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Direito Administrativo - Atos Administrativos

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DIREITO ADMINISTRATIVO
PROF. LUCAS MARTINS
@proflucasmartins (instagram)
www.youtube.com/proflucasmartins
www.facebook.com/proflucasmartins
ATOS ADMINISTRATIVOS
ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Considerações Iniciais
2. Requisitos (Elementos)
3. Planos de Constituição
4. Atributos
5. Extinção
6. Classificações
7. Espécies
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
❑ Teoria do Fato Jurídico
❑ Ato Administrativo X Ato da Administração
❑ Conceito de Ato Administrativo
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO
Trata-se de “toda manifestação unilateral de vontade
da Administração Pública que, agindo nessa
qualidade, tenha por fim imediato adquirir,
resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a
si própria".
HELY LOPES MEIRELLES
CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO
Trata-se da "manifestação de vontade do Estado, por seus
representantes, no exercício regular de suas funções, ou
por qualquer pessoa que detenha, nas mãos, fração de
poder reconhecido pelo Estado, que tem por finalidade
imediata criar, reconhecer, modificar, resguardar ou
extinguir situações jurídicas subjetivas, em matéria
administrativa".
JOSÉ CRETELLA JUNIOR
CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO
Trata-se da "declaração do Estado (ou de quem lhe faça
as vezes - como, por exemplo, um concessionário de
serviço público) no exercício de prerrogativas públicas,
manifestada mediante providências jurídicas
complementares da lei, a título de lhe dar cumprimento, e
sujeitos a controle de legitimidade por órgão jurisdicional".
CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO
CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO
Trata-se da “declaração do Estado ou de quem o
represente, que produz efeitos jurídicos imediatos,
com observância da lei, sob regime jurídico de direito
público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário".
MARIA SYLVIA ZANELLA DE PIETRO
2. REQUISITOS (ELEMENTOS)
2. REQUISITOS (ELEMENTOS)
2.1. Competência
2.2. Finalidade
2.3. Forma
2.4. Motivo
2.5. Objeto
2.1. COMPETÊNCIA
2.1. COMPETÊNCIA
❑ “Sujeito competente”
❑ Características
a) Primária
b) Irrenunciável
c) Imprescritível
d) Improrrogável
2.1. COMPETÊNCIA
❑ Elemento sempre vinculado
❑ Vício sanável (admite convalidação)
➢ Exceção: competência exclusiva (vício insanável)
2.1. COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce
pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como
própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência
a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica,
jurídica ou territorial.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à
delegação de competência dos órgãos colegiados aos
respectivos presidentes.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação
deverão ser publicados no meio oficial.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
§1º - O ato de delegação especificará as matérias e
poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a
duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
podendo conter ressalva de exercício da atribuição
delegada.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
§2º - O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela
autoridade delegante.
§3º - As decisões adotadas por delegação devem mencionar
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas
pelo delegado.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por
motivos relevantes devidamente justificados, a
avocação temporária de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas
divulgarão publicamente os locais das respectivas
sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional
competente em matéria de interesse especial.
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
➢ Lei 9.784/99
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o
processo administrativo deverá ser iniciado perante a
autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
RESPONSABILIDADE DELEGATÁRIO
Súmula 510, STF
Praticado o ato por autoridade, no exercício de
competência delegada, contra ela cabe o mandado
de segurança ou a medida judicial.
2.2. FINALIDADE
2.2. FINALIDADE
❑ “O que se busca com o ato”
❑ Espécies
a) Finalidade Genérica
b) Finalidade Específica
❑ Elemento sempre vinculado
❑ Vício insanável (não admite convalidação)
❑ Tredestinação lícita (desapropriação)
2.2. FINALIDADE
2.3. FORMA
2.3. FORMA
❑ “Como o ato é praticado”
❑ Princípio da Solenidade das Formas
➢ Exceções: ato verbal; ato gestual; símbolos
❑ Elemento sempre vinculado
❑ Vício sanável (admite convalidação)
➢ Exceção: forma essencial à validade do ato
❑ Silêncio Administrativo
2.3. FORMA
2.4. MOTIVO
2.4. MOTIVO
❑ Pressuposto fático e jurídico
❑ Elemento vinculado ou discricionário
❑ Vício insanável (não admite convalidação)
❑ Motivo X Motivação
❑ Teoria dos Motivos Determinantes
2.4. MOTIVO
ATOS QUE DEVEM SER MOTIVADOS
➢ Lei 9.784/99
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser
motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
ATOS QUE DEVEM SER MOTIVADOS
➢ Lei 9.784/99
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou
sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso
ou seleção pública;
ATOS QUE DEVEM SER MOTIVADOS
➢ Lei 9.784/99
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo
licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
ATOS QUE DEVEM SER MOTIVADOS
➢ Lei 9.784/99
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios
oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo.
ATOS QUE DEVEM SER MOTIVADOS
➢ Lei 9.784/99
§1º - A motivação deve ser explícita, clara e
congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores
pareceres, informações, decisões ou propostas, que,
neste caso, serão parte integrante do ato.
ATOS QUE DEVEM SER MOTIVADOS
➢ Lei 9.784/99
§2º - Na solução de vários assuntos da mesma
natureza, pode ser utilizado meio mecânico que
reproduza os fundamentos das decisões, desde que
não prejudique direito ou garantia dos interessados.
ATOS QUE DEVEM SER MOTIVADOS
➢ Lei 9.784/99
§3º - A motivação das decisões de órgãos colegiados
e comissões ou de decisões orais constará da
respectiva ata ou de termo escrito.
2.5. OBJETO
2.5. OBJETO
❑ Efeito principal que o ato produz (conteúdo)
❑ Elemento vinculado ou discricionário
❑ Vício insanável (não admite convalidação)
❑ Efeitos secundários/acidentais/acessórios
➢ Efeito Reflexo
➢ Efeito Prodrômico
3. PLANOS DE CONSTITUIÇÃO
3. PLANOS DE CONSTITUIÇÃO
3.1. Perfeição
3.2. Validade
3.3. Eficácia
4. ATRIBUTOS
4. ATRIBUTOS
4.1. Presunção de Legitimidade
4.2. Presunção de Veracidade
4.3. Tipicidade
4.4. Imperatividade
4.5. Coercibilidade
4.6. Autoexecutoriedade
4. ATRIBUTOS
5. EXTINÇÃO
5. EXTINÇÃO
5.1. Natural
5.2. Renúncia
5.3. Desaparecimento do Sujeito ou do Objeto
5.4. Retirada
5.4. EXTINÇÃO POR RETIRADA
a) Anulaçãob) Revogação
c) Cassação
d) Caducidade
e) Contraposição
5.4. EXTINÇÃO POR RETIRADA
Anulação Revogação 
Ato inválido Ato válido 
Ato vinculado ou discricionário Ato discricionário 
Por parte da Administração ou 
do Poder Judiciário 
Apenas por parte da Administração 
Efeito retroativo 
(“ex tunc”)
Efeito não retroativo/prospectivo 
(“ex nunc”)
Prazo decadencial de 5 anos da prática –
boa fé do terceiro
(Art. 54, Lei 9.784/99) 
Não há prazo decadencial 
5.4. EXTINÇÃO POR RETIRADA
➢ Lei 9.784/99
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios
atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
5.4. EXTINÇÃO POR RETIRADA
Súmula 473, STF
A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.
5.4. EXTINÇÃO POR RETIRADA
➢ Lei 9.784/99
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis
para os destinatários decai em cinco anos, contados
da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
5.4. EXTINÇÃO POR RETIRADA
➢ Lei 9.784/99
§1º - No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de
decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§2º - Considera-se exercício do direito de anular qualquer
medida de autoridade administrativa que importe impugnação
à validade do ato.
5.4. EXTINÇÃO POR RETIRADA
➢ Lei 9.784/99
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem
lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os
atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
5.4. EXTINÇÃO POR RETIRADA
➢ Atos que não admitem revogação
Atos inválidos, atos vinculados, atos consumados,
atos praticados no bojo de processos administrativos,
atos declaratórios, atos enunciativos (certidões,
atestados, apostilas, pareceres), etc.
6. CLASSIFICAÇÕES
6. CLASSIFICAÇÕES
6.1. Quanto ao grau de Liberdade
6.2. Quanto aos Destinatários
6.3. Quanto à Estrutura
6.4. Quanto ao Resultado na Esfera Jurídica
6.5. Quanto à Formação
6.6. Quanto ao Objeto
6.7. Quanto aos Efeitos
6.8. Quanto ao Alcance
6.1. QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE
Atos Vinculados Atos Discricionários 
Ato que possui todos seus elementos
objetivamente definidos em lei. A lei não
confere ao agente nenhuma margem de
escolha, devendo o agente se sujeitar às
determinações da lei. Nos atos vinculados,
portanto, a lei não confere qualquer grau de
liberdade ao agente. É o que ocorre, por
exemplo, com o ato de licença e com o ato de
aposentadoria compulsória.
Ato que não possui todos seus elementos
objetivamente definidos em lei. A lei confere
ao agente margem de escolha quanto ao
elemento motivo ou quanto ao elemento
objeto, para que aquele julgue o que reputa
mais conveniente/oportuno (mérito
administrativo) dentro dos limites legais. Nos
atos discricionários, portanto, a lei confere
certo grau de liberdade ao agente. É o que
ocorre, por exemplo, com o ato de
autorização e com o ato de permissão.
6.2. QUANTO AOS DESTINATÁRIOS
Atos Individuais Atos Gerais
Aqueles que são destinados a uma pessoa
determinada ou a um grupo de pessoas
determinadas. Trata-se de ato onde se pode
individualizar seu (seus) destinatário (destinatários).
É o que ocorre, por exemplo, com a demissão de um
servidor ou com a nomeação de dez candidatos
aprovados em um determinado concurso público.
Perceba que pouco importa se o ato é destinado a
uma ou a mais pessoas. Para ser ato individual, não é
preciso que o ato seja destinado a uma única pessoa.
Precisa que se tenha como individualizar a pessoa ou
as pessoas a quem o ato é destinado.
Aqueles que são destinados a pessoas
indeterminadas. Trata-se de ato onde não se pode
individualizar seus destinatários. É o que ocorre, por
exemplo, com o edital de um concurso público ou
com uma circular disciplinando a forma de utilização
do estacionamento de uma determinada unidade
administrativa. A Administração descreve uma
determinada situação fática e todos aqueles que se
adequarem à situação prevista no ato deverão
respeitá-lo. Dessa forma, não é aquele que diz
respeito a mais de um indivíduo, mas aquele que não
individualiza aquele(s) que será(ão) por ele
atingido(s).
6.3. QUANTO À ESTRUTURA
Atos Concretos Atos Abstratos
São atos praticados para produzirem efeitos em uma
única aplicação, isto é, em um único caso concreto.
O ato esgota/exaure seus efeitos numa só aplicação.
É o que ocorre, por exemplo, com o ato de multa.
Depois que o apenado vem a pagá-la, ela deixa de
existir. Outro bom exemplo é o ato de demissão.
Despois que o servidor é demitido o ato deixa de
existir.
São atos praticados para produzirem efeitos em mais
de uma aplicação, isto é, em mais de um caso
concreto. O ato abstrato produzirá efeito até que
outro ato venha a retirá-lo do mundo jurídico. É o
que ocorre, por exemplo, com o ato de circular
determinando o horário de funcionamento de uma
unidade administrativa ou o regulamento que proíbe
de estacionar e uma determinada via pública.
6.4. QUANTO AO RESULTADO NA ESFERA
JURÍDICA
Atos Ampliativos Atos Restritivos 
Atos que ampliam, isto é, aumentam a esfera
jurídica do destinatário, concedendo a ele
basicamente direitos, vantagens, prerrogativas. Em
uma palavra simples, é um ato “bom” para o
destinatário. É o que ocorre, por exemplo, com os
atos negociais em geral (licença; autorização;
permissão; admissão; etc).
Atos que restringem, isto é, diminuem a esfera de
ação jurídica do destinatário ou lhe impõem deveres,
obrigações, proibições, etc. Em uma palavra simples,
é um ato “ruim” para o destinatário. É o que ocorre,
por exemplo, com os atos punitivos em geral
(interdição; demissão; multa; apreensão; suspensão;
cassação; etc).
6.5. QUANTO À FORMAÇÃO
a) Atos Simples
b) Atos Complexos
c) Atos Compostos
A) ATOS SIMPLES
Atos que dependem de uma única manifestação de vontade de
um só órgão, seja ele órgão singular (um só agente), seja ele órgão
colegiado (mais de um agente). É dizer, uma única manifestação de
vontade de um só órgão já faz com que o ato esteja formado. É o
que ocorre, por exemplo, com um despacho, uma deliberação de
um determinado Conselho ou a licença expedida para dirigir veículo
automotor. Os atos complexos e compostos dependerão de mais de
uma vontade de mais de um órgão.
B) ATOS COMPLEXOS
Atos que dependem de mais de uma vontade de, pelo menos, dois
órgãos diferentes. Aqui as diferentes vontades se unem para a formação
de um único ato. Há quem sustente que as vontades devem ser de
órgãos independentes entre si. Dessa forma, o ato complexo seria aquele
em que se somam duas ou mais vontades absolutamente
independentes (vontade 1 + vontade 2, por exemplo) para a prática de
um único ato. É o que ocorre, por exemplo, com o ato de aposentadoria,
onde a vontade do órgão no qual trabalha o servidor se une à vontade do
respectivo tribunal de contas para a formação do ato.
B) ATOS COMPLEXOS
É o que ocorre, também, com a nomeação de dirigente de uma
agência reguladora, onde a vontade do chefe do poder executivo
(Presidente da República, se for entidade federal) se une à vontade
da respectiva casa legislativa (Senado Federal) para a formação do
ato.
C) ATOS COMPOSTOS
Atos que dependem de mais de uma vontade de, pelo menos, dois órgãos
diferentes (assim como ocorre com os atos complexos). Entretanto, ao
contrário dos atos complexos, onde há mais de uma vontade pra a formação
de um único ato, aqui haverá mais de um ato para a formação de um novo
ato. É dizer, aqui cada órgão irá praticar um ato diferente (o primeiro
chamado de ato principal e o segundo de ato acessório) que juntos irão
formar um terceiro ato. Há quem sustente ainda que, ao contrário dos atoscomplexos (onde as vontades são independentes), nos atos compostos as
vontades são dependentes entre si (daí se falar em ato principal e ato
acessório).
C) ATOS COMPOSTOS
São vontades proferidas geralmente por órgãos que integram um mesmo
órgão, porém em patamar de hierarquia diferente (órgão de recursos
humanos e órgão de direção da Receita Federal do Brasil, por exemplo) .
Dessa forma, o ato composto seria aquele em que se somam dois ou mais
atos (ato 1 + ato 2) para a formação de um novo ato (ato 3). É o que ocorre,
por exemplo, com atos que ficam sujeitos a um visto ou a uma homologação
de outras autoridades, que verificação se o primeiro ato (principal) foi
praticado de forma válida. Perceba que, no caso, o visto ou a homologação
são atos que apenas ratificam (atos acessórios) as vontades manifestadas
em atos anteriores (atos principais).
6.6. QUANTO AO OBJETO
Atos de Império Atos de Gestão Atos de Expediente
Atos praticados pela
Administração Pública em posição
de superioridade (jus imperium)
ao particular (relação vertical). São
atos que a Administração pratica
amparada por normas de direito
público que a ela conferem
prerrogativas não estendidas ao
particular. É o que ocorre, por
exemplo, com a desapropriação de
um particular, com a interdição de
um estabelecimento, com a multa
aplicada a um condutor infrator.
Atos praticados pela
Administração Pública em posição
de igualdade com o particular
(relação horizontal). São atos que
a Administração pratica amparada
por normas de direito privado,
sem prerrogativas, portanto. É o
que ocorre, por exemplo, com a
alienação de um bem ao particular
ou com o aluguel de um imóvel de
algum particular.
Trata-se de posicionamento
isolado do professor Hely Lopes
Meirelles. De acordo com o autor,
são atos praticados por agentes
subalternos que manifestam
simples rotina interna, conferindo
andamento à atividade
administrativa, sem expressar
qualquer manifestação de
vontade. É o que ocorre, por
exemplo, com o ato de protocolo.
6.7. QUANTO AOS EFEITOS
a) Atos Constitutivos
b) Atos Declaratórios
A) ATOS CONSTITUTIVOS
São aqueles que constituem, isto é, que fazem nascer uma nova situação
jurídica, seja produzindo-a originariamente, seja extinguindo-a ou modificando
situação anterior. É o que ocorre, por exemplo, com a autorização concedida para
que um particular faça uso privativo de um bem público. Até a prática do ato, ele
não tinha esse direito. Com a prática do ato, esse direito nasce, isto é, o ato
constitui uma nova situação jurídica, no caso, produzindo-a originariamente. Outro
exemplo seria a demissão de um servidor. Até a prática do ato, o servidor tinha
direito à permanência no cargo. Com a prática do ato, perde o direito, isto é, mais
uma vez, tem-se um ato constituindo uma nova situação jurídica, entretanto, no
caso, para extinguir algo preexistente.
B) ATOS DECLARATÓRIOS
São aqueles não constituem nenhuma nova situação jurídica, pois apenas
afirmam a preexistência de uma situação anterior. É o que ocorre, por exemplo,
com a aposentadoria compulsória de um determinado servidor, após alguns dias
da data em que completou 75 anos de idade. Ele estará aposentado desde o dia
em que completou a idade da compulsória, muito embora sua aposentadoria
apenas passe a produzir efeitos após a prática do ato que venha a declarar sua
aposentadoria. É o que ocorre também com o ato de anulação. O ato anulado já é
inválido desde sua origem, porém os efeitos da invalidez apenas passam a existir
quando um segundo ato vem a declarar sua invalidade.
B) ATOS DECLARATÓRIOS
Vale destacar, portanto, os atos declaratórios possuem efeito retroativo.
Outro bom exemplo de ato declaratório, para parte da doutrina , seria o ato
de certidão atestando com um determinado contribuinte está quite com
suas obrigações tributárias. O ato não constitui nenhuma nova situação,
mas, tão somente, afirma algo a ele pré-existente. Perceba que, em todas
situações, o ato declaratório ao afirmar uma situação pré-existente produz
efeito retroativo.
6.8. QUANTO AO ALCANCE
Atos Internos Atos Externos 
Produzem efeitos dentro da estrutura da
Administração Pública responsável por sua edição,
estabelecendo normas que obrigam os agentes e
órgãos de determinado ente estatal (seja integrante
da Administração Direta ou Indireta). Exatamente por
se destinarem apenas ao âmbito interno, em regra,
não dependem de publicação em órgão oficial. É o
que ocorre, por exemplo, com uma ordem de serviço
que divide a atividade de um órgão entre seus
servidores, um memorando de comunicação entre
setores diferentes de um mesmo órgão, ou uma
circular exigindo que os servidores de uma
determinada unidade administrativa venham
trabalhar de farda.
Produzem efeitos fora da estrutura da
Administração Pública responsável por sua edição,
estabelecendo normas destinadas a pessoas a ela
estranhas (terceiros/particulares). Exatamente por se
destinarem a pessoas estranhas à Administração,
dependem de publicação em órgão oficial. É o que
ocorre, por exemplo, com a admissão de um
aprovado no Enem para estudar numa universidade
pública, ou com a licença concedida a um particular
que veio a cumprir os requisitos legais para dirigir
veículo automotor.
7. ESPÉCIES
7. ESPÉCIES
7.1. Atos Normativos
7.2. Atos Ordinatórios
7.3. Atos Negociais
7.4. Atos Enunciativos
7.5. Atos Punitivos
7.1. ATOS NORMATIVOS
a) Decreto
b) Regulamento
c) Instrução Normativa
d) Resolução
e) Regimento
f) Deliberação
A) DECRETO
Ato de competência exclusiva do Chefe do Executivo.
Divide-se em: a) decreto regulamentar (executivo) –
explica a lei e facilita sua execução, detalhando seus
mandamentos e orientando sua aplicação; b) decreto
autônomo – dispõe sobre a matéria ainda não
regulada especificamente em lei.
B) REGULAMENTO
Assim como o decreto, também é de competência
exclusiva do Chefe do Executivo. É ato que é posto
em vigência através de um decreto, ora para
especificar os mandamentos da lei, ora para prover
situações ainda não disciplinares por lei.
C) INSTRUÇÃO NORMATIVA
Ato expedido pelos Ministros de Estado ou por alguns
órgãos superiores (Receita Federal do Brasil, por
exemplo) para a execução das leis, dos decretos e
dos regulamentos.
D) RESOLUÇÃO
Ato expedido pelas altas autoridades do Poder
Executivo (menos pelo Chefe do Executivo) ou pelos
Presidentes dos Tribunais, dos Órgãos Legislativos
(Câmara, Assembleia, Senado, etc) e Colegiados,
para disciplinar matéria de sua competência
específica.
E) REGIMENTO
Ato de atuação interna, pois se destina a disciplinar o
funcionamento de órgãos colegiados e de
corporações legislativas.
F) DELIBERAÇÃO
Ato decisório expedido por órgãos colegiados.
7.2. ATOS ORDINATÓRIOS
7.2. ATOS ORDINATÓRIOS
a) Portaria
b) Circular
c) Ordem de Serviço
d) Aviso
e) Memorando
f) Ofício
g) Despacho
h) Instrução
i) Provimento
A) PORTARIA
Ato administrativo interno e individual, pois, em regra,
destina-se a pessoas determinadas. É o que ocorre,
por exemplo, com uma portaria concedendo férias a
cinco servidores, nomeando dez candidatos,
exonerando um determinado servidor, etc.
B) CIRCULAR
Ato administrativo interno e geral, pois é destinado a pessoas
indeterminadas. É, portanto, ato utilizado para expedir normas internas
uniformes, não se referindo a indivíduos específicos, mas a todos
aqueles que se adequarem a determinada situação fática. É o que
ocorre, por exemplo, com a circular que estabelece o horário de
funcionamento da repartição, a forma de utilização das garagens do
estacionamento, determinado que os servidores de determinado órgão
não podem trabalhar de bermuda, etc.
C) ORDEM DE SERVIÇO
Determinação especial dirigida aos responsáveis por
obras ou serviços públicos, autorizando seu início, ou
contendo imposições de caráter administrativo ou
especificações técnicas sobre o modo e a forma de
realização. Exemplo: setor X deverá executar
atividade A.
D) AVISO
Ato emanadopor Ministros de Estado a respeito de
assuntos ligados aos Ministérios.
E) MEMORANDO
Ato de comunicação interna entre agentes de um
mesmo órgão.
F) OFÍCIO
Ato de comunicação externa entre agentes de órgãos
diferentes ou entre a Administração e alguma
entidade privada (banco, por exemplo).
G) DESPACHO
Decisão que as autoridades proferem em papéis,
requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação.
H) INSTRUÇÃO
Ordem escrita e geral a respeito do modo e forma de
execução de determinado serviço público, expedida
pelo superior hierárquico com o escopo de orientar os
subalternos no desempenho das atribuições que lhe
são afetas.
I) PROVIMENTO
Ato interno, contendo determinações e instruções
que a Corregedoria ou os Tribunais expedem para a
regularização e uniformização dos serviços,
especialmente os da Justiça.
7.3. ATOS NEGOCIAIS
7.3. ATOS NEGOCIAIS
a) Licença
b) Autorização
c) Permissão
d) Admissão
e) Visto
7.3. ATOS NEGOCIAIS
f) Homologação
g) Dispensa
h) Renúncia
i) Aprovação
j) Protocolo Administrativo
A) LICENÇA
É decorrência do poder de polícia. Trata-se de ato vinculado
e definitivo através do qual a Administração, verificando que
o particular atendeu aos requisitos legais, faculta-lhe o
desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais
antes a ele vedados. É o que ocorre, por exemplo, quando é
expedida uma licença para construção ou reforma de uma
casa.
B) AUTORIZAÇÃO
Pode decorrer do (1) poder de polícia (assim como a
licença) ou ser utilizada para possibilitar o (2) uso
privativo (especial) de determinado bem público. Em
qualquer dos dois casos, a autorização será sempre
ato discricionário e precário e é nisso que difere
da licença.
C) PERMISSÃO
Ato utilizado para possibilitar o uso privativo (especial) de
determinado bem público. Assim como a autorização pra uso de bem
público, a permissão também é ato discricionário e precário. A
diferença entre eles reside no seguinte: a) na autorização para uso
de bem público o interesse público é reduzido e a utilização é
transitória (utilização da praia para a realização de um casamento; b)
na permissão para uso de bem público, o interesse público é maior e
a utilização é duradoura (construção de uma banca de jornal numa
praça).
D) ADMISSÃO
Ato vinculado pelo qual o Poder Público, verificando a
satisfação de todos os requisitos legais pelo
particular, defere-lhe determinada situação jurídica de
seu exclusivo ou predominante interesse.
E) VISTO
Ato pelo qual o Poder Público controla outro ato da
própria Administração ou do administrado, aferindo
sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade.
F) HOMOLOGAÇÃO
Ato de controle pelo qual a autoridade superior
examina a legalidade e a conveniência de ato
anterior da própria Administração, de outra entidade
ou de particular, para dar-lhe eficácia. Trata-se de ato
vinculado.
G) DISPENSA
Ato que exime o particular do cumprimento de
determinada obrigação até então exigida por lei. É o
que ocorre, por exemplo, quando o particular vem a
ser eximido do serviço militar obrigatório.
H) RENÚNCIA
Ato pelo qual o Poder Público extingue
unilateralmente um crédito ou um direto próprio,
liberando a pessoa obrigada perante a
Administração.
I) APROVAÇÃO
Ato pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e
o mérito de outro ato ou de situações e realizações
materiais de seus próprios órgãos, de outras
entidades ou de particulares, dependentes de seu
controle. É ato discricionário.
J) PROTOCOLO ADMINISTRATIVO
Ato através do qual o Poder Público acerta com o
particular a realização de determinado
empreendimento ou atividade ou a abstenção de
certa conduta, no interesse recíproco da
Administração e do administrado.
7.4. ATOS ENUNCIATIVOS
7.4. ATOS ENUNCIATIVOS
a) Certidão
b) Atestado
c) Apostila
d) Parecer
A) CERTIDÃO
É ato através do qual a Administração comprova algo que já está
registrado em algum processo, livro ou documento presente na
repartição. Nasce uma criança, por exemplo, e esse fato é
registrado no cartório. Para comprovar esse nascimento, é
expedida uma certidão comprovando uma situação já registrada (o
nascimento). Particular que pretende provar que contribuiu por dez
anos para o regime geral da previdência pede que a Administração
emita, mais uma vez, certidão, pois a situação (dez anos de
contribuição) já está registrada.
B) ATESTADO
É ato através do qual a Administração comprova algo que
ainda não está registrado em qualquer processo, livro ou
documento. Servidor que pretende comprovar que está doente
para gozar de licença para tratamento de saúde. Essa
informação não está previamente registrada na repartição.
Dessa forma, a Administração irá comprová-la através de um
atestado. Aqui a Administração comprova um ato que tenha
conhecimento, mas que não consta em seus registros.
C) APOSTILA
Também chamada de apostilamento ou averbação, é ato
através do qual a Administração acrescenta ou altera
informações num determinado registro público. Servidor
que entrou em exercício solteiro e contraiu matrimônio.
Vaio ao setor de pessoal e pede para que o servidor
responsável altere essa informação em seu assentamento
funcional. Isso é feito através de uma apostila ou
averbação.
D) PARECER
Ato através do qual a Administração emite opiniões acerca de uma
determinada situação. Não gera efeitos diretamente, isto é, é ato
que não tem consequências diretas no mundo jurídico. A decisão e
a fundamentação do parecer não ensejam nenhuma situação
jurídica posterior. Apenas emite uma opinião que será analisada
por um agente público que então poderá expedir um ato em
conformidade ou não com esse parecer. São, portanto,
manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à
sua consideração.
7.5. ATOS PUNITIVOS
7.5. ATOS PUNITIVOS
a) Internos
b) Externos
DIREITO ADMINISTRATIVO
PROF. LUCAS MARTINS
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3
 
 
 
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ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
PROFESSOR LUCAS MARTINS 
 
Advogado e consultor jurídico. Graduado pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Pós-
graduado em Direito Processual Civil pela Universidade Cândido Mendes – UNICAM/RJ - em 
convênio com o Curso Ênfase. Pós-graduando em Direito Administrativo pela Estácio de Sá em 
convênio com o Complexo de Ensino Renato Saraiva – CERS. Professor de diversos cursos 
preparatórios para concursos públicos, Exame da Ordem e pós-graduação. 
 
CONTATO 
 
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ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
1. Considerações Iniciais 
2. Requisitos 
3. Planos de Constituição 
4. Atributos 
5. Formas de Extinção 
6. Classificações 
7. Espécies 
 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
O Estado surge para garantir o interesse público. Para alcançar essa finalidade, exerce suas 
três funções básicas, quais sejam: 1) legislativa; 2) jurisdicional; 3) executiva ou administrativa. 
Quando atua no exercício da função administrativa, tem-se o chamado Estado-Administração, 
que também é designado Administração Pública. Esta, por sua vez, se subdivide em 
Administração Direta e Indireta e, por meio dos chamados poderes administrativos, passa a 
ter meios para alcançar o fim de garantir o interesse público. Entretanto, para se fazer 
presente, a Administração atua por meio de pessoas físicas, que são os agentes públicos. 
Estes, por sua vez, ao atuarem, praticam os chamados atos da Administração, que podem ou 
não aparecerem como atos administrativos, como será trabalhado adiante. 
 
1.1. TEORIA DO FATO JURÍDICO 
 
A análise dos atos administrativos, pressupõe a rápida análise dos atos jurídicos, que 
pressupõe,por sua vez, a análise da teoria do fato jurídico. Entende-se por fato jurídico todo 
acontecimento que, uma vez ocorrendo, produza efeitos jurídicos, isto é, crie, extinga ou 
modifique direitos, deveres ou obrigações para alguém. Tratando-se de acontecimento que 
ocorre independentemente da vontade humana, termos o chamado fato jurídico em sentido 
estrito. Por outro lado, sendo um acontecimento que parte da vontade humana será 
denominado ato jurídico. Ambos são fatos jurídicos em sentido amplo. Dessa forma, o fato 
jurídico em sentido amplo se subdivide em (1) fato jurídico em sentido estrito (independe da 
vontade humana) e (2) ato jurídico (parte da vontade humana). 
4
 
 
 
 
1.2. ATO ADMINISTRATIVO X ATO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Quando o ato jurídico é praticado pela Administração Pública teremos o chamado ato da 
Administração, consistente, portando, em ato jurídico onde a manifestação da “vontade 
humana” seja de alguém atuando em nome da Administração Pública. Entretanto, vale 
destacar que nem todo “ato da Administração” será um “ato administrativo”, por haver uma 
relação gênero-espécie entre aquele e este. Ato da Administração é simplesmente todo e 
qualquer ato praticado pelo Poder Público, seja no exercício da função administrativa ou da 
função política, seja amparado pelo direito público ou pelo direito privado, seja manifestando 
sua vontade ou apenas dando execução a ato anteriormente praticado. O ato administrativo, 
por sua vez, é espécie de ato da Administração. Há, portanto, como já dito, uma relação 
“gênero-espécie” entre Ato da Administração (gênero) e ato administrativo (espécie de ato da 
Administração). Nesse sentido, a Administração poderá atuar através de um ato administrativo 
ou de outros atos da Administração, quais sejam: 
 
a) Atos Políticos: Também denominados atos de governo são praticados pela 
Administração pública no desempenho de função política de Estado (e não no 
desempenho de função administrativa). Ocorre, por exemplo, quando o Presidente da 
República sanciona ou veta um determinado projeto de lei. É ato da Administração, 
embora não seja ato administrativo (mas sim ato político). 
 
b) Aos Privados: Praticados sob o regime de direito privado, quando a Administração 
abre mão de suas prerrogativas atinentes ao regime jurídico administrativo. Ocorre, 
por exemplo, quando o Poder Público pratica atos decorrentes de um contrato de 
locação de bem imóvel (contrato tipicamente regido pelo direito civil – privado). É ato 
da Administração, embora não seja ato administrativo (mas sim ato privado). 
 
c) Atos Materiais: São os também denominados atos executórios ou, simplesmente, 
fatos administrativos. Trata-se de mera execução da atividade pública, não havendo 
qualquer manifestação de vontade do Estado na prática do referido ato. Ocorre, por 
exemplo, quando a Administração executa a demolição de um determinado prédio ou 
quando dá andamento a processos administrativos. É ato da Administração, embora 
não seja ato administrativo (mas sim ato material). 
 
d) Atos Administrativos: Finalmente, são os atos praticado pela Administração no 
exercício da (1) função administrativa (ao contrário dos atos políticos), sob o regime 
de (2) direito público (ao contrário dos atos privados), através dos quais a 
Administração (3) manifesta sua vontade (ao contrário dos atos materiais). Vale 
destacar, ainda, que os atos administrativos são (4) unilaterais (ao contrário dos 
contratos administrativos, que são bilaterais), (5) produzem efeitos jurídicos e, por 
estar a Administração subordinada à lei (princípio da legalidade), estão seus atos 
suscetíveis ao (6) controle de legalidade, inclusive, por parte do Poder Judiciário. Por 
fim, vale destacar além da Administração, particulares que atuem em nome dela 
também poderão praticar atos administrativos (concessionárias, permissionárias, etc). 
 
1.3. CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO 
 
Veja abaixo alguns conceitos que costumam aparecer nas provas: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO | LUCAS MARTINS
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1.2. ATO ADMINISTRATIVO X ATO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Quando o ato jurídico é praticado pela Administração Pública teremos o chamado ato da 
Administração, consistente, portando, em ato jurídico onde a manifestação da “vontade 
humana” seja de alguém atuando em nome da Administração Pública. Entretanto, vale 
destacar que nem todo “ato da Administração” será um “ato administrativo”, por haver uma 
relação gênero-espécie entre aquele e este. Ato da Administração é simplesmente todo e 
qualquer ato praticado pelo Poder Público, seja no exercício da função administrativa ou da 
função política, seja amparado pelo direito público ou pelo direito privado, seja manifestando 
sua vontade ou apenas dando execução a ato anteriormente praticado. O ato administrativo, 
por sua vez, é espécie de ato da Administração. Há, portanto, como já dito, uma relação 
“gênero-espécie” entre Ato da Administração (gênero) e ato administrativo (espécie de ato da 
Administração). Nesse sentido, a Administração poderá atuar através de um ato administrativo 
ou de outros atos da Administração, quais sejam: 
 
a) Atos Políticos: Também denominados atos de governo são praticados pela 
Administração pública no desempenho de função política de Estado (e não no 
desempenho de função administrativa). Ocorre, por exemplo, quando o Presidente da 
República sanciona ou veta um determinado projeto de lei. É ato da Administração, 
embora não seja ato administrativo (mas sim ato político). 
 
b) Aos Privados: Praticados sob o regime de direito privado, quando a Administração 
abre mão de suas prerrogativas atinentes ao regime jurídico administrativo. Ocorre, 
por exemplo, quando o Poder Público pratica atos decorrentes de um contrato de 
locação de bem imóvel (contrato tipicamente regido pelo direito civil – privado). É ato 
da Administração, embora não seja ato administrativo (mas sim ato privado). 
 
c) Atos Materiais: São os também denominados atos executórios ou, simplesmente, 
fatos administrativos. Trata-se de mera execução da atividade pública, não havendo 
qualquer manifestação de vontade do Estado na prática do referido ato. Ocorre, por 
exemplo, quando a Administração executa a demolição de um determinado prédio ou 
quando dá andamento a processos administrativos. É ato da Administração, embora 
não seja ato administrativo (mas sim ato material). 
 
d) Atos Administrativos: Finalmente, são os atos praticado pela Administração no 
exercício da (1) função administrativa (ao contrário dos atos políticos), sob o regime 
de (2) direito público (ao contrário dos atos privados), através dos quais a 
Administração (3) manifesta sua vontade (ao contrário dos atos materiais). Vale 
destacar, ainda, que os atos administrativos são (4) unilaterais (ao contrário dos 
contratos administrativos, que são bilaterais), (5) produzem efeitos jurídicos e, por 
estar a Administração subordinada à lei (princípio da legalidade), estão seus atos 
suscetíveis ao (6) controle de legalidade, inclusive, por parte do Poder Judiciário. Por 
fim, vale destacar além da Administração, particulares que atuem em nome dela 
também poderão praticar atos administrativos (concessionárias, permissionárias, etc). 
 
1.3. CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO 
 
Veja abaixo alguns conceitos que costumam aparecer nas provas: 
 
 
 
 
HELY LOPES MEIRELLES 
Conceitua ato administrativo como “toda manifestação unilateral de vontade da 
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, 
resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos 
administrados ou a si própria". 
 
JOSÉ CRETELLA JUNIOR 
Conceitua ato administrativo como a "manifestação de vontade do Estado, por seus 
representantes, no exercício regular de suas funções, ou por qualquer pessoa que detenha, 
nas mãos, fração de poder reconhecido pelo Estado, que tem por finalidade imediata criar, 
reconhecer, modificar, resguardar ou extinguir situaçõesjurídicas subjetivas, em matéria 
administrativa". 
 
CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO 
Conceitua ato administrativo como a "declaração do Estado (ou de quem lhe faça as vezes - 
como, por exemplo, um concessionário de serviço público) no exercício de prerrogativas 
públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei, a título de lhe 
dar cumprimento, e sujeitos a controle de legitimidade por órgão jurisdicional". 
 
MARIA SYLVIA ZANELLA DE PIETRO 
Conceitua ato administrativo como a “declaração do Estado ou de quem o represente, que 
produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito 
público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário". 
 
QUESTÕES 
 
01. (FCC/TRT15/Analista Judiciário/2018) Praticam atos administrativos que geram efeitos 
externos, como manifestações de vontade da Administração pública, dentre outros, 
a) as sociedades que integram a Administração indireta, sejam empresas públicas ou 
sociedades de economia mista, na realização de todas as suas atividades, fins ou meios. 
b) os órgãos e agentes integrantes da Administração direta, não alcançando os entes 
integrantes da Administração indireta, dada a independência e autonomia de que foram 
dotados. 
c) os órgãos da Administração direta e as pessoas jurídicas de direito privado para as quais 
tenham sido delegados poderes e atribuições para tanto, de forma expressa. 
d) os dirigentes de organizações sociais e consórcios públicos, dada a natureza jurídica de 
direito público das referidas pessoas jurídicas. 
e) as organizações sociais, no que se refere às atividades dirigidas a saúde e educação, na 
qualidade de serviços públicos exclusivos e típicos. 
 
02. (FCC/DPE-AM/Assistente Técnico de Defensoria/2018/Adaptada) As manifestações 
administrativas podem se dar por atos administrativos em sentido estrito, que podem ser 
emanados pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, nestes dois últimos casos em função 
atípica, sendo passíveis tanto de autotutela como de controle judicial. 
 
03. (DEPSEC/UNIFAP/Assistente em Administração/2018) Marque a alternativa que 
corresponde a conceituação de Ato Administrativo. 
6
 
 
 
a) Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, 
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, 
extinguir e declarar direito, ou impor obrigações aos administrados ou a si próprio. 
b) Ato administrativo é aquele que a Administração Pública necessita da manifestação de 
vontade do administrado para que possa praticá-lo. 
c) Ato administrativo é aquele em que o administrado possui a condição de aceitar ou rejeitar 
em momento imediatamente posterior a sua prática. 
d) Ato administrativo é somente a manifestação da Administração Pública para dar andamento 
aos processos administrativos e com isso manter a máquina administrativa em constante 
movimento. 
e) Ato administrativo é exclusivamente o ato do gestor público no exercício da decisão sobre o 
mérito administrativo ou no exercício da função de fomentador do serviço público, devendo 
ser fundamentado no caso de decisão administrativa, prescindido de fundamentação nos 
casos de fluxo contínuo das atividades correntes do órgão público. 
 
04. (FUNDATEC/PC-RS/Delegado de Polícia/2018/Adaptada) Porque submetidos ao regime 
jurídico de direito público, os atos administrativos não podem ser praticados por pessoas que 
não integram a Administração Pública em sentido formal ou subjetivo. 
 
05. (IESES/TJ-CE/Titular de Serviços de Notas e Registros/2018/Adaptada) Ato administrativo 
é a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, 
com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder 
Judiciário. 
 
06. (FCC/ALESE/Técnico Legislativo/2018/Adaptada) A expressão fato jurídico é sinônima de 
fato administrativo, pois ambos englobam também os fatos simples, ou seja, aqueles que não 
repercutem na esfera de direitos, mas estampam evento material ocorrido no seio da 
Administração. 
 
07. (FUNDATEC/AL-RS/Técnico Legislativo/2018/Adaptada) Quanto aos atos administrativos, 
é correto afirmar que são declarações do Estado ou de quem lhe faça as vezes no exercício de 
prerrogativas públicas, manifestadas mediante providências jurídicas complementares da lei a 
título de lhe dar cumprimento e sujeitas a controle de legitimidade pelo Poder Judiciário. 
 
08. (FUNDATEC/AL-RS/Técnico Legislativo/2018/Adaptada) No exercício da função 
administrativa, a administração pública não utiliza atos de gestão que são peculiares ao 
exercício da atividade privada. 
 
09. (AOCP/FUNPAPA/Assistente em Administração/2018/Adaptada) Ato administrativo é 
todo ato praticado pela administração pública ou por quem lhe faça as vezes, no exercício da 
função administrativa, sob o regime de direito privado, manifestando a vontade do poder 
público em casos concretos ou de forma geral. 
 
10. (CESGRANRIO/Petrobras/Advogado Junior/2018/Adaptada) Conforme entendimento 
doutrinário, os atos administrativos subordinam-se ao fato jurídico do direito privado. 
 
11. (FUNDEP/CODEMIG/Assistente Administrativo/2018/Adaptada) Não constitui ato 
administrativo o contrato celebrado entre a administração pública estadual e uma empresa 
privada vencedora de procedimento licitatório. 
DIREITO ADMINISTRATIVO | LUCAS MARTINS
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a) Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, 
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, 
extinguir e declarar direito, ou impor obrigações aos administrados ou a si próprio. 
b) Ato administrativo é aquele que a Administração Pública necessita da manifestação de 
vontade do administrado para que possa praticá-lo. 
c) Ato administrativo é aquele em que o administrado possui a condição de aceitar ou rejeitar 
em momento imediatamente posterior a sua prática. 
d) Ato administrativo é somente a manifestação da Administração Pública para dar andamento 
aos processos administrativos e com isso manter a máquina administrativa em constante 
movimento. 
e) Ato administrativo é exclusivamente o ato do gestor público no exercício da decisão sobre o 
mérito administrativo ou no exercício da função de fomentador do serviço público, devendo 
ser fundamentado no caso de decisão administrativa, prescindido de fundamentação nos 
casos de fluxo contínuo das atividades correntes do órgão público. 
 
04. (FUNDATEC/PC-RS/Delegado de Polícia/2018/Adaptada) Porque submetidos ao regime 
jurídico de direito público, os atos administrativos não podem ser praticados por pessoas que 
não integram a Administração Pública em sentido formal ou subjetivo. 
 
05. (IESES/TJ-CE/Titular de Serviços de Notas e Registros/2018/Adaptada) Ato administrativo 
é a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, 
com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder 
Judiciário. 
 
06. (FCC/ALESE/Técnico Legislativo/2018/Adaptada) A expressão fato jurídico é sinônima de 
fato administrativo, pois ambos englobam também os fatos simples, ou seja, aqueles que não 
repercutem na esfera de direitos, mas estampam evento material ocorrido no seio da 
Administração. 
 
07. (FUNDATEC/AL-RS/Técnico Legislativo/2018/Adaptada) Quanto aos atos administrativos, 
é correto afirmar que são declarações do Estado ou de quem lhe faça as vezes no exercício de 
prerrogativas públicas, manifestadas mediante providências jurídicas complementares da lei a 
título de lhe dar cumprimento e sujeitas a controle de legitimidade pelo Poder Judiciário. 
 
08. (FUNDATEC/AL-RS/Técnico Legislativo/2018/Adaptada) No exercício da função 
administrativa, a administração pública não utiliza atos de gestão que são peculiares ao 
exercício da atividade privada. 
 
09. (AOCP/FUNPAPA/Assistente em Administração/2018/Adaptada) Ato administrativo étodo ato praticado pela administração pública ou por quem lhe faça as vezes, no exercício da 
função administrativa, sob o regime de direito privado, manifestando a vontade do poder 
público em casos concretos ou de forma geral. 
 
10. (CESGRANRIO/Petrobras/Advogado Junior/2018/Adaptada) Conforme entendimento 
doutrinário, os atos administrativos subordinam-se ao fato jurídico do direito privado. 
 
11. (FUNDEP/CODEMIG/Assistente Administrativo/2018/Adaptada) Não constitui ato 
administrativo o contrato celebrado entre a administração pública estadual e uma empresa 
privada vencedora de procedimento licitatório. 
 
 
 
 
12. (CESPE/TCE-PA/Conhecimentos Básicos/2016) No que concerne à administração pública, 
julgue o item a seguir. Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma escola 
privada para a realização do curso de formação de seus novos servidores. Assertiva: Nessa 
situação, o ato de locação, ainda que seja regido pelo direito privado, é considerado um ato 
administrativo. 
 
13. (CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo - Área Fiscalização/2016) Acerca dos atos 
administrativos, julgue o item subsequente. O conceito de ato administrativo é praticamente o 
mesmo de ato jurídico, diferindo o primeiro do segundo por ser aquele uma categoria 
informada pela administração de áreas meio. 
 
14. (ESAF/ANAC/Técnico Administrativo/2016/Adaptada) Os atos políticos não estão sujeitos 
à teoria geral dos atos administrativos. 
 
15. (CESPE/TRE-RS/Técnico Judiciário/2015) Em sentido amplo, é considerada ato 
administrativo toda declaração unilateral de vontade do poder público no exercício de 
atividades administrativas, revestido de todas as prerrogativas de regime de direito público, 
visando o cumprimento da lei, sujeito a controle jurisdicional, excluídos os atos gerais, 
abstratos e os acordos bilaterais firmados pela administração pública. 
 
16. (CESPE/MPOG/Administrador – Cargo 1/2015) O fato administrativo trata de ações que 
não representam uma vontade, mas puramente a necessidade executória, ao passo que um 
ato administrativo pode ser considerado uma manifestação de vontade e uma declaração do 
Estado com produção imediata de efeitos. 
 
17. (CESPE/ANATEL/Analista Administrativo – Direito/2014) Os atos administrativos são 
praticados por servidores e empregados públicos, bem como por determinados particulares, a 
exemplo dos concessionários e permissionários de serviços públicos e oficiais de cartórios. 
 
18. (CESPE/TCE-RO/Analista de Informática/2013) Existem atos administrativos produzidos 
por agentes de entidades que não integram a estrutura da administração pública, mas que 
nem por isso deixam de qualificar-se como tais, como no caso de certos atos praticados por 
concessionários e permissionários de serviços públicos, quando regidos pelo direito público. 
 
19. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/2014/Adaptada) Os atos administrativos abrangem os 
denominados atos de direito privado praticados pela administração, tais como a compra e 
venda e a locação. 
 
20. (CESPE/TC-DF/Técnico de Administração Pública/2014) O aluguel, pelo TCDF, de espaço 
para ministrar cursos de especialização aos seus servidores constitui ato administrativo, ainda 
que regido pelo direito privado. 
 
21. (CESPE/TC-DF/Analista de Administração Pública/2014) Os atos administrativos 
praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário submetem-se ao regime jurídico 
administrativo. 
 
22. (CESPE/ANTAQ/Técnico Administrativo/2014) A sanção do presidente da República é 
qualificada como ato administrativo em sentido estrito, ou seja, é uma manifestação de 
vontade da administração pública no exercício de prerrogativas públicas, cujo fim imediato é a 
produção de efeitos jurídicos determinados. 
8
 
 
 
 
23. (CESPE/ANATEL/2012) A formalização de contrato de abertura de conta corrente entre 
instituição financeira sociedade de economia mista e um particular enquadra-se no conceito 
de ato administrativo. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C C A E C E C E E E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C E E C E C C C E E 
21 22 23 
C E E 
 
2. REQUISITOS 
 
Também chamados de elementos do ato administrativo. A matéria não é pacífica, havendo 
doutrinadores que diferenciam elementos de pressupostos/requisitos, entretanto, 
majoritariamente, são encarados como sinônimos. As bancas em geral acabam adotando o 
entendimento majoritário, que retira os elementos ou requisitos dos atos administrativos do 
Lei da Ação Popular1, quais sejam: 
 
2.1. Competência 
2.2. Finalidade 
2.3. Forma 
2.4. Motivo 
2.5. Objeto 
 
2.1. COMPETÊNCIA 
 
Também aparece como sujeito competente ou simplesmente sujeito. A ideia é a de que para o 
ato administrativo ser praticado de forma legítima não pode ser praticado por qualquer agente 
público, mas sim por agente público que tenha competência legal para pratica-lo. Vale 
destacar que competência é elemento sempre vinculado à lei. Não haverá discricionariedade 
administrativa quando à definição do agente competente para praticar o referido ato2. Outro 
ponto bastante cobrado nas provas é a ideia de que o vício de competência, em princípio, 
pode ser sanado (vício sanável). Dessa forma, caso um agente pratique determinado ato para 
o qual não é competente, haverá vício de competência (excesso de poder). Entretanto, por se 
tratar de vício sanável, a autoridade competente poderá vir a convalidar o ato por ele 
praticado, salvo quando se tratar de competência exclusiva, ou, ainda, quando se tratar de 
competência em razão da matéria, quando, mesmo se tratando de vício de competência, 
passará a ser vício insanável e o ato não poderá ser convalidado. 
 
 
1 Lei 4.717/65, art. 2º - São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo 
anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos 
motivos; e) desvio de finalidade. 
2 Tratando-se de ato discricionário, a discricionariedade recairá ou no elemento motivo ou no elemento 
objeto, mas jamais nos elementos competência, finalidade e forma, que são elementos sempre 
vinculados. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO | LUCAS MARTINS
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23. (CESPE/ANATEL/2012) A formalização de contrato de abertura de conta corrente entre 
instituição financeira sociedade de economia mista e um particular enquadra-se no conceito 
de ato administrativo. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C C A E C E C E E E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C E E C E C C C E E 
21 22 23 
C E E 
 
2. REQUISITOS 
 
Também chamados de elementos do ato administrativo. A matéria não é pacífica, havendo 
doutrinadores que diferenciam elementos de pressupostos/requisitos, entretanto, 
majoritariamente, são encarados como sinônimos. As bancas em geral acabam adotando o 
entendimento majoritário, que retira os elementos ou requisitos dos atos administrativos do 
Lei da Ação Popular1, quais sejam: 
 
2.1. Competência 
2.2. Finalidade 
2.3. Forma 
2.4. Motivo 
2.5. Objeto 
 
2.1. COMPETÊNCIA 
 
Também aparece como sujeito competente ou simplesmente sujeito. A ideia é a de que para o 
ato administrativo ser praticado de forma legítima não pode ser praticado por qualquer agente 
público, mas sim por agente público que tenha competência legal para pratica-lo. Vale 
destacar que competência é elemento sempre vinculado à lei. Não haverá discricionariedade 
administrativa quando à definição do agente competente para praticar o referido ato2. Outro 
ponto bastante cobrado nas provas é a ideia de que o vício de competência, em princípio, 
pode ser sanado (vício sanável). Dessa forma, caso um agente pratique determinado ato para 
o qual não é competente, haverá vício de competência (excesso de poder). Entretanto, por se 
tratar de vício sanável, a autoridade competente poderá vir a convalidar o ato por ele 
praticado, salvo quando se tratar de competência exclusiva, ou, ainda, quando se tratar de 
competência em razãoda matéria, quando, mesmo se tratando de vício de competência, 
passará a ser vício insanável e o ato não poderá ser convalidado. 
 
 
1 Lei 4.717/65, art. 2º - São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo 
anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos 
motivos; e) desvio de finalidade. 
2 Tratando-se de ato discricionário, a discricionariedade recairá ou no elemento motivo ou no elemento 
objeto, mas jamais nos elementos competência, finalidade e forma, que são elementos sempre 
vinculados. 
 
 
 
 
2.1.1. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA 
 
A competência para praticar atos administrativos, chamada competência administrativa, 
possui algumas características, quais sejam: 
 
a) Primária 
b) Irrenunciável 
c) Imprescritível 
d) Improrrogável 
 
A) PRIMÁRIA 
 
Em virtude do princípio da legalidade, a competência administrativa, em princípio, decorre 
diretamente da lei. É dizer, é a lei que define as atribuições dos cargos e empregos públicos 
que vem a instituir. Entretanto, excepcionalmente é possível que a competência para a prática 
de determinados atos decorra de delegações e avocações, que ocorrem mediante portarias (e 
não mediante lei). Nesses casos excepcionais, por não decorre diretamente da lei, mas sim de 
portarias de delegação e avocação, a competência administrativa não seria primária, mas sim 
secundária, já que não possuiria fundamento direto na lei. 
 
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA: CARACTERÍSTICAS COMUNS 
Ambos os institutos decorrem do poder hierárquico e possuem características em comum e 
algumas diferenças. Quando se diz que a competência administrativa é irrenunciável, 
imprescritível e improrrogável a conclusão é que ela é sempre expressa e originária na lei. Em 
outras palavras, a competência administrativa advém diretamente da lei (originária) e apenas 
será competente para a prática de um determinado ato aquele agente público a quem a lei 
expressamente determinar. Ocorre que, em caráter excepcional, um determinado ato 
administrativo poderá ser praticado por agente que originariamente não era competente 
para tal, mas que, por um ato de delegação ou de avocação, passou a ser. Deve-se notar, 
ainda, que tanto a delegação como a avocação de competência serão sempre (1) 
excepcionais, (2) temporárias e (3) específicas. Deve-se lembrar ainda que ambos os institutos 
estão disciplinados na Le 9.784/99 (arts. 11 a 18) e que, no art. 13, há três matérias que não 
admitem delegação (e, por conseguinte, avocação), quais sejam: 
 
A) EDIÇÃO DE ATOS DE CARÁTER NORMATIVO 
O ato normativo é competência única da autoridade que tem competência originária. Não se 
pode delegar nem avocar a competência para editar atos normativos3. 
 
B) DECISÃO DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
A competência para julgar recurso administrativo também não poderá ser objeto de 
delegação ou avocação. 
 
C) MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO ÓRGÃO OU AUTORIDADE 
Aquilo que for competência exclusiva de determinado agente também não poderá ser objeto 
de delegação ou avocação, mas aquilo que for de competência privativa poderá. Dessa forma, 
tem-se que a competência exclusiva é indelegável, enquanto a privativa é delegável. 
 
 
3 Atenção! A competência para editar decreto autônomo, que é um ato normativo, é uma exceção, 
pois, nos termos do art. 84, parágrafo único c/c VI da Constituição Federal, poderá ser delegada aos (1) 
Ministros de Estado, ao (2) Procurador Geral da República e ao (3) Advogado Geral da União. 
10
 
 
 
DELEGAÇÃO AVOCAÇÃO 
Delegar é estender ou ampliar a competência 
administrativa àquele a lei não conferiu. 
Deve-se tomar cuidado, pois, uma vez 
realizada a delegação, tanto a autoridade 
delegante como a autoridade delegada terão 
competência para a prática do ato. É 
exatamente por isso que se diz que a 
competência foi ampliada ou, ainda, 
estendida (e não transferida). Caso a 
autoridade delegante não tivesse mais 
competência, teríamos uma transferência de 
competência, o que, como visto, não se 
admite, na medida em que a competência 
administrativa é irrenunciável. Nesse sentido, 
a autoridade delegante se mantém 
competente - cláusula de reserva4. 
 
RESPONSABILIDADE PELA PRÁTICA DE ATO 
ADMINISTRATIVO POR DELEGAÇÃO 
A responsabilidade do ato praticado por 
delegação é do próprio agente delegado (e 
não do delegatário). Dessa forma, quem 
pratica o ato responde pelo ato, ainda que o 
tenha praticado por delegação5. 
Avocar não é estender, mas sim buscar para 
si a competência administrativa de outro 
agente. O que existe é uma “tomada” de 
competência. Diferente do que ocorre com a 
delegação, só se poderá avocar competência 
de agentes de hierarquia inferior. Dessa 
forma, a avocação de competência 
necessariamente é feita de um agente 
subordinado àquele que avoca, ao contrário 
da delegação, que pode ser feita a um 
subordinado do delegante ou não. Busca-se, 
com a avocação, evitar decisões 
contraditórias. Para se evitar que vários 
subordinados profiram decisões diferentes 
em relação à mesma matéria, o agente de 
nível hierárquico superior poderá tomar para 
si temporariamente a competência desses 
agentes para garantir uma uniformidade de 
decisões. 
 
B) IRRENUNCIÁVEL 
 
Em virtude do princípio da indisponibilidade do interesse público, o agente público não pode 
dispor, isto é, renunciar competência que a lei conferiu ao cargo que ocupa, posto que estaria 
dispondo da lei, isto é, da vontade do povo. Dessa forma, a competência administrativa é 
excepcionalmente delegável e avocável, mas jamais renunciável. 
 
C) IMPRESCRITÍVEL 
 
Não há prescrição pelo não exercício da competência. Em outras palavras, não se perde a 
competência pelo desuso. Ainda que o agente público não exerça, por qualquer motivo, a 
competência a ele legalmente definida, ele continuará competente para a prática do ato. 
 
D) IMPRORROGÁVEL 
 
No direito processual civil, há o instituto da prorrogação de competência, que ocorre quando 
um juiz, originariamente incompetente para a matéria, passa a ser competente, tendo em 
vista que as partes não alegaram sua incompetência. No direito administrativo, isso não 
 
4 Atenção! Cláusula de Reserva é exatamente a ideia de que a autoridade delegante continua 
competente para a prática do ato, dela não renunciando. Trata-se de cláusula implícita nos atos de 
delegação, não havendo necessidade de constar expressamente para que tenha efeito, sendo, em 
verdade, decorrência da própria lei. 
5 SÚMULA 510, STF - Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela 
cabe o mandado de segurança ou a medida judicial. 
DIREITO ADMINISTRATIVO | LUCAS MARTINS
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DELEGAÇÃO AVOCAÇÃO 
Delegar é estender ou ampliar a competência 
administrativa àquele a lei não conferiu. 
Deve-se tomar cuidado, pois, uma vez 
realizada a delegação, tanto a autoridade 
delegante como a autoridade delegada terão 
competência para a prática do ato. É 
exatamente por isso que se diz que a 
competência foi ampliada ou, ainda, 
estendida (e não transferida). Caso a 
autoridade delegante não tivesse mais 
competência, teríamos uma transferência de 
competência, o que, como visto, não se 
admite, na medida em que a competência 
administrativa é irrenunciável. Nesse sentido, 
a autoridade delegante se mantém 
competente - cláusula de reserva4. 
 
RESPONSABILIDADE PELA PRÁTICA DE ATO 
ADMINISTRATIVO POR DELEGAÇÃO 
A responsabilidade do ato praticado por 
delegação é do próprio agente delegado (e 
não do delegatário). Dessa forma, quem 
pratica o ato responde pelo ato, ainda que o 
tenha praticado por delegação5. 
Avocar não é estender, mas sim buscar para 
si a competência administrativa de outro 
agente. O que existe é uma “tomada” de 
competência. Diferente do que ocorre com a 
delegação, só se poderá avocar competência 
de agentes de hierarquia inferior. Dessa 
forma, a avocação de competência 
necessariamente é feitade um agente 
subordinado àquele que avoca, ao contrário 
da delegação, que pode ser feita a um 
subordinado do delegante ou não. Busca-se, 
com a avocação, evitar decisões 
contraditórias. Para se evitar que vários 
subordinados profiram decisões diferentes 
em relação à mesma matéria, o agente de 
nível hierárquico superior poderá tomar para 
si temporariamente a competência desses 
agentes para garantir uma uniformidade de 
decisões. 
 
B) IRRENUNCIÁVEL 
 
Em virtude do princípio da indisponibilidade do interesse público, o agente público não pode 
dispor, isto é, renunciar competência que a lei conferiu ao cargo que ocupa, posto que estaria 
dispondo da lei, isto é, da vontade do povo. Dessa forma, a competência administrativa é 
excepcionalmente delegável e avocável, mas jamais renunciável. 
 
C) IMPRESCRITÍVEL 
 
Não há prescrição pelo não exercício da competência. Em outras palavras, não se perde a 
competência pelo desuso. Ainda que o agente público não exerça, por qualquer motivo, a 
competência a ele legalmente definida, ele continuará competente para a prática do ato. 
 
D) IMPRORROGÁVEL 
 
No direito processual civil, há o instituto da prorrogação de competência, que ocorre quando 
um juiz, originariamente incompetente para a matéria, passa a ser competente, tendo em 
vista que as partes não alegaram sua incompetência. No direito administrativo, isso não 
 
4 Atenção! Cláusula de Reserva é exatamente a ideia de que a autoridade delegante continua 
competente para a prática do ato, dela não renunciando. Trata-se de cláusula implícita nos atos de 
delegação, não havendo necessidade de constar expressamente para que tenha efeito, sendo, em 
verdade, decorrência da própria lei. 
5 SÚMULA 510, STF - Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela 
cabe o mandado de segurança ou a medida judicial. 
 
 
 
ocorre. É dizer, ainda que uma autoridade incompetente para a prática de determinado venha 
a praticá-lo e ninguém alegue sua falta de competência para tal, isso não faz com que o agente 
se torne competente por prorrogação, pois a competência para a prática de atos 
administrativos é improrrogável. 
 
QUESTÕES 
 
01. (FCC/DPE-RS/Defensor Público/2018/Adaptada) O ato de delegação da competência para 
a prática de determinado ato administrativo retira da autoridade delegante a possibilidade de 
também praticá-lo. 
 
02. (INAZ do Pará/CRF-PE/Advogado/2018) Situação hipotética: Pitolomeu, titular de órgão 
público administrativo, resolveu delegar parte de sua competência a outro órgão, sob o 
fundamento do princípio da eficiência, com a finalidade de melhorar a organização interna de 
ambos os órgãos. Dentre as competências delegadas, estavam a de editar atos de caráter 
normativo e decidir recursos administrativos. Neste caso: 
a) Pitolomeu não poderá efetuar tais delegações uma vez que tanto a edição de atos de 
caráter normativo quanto as decisões de recursos administrativos não podem ser objeto de 
delegação. 
b) Pitolomeu não poderá efetuar tais delegações uma vez que há impedimento legal para que 
o faça a outros órgãos, mesmo que estes lhes sejam hierarquicamente subordinados. 
c) Pitolomeu poderá efetuar tais delegações quando for conveniente, em razão de 
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou nacional. 
d) Pitolomeu poderá efetuar a delegação no que diz respeito às decisões de recursos 
administrativos, porém não poderá delegar a edição de atos de caráter normativo. 
e) Pitolomeu poderá efetuar a delegação no que diz respeito à edição de atos de caráter 
normativo, porém não poderá delegar as decisões de recursos administrativos. 
 
03. (AOCP/FUNPAPA/Assistente em Administração/2018/Adaptada) É vedado pela legislação 
a delegação de competências definidas como privativas. 
 
04. (CESPE/PGE-PE/Procurador do Estado/2018/Adaptada) Por ser a competência 
administrativa improrrogável, atos praticados por agente incompetente não se sujeitam a 
convalidação. 
 
05. (CESGRANRIO/Petrobras/Advogado Junior/2018/Adaptada) Conforme entendimento 
doutrinário, os atos administrativos podem ser objeto de delegação em que conste a edição de 
atos de caráter normativo. 
 
06. (AOCP/SUSIPE-PA/Engenheiro de Segurança do Trabalho/2018) Sobre competência 
administrativa, assinale a alternativa correta. 
a) A competência administrativa há de se originar de texto expresso contido na Constituição, 
na lei (nesse caso, a regra geral) e em normas administrativas. 
b) A competência administrativa não recebe a incidência de figuras normalmente aceitas no 
campo do direito privado. Por isso, duas são as características de que se reveste. A primeira é a 
improrrogabilidade, vez que a competência de um órgão não se transfere a outro por acordo 
entre as partes, ou por assentimento do agente da Administração. Fixada em norma expressa, 
deve a competência ser rigidamente observada por todos. A segunda é a inderrogabilidade, 
12
 
 
 
que determina que a incompetência não se transmuda em competência, ou seja, se um órgão 
não tem competência para certa função, não poderá vir a tê-la supervenientemente, a menos 
que a antiga norma definidora seja alterada. 
c) Em algumas circunstâncias, pode a norma autorizar que um agente transfira a outro, 
normalmente de plano hierárquico inferior, funções que originariamente lhe são atribuídas. É 
o fenômeno da avocação de competência. 
d) Se a autoridade hierarquicamente superior atrair para sua esfera decisória a prática de ato 
da competência natural de agente com menor hierarquia, dar-se-á o fenômeno da delegação 
de competência. 
e) Tanto a avocação como a delegação devem ser consideradas como figuras excepcionais, só 
justificáveis ante os pressupostos que a lei estabelecer. Na verdade, é inegável reconhecer que 
ambas subtraem de agentes administrativos funções normais que lhes foram atribuídas. Por 
esse motivo, é válida qualquer delegação ou avocação que, de alguma forma ou por via 
oblíqua, objetive a supressão das atribuições do círculo de competência dos administradores 
públicos. 
 
07. (CESPE/STM/Técnico Judiciário/2018) A competência pública conferida para o exercício 
das atribuições dos agentes públicos é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo. 
 
08. (FGV/Câmara de Salvador-BA/Especialista/2018) Dentre os elementos do ato 
administrativo, a doutrina de Direito Administrativo elenca a competência, que é a atribuição 
normativa de legitimação para a prática de determinado ato. 
Nesse contexto, é característica da competência administrativa a sua: 
a) prorrogabilidade, pois a competência relativa se prorroga, caso o administrado não se 
oponha na primeira oportunidade processual; 
b) irrenunciabilidade, apesar de o agente público poder delegá- la ou avocá-la, nos casos 
permitidos pela lei; 
c) delegabilidade, como regra geral, como nos casos de edição de atos normativos; 
d) avocabilidade, quando se chama para si competência originariamente de agente de 
hierarquia superior; 
e) discricionariedade, eis que ao agente público é facultada a possibilidade de atuar quando for 
provocado. 
 
09. (FGV/Câmara de Salvador-BA/Analista Legislativo Municipal/2018/Adaptada) Em matéria 
de elementos do ato administrativo, a doutrina de Direito Administrativo destaca o elemento 
da competência, que é a atribuição normativa da legitimação para a prática de um ato 
administrativo. 
 
10. (FUNDATEC/DPE-SC/Analista Técnico/2018/Adaptada) A competência é o conjunto de 
faculdades que um órgão ou agente público pode legitimamente exercer, em razão, entre 
outras coisas, do território, da matéria, do grau hierárquico, do tempo, etc. Surge a partir de 
expressa previsão legal, sendo ela irrenunciável e intransferível. 
 
11. (CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social/2016) O ato praticado por agente não competente 
para fazê-lo poderá ser convalidado discricionariamente pela autoridade competente para sua 
prática, caso em que ficará sanado o vício de incompetência.12. (ESAF/FUNAI/Conhecimentos Gerais/2016) Assinale a opção que corresponda ao requisito 
de validade do ato administrativo que configura “o círculo definido por lei dentro do qual 
DIREITO ADMINISTRATIVO | LUCAS MARTINS
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que determina que a incompetência não se transmuda em competência, ou seja, se um órgão 
não tem competência para certa função, não poderá vir a tê-la supervenientemente, a menos 
que a antiga norma definidora seja alterada. 
c) Em algumas circunstâncias, pode a norma autorizar que um agente transfira a outro, 
normalmente de plano hierárquico inferior, funções que originariamente lhe são atribuídas. É 
o fenômeno da avocação de competência. 
d) Se a autoridade hierarquicamente superior atrair para sua esfera decisória a prática de ato 
da competência natural de agente com menor hierarquia, dar-se-á o fenômeno da delegação 
de competência. 
e) Tanto a avocação como a delegação devem ser consideradas como figuras excepcionais, só 
justificáveis ante os pressupostos que a lei estabelecer. Na verdade, é inegável reconhecer que 
ambas subtraem de agentes administrativos funções normais que lhes foram atribuídas. Por 
esse motivo, é válida qualquer delegação ou avocação que, de alguma forma ou por via 
oblíqua, objetive a supressão das atribuições do círculo de competência dos administradores 
públicos. 
 
07. (CESPE/STM/Técnico Judiciário/2018) A competência pública conferida para o exercício 
das atribuições dos agentes públicos é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo. 
 
08. (FGV/Câmara de Salvador-BA/Especialista/2018) Dentre os elementos do ato 
administrativo, a doutrina de Direito Administrativo elenca a competência, que é a atribuição 
normativa de legitimação para a prática de determinado ato. 
Nesse contexto, é característica da competência administrativa a sua: 
a) prorrogabilidade, pois a competência relativa se prorroga, caso o administrado não se 
oponha na primeira oportunidade processual; 
b) irrenunciabilidade, apesar de o agente público poder delegá- la ou avocá-la, nos casos 
permitidos pela lei; 
c) delegabilidade, como regra geral, como nos casos de edição de atos normativos; 
d) avocabilidade, quando se chama para si competência originariamente de agente de 
hierarquia superior; 
e) discricionariedade, eis que ao agente público é facultada a possibilidade de atuar quando for 
provocado. 
 
09. (FGV/Câmara de Salvador-BA/Analista Legislativo Municipal/2018/Adaptada) Em matéria 
de elementos do ato administrativo, a doutrina de Direito Administrativo destaca o elemento 
da competência, que é a atribuição normativa da legitimação para a prática de um ato 
administrativo. 
 
10. (FUNDATEC/DPE-SC/Analista Técnico/2018/Adaptada) A competência é o conjunto de 
faculdades que um órgão ou agente público pode legitimamente exercer, em razão, entre 
outras coisas, do território, da matéria, do grau hierárquico, do tempo, etc. Surge a partir de 
expressa previsão legal, sendo ela irrenunciável e intransferível. 
 
11. (CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social/2016) O ato praticado por agente não competente 
para fazê-lo poderá ser convalidado discricionariamente pela autoridade competente para sua 
prática, caso em que ficará sanado o vício de incompetência. 
 
12. (ESAF/FUNAI/Conhecimentos Gerais/2016) Assinale a opção que corresponda ao requisito 
de validade do ato administrativo que configura “o círculo definido por lei dentro do qual 
 
 
 
podem os agentes exercer legitimamente sua atividade”. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. 
Manual do Direito Administrativo. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 106). 
a) Competência. 
b) Forma. 
c) Motivo. 
d) Objetivo. 
e) Finalidade. 
 
13. (CESPE/SEDF/Conhecimentos Básicos/2017) No que se refere aos poderes administrativos, 
aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item seguinte. Situação 
hipotética: A autoridade administrativa Y, no exercício de competência que lhe foi delegada 
pela autoridade X e que lhe conferia poder decisório para a prática de determinado ato de 
autoridade, praticou determinado ato administrativo que o administrado Z entendeu ser-lhe 
prejudicial. Nessa situação, caso queira obstar os efeitos do referido ato mediante mandado 
de segurança, o administrado Z deverá dirigir sua peça contra a autoridade delegada, e não 
contra a autoridade delegante. 
 
14. (CESPE/TRE-PI/Técnico Judiciário/2016/Adaptada) Um técnico judiciário do TRE/PI 
assinou e encaminhou para publicação uma portaria de concessão de licença para capacitação 
de um analista judiciário pertencente ao quadro de servidores do tribunal. O ato de concessão 
da licença é de competência não exclusiva do presidente do tribunal. A partir dessa situação 
hipotética, assinale a opção correta. Dado o vício insanável de competência, o ato deve ser 
revogado. 
 
15. (CESPE/TCE-RN/Inspetor/2015) Um ato administrativo praticado por pessoa que não 
tenha competência para tal não poderá ser convalidado, pois, assim como os vícios de motivo 
e objeto, o vício de competência é insanável. 
 
16. (CESPE/TCU/Procurador do Ministério Público/2015/Adaptada) Mediante ato específico 
devidamente motivado, a competência administrativa é passível de derrogação pela vontade 
da administração. 
 
17. (CESPE/TCU/Técnico Federal de Controle Externo/2015/Adaptada) É proibido delegar a 
edição de atos de caráter normativo. 
 
18. (CESPE/TCU/Técnico Federal de Controle Externo/2015/Adaptada) Ao delegar a prática 
de determinado ato administrativo, a autoridade delegante transfere a titularidade para sua 
prática. 
 
19. (CESPE/STF/Técnico Judiciário/2013) O ato de delegação retira a competência da 
autoridade delegante, transferindo-a para a autoridade delegada. 
 
20. (CESPE/TRF5/Juiz Federal/2015/Adaptada) A competência, como elemento do ato 
administrativo, pode ser delegada a outros órgãos ou agentes, se não houver impedimento 
legal, mesmo que estes não sejam hierarquicamente subordinados aos que possuam a 
competência originária. 
 
21. (CESPE/ANTAQ/Conhecimentos Básicos/2014/Adaptada) A lei permite que órgão 
administrativo e seu titular deleguem parte de sua competência a órgão não hierarquicamente 
subordinado. 
 
14
 
 
 
22. (CESPE/TRF5/Juiz Federal/2015/Adaptada) A competência, como elemento do ato 
administrativo, pode ser delegada a outros órgãos ou agentes, se não houver impedimento 
legal, mesmo que estes não sejam hierarquicamente subordinados aos que possuam a 
competência originária. 
 
23. (CESPE/ANTAQ/Técnico Administrativo/2014/Adaptada) A competência, um dos 
requisitos do ato administrativo, é intransferível, sendo vedada a sua delegação. 
 
24. (CESPE/TJ-DFT/Titular de Serviços de Notas e de Registros/2014/Adaptada) Incorre no 
vício de desvio de poder o agente público que exceda os limites de sua competência ao aplicar 
a subordinado penalidade além dos imites de sua alçada. 
 
GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
E A E E E A E B C E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C A C E E E C E E C 
21 22 23 24 
C C E E 
 
2.2. FINALIDADE 
 
É aquilo que se busca com a prática do ato administrativo. Todo ato administrativo deve ser 
praticado em busca do interesse público (princípio da finalidade pública como decorrência do 
princípio da indisponibilidade do interesse público). Entretanto, cada ato administrativo terá 
sua própria finalidade. Por essa razão, a doutrina costuma afirmar que a finalidade se 
subdivide em duas: 
 
FINALIDADE GENÉRICA FINALIDADE ESPECÍFICA 
Todo ato administrativo tem como finalidade 
genérica a busca pelo interesse público. Na 
teoria, pelo menos, não existe ato 
administrativo praticado visando interesse 
privado. 
Quando a lei prevê a prática de um ato 
administrativo ela já define sua finalidade 
específica, estipulando exatamente o que se 
busca com a prática de um determinado ato 
administrativo. Cada ato administrativo 
possui uma finalidade específica6. 
 
 
6 Exemplo: a demissão é a perda do cargo pelo servidor

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