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AULA ATOS ADMINISTRATIVOS

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ATOS ADMINISTRATIVOS
ATOS JURÍDICOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Se observarmos a atividade administrativa pública verificaremos que para atingir os fins que propõe, a Administração Pública como parte e como exercício de suas prerrogativas decorrentes da lei ou sob seu império, pratica uma serie de atos que são os Administrativos.
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Segundo o conceito elaborado por Hely Lopes Meirelles, “o ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”.
Maria Sylvia Di Pietro define ato administrativo como “declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder judiciário.
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CONDIÇÕES PARA O SURGIMENTO DO ATO ADMINISTRATIVO:
Que a Administração Pública haja sempre usando sua supremacia;
Que contenha manifestação de vontades apta a produzir efeitos jurídicos para os administrados, para a própria Administração e para os seus servidores;
Que provenha de agente competente, com finalidade pública e revestindo forma legal.
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PERFEICÃO, VALIDADE E EFICÀCIA:
PERFEITO – É o Ato Administrativo completo ou formado, quando nada lhe faltar. Seu processo de formação está concluído.
IMPERFEITO – É o Ato Administrativo inacabado, que não existe como entidade jurídica.
INEXISTENTE – É o que tem apenas aparência de ato. Possui apenas aparência de manifestação de vontade da Administração Pública, mas, em verdade não se origina de um agente público, mas de alguém que passa por tal condição.
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VÁLIDO – É o Ato Administrativo editado na conformidade da lei, na compatibilidade da lei ou da Constituição quando este ato e admitido.
INVALIDO – É o ato que afronta o ordenamento jurídico, que não se conforma ou não se compatibiliza.
EFICAZ – É o Ato Administrativo que permite a utilização dos efeitos para os quais está preordenado.
INEFICAZ – É o Ato Administrativo que aguarda a ocorrência de um termo, ou condição ou um ato de controle para que seus efeitos próprios sejam desencadeados.
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VIGÊNCIA E EFICÁCIA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
VIGÊNCIA – É o período de permanência do ato administrativo. E a dimensão temporal do ato.
EFICÁCIA – É a prontidão para produzir os efeitos que forem inerentes ao ato.
O saudoso professor Hely Lopes Meirelles ensina que
A eficácia e a idoneidade que se reconhece ao ato administrativo para produzir os efeitos específicos. Pressupõe, portanto, a realização de todas as fases e operações necessárias à formação do ato final, segundo o Direito Positivo Vigente. 
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Celso Antônio Bandeira de Mello ensina que
O ato administrativo é valido quando foi expedido em absoluta conformidade com as exigências do sistema normativo. Vale dizer, quando se encontra adequado aos requisitos estabelecidos pela ordem jurídica. Validade, pois, e a adequação do ato às exigências normativas.
perfeito, válido e eficaz:
Quando o ato observou todas as etapas necessárias à sua regular formação, foi expedido em conformidade com o ordenamento jurídico, e esta apto a produzir os efeitos que lhe forem próprios.
b)perfeito, válido e ineficaz:
Quando o ato, apesar de ter cumprido o ciclo para sua formação e estar em conformidade com o ordenamento jurídico, não puder produzir os seus efeitos próprios, por estarem estes sujeitos ao implemento de uma condição suspensiva ou de termo inicial.
c) perfeito, invalido e eficaz:
Quando o ato, apesar de ter cumprido o ciclo para a sua formação e estar apto a produzir os seus efeitos, foi praticado em inobservância das normas legais, ou seja, com o ordenamento jurídico.
d) perfeito, invalido e ineficaz:
Quando o ato, apesar de ter concluído regularmente o seu ciclo de formação, não observou as diretrizes existentes no ordenamento jurídico e seus efeitos não puderem ser produzidos, por dependerem de algum termo inicial ou condição suspensiva para a produção de seus efeitos.
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REQUISITOS OU CONDIÇÕES DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Competência: É o poder que a Lei outorga ao agente público para desempenho de suas funções.É o sujeito eleito pela Lei para a prática do ato, para o Direito Administrativo não é competente quem quer mais sim quem pode.
Finalidade: É o requisito que impõe que o ato administrativo seja praticado unicamente para um fim de interesse público, isto é no interesse da coletividade. Porém o ato que não atender a finalidade padece de vício, denominado desvio de finalidade, desvio de poder ou tresdestinação.
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Forma: É o revestimento do ato administrativo. É o modo pelo qual o ato aparece, revela, sua existência.
Motivo: É a circunstância de fato ou de direito que autoriza ou impõe ao agente público a pratica do ato administrativo.
Objeto: É a realidade sobre a qual se declara. È alguma coisa a qual incide o conteúdo do ato administrativo. É o próprio conteúdo material do ato.
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ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO:
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE – Os atos administrativos nascem com presunção de legitimidade independente de norma legal que a estabeleça. A presunção de legitimidade autoriza a imediata execução ou operatividade dos atos administrativos, mesmo arguidos de vício ou defeitos que levem á invalidade.
IMPERATIVIDADE – É o atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução. Os atos nascem sempre com imperatividade, ou seja, a imposição do ato pelo Poder Público.
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AUTO – EXECUTORIEDADE - É a qualidade do ato administrativo que dá ensejo à Administração Pública de direta e imediatamente executá-lo. Os atos administrativos para serem executados não necessitam recorrer ao Judiciário.
 
EXIGIBILIDADE - É a qualidade do ato administrativo que impele o destinatário á obediência das obrigações por ele impostas, sem necessidade de qualquer apoio judicial.
TIPICIDADE - Para a profª. Maria Sylvia, “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definitivas pela lei como aptas a produzir determinados resultados.
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CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
Quanto à Natureza da Atividade Administrativa: 
De Administração Ativa – São os atos que criam uma utilidade pública.
De Administração Consultiva – São os atos que informam, esclarecem ou sugerem providências necessárias à prática dos atos administrativos.
De Administração Controladora – São os atos que impedem ou permitem a produção dos atos de Administração ativa.
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4) De Administração Verificadora – São atos que apuram a existência de uma situação de fato ou de direito.
5) De Administração Contenciosa – São os que decidem, no âmbito da Administração Pública os assuntos de natureza litigiosa. 
Quanto à Natureza do Conteúdo:
Concretos – São atos que dispõem para um único e específico caso, e nessa aplicação esgotam-se.
2) Abstratos – Também chamados de normativos, atos que dispõem para casos que possam repetir-se.
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Quanto aos Destinatários do Ato:
Individuais – São os atos que tem destinatários certos e determinados.
Se divide em:
Singulares – Se o destinatário nominado é um só;
Plural – Se os destinatários nominados são vários.
2) Gerais – Os que tem por destinatários um grupo de pessoas inominadas, ligadas por uma situação.
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Quanto ao grau de liberdade da Administração Pública para decidir:
Vinculados – São os atos praticados pela Administração Pública sem a menor margem de liberdade. São os atos da Administração vinculados na Lei executando
o que a Lei manda.
2) Discricionários – São os atos praticados pela Administração Pública com certa margem de liberdade.
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Quanto à formação da vontade:
Simples – São aqueles que decorrem da manifestação da vontade de um só órgão, seja ele singular ou colegiado.
2) Complexos – São os atos resultantes da conjugação de vontades de órgãos diversos.
3) Compostos – São aqueles que resultam da manifestação também de dois ou mais órgãos, onde a manifestação de vontade de um único órgão deverá ser verificada por um segundo órgão.
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Quanto aos efeitos:
Constitutivos – São os que implantam uma nova situação Jurídica, produzindo um exame novo, ou que modificam ou extinguem a situação existente.
Declaratórios – São os atos que afirmam a existência de uma situação de fato ou de direito.
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Quanto á abrangência dos efeitos:
1) Internos – São os que preordenam a produzir efeitos 
apenas no interior da Administração Pública.
2) Externos – São os que predestinam a produzir efeitos além do interior da Administração Pública, alcançando por conseguinte, terceiros.
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VÍCIOS DO ATO ADMINISTRATIVO:
Os vícios no Direito Administrativo, assim como no Direito Civil, podem atingir os cinco elementos do ato: a competência, a forma, o objeto, o motivo e a finalidade.
No tocante à competência, os principais vícios são:
Excesso de poder – que se caracteriza quando o agente excede os limites de sua competência. É uma espécie de abuso de poder.
Usurpação de função – usurpar significa exercer indevidamente uma função, e ocorre quando alguém pratica determinado ato sem estar investido para tanto.
Função “de fato” – esse tipo de vício ocorre quando o agente que pratica determinado ato está irregularmente investido no cargo ou função, apesar da situação aparentar legalidade.
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Quanto ao objeto, este sempre deverá ser;
Lícito;
Possível;
Moral;
Determinado.
Assim será nulo o ato que:
for proibido por lei;
for diverso do previsto em lei para um caso determinado;
for impossível de ser realizado;
for imoral;
for incerto quanto aos destinatários. 
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Quanto a forma, constitui nulidade a inobservância total ou parcial da forma em um determinado ato.
Com relação aos motivos, estes também acarretam o vício do ato quando não presentes ou ainda, se presentes, forem falsos.
Com relação a finalidade, o ato estará viciado quando ocorrer desvio de poder ou finalidade, que se dá quando o agente pratica um ato visando a determinado fim diverso do previsto.
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EXTERIORIZAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO:
1) Decreto – È a fórmula segundo o qual os chefes dos Poderes Executivos veiculam atos administrativos de suas respectivas competências. È a forma por meio do qual se revestem os atos administrativos normativos, de efeitos individuais ou gerais, de competência privativa do chefe do Poder Executivo. Os Decretos podem ser dirigidos a todas as pessoas que se encontrem na mesma posição, como também a uma pessoa ou a um grupo de pessoas determinadas.
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2) Portaria – É a fórmula pela qual as autoridades de qualquer escalão de comando, desde que inferiores ao Chefe do Executivo, expedem orientações gerais ou especiais aos respectivos subordinados ou designam servidores para desempenho de certas funções, ou, ainda, determinam a abertura de sindicância e inquérito administrativo. 
3) Alvará – È a fórmula segunda a qual a Administração Pública expede autorização e licença para a prática de ato ou para o exercício de certa atividade material. È o meio hábil para que a administração pública conceda licença ou autorização para a prática de ato ou exercício de uma determinada atividade, sujeitos ao poder de polícia do Estado. O alvará é a forma, da qual a licença ou autorização é o conteúdo.
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4) Aviso – È a fórmula utilizada pelos Ministros, notadamente os Militares, para prescreverem orientação aos respectivos subordinados sobre assuntos de seus ministérios.
5) Circular – È a fórmula mediante a qual os superiores transmitem ordens uniformes aos respectivos subordinados sobre certo serviço. È o meio de transmissão de ordens escritas, de caráter uniforme, das autoridades aos seus subordinados.
6) Ordem de serviço – È a fórmula com que os superiores transmitem, aos respectivos subordinados, a maneira de ser conduzido certo serviço, no que respeita aos aspectos administrativos e técnicos.
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7) Resolução – È a fórmula de que se valem os Órgãos Colegiados para manifestar suas deliberações em assuntos da respectiva competência ou para dispor sobre seu próprio funcionamento. São atos normativos expedidos pelas altas autoridades do Executivo, ou pelos presidentes de Tribunais, Órgãos Legislativos e Colegiados Administrativos, para disciplinar matéria de sua competência exclusiva.
8) Ofício – È a fórmula com que os agentes públicos procedem às necessárias comunicações de caráter administrativo ou social.
9) Despacho – È a fórmula com a qual a Autoridade Administrativa manifesta decisões finais e interlocutórias em processos submetidos á sua apreciação. È o ato administrativo ordinário que contém uma decisão proferida pela Autoridade Administrativa sobre questão de interesse individual ou coletivo que fora levado à sua apreciação.
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10) Parecer – È a fórmula segundo a qual certo Órgão ou Agente Consultivo expede opinião técnica sobre matéria submetida á sua apreciação.
11) Certidão – È a fórmula pela qual são veiculados os meros atos administrativos. È documento público resumido ou de inteiro teor que retrata o conteúdo do ato, fato ou comportamento certificado e que seja do conhecimento da Administração Pública ou que por qualquer razão esteja nos seus arquivos.
12) Autorização – È um ato unilateral e discricionário da Administração Pública que faculta ao particular o desempenho de sua atividade ou de determinado ato.
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13) Licença – A licença é um ato administrativo negocial unilateral, vinculado e definitivo, pelo qual a Administração Pública concede ao particular, que preencher certos requisitos o exercício de uma atividade.
14) Permissão – È um ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Púbica faculta ao particular a execução de serviço público ou utilização privativa de bem público.
15) Homologação – È o ato administrativo unilateral, vinculado e de controle, realizado a posteriori, onde a Administração Pública reconhece a legalidade do ato ou do procedimento.
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16) Admissão – È o ato administrativo unilateral e vinculado pela qual a Administração Pública reconhece ao administrado que preencha os requisitos predeterminados pela lei o direito à prestação de um determinado serviço público.
17) Aprovação – È o ato negocial e unilateral que irá promover o controle do mérito e da legalidade do ato administrativo.
Esse controle poderá ser feito pela Administração Pública antes ou depois da expedição do ato, analisando-se de forma discricionária, os aspectos de conveniência e oportunidade e, de forma vinculada, a legalidade do ato.
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EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO:
Os atos administrativos extinguem-se, de acordo com a tradicional classificação de Celso Antonio Bandeira de Mello, por:
Cumprimento de seus efeitos;
Desaparecimento do sujeito ou do objeto;
Mera retirada, que divide em:
c.1 – revogação – a qual ocorre por razoes de oportunidade e conveniência. Há um pressuposto indispensável à autorizar a revogação, o qual consiste em fato superveniente à prática do ato que venha a alterar a situação preexistente;
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C.2) Invalidação (ou anulação) – é o desfazimento do ato por razões de ilegalidade, podendo ser proferida de ofício
pela Administração Pública ou de forma provocada pelo interessado por meio do Poder Judiciário;
C.3) Cassação – a qual ocorre pelo descumprimento de condições estabelecidas juridicamente por parte do destinatário;
C.4) Caducidade – quando uma norma jurídica nova torna inadmissível a situação antes permitida pelo direito e concretizada pelo ato precedente; 
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Anulaçãodo ato administrativo
Retirada do ato em decorrência de sua ilegalidade .
Efeitosextunc.
Revogação do ato administrativo
Retirada do ato em razão de sua inconveniência/inoportunidade.
Efeitosexnunc.
Cassação do ato administrativo
Retirada do ato em razão de descumprimento de condição pelo beneficiário.
Efeitosexnunc.

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