Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA Campus Buritis ELEMENTOS DE MÁQUINAS II AULA 05 ELEMENTOS DIVERSOS DE EIXOS Estrias, Ajustes Cônicos e Ajustes de Pressão Prof. Luiz Brant ELEMENTOS DIVERSOS DE EIXOS O eixo é um membro rotativo, usualmente de seção transversal circular, usado para transmitir potência ou movimento. Ele provê rotação, ou oscilação, a elementos tais como engrenagens, polias, volantes, manivelas, rodas dentadas e similares. Para transmitir o movimento do eixo a esses elementos ou para outros eixos, é necessário um meio de transferência de torque: estrias, ajustes cônicos, acoplamentos, etc. ELEMENTOS DIVERSOS DE EIXOS Além de transmitir torque, muitos desses dispositivos são projetados para falhar caso o torque exceda limites operacionais aceitáveis, protegendo os componentes mais caros. Os elementos comuns de transferência de torque entre eixos ou entre eixo e engrenagens, polias, rodas dentadas, etc, são: Estrias Ajustes de Pressão e Contração Ajustes Cônicos Acoplamentos Parafusos de Fixação Chavetas Pinos e Cavilhas Cupilhas ou Contrapinos Anéis Elásticos (de retenção) ESTRIAS Quando é necessário transmitir mais torque do que aquele passado pelas chavetas, as estrias podem ser usadas como alternativa. Estrias são essencialmente “chavetas construídas nos eixos”, formadas pelo contorno externo do eixo e pelo contorno interno do cubo com formas semelhantes a dentes. Capacidade de Transmissão de Torque Parafusos de Fixação Chavetas e Pinos Estrias ESTRIAS Vantagens Transmissão de maior torque; Maior resistência à fadiga; Melhor alinhamento (balanceamento); Melhor estabilidade em altas rotações; Capacidade de acomodar grandes movimentos axiais. ESTRIAS Aplicações Indústria de Máquinas Ferramentas; Equipamentos Pesados; Automobilística. ESTRIAS Aplicações Automobilística ESTRIAS Tipos Dentes Retos (seção transversal quadrada) – ANSI, SAE e DIN ESTRIAS Tipos Dentes Retos (seção transversal quadrada) – ANSI, SAE e DIN 1. Ajuste Classe A: conexão permanente – para não ser movida após a instalação 2. Ajuste Classe B: acomoda deslizamento axial sem torque aplicado 3. Ajuste Classe C: acomoda deslizamento axial com carregamento de torque aplicado ESTRIAS Tipos Dentes Evolventes ou Involutas cubo eixo raiz di dr do dp Círculo primitivo se vazado • Ângulo de pressão 30º • Metade da profundidade de um dente de engrenagem padrão • Padronizadas de 6 a 50 dentes • Raiz plana ou filetada ESTRIAS Dimensionamento (por cisalhamento) cubo eixo raiz di dr do dp Círculo primitivo 2 .. ld A p cis 8 .. 4 2 .. . ld ld A p p realcis pd T F .2 t adm pp p realcis kld T ld d T A F .. 16 8 .. .2 2 . Segundo SAE, “a prática real da manufatura tem mostrado que devido às imprecisões no espaçamento e na forma do dente, o equivalente a 25% dos dentes está em contato” e, portanto: 5,25,1 .577,0 FS SS FS S FS S ysy sy adm y adm ESTRIAS Dimensionamento (por cisalhamento) t adm p kld T .. 16 2 • Para dentes retos • Para dentes evolventes 8,2tk EXEMPLO 01 Uma árvore com diâmetro de 36 mm, transmitindo uma potência de 10 kW a 1.500 rpm, terá 4 estrias de dentes retos, fresadas com raio de adoçamento de 1 mm, que permitem alojar um cubo deslizante. Deve-se dimensionar o comprimento das estrias sabendo que o eixo é feito em aço ABNT 1020 LQ com escoamento e = 200 MPa. Assuma um fator de segurança de 1,5. DIMENSIONAMENTO DE ESTRIAS AJUSTES CÔNICOS Ajustes cônicos são algumas vezes utilizados para montagem de componente de entrada ou de saída de potência na extremidade de um eixo. Em geral, uma ponta roscada e uma porca são usadas para forçar o aperto axial do cone. Geram boa concentricidade mas apenas moderada capacidade de transmissão de torque. AJUSTES DE INTERFERÊNCIA Ajustes de interferência entre um eixo e seus componentes podem ser usados efetivamente para minimizar a necessidade de ressaltos e ranhuras de chavetas. Pressão Causada pela Interferência: para um mesmo material: Capacidade de Torque da Junção: di d d do i i i i o o o o dd dd E d dd dd E d p 22 22 22 22 Poisondeecoeficient deelasticidademóduloE dd cuboeixo 22 2222 32 io io dd dddd d E p 2 .... 2dlp T cubodoocomprimentl atritodeecoeficient AJUSTES DE INTERFERÊNCIA As tensões desenvolvidas na interferência devem ser inferiores ao escoamento dos materiais envolvidos Tensões Radiais: Tensões Tangenciais: di d d do p p cubor eixor , , 22 22 , 22 22 , dd dd p dd dd p o o cubot i i eixot EXEMPLO 02 Uma engrenagem e um eixo com diâmetro nominal de 35 mm devem ser montados com um ajuste meio forçado H7/s6 (0 a +25 m / +43 m a +59 m). A engrenagem tem um cubo com um diâmetro externo de 60 mm e um comprimento global de 50 mm. O eixo é feito de aço AISI SAE 1020 estirado a frio (Sy = 390 MPa e Sut = 470 MPa) e a engrenagem é feita de aço endurecido completamente para prover Sy = 600 MPa e Sut = 700 MPa. Considerando um coeficiente de atrito entre os aços de 0,2, determine: a) As pressões máxima e mínima que podem ser sentidas na interface com as tolerâncias especificadas. b) Determine os fatores de segurança resguardando contra escoamento na montagem para o eixo e engrenagem, com base na teoria de falha da energia de distorção (Von Mises). VM = (1 2 – 12 + 2 2)1/2 a) Determine o torque máximo que a junção deve ser esperada transmitir sem deslizar, isto é, quando a pressão de interferência estiver em um mínimo para as tolerâncias especificadas. DIMENSIONAMENTO DE ESTRIAS
Compartilhar