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PRINCIPAIS VIAS METABÓLICAS Prof. Edmar das Mercês Penha ∗ Soma de todos os processos que ocorrem na matéria viva. É uma sequência de reações químicas, ou seja, o 1 - Metabolismo viva. É uma sequência de reações químicas, ou seja, o conjunto de trocas de matéria e energia entre a célula e o meio externo e que pode ser dividido em anabolismo e catabolismo. ∗ O metabolismo microbiano, quanto aos seus aspectos energéticos, pode seguir duas vias: uma ligada à respiração e a outra à fermentação. ∗ Catabolismo é a desassimilação (degradação) de compostos orgânicos com a finalidade de produção de energia imediatamente aproveitável pela célula. ∗ A célula utiliza essa energia para compor o ATP que funciona 1.1. Catabolismo ∗ A célula utiliza essa energia para compor o ATP que funciona como um acumulador de energia, que será posteriormente utilizada na execução dos trabalhos celulares como movimento, contração, emissão de luminescência e sínteses celulares. ∗ Nos processos desassimilativos os produtos resultantes da reação são menos complexos do que os nutrientes. ∗ Ex: processo respiratório ∗ C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + 688 Kcal ∗ Dependendo de seu estado energético, a célula pode utilizar os nutrientes para a síntese de macromoléculas (anabolismo). ∗ Anabolismo é a assimilação com potencialização de energia, ou 1.2. Anabolismo ∗ Anabolismo é a assimilação com potencialização de energia, ou seja, é o conjunto de reações que sintetizam matéria orgânica e protoplasma. ∗ A síntese de proteínas e a fotossíntese são exemplos de atividades anabólicas importante nos processos de crescimento, substituição tecidual e desenvolvimento do ser vivo. ∗ Ex: formação de amido ∗ C6H12O6 → G-6-P→ G-1-P→ (C6H10O5)n - ε ∗ É o processo pelo qual os microrganismos degradam matéria, produzindo a energia necessária ao seu trabalho, através da oxidação 2. Respiração Celular degradam matéria, produzindo a energia necessária ao seu trabalho, através da oxidação de substâncias orgânicas de alto teor energético, como carboidratos e lipídeos. ∗ Pode ser de 2 tipos: respiração anaeróbica (sem utilização de oxigênio também chamada de fermentação) e respiração aeróbica (com utilização de oxigênio). ∗ É a transformação de uma substância em outra por ação de microrganismos vivos. 3. Fermentação outra por ação de microrganismos vivos. ∗ Abrange todos os processos bioquímicos, tanto degradativos, onde os produtos finais são mais simples que as substâncias iniciais, quanto os biossintetizantes, nos quais há síntese de materiais e os produtos finais são mais complexos que as substâncias iniciais. ∗ São aquelas relacionadas ao metabolismo dos hidratos de carbono. 4. Principais vias de importância da Microbiologia Industrial hidratos de carbono. ∗ A rota bioquímica passa pela glicose. ∗ Diversos produtos de interesse industrial derivam desses caminhos bioquímicos. ∗ Podem ser processos catabólicos ou anabólicos ∗ O catabolismo de HC se dá de três formas: ∗ 1ª - O nutriente absorvido é oxidado sem sofrer transformações. É a respiração endógena. Não há 5. Catabolismo de Hidratos de Carbono transformações. É a respiração endógena. Não há fosfatação da molécula nutriente. ∗ 2ª - O nutriente absorvido sofre um início de assimilação, que é uma fosfatação, sendo depois oxidado. Há respiração e fermentação. ∗ 3ª - O metabólito ativo provém da desassimilação de um componente da célula como, por exemplo, o glicogênio. ∗ A respiração endógena acontece quando o substrato disponível para a biodegradação é 5.1. Catabolismo via Respiração Endógena substrato disponível para a biodegradação é totalmente consumido e os microrganismos passam a consumir o próprio plasma microbiano para obter energia para suas reações celulares. 5.1.1. Representação da Respiração Endógena glicose oxidase ác. glicônico oxidase GLICOSE ÁCIDO GLICÔNICO ARABINOSE CO2 + + H2O CO2 descarboxilase AMIDO (reserva celular) ∗ A via metabólica tem início assimilativo, podendo depois degradar a CO2 e H2O ou parar dando uma fermentação. 5.2. Catabolismo da glicose com início assimilativo GLICOSE (fosfohexoquinase) + ATP → GLICOSE-6-P + ADP + H2O ∗ A energia para fosforilação é dada pelo ATP. A GLICOSE- 6-P é o metabólito ativo para outras reações. ∗ Os hidratos de carbono tanto mono quanto polissacarídeos poderão ser degradados pelas células até CO2 e H2O. ∗ Em qualquer dos casos haverá sempre a formação de glicose, 5.2.1. Tipos de Hidratos de Carbono ∗ Em qualquer dos casos haverá sempre a formação de glicose, motivo pelo qual se estuda o catabolismo da glicose. Glicose 5.2.2. Catabolismo da Glicose ∗ Partindo de uma reserva celular como o glicogênio, por exemplo. 5.3. Catabolismo por desassimilação de reserva celular glicogênio, por exemplo. ∗ GLICOGÊNIO + nH3PO4 + (glicogênio fosforilase ) → n GLICOSE-1-P ∗ n GLICOSE-1-P + (fosfoglicomutase)→ nGLICOSE-6-P ∗ 6.1. Totalmente Anaeróbico ∗ Ex: Fermentação acetono-butílica ∗ 6.2. Inicialmente anaeróbico e depois aeróbico 6. Caminhos Metabólicos da Glicose-6-P ∗ 6.2. Inicialmente anaeróbico e depois aeróbico ∗ a) Respiração (Via Ciclo de Krebs)- produtos CO2 e H2O ∗ b) Fermentação oxidativa - o excreta ainda pode liberar energia. ∗ Ex: fermentação cítrica. ∗ 6.3 - Totalmente aeróbico ∗ Síntese de compostos complexos- processo assimilativo. ∗ Ex: produção de penicilina. ∗ A fase anaeróbica, comum aos dois primeiros caminhos, representa o esquema de reações conhecido como "glicólise" ou esquema de Embden-Meyerhof-Parnas (EMP), que leva a glicose até piruvato, com um rendimento energético baixo (2 ATP). 6.1. Glicólise ∗ A glicólise, também conhecida como via de Ebden- Meyerhof-Parnas, é a primeira via metabólica da molécula de glicose e outras hexoses. Todos os seres 6.1.1. Características da Glicólise molécula de glicose e outras hexoses. Todos os seres vivos (a exceção dos vírus) realizam, invariavelmente, a glicólise, seja em condições de aerobiose ou de anaerobiose, utilizando as enzimas glicolíticas presentes no citoplasma. 6.1.2. Esquema da Glicólise ∗ A glicólise ocorre em 2 fases. Na 1ª fase há consumo de 2 ATP e na 2ª fase há regeneração de 4 ATP, 6.1.3. Fases da Glicólise de 2 ATP e na 2ª fase há regeneração de 4 ATP, levando a formação de 2 moléculas de ácido pirúvico. 6.1.3.1. 1ª fase da Glicólise 6.1.3.2. 2ª fase da Glicólise ∗ O ácido pirúvico (piruvato), por sua vez, pode seguir diferentes caminhos, dependendo do 6.1.4. Caminhos do Piruvato seguir diferentes caminhos, dependendo do conjunto de enzimas que compõe a célula. ∗ Após a glicólise, o piruvato pode seguir diversos caminhos anaeróbicos, dando origem a distintos produtos 6.1.5. Desdobramentos da Glicólise anaeróbicos, dando origem a distintos produtos dependendo do aparelho enzimático das células. ∗ O piruvato pode ainda seguir (aerobicamente) para a mitocôndria onde é transformado em grupo acetil (molécula com dois carbonos), que, por sua vez, é degradado no ciclo de Krebs, onde se produz mais 36 moléculas de ATP para cada molécula de glicose processada. ∗ 6.1.6.1 - Por redução ∗ ÁC.PIRÚVICO (ác.lático desidrogenase)→ ÁC.LÁTICO ∗ Ex: bactérias homoláticas do gênero Streptococcus 6.1.6. Catabolismo Anaeróbio do Piruvato ∗ 6.1.6.2 - Por desmutação ∗ 2 ÁC.PIRÚVICO + H2O → ÁC.LÁTICO + ÁC.ACÉTICO 6.1.6. Catabolismo Anaeróbio do Piruvato ÁC.LÁTICO + ÁC.ACÉTICO ∗ Ex: bactérias heteroláticas do gênero Leuconostoc ∗ 6.1.6.3 - Por desmólise ÁC.PIRÚVICO + H2O→ ÁC.LÁTICO + ÁC.FÓRMICO Ex: bactérias do gênero Acetobacter 6.1.6. Catabolismo Anaeróbio do Piruvato ∗ 6.1.6.4- Por descarboxilação ÁC.PIRÚVICO (descarboxilase)→ CO2 + ALDEÍDO ACÉTICO ∗ O aldeído acético, por sua vez, é ponto de partida para uma série de reações: - por redução - fermentação alcoólica - por descarboxilação - fermentação butírica - por condensação - fermentação butilenoglicólica ∗ 6.1.6.5 - Por redução: fermentação alcoólica Ex: leveduras do gênero Saccharomyces 6.1.6. Catabolismo Anaeróbio do Piruvato ∗ Após a glicólise, o piruvato vai para a mitocôndria onde é transformado em grupo acetil (molécula com 6.1.7. Catabolismo Aeróbio do Piruvato onde é transformado em grupo acetil (molécula com dois carbonos), que, por sua vez, é degradado no ciclo de Krebs, onde se produz mais 36 moléculas de ATP para cada molécula de glicose processada. ∗ O ciclo do ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs) é uma seqüência de reações cíclicas, de ocorrência quase total nos organismos aeróbicos, catalisado por um sistema multienzimático, que recebe o grupo acetílico da ACETIL-Co-A 6.1.7.1. O Ciclo de Krebs um sistema multienzimático, que recebe o grupo acetílico da ACETIL-Co-A como combustível e o desmembra para produzir CO2 e H2O. ∗ ÁC.PIRÚVICO →→→→ (Ciclo de Krebs) →→→→ CO2 + ATP + H2O ∗ É a principal via para obtenção de energia, apresentando o seguinte rendimento global: ∗ C6H12O6 + 6 O2 + 38 ADP + 38 P 6 CO2 + 6 H2O + 38 ATP Ciclo de Krebs Rendimento Energético Ciclo de Krebs 6.1.7.2. Catabolismo Aeróbio do Piruvato – Fermentação Cítrica 6.1.7.3. Catabolismo Aeróbio do Piruvato – Fermentação Acética FIM
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