, alínea “b” do art. 33 do CP).
c) O condenado não reincidente, cuja a pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto (§ 2º, alínea “c” do art. 33 do CP).
Obs.: A Súmula nº 269 do STJ estabelece que o juiz analisando as circunstancias judiciais poderá fixar o regime semiaberto mesmo que reincidente.
1.2 – Pena Detenção.
Pena superior a 4 anos regime semiaberto. Pena igual ou inferior a 4 anos, salvo se reincidente: regime aberto.
1.3 – Pena Prisão Simples.
Idem a pena de detenção. A diferença é que na prisão simples não se admite regressão para regime fechado e na detenção sim.
2) Fundamentos da Pena.
a) Político estatal: Trata-se de uma forma que o Estado possui para instrumentalizar o seu poder de punir.
b) Psicossocial (Ela vem saciar o desejo de justiça da sociedade): Serve como forma de satisfazer o anseio de justiça da sociedade.
c) Ético individual: A aplicação da pena ajuda o delinquente a se libertar de sua culpa.
3) Finalidade da Pena.
a) Teoria absolutista: Defende a ideia que a pena possui uma única finalidade, ou seja, retribuição (retributiva), quer dizer a pena retribui o mau causado pelo agente.
b) Teoria utilitarista: A pena é um instrumento de prevenção, conclui-se que a pena possui função preventiva. A prevenção pode ser geral ou especial. Prevenção Geral destina-se a coletividade e a Prevenção Especial ao delinquente.
c) Teoria eclética ou mista (ressocializadora): Esta teoria reúne as duas anteriores, ou seja, a pena tem sentido polifuncional. A teoria adotada pelo Brasil é a eclética.
II – PROGRESSÃO DE REGIME.
1 – O Brasil adotou com algumas particularidades o sistema inglês (sistema progressivo).
Obs.: Só é possível falar em progressão de regime se o agente estiver cumprindo no regime fechado ou no semiaberto.
2 – Requisitos: Tempo de cumprimento e Reparação do dano causado.
2.1 – Quanto ao tempo de cumprimento.
Obs.: O ordenamento jurídico brasileiro não admite a progressão “per saltum”, quer dizer do fechado para o aberto. O correto é do fechado para o semi-aberto e do semi-aberto para o aberto.
Regra (Art. 112 da Lei 8.072 - Lei de Execução Penal): Deve cumprir 1/6 da pena. Ex: 6 anos de pena, cumpri-se 1 ano. 
Exceção: Evolução legislativa e jurisprudencial.
- Lei nº 8.072/90 - crimes hediondos e equiparados: terrorismo, trafico de drogas e tortura. A lei previa que a pena seria cumprida integralmente no regime fechado (Vedava a progressão de regime), entretanto, o STF no ano de 2006 por meio do HC 82.959-SP considerou inconstitucional a vedação do § 1º do art. 2º da lei, haja vista a violação do Princípio da Individualização da pena. Assim, aplica-se a regra normal, sem nenhuma distinção, isso quer dizer que hediondo ou não aplica-se 1/6.
- No ano de 2007 é editada a Lei 11.464, que dá nova redação ao § 1º do art. 2º da lei 8.072/90, dizendo que iniciará o cumprimento da pena no regime fechado, sendo permitida a progressão, mas diferente da regra, conforme preceitua o § 2º do art. 2º, qual seja, se primário deve-se cumprir 2/5 da pena, se reincidente 3/5 da pena. 
- No ano de 2012, o STF no julgamento do HC 111.840-ES, fundamentou que impor regime inicial fechado (§ 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90) é inconstitucional, pois fere o principio da Individualização da Pena. Conclui-se que para a fixação do regime inicial no cumprimento da pena, aplica-se o contido no art. 33 do CP, mantendo-se o patamar de progressão prevista na Lei 8.072/90, qual seja, se primário deve-se cumprir 2/5 da pena e se reincidente 3/5 da pena.
2.2 – Reparação do dano causado: Segundo o art. 33, § 4º do CP, é necessário a reparação do dano ou restituição do produto para ter direito a progressão de regime. Segundo o Art. 33, o condenado no caso de crimes contra a administração publica terá a progressão de regime condicionada a reparação do dano que causou.
Requisitos:
Subjetivo: 1º Bom comportamento carcerário comprovado por atestado expedido pelo Diretor do estabelecimento penal (Art. 112 da Lei nº 7.210/84 – Lei de Execução Penal – LEP).
Obs.: a lei só exige como requisito subjetivo o bom comportamento,porém a jurisprudência aceita como requisito a exigência do exame criminológico (Ver Súmula Vinculante nº 26).
III – REGRESSÃO DE REGIME PENITENCIÁRIO.
Obs. 1: É a transferência do condenado de um regime mais brando para o mais severo.
Obs. 2: É perfeitamente possível a regressão “Per Saltum” (do aberto direto para o fechado).
Obs. 3: Hipóteses que autorizam a regressão:
a) Prática de falta grave (Art. 50 e 52 da LEP).
b) a pratica de crime doloso.
c) condenação por crime anterior, cuja pena somada aquela em execução, torna inviável a manutenção do regime.
d) condenado que não toma cuidado com aparelho de monitoramento eletrônico (Art. 319, IX do CPP). 
IV – DOSIMETRIA DA PENA.
1) Como o juiz aplica a pena?
1º passo: Deve fixar a quantidade da pena.
2º passo: Deve fixar o regime de cumprimento da pena.
3º passo: Deve analisar a possibilidade de substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direito.
2) Como o juiz determina o quantum da pena?
Verifica-se a existência de dois sistemas:
1º Sistema – Bifásico:
1ª fase - o juiz analisa as circunstancias judiciais e legais
2ª fase - o juiz fixa a pena definitiva, analisando as causas de aumento e diminuição de pena.
2º Sistema – Trifásico:
1ª fase - o juiz analisa as circunstancias judiciais (PENA BASE) – descritas no art. 59 do CP.
2ª fase - o juiz analisa as circunstancias legais (PENA INTERMEDIARIA) – descritas no art. 61 e 62 do CP (analisa as circunstancias agravantes) e art. 65 do CP (analisa as circunstancias atenuantes).
3ª fase - o juiz analisa as causas de aumento e de diminuição de pena (PENA DEFINITIVA) – descritas, tanto na parte geral como na especial do CP, como por exemplo § único do art. 14 do CP (aumento) e art. 155, § 1 do CP (diminuição).
	1ª FASE – PENA BASE
	2ª FASE – PENA INTERMEDIÁRIA
	3ª FASE – PENA DEFINITIVA
	- O juiz analisa as circunstancias judiciais do art. 59 DO CP. São oito no total.
- Regra: o juiz não pode fixar a pena aquém do mínimo nem além do máximo previsto em lei.
- Obs.: perceba que a lei não determina o quantum será diminuído ou aumentado. Porém, a jurisprudência entende que cada circunstancia judicial negativa será acrescentado 1/6 da pena.
	- O juiz analisa os arts. 61 e 62 do CP (agravantes) e art. 65 do CP (atenuantes)
- Regra: o juiz não pode fixar a pena aquém do mínimo nem além do máximo previsto em lei.
- Ponto de partida: a PENA BASE da 1ª fase.
	- o juiz analisa as causas de aumento e diminuição da pena.
- O juiz não está restrito ao limite legal, qual seja, pode fixar a pena aquém do mínimo e além do máximo.
- Obs.: Nessa fase, como vimos, o juiz pode fixar a pena aquém do mínimo ou além do máximo. Isso se explica em razão da lei determinar o quantum o juiz vai aumentar ou diminuir.
- Ponto de partida: a pena intermediária.
ANÁLISE DA 1ª FASE: Pena Base – Circunstâncias – art. 59 DO CP.
a) Culpabilidade: 
Obs. 1: Não confundir essa culpabilidade que serve para graduar a pena com a culpabilidade elemento do crime.
Obs. 2: Será analisada a posição do agente frente ao bem jurídico tutelado. Quanto maior for o menosprezo do agente maior deve ser a pena.
b) Antecedentes: É a análise da vida pregressa (antes do crime), será levada em conta a sua vida antes da data do crime.
Obs. 1: Significa analisar a vida pregressa do sujeito, quer dizer, verificar o que ele fez antes da data do fato.
Obs. 2: Processos e Inquéritos em andamento não servirão para efeito de reincidência (Súmula nº 444 do STJ).
Obs. 3: O que pode ser levado em conta para caracterização de maus antecedentes?
Condenação Definitiva + Prescrição do Período da Reincidência + Prática de Nova Infração Penal
Atenção: tudo o que ocorreu na menoridade não será levado em conta.
c) Conduta Social: Comportamento do agente na sociedade.
- Inquéritos Policiais e Processos em andamento não serve como conduta social.
d) Personalidade: É o caráter, é a índole do sujeito, que é extraída de sua maneira habitual de ser. Se é um sujeito perigoso.
e) Motivos: São as razões que levaram o sujeito a praticar o crime. Obs.: Quando um motivo servir como uma agravante deverá ser utilizada na segunda fase.
Caso não exista motivo, pode ser aplicado nessa situação?
R: Não. Segundo o CP que analisa a circunstância e fato do motivo. Cesar Roberto Bitencourt não concorda com essa situação, pois o sujeito que tenha um motivo, mesmo pequeno, serve para majorar a pena, enquanto aquele que não tem nenhum motivo não serve.
f) Circunstancias do crime: Não são agravantes e atenuantes do art. 61 e seguintes. São outras circunstâncias do fato que o juiz deve levar em consideração (local do crime, instrumento do crime, relação de amizade do autor com a vítima, etc).
g) Consequências do crime: - São os efeitos decorrentes dele, para a vítima e a sua família.
h) Comportamento da vítima: ocorre quando a vítima contribui para o delito.
ANÁLISE DA 2ª FASE – Pena Intermediária ou Provisória.
- Penas agravantes (arts. 61 e 62 do CP): 
1) reincidência: art. 61, I, CP; 
*Requisitos ou pressupostos: a) se estiver presente a condenação definitiva + b) prática de nova infração penal.
*Duração do período da reincidência: perdura por 5 anos. Obs.: Esse tempo não tem relação com o início que o sujeito passa a ser considerado reincidente.
Quando inicia a contagem de 05 anos? Resposta: do cumprimento da pena ou data da extinção da punibilidade. 
Obs.: Quando houver livramento condicional, o prazo de 05 anos será iniciado a sua contagem da data da concessão desse benefício (livramento), se esta for menor do que falta para cumprir a pena.
Atenção: hipóteses que configuram a reincidência: são extraídas da leitura do art. 63, CP cc art. 7º da Lei de Contravenção Penal.
	CONDENAÇÃO DEFINITIVA
	PRÁTICA DE NOVA INFRAÇÃO PENAL
	RESULTADO
	Crime no brasil ou exterior
	Crime
	Reincidência
	Crime no brasil ou exterior
	Contravenção
	Reincidência
	Contravenção no Brasil
	Contravenção
	Reincidência
	Contravenção no Exterior
	Contravenção
	Não reincidência
	Contravenção no Brasil
	Crime
	Não reincidência
- O STJ entende que se o sujeito tiver Contravenção Penal com condenação definitiva e cometer um crime, HÁ MAUS ANTECEDENTES e não reincidência.
- Penas atenuantes (Art. 65, CP).
ANÁLISE DA 3ª FASE – Fixação da pena definitiva.
- Ponto de partida: pena encontrada na fase anterior. Análise das causas de aumento e diminuição.
Causa de aumento ou diminuição (utiliza-se de expressão aumenta-se ou diminui-se):
1) Forma determinada (Lei estabelece o aumento ou diminuição de forma exata. Ex. Art. 155, §1º do CP).
2) Forma determinável: a lei estabelece um parâmetro para o juiz. Ex: Art. 157, § 2º do CP 
Pergunta: Qual a diferença de uma qualificadora, de uma agravante e uma causa de aumento?
	QUALIFICADORA
	AGRAVANTE
	CAUSA DE AUMENTO
	Não faz parte de nenhuma fase.
- Sempre aparece em parágrafo com pena autônoma. Pena Superior ao caput.
	Será analisada na 2ª fase.
- Não estabelece pena determinada e está no rol dos arts. 61 e 62, CP.
-Não possui pena autônoma.
	- Será verificada na 3º fase.
- Aparece nos parágrafos, porém não traz pena autônoma. 
- Utiliza-se de expressões aumenta-se, diminui-se.
Obs.: Quando existir apenas uma causa de aumento ou de diminuição basta fazer o cálculo de forma simples, ou seja, toma por base a pena encontrada na fase anterior e aumenta ou diminui conforme o caso.
- Dificuldade ocorre quando existir mais de uma causa de aumento ou diminuição ao mesmo tempo.
a) Regra: Segundo o parágrafo único do art. 68 do CP deve o juiz proceder da seguinte forma: Se as causas de aumento ou de diminuição estiverem na parte especial (Art. 121 em diante) do Código Penal, o juiz pode considerar apenas uma delas, desprezando as demais ou utiliza na 1ª fase.
b) Exceção: quando o concurso de causa estiver presente na parte geral ou nas duas partes do Código (parte geral e especial)o juiz deve considerar todas. 
Obs. 1: Quando houver o concurso de causas de aumento aplica-se o Princípio da Incidência Isolada. 
Obs. 2: Quando houver o concurso de causas de diminuição é aplicado o Princípio da Incidência Cumulativa. 
Obs. 3: Sempre que estiver uma causa de diminuição com outra causa de diminuição ou com uma causa de aumento será utilizada o Princípio da Incidência Cumulativa, ou seja, quando houver causa de diminuição, independente de concurso com causa de aumento ou diminuição, sempre será aplicado o Princípio da Incidência Cumulativa.
- Concurso de Pessoas (Art. 67 do CP):
	AGRAVANTES
	ATENUANTES
	1º Idade (18 a 21 ou + 70 anos)
2º Confissão
3º Reincidência
4º Circunstância subjetiva - Motivos
5º Circunstância objetiva - Modos
V – PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO ou PENAS ALTENATIVAS.
1) Base Legal - Art. 43 seguintes do CP.
2) Natureza Jurídica: Pena substitutiva (Art. 44 do CP).
3) Espécies: o art. 43 do CP nos traz as seguintes espécies: 
a) Prestação pecuniária (Art. 45, §1º do CP);
b) Perda de bens e valores (Art. 45, §3º);
c) Prestação de serviços públicos (Art. 46 do CP);
d) Interdição temporária de direitos (Art. 47 do CP);
e) Limitação de fim de semana (Art. 48 do CP).
4) Requisitos cumulativos para substituir pena privativa de liberdade por restritiva de direito:
a) condenação não superior a quatro anos;
b) crime não praticado com violência ou grave ameaça;
c) não reincidente em crime doloso;
d) as circunstancias judiciais do Art. 59 do CP sejam favoráveis.
Obs.: Nos crimes culposos não há limite de pena, ou seja, pode ser condenado por mais de quatro anos e mesmo assim a pena pode ser substituída pela restritiva de direito.
5) Formas procedimentais para a substituição:
a) 1ª situação: se a condenação não for superior a 1 ano o juiz pode substituir a pena privativa de liberdade por multa ou por uma restritiva de direito.
b) 2ª situação: se a condenação superar 01 ano o juiz pode substituir a pena privativa de liberdade por uma restritiva de direito e multa ou duas restritiva de direito (Art. 44, § 2º do CP).
VI - FIXAÇÃO DA PENA DE MULTA
1) Conceito de multa: consiste no pagamento em dinheiro ao fundo penitenciário.
2) Cominação legal:
a) Pode vir isolada. Exemplo: Art. 20 da LCP (Pena: igual a multa).
b) Pode vir alternada. Exemplo: Art. 135 do CP (Pena: Detenção de um a seis meses ou multa).
c) Pode vir cumulada. Exemplo: Art. 155 do CP (Pena: Reclusão de um a quatro anos e multa).
EXERCÍCIOS
1) Paulo e Thiago resolveram furtar um táxi em 01/04/15. Para tanto Paulo contrata o táxi para leva-lo até a casa de sua mãe, na Grande Dourados. Chegando no local combinado Paulo com uma arma rende o taxista e juntamente com Thiago o coloca no porta malas. Paulo e Thiago são denunciados pelo MP pelo crime descrito no art. 157; § 2º; I, II e V do CP. Verificou-se durante o processo que os réus eram conhecidos como “irmãos mata 10” devido ser chefe de quadrilha. Constata-se ainda que Paulo e Thiago foram condenados definitivamente em 10/01/00, a uma pena de 5 anos, iniciou o cumprimento da pena em 09/01/02, terminando de cumprir em 09/01/07. Consta ainda que a dupla também foi condenada definitivamente pelo crime de homicídio no dia 05/05/08 a uma pena de 6 anos, desde então foragidos. Observe que o taxista, na data do fato possuía 62 anos. Calcule a pena privativa de liberdade. Analise a possibilidade de substituição por restritiva de direito.
Informações do texto:
Fato: 01/04/15
Autores do crime: Paulo e Thiago.
Crime: Roubo – Art. 157; § 2º; I, II e V do CP.
Conhecidos como “irmãos mata 10”
Condenação definitiva: 10/01/00 Maus antecedentes
Terminou de cumprir: 09/01/07
Condenação definitiva: 05/05/08 - Não cumpriu.
				 - Não iniciou.
Vítima: 62 anos.
Art. 157, caput do CP: Pena – reclusão: de 04 a 10 anos e multa.
1ª FASE – Pena Base.
Da análise da circunstâncias judiciais constantes no Art. 59 do CP, verifica-se:
a) Culpabilidade: Não há elementos.
b) Antecedentes: Possuem maus antecedentes em razão da condenação definitiva de 10/01/00.
c) Conduta social: Possui índole voltada para o crime.
d) Personalidade: Não há elementos.
e) Motivos: Não há elementos.
f) Circunstâncias do crime: Não há elementos.
g) Consequências do crime: A vítima não pode trabalhar devido o roubo do táxi.
h) Comportamento da vítima: Não há elementos.
Nesse sentido fixo a pena base dos indivíduos em 7 anos e multa.
2ª FASE – Pena Intermediária.
Quanto aos agravantes constata-se a presença da reincidência referente a condenação definitiva de 05/05/08, o fato da vítima ser idosa (Art. 61, II, “h” do CP) e ainda emboscada (Art. 61, II, “c” do CP).
Não possui atenuantes.
Fixo a pena intermediária em 10 anos.
3ª FASE – Pena Definitiva.
Verifica-se a existência de concursos de causas de aumento prevista no art. 157; § 2º; I, II e V do CP, aplicando o § único do art. 68 do CP. Aumenta-se na metade.
Fixo a pena definitiva em 15 anos de reclusão e multa a ser cumprida no regime fechado.
Em relação a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito não é o caso por não atender os requisitos no art. 44 do CP.
2) João foi denunciado pelo crime descrito no art. 171, § 3º c/c art. 14, II, todos do CP, cometido no dia 10/10/00. Durante a instrução criminal constatou-se que João fora condenado definitivamente pelo crime de furto em 10/05/97, por uma pena de 1 ano. Consta ainda que João é visto como uma pessoa perigosa, segundo o depoimento das testemunhas. E por último verificou-se que João confirma todo o fato narrado na denúncia. Calcule a pena e fixe o regime de cumprimento. E ainda, analise a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade.
Informações do texto:
Data do fato: 10/10/00
Art. 171, § 3º c/c art. 14, II do CP.
Condenação definitiva: 10.05.97
João é pessoa perigosa.
João confessou o crime.
Causas de aumento: §3º do art. 171 do CP – 1/3
Causa de diminuição: Art. 14, II do CP – 1/3
Art. 171, §3º c/c art. 14, II do CP – Pena de reclusão de 01 a 05 anos.
1ª Fase – Pena Base
Análise das circunstância – art. 59 do CP:
a) culpabilidade: não há elementos;
b) antecedentes: não possui;
c) conduta social: Não há elementos (ou utiliza nesta ou em personalidade, nunca nas duas);
d) personalidade: nos termos do depoimento nos autos – aumento – acréscimo de 6 meses ou 1/3;
e) motivos: não há elementos;
f) circunstância: não há elementos;
g) consequência: não há elementos;
h) comportamento da vítima: não há elementos.
A Pena Base foi fixada em 1 ano e 06 meses.
2ª Fase – Pena Intermediária ou Pena Provisória.
Inicia-se com 01 ano e 06 meses (1ª Fase)
- Agravantes (ver art. 61 e 62).
Nos termos do art. 61, I do CP – verificou-se que o réu é reincidente, pois foi condenado definitivamente em 10/05/97 – aumento de 06 meses);
- Atenuantes (ver art. 65 do CP).
Nos termos do Art. 65, III, alínea “d” do CP: confissão – diminuição de 06 meses.
- A pena intermediaria foi fixada em 1 ano e 10 meses, ou seja, agravo a pena em 4 meses em razão das aplicações do art. 67 do CP. Neste caso prevaleceu o caráter subjetivo: motivo, pessoalidade e finalidade. Prevaleceu sobre o caráter objetivo: meios e modos.
3ª Fase – Pena Definitiva.
Inicia-se com 1 ano e 10 meses (2ª Fase) = 22 meses.
 22 meses Causa de aumento Causa de diminuição 
 §3º do art. 171 (+ 1/3) Art. 14, II, § único (-1/3)
 22 + 7 = 29 - 9 = 20 meses
Foi utilizado o Princípio da Incidência Cumulativa (Quando houver causa de diminuição, independente de concurso com causa de aumento ou diminuição, sempre será aplicado o Princípio da Incidência Cumulativa).
22 + 7 = 29 – 9 = 20 meses = 1 ano e 8 meses.
A Pena definitiva foi fixada em 01 ano e08 meses em regime fechado por ser reincidente.
Matéria P1: Penas (Arts. 32 a 92 do CP).

Continue navegando