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LUCRO PRESUMIDO ou LUCRO REAL

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13/03/2017 LUCRO PRESUMIDO ou LUCRO REAL
http://www.cebrasse.org.br/downloads/html/lucro_presumido_real.html 1/3
EMPRESAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
LUCRO PRESUMIDO ou LUCRO REAL ?
 (*) João Aleixo Pereira
Além dos tributos previstos na legislação tributária que incidem sobre o seu faturamento, como PIS,
COFINS  e  ISS,  que  são  comuns  a  todas  empresas  prestadoras  de  serviços,  essas  empresas  ainda
pagam impostos e contribuições sobre o Lucro. Para esse fim, as empresas podem optar por umas
das duas modalidades previstas na Lei, ou seja, Lucro Presumido ou Lucro Real.
Lucro Presumido
A  expressão  Lucro  Presumido  representa  uma  modalidade  de  apuração  de  apenas  2  tributos:
Imposto de Renda – Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), pagos
trimestralmente.
As alíquotas dos  tributos  são aplicadas  sobre um  lucro que se presume,  que  constitui  a base  de
cálculo do IRPJ e da CSLL.  Para as empresas de  prestação  de  serviços,  de modo geral,  a  base  de
cálculo do Lucro Presumido é de 32% do faturamento mensal.
Essas alíquotas são:
         IRPJ: 15% para faturamento trimestral até R$ 187.500,00;
         IRPJ: 25% sobre a parcela do faturamento trimestral superior a R$ 187.500,00;
         CSLL: 9% sobre qualquer valor de faturamento.
Tais  alíquotas  são  aplicáveis  sobre  a  base  de  cálculo  presumida  de 32%.  Portanto, 15% X 32%  é
igual a 4,8% do Faturamento mensal. E 25% X 32% é igual a 8% do valor acima de R$ 187.500,00.
A opção pelo Lucro Presumido é vantajosa para as empresas cujo Lucro (Receitas (­) Despesas) é igual
ou  superior  a  32%.  Quando  a  margem  de  lucro  é  inferior  a  32%  é  mais  vantajoso  optar  pelo
pagamento dos tributos acima com base no Lucro Real.
Exemplos:
1)     Faturamento trimestral: R$ 150.000,00                                  (100%)
TRIBUTO VALOR % S/ FAT
COFINS 4.500,00 3%
PIS 975,00 0,65%
IRPJ 7.200,00 4,8%
CSLL 4.320,00 2,88%
Total 16.995,00 11,33%
2)     Faturamento trimestral: R$ 200.000,00                             (100%)
TRIBUTO VALOR % S/ FAT
COFINS 6.000,00 3%
PIS 1.300,00 0,65%
IRPJ (Parcela até R$ 187.500,00) 9.000,00 4,8%
IRPJ (Sobre o excedente de R$ 12.500,00) 1.000,00 0,5%
CSLL 5.760,00 2,88%
Total 23.060,00 11,83
3)     Faturamento trimestral: R$ 300.000,00                             (100%)
TRIBUTO VALOR % S/ FAT
COFINS 9.000,00 3%
13/03/2017 LUCRO PRESUMIDO ou LUCRO REAL
http://www.cebrasse.org.br/downloads/html/lucro_presumido_real.html 2/3
PIS 1.950,00 0,65%
IRPJ (Parcela até R$ 187.500,00 X 4,8%) 9.000,00 3%
IRPJ (Sobre o excedente de R$ 112.500,00 X 8%) 9.000,00 3%
CSLL 8.640,00 2,88%
Total 37.950,00 12,53
Lucro Real
Essa  opção  deve  ser  adotada  quando  o  Lucro  efetivo  (Receitas  menos  Despesas  efetivamente
comprovadas)  é  inferior  a  32%  do  Faturamento  do  período  e  pode  ser  apurado  trimestral  ou
anualmente.
As alíquotas dos tributos para cálculo do IRPJ e da CSLL nessa modalidade são:
         IRPJ: 15% para Lucro até R$ 20.000,00/mês;
         IRPJ: 25% para Lucro acima de R$ 20.000,00/mês;
         CSLL: 9% sobre qualquer Lucro apurado.
Em  resumo,  no  Lucro  Real  os  dois  tributos  variam  de  24%  (9%  +  15%)  a  34%  (9%  +  25%),
aplicados sobre o Lucro e não sobre o faturamento.
A apuração pelo Lucro Real pode ser trimestral ou anual.
A  apuração  pelo Lucro Real  trimestral  só  é  recomendada  quando  a  empresa  apresenta  resultados
relativamente uniformes durante o ano. Quando há sazonalidade em suas operações, em que num mês
ocorre  Lucro  e  em  outro  Prejuízo,  este  Prejuízo  só  é  compensado  no  limite  de  30%  do  lucro  do
período.
Já na apuração pelo Lucro Real Anual a empresa pode levantar balanços mensais acumulados, cujos
resultados positivos (lucros) e negativos (prejuízos) são compensados automaticamente no período de
apuração, sem limitação.
Apurando­se o Lucro Real, aplicam­se as alíquotas do IRPJ e da CSLL acima descritas.
No  caso  de  opção  pelo Lucro Real,  a  alíquota  do PIS muda:  passa  de  0,65%  para  1,65%.  Já  a
alíquota da COFINS passa de 3% para 7,6% da Receita. Só que,neste caso, podem ser feitas deduções
da base de cálculo da Receita sobre alguns pagamentos  feitos a outras pessoas  jurídicas,diretamente
ligados  à  produção  dos  serviços,    com  o  que  a  alíquota  efetiva  passa  a  ser  inferior  a 1,65%  ou  a
7,6%. Essas deduções ou recuperações do chamado PIS não cumulativo e COFINS não cumulativa na
área de prestação de serviços acabam representando um percentual igual ou menor a 1,65% ou 7,6%,
dependendo dos custos de cada empresa.
Exemplos
1) Faturamento trimestral: R$ 200.000,00                                       (100%)
    Lucro Real Apurado:       R$  40.000,00                                         (20%)
TRIBUTO VALOR % S/ FAT
COFINS (7,6% X R$ 100.000,00) 7.600,00     3,8% (1)
PIS (1,65% X R$ 100.000,00) 1.650,00   0,82% (1)
IRPJ (15% X R$ 40.000,00) 6.000,00    3%
CSLL (9% X R$ 40.000,00) 3.600,00 1,8%
Totais 18.850,00 9,42
(1) Considerando deduções do PIS e COFINS não cumulativos de 50%.
2) Faturamento trimestral: R$ 300.000,00                                        (100%)
    Lucro Real Apurado:       R$  75.000,00                                          (25%)
13/03/2017 LUCRO PRESUMIDO ou LUCRO REAL
http://www.cebrasse.org.br/downloads/html/lucro_presumido_real.html 3/3
TRIBUTO VALOR % S/ FAT
COFINS (7,6% X R$ 150.000,00) 11.400,00     3,8% (1)
PIS (1,65% X R$ 150.000,00) 2.475,00   0,82% (1)
IRPJ (15% X R$ 60.000,00) 9.000,00 3,00%
IRPJ (25% X R$ 15.000,00) 3.750,00 1,25%
CSLL (9% X R$ 75.000,00 6.750,00 2,25%
Totais   11,12%
 (1) Considerando deduções do PIS e COFINS não cumulativos de 50%.
Quando optar
A opção pelo pagamento do IRPJ e da CSLL com base no Lucro Presumido ou no Lucro Real é feita
com  o  pagamento  do  DARF  da  1ª  parcela  do  IRPJ  trimestral  (Lucro  Presumido)  ou  mensal  ou
trimestral (Lucro Real) e é válida para todo o Ano Calendário, não podendo, pois, ser alterada em
qualquer mês do ano. Isso significa que o empresário deve consultar sua “bola de cristal” no início do
ano  para  poder  planejar  o  resultado  (Lucro  ou  Prejuízo)  do  ano  para  seu  negócio  e  fazer  a melhor
opção.
(*)  João  Aleixo  Pereira,  é  Sócio­Diretor  da  Aleixo  &  Associados  Contabilidade  e  Assessoria  Ltda.  (e­mail:
aleixo@aleixo.com.br)

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