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Agente público

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Agente público, segundo a CF/88, é qualquer pessoa física que exerça uma função pública, de forma remunerada ou gratuita, de natureza política ou administrativa, com investidura definitiva ou transitória.
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, os agentes públicos dividem-se em quaro categorias:
Agentes políticos;
Servidores públicos (civis);
Militares e
Particulares em colaboração com o Poder Público
Agentes Políticos
Agentes políticos exercem atividades típicas de governo. São responsáveis por propor ou decidir as diretrizes políticas dos entes públicos. Fazem parte dessa categoria, os chefes do Poder Executivo federal, estadual e municipal, seus auxiliares Ministros e Secretários, e os membros do Poder Legislativo. Via de regra, exercem mandato eletivo, tendo como exceção os Ministros e Secretários, que ocupam cargos em comissão.
Servidor Público (civil)
Servidor Público é a pessoa física que presta serviços às entidades federativas ou às pessoas jurídicas da Administração Indireta em decorrência de relação de trabalho e com remuneração paga pelos cofres públicos, integrando o quadro funcional dessas pessoas jurídicas.
Os servidores públicos civis dividem-se em:
Servidor Estatutário: ocupantes de cargo público, regidos pelo regime estatutário.
Empregado Público: contratados sob o regime da CLT e que ocupam empregos públicos.
Servidor Temporário: contratados por tempo determinado para atender necessidades temporárias de excepcional interesse público. Apesar de exercerem funções públicas, não ocupam cargo ou emprego público, são regidos por regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade federativa.
Militares
Os Militares, antes da EC 19/1998, eram tratados como “servidores militares”. São aqueles que prestam serviços às Forças Armadas, às Polícias Militares ou Corpo de Bombeiros Militares dos Estados, DF e territórios. Possuem vínculo jurídico estatutário, com remuneração paga pelos cofres públicos. Possuem regras jurídicas diversas das aplicadas aos servidores civis estatutários, disciplinas em lei.
Particulares em colaboração com o Poder Público
Particulares em colaboração com o Poder público são pessoas físicas que prestam serviços ao estado, sem vínculo de trabalho, podendo ser ou não remunerados. São exemplos dessa categoria os titulares de serviços notariais e de registro público não oficializados, jurados, convocados para prestar serviço eleitora etc.
Regimento Jurídico
EC nº 19/1998
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
Acesso aos cargos públicos
O ingresso de qualquer cidadão no quadro de pessoal da Administração Pública é prestigiado pelos princípios da igualdade e da acessibilidade de todos os cargos públicos. O ingresso pode se dar por:
Concurso Público: procedimento da Administração Pública que visa a seleção dos melhores candidatos para o serviço exercido pelo cargo destinado. Através do concurso, é possível afastar os inábeis e os afilhados, prestigiando-se os mais aptos e capazes. A exigência é a realização de provas ou provas e títulos, exceto quando for nomeação para cargo comissionado. O concurso pode ter validade máxima de dois anos, prorrogável por igual período.
Livre escolha: quando o ingresso independe de concurso. A autoridade competente, nomeia, observados os requisitos legais, o futuro funcionário. Através dessa forma, são preenchidos os cargos em comissão, declarados por lei, de livre nomeação e exoneração. Portanto, a escolha é livre, por parte da autoridade competente, desde que sejam atendidas as exigências legais. (EC nº 19).
Ingresso de estrangeiro: Portugueses, desde que obedecidas as regras do Estatuto da Igualdade (art. 12, II e §1º da CF; Decreto Legislativo 82/71) são considerados como brasileiros em relação ao ingresso em cargo público. Os outros estrangeiros podem ingressar na forma da lei (art. 37, CF/88).
Contrato por tempo determinado: Pode ser realizada para atender necessidade temporária, de excepcional interesse público (art. 37, IX, CF/88). Na área federal vigora a Lei 8.754/93, que abrange, por exemplo, a assistência a situações de calamidade pública ou o combate a surtos endêmicos.
Direitos
Aos funcionários públicos, são assegurados pela CF/88 bem como pelas leis ordinárias, a exemplo dos estatutos:
I - Estabilidade ou Vitaliciedade (art. 41; 73, § 3º; 128, § 5º, I, a, CF/88): estabilidade é a garantia funcional adquirida após 3 anos de efetivo exercício pelo concursado que impede que o mesmo seja desvinculado do serviço público. A vitaliciedade é prerrogativa que impede a perda do cargo, salvo por sentença transitada em julgado, aposentadoria compulsória, exoneração a pedido ou morte. Esta abrange também os magistrados, membros do MP e membros do Tribunal de Contas.
II - Inamovibilidade: impede a remoção do juiz ou membro do MP, salvo interesse público e nas condições estatuídas respectivamente na Constituição.
III - Aposentadoria: garantia de inatividade remunerada reconhecida aos servidores que já prestaram longos anos de serviços, ou se tornaram incapacitados para suas funções. A Constituição assegura igualdade de vencimentos ou proventos entre os inativos e ativos.
IV - Remuneração, Subsídio e Vencimentos (art. 37, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, § 10): Remuneração é o vencimento do cargo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei; Subsídio é a retribuição pelo exercício público, estabelecido em lei específica e fixado em parcela única; Vencimento é a retribuição pelo exercício de cargo público, fixado em lei. Deputados Estaduais: art. 27, § 2º.
Governadores, Vices e Secretários estaduais: art. 28, § 2º
Prefeitos, Vices e Secretários municipais: art. 29, V
Vereadores: art. 29, VI
Ministros do STF: 48, XV (subsídio fixado por lei de iniciativa
conjunta)
Deputados Federais e Senadores: art. 49, VII
Ministros Tribunais Superiores e demais Tribunais: art. 93, V
Magistrados em geral: art. 95, III
Ministério Público: art. 128, I, c)
Demais carreiras constitucionalmente definidas: art. 39, §4º
V – Disponibilidade (art. 41, § 3º, CF/88): é o afastamento do funcionário do serviço, por prazo indeterminado, em razão da extinção ou da declaração de desnecessidade do cargo que ocupava (art. 41 § 3º, CF/88). Somente nessas duas hipóteses assegura-se a disponibilidade remunerada.
VI - Férias: É concedido período anual de 30 dias de repouso ao funcionário púbico, sem perda dos vencimentos e demais vantagens do cargo.
VII - Licenças: variáveis de legislação para legislação. São períodos de afastamento do funcionário do serviço público, com ou sem perda de vencimentos.
VIII - Adicionais: vantagens pecuniárias em razão do tempo de serviço ou do cargo que exige conhecimentos especializados ou um regime especial de trabalho.
IX - Gratificações: vantagens pecuniárias outorgadas aos funcionários públicos que desempenha serviços comuns em condições incomuns ou anormais de segurança, salubridade ou como ajuda, em razão de certos encargos pessoais (gratificação pessoal).
X – Irredutibilidade (art. 37, XV, CF): Os vencimentos não podem ser diminuídos, no entanto, não inibe a exigência de tributos, a exemplo do IR. É prerrogativa de todos os servidores.
XI – Direito de Greve (art. 37, VII, da CF: O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar.
XII – Associação sindical: o servidor público civil tem direito à livre associação sindical.
Também são aplicados aos servidores públicos outros direitos assegurados aos empregados privados (art. 39, § 3º, CF/88)
Salário mínimo (art. 7º, IV, CF);
Irredutibilidade do salário, salvo disposto em convenção coletiva ou acordo coletivo;
Garantia de salário nunca inferior ao mínimo para quem percebe remuneração variável (art. 7º, VII, CF);
Décimo terceiro salário (art. 7º, VIII, CF);
Remuneração do trabalho noturno (art.7º, IX, CF);
Salário-família (art. 7º, XII, CF);
Duração do trabalho normal não superior a 8 hora diária e 44 semanais (art. 7º, XIII, CF);
Repouso semanal remunerado (art. 7º, XV, CF);
Remuneração do serviço extraordinário com, no mínimo, 50% a mais (Del 5.452, art. 59 § 1º);
Férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal (art. 7º, XVII, CF);
Licença gestante (art. 7º, XVIII, CF);
Licença paternidade (art. 7º, XIX, CF);
Proteção do mercado de trabalho da mulher (art. 7º, XX, CF);
Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (art. 7º, XXII, CF).
Adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
Proibição de diferenças de salários, de exercícios de funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (art. 7º, XXX, CF).
Acumulação de cargos, empregos e funções
A Constituição Federal proíbe a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas (art. 37, XVI e XVII). Tal proibição abrange, além da Administração direta, as autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
Exceção à regra da acumulação
A acumulação só será considerada lícita, nas hipóteses previstas expressamente na CF., porém, mesmo nos casos em que se admite a acumulação remunerada, ela só é possível se houver compatibilidade de horários entre os dois vínculos. Além disso, as remunerações não poderão ultrapassar o teto constitucional de remuneração.
De acordo com o art. 37, XVI, “a”, “b” e “c”, da CF/88, a acumulação é permitida nos seguintes casos:
Dois cargos de professor;
Um cargo de professor com outro técnico ou científico;
Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
Nos casos em que ocorre a acumulação, está pode ser no mesmo regime ou em regimes diversos.
A EC 77/2014 estendeu aos profissionais de saúde das Forças Armadas essa possibilidade de acumulação de cargos, desde que ela ocorra na forma da lei e com prevalência da atividade militar (art. 142, § 3º, VIII, CF).
Além das hipóteses previstas no art. 37, XVI, da CF, também há a possibilidade de acumulação remunerada nos seguintes casos:
Um cargo de juiz outro e magistério (art. 95, § único, I);
Um cargo de membro do MP com outro de magistério (art. 128, § 5º, II, d);
Um cargo de vereador com outro cargo, emprego ou função pública (art. 38, III).
Direito de Greve e livre associação
Previsto no art. 37, VII, da CF, garante o direito a greve dos servidores civis estatutários, que será exercido nos termos e limites definidos em lei específica.
O direito de greve dos servidores públicos civis estatutários, conforme previsto na CF, se figura como norma de eficácia limitada, pois depende da edição de lei regulamentadora para ser exercido.
Já o direito de greve dos trabalhadores da iniciativa privada previsto no art. 9º da CF, trata-se de norma constitucional de eficácia contida, que foi disciplinada pela lei 7.783/89. A lei de greve dos trabalhadores da iniciativa privada aplica-se aos empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista, por força do art. 173, § 1º, II, da CF/88.
O art. 37, inciso VI da Constituição Federal de 1988 firma que: "é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical".
Regime de aposentadoria
“Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I – Por invalidez permanente: Acidente em serviço; moléstia profissional; doença grave, contagiosa ou incurável especificada por lei (proventos integrais);
II – Compulsória: aos 70 anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; aos 75 anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III – Voluntária: Desde que cumprido o tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas a seguintes condições:
60 anos de idade e 35 de contribuição para homens e 55 anos de idade e 30 de contribuição para mulheres;
65 anos de idade para homens e 60 anos de idade para mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

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