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ECONOMIA AULA 06 Abordagem Macroeconômica Contabilidade Social e Metas de Política Macroeconômica e seus instrumentos

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AULA 06 
Abordagem Macroeconômica: Contabilidade Social e Metas de Política 
Macroeconômica e seus instrumentos 
O estudo da Macroeconomia está baseado na atividade econômica global, isto é, de todos os indivíduos, 
empresas, mercados e governo, no que se refere à compreensão dos chamados agregados econômicos, tais 
como o produto interno bruto, PIB per capita. 
 
PIB - Produto Interno Bruto 
É a principal medida do Sistema Nacional de Contabilidade. O PIB de um país representa a produção de 
todas as unidades da economia (empresas públicas e privadas produtoras de bens e prestadoras de serviços, 
trabalhadores autônomos, governo etc.), em um determinado período de tempo, a preços de mercado. Essa 
medida consegue, de uma forma abrangente, medir o porte da economia. 
**É importante destacar que a mensuração do Produto Interno Bruto considera todos os bens e serviços 
produzidos em um período, mas não é levado em conta o desgaste do estoque de riqueza da Economia.** 
 
Como é calculado o PIB? 
Existem três diferentes óticas de mensuração do produto da Economia: 
Ótica do Produto: O cálculo do PIB pela ótica do produto mede o valor agregado em cada etapa do processo 
de produção de bens e serviços. 
EXEMPLO: Considere a produção de iogurtes por uma firma industrial. Suponha que sejam produzidos 500 
litros de iogurte por ano, ao preço médio de R$2,00, logo o valor da produção da firma no ano será de 500*R$ 
2,00 = R$1.000,00. Como medir a contribuição da firma para o PIB do país? Para chegarmos a real 
contribuição, no PIB da economia, devemos descontar do valor da produção de cada firma o que foi adquirido 
de outras firmas, ou seja, o produto intermediário. Desta forma estaremos considerando aquilo que cada 
firma agrega de valor durante o seu processo de produção. Seguindo no exemplo, suponha que a firma 
compre o equivalente a R$300,00 de leite para produzir os 500 litros de iogurte. Logo, o valor adicionado (ou 
agregado) da firma produtora de iogurte no ano terá sido de R$700,00 (R$1000,00 menos R$300,00), e esta 
é sua contribuição ao PIB, e não R$1.000,00. Assim, o PIB pela ótica do produto é calculado: Ótica do produto 
= Valor da Produção – Valor dos Consumos Intermediários 
Ótica da Renda: Soma de todos os pagamentos efetuados como: salários (remuneração pelo trabalho), 
aluguéis (remuneração pela propriedade), lucro (remuneração ao capital de risco), juros (remuneração ao 
capital). 
Ótica da renda = Soma das remunerações dos fatores de produção 
Ótica da Despesa: Considera que, em contas nacionais, toda produção de bens e serviços é destinada ou 
para gasto corrente (consumo) ou gasto em formação de capital (investimento). A medida de PIB pode ser 
obtida então pela soma do total dos gastos dos agentes econômicos em consumo de bens e serviços, e em 
investimento para ampliação de capacidade produtiva ou manutenção do equipamento. 
Ótica da despesa = Soma dos gastos com bens de consumo final e bens de investimento em capital 
 
PIB per capita 
Mas podemos afirmar que se o PIB do país está aumentando, a sua população está mais rica? 
Uma das maneiras para medir isso é o PIB per capita, ou seja, dividindo o PIB anual do país pela população 
residente no mesmo período de tempo. 
Mas será que o PIB per capita é uma mensuração satisfatória da qualidade de vida dos habitantes do país? 
Apesar de muito utilizada, essa medida pode não ser considerada uma representação satisfatória do nível 
de qualidade de vida. O PIB per capita mede a renda média da população. 
EXEMPLO: Suponha a população de um país composta por 1 pessoa ganhando $7000,00 por ano e 9 
ganhando R$700,00 por ano, que corresponde ao salário mínimo do país. Se for calculada a média será de 
R$1330,00 e estará bem acima do salário mínimo. 
Uma população com renda elevada? 
Não, o cálculo não consegue refletir grande parte da população. 
 
**Em economias como a nossa, com uma distribuição de renda concentrada, o PIB per capita não consegue 
representar a qualidade de vida do brasileiro. Veremos que precisamos de indicadores como IDH para 
melhorar essa análise. De qualquer forma, a taxa de crescimento do PIB per capita é uma medida 
importante para qualificar o crescimento do PIB ao longo do tempo. Podemos ter uma taxa de crescimento 
do PIB positiva, porém um PIB per capita negativo.** 
 
Renda Nacional Bruta (RNB) 
Como foi visto pelo cálculo do PIB pela ótica da renda, parte da remuneração dos fatores de produção pode 
não ficar dentro do país, se, por exemplo, os fatores de produção forem de não residentes. O PIB de um país 
considera toda a produção em um território, independente da origem do recurso, e a RNB considera a 
remuneração à produção apenas aos residentes. 
Tendo o valor do PIB, para se chegar ao valor da RNB, é necessário calcular o saldo entre os pagamentos de 
rendas recebidas do exterior e o pagamento das rendas enviadas ao exterior. Se o saldo for positivo, ou seja, 
se o país recebe mais recursos como renda do que paga, então se soma ao PIB para se obter a RNB; se o 
saldo for negativo, ou seja, o país envia ao exterior mais recursos como renda do que recebe, então se subtrai 
do PIB e, neste caso, a RNB será menor do que o PIB. 
 
Emprego e Desemprego 
Ouvimos nos noticiários, lemos no jornal sobre um grande problema da economia brasileira que é o 
desemprego. 
Mas como se mede o desemprego? 
Para se chegar a uma medida é necessário calcular primeiro a população em idade de trabalhar, ou seja, do total da 
população exclui-se quem não está em idade de formação escolar básica (abaixo de 14 anos pela nova pesquisa do 
IBGE), os idosos, os incapacitados ao trabalho etc. 
A medida da taxa de desemprego, ou taxa de desocupação, é a proporção das pessoas que não estavam ocupadas 
(mas que procuraram emprego nos últimos 30 dias em relação à data da entrevista) em relação ao total da força de 
trabalho. 
Taxa de desocupação (%) = (pessoas desocupadas/pessoas na força de trabalho) *100 
 
Metas de curto e longo prazo da Macroeconomia 
Como vimos anteriormente, um sistema econômico (maneira como a economia é administrada) se depara 
com algumas questões fundamentais. Essas questões denominam-se: 
Conjunturais (curto prazo): São questões conjunturais de uma economia o emprego e a inflação - Nível de 
Emprego e Combate á Inflação. 
Estruturais (longo prazo): São questões estruturais de uma economia o Crescimento e o Desenvolvimento 
Econômico. 
 
Instrumentos de política macroeconômica 
As Ferramentas de Política Econômica que o governo dispõe para conduzir a economia a atingir as metas 
de curto e longo prazo, são chamadas Instrumentos de Política Macroeconômica. São elas: 
Política Fiscal: São instrumentos que o governo dispõe para arrecadar tributos e controlar suas despesas 
(política tributária e política de gastos públicos). 
EXEMPLO: Para atingir o objetivo de promover crescimento econômico, o governo pode reduzir a carga 
tributária (com isso aumenta a demanda agregada) e aumentar os gastos públicos (promovendo mais 
emprego, produção e consumo). Se o objetivo for o controle de inflação, os instrumentos devem seguir o 
sentido inverso. 
Política Monetária: É a atuação do governo na quantidade de moeda, títulos de dívida pública e taxa 
básica de juros (SELIC). 
EXEMPLO: Se a meta for de reduzir a inflação, as medidas de política monetária devem ser de retrair a base 
monetária, ou seja, aumentar a SELIC, os depósitos compulsórios e/ou a venda de títulos de dívida pública. 
Se a meta for de crescimento econômico, as medidas seriam inversas. 
Política Cambial e Comercial: A política cambial é a atuação do governo no mercado cambial. A política 
comercial tem a ver com medidas adotadas pelo governo no objetivode intervir nas transações com o 
exterior. 
EXEMPLO: As tarifas alfandegárias cobradas sobre os produtos importados retratam bem essa interferência. 
Quanto maior a tarifa mais dificultadas se tornarão as importações e mais protegida da concorrência externa 
estará a indústria nacional e, consequentemente, seus empregados. 
Política de Rendas: Refere-se à intervenção do governo na formação de rendas, ou seja, aluguéis e 
salários, podendo também tratar do controle e congelamento de preços. 
EXEMPLO: Determinação do salário mínimo pelo governo.

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