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TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) – teoria adotada pelo CP (art. 4°). “Art. 4º C.P. - Considera-se pratica- do o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o mo- mento do resultado.” Considera-se praticado o crime no momento do resultado. Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) ou do resultado. LUGAR DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE O crime considera-se praticado no lugar da conduta. O crime considera-se praticado no lugar do resultado. o crime considera-se praticado no lugar da conduta ou do resultado. Adotada. “Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em par- te, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (a circunstância alheia à vontade do agente que impediu o resultado deve ocorrer no território nacio- nal).” CRIME TEORIA TRIPARTITE TEORIA BIPARTITE Crime = fato típico + ilicitude + culpabilidade Crime = fato típico + ilicitude * Culpabilidade como pressuposto para aplicação da pena CONDUTA TEORIA CAUSALISTA (CAUSAL-NATURALISTA/ CLÁSSICA/NATURALÍSTICA/MECANICISTA) Idealizada por Von Liszt, Beling, Radbruch. Início do século XIX. Marcadas pelos ideais positivistas. Segue o método empregado pelas ciências naturais Crime: (Teoria tripartite) - Fato típico (conduta), Ilici- tude e Culpabilidade Conduta: movimento corporal voluntário que produz uma modificação no mundo exterior, perceptível pelos sentidos. Experimentação TEORIA NEOKANTISTA (CAUSAL-VALORATIVA/NEOCLÁSSICA/NORMATIVISTA) Idealizada por Edmund Mezger. Desenvolvida nas primeiras décadas do século XX. Tem base causalista Fundamenta-se em uma visão neoclássica, marcada pela superação do positivismo, introduzindo a raciona- lização do método Valoração Conduta: Comportamento humano voluntário causador de um resultado. TEORIA FINALISTA Criada por Hans Welzel. Meados do século XX (1930 – 1960). Percebe que o dolo e a culpa estavam inseridos no substrato errado (não devem integrar a culpabilidade). Conduta: Comportamento humano voluntário psiquica- TEORIA FINALSITA (ÔNTICO-FENOMENOLÓGICA) mente dirigido a um fim (toda conduta é orientada por um querer). OBS: Para Welzel, toda consciência é intencional. OBS: Retira do dolo seu elemento normativo (consciên- cia da ilicitude). OBS: Culpabilidade formada apenas por elementos nor- mativos (potencial consciência da ilicitude, exigibilida- de de conduta diversa, imputabilidade). OBS: Dolo normativo (consciência da ilicitude) passa a ser dolo natural/valorativamente neutro (dolo sem consciência da ilicitude). Dica: supera-se a cegueira do causalismo com um fina- lismo vidente. TEORIA SOCIAL DA AÇÃO Desenvolvida por Wessels, tendo como principal adepto Jescheck. A pretensão desta teoria não é substituir as teorias clássica e finalista, mas acrescentar-lhes uma nova di- mensão, qual seja, a relevância social do comporta- mento. Conduta: Comportamento humano voluntário psiquica- mente dirigido a um fim, socialmente reprovável. ATENÇÃO: para esta teoria, o dolo e a culpa integram o fato típico (finalismo), mas são novamente analisados no juízo da culpabilidade (causalismo). FUNCIONALISMO (TEORIAS FUNCIONALISTAS) Ganham força e espaço na década de 1970, discutidas com ênfase na Alemanha. Buscam adequar a dogmática penal aos fins do Direito Penal. Percebem que o Direito Penal tem necessariamente uma missão e que seus institutos devem ser compreen- didos de acordo com essa missão – (edificam o Direito Penal a partir da função que lhe é conferida). Conclusão: a conduta deve ser compreendida de acor- do com a missão conferida ao direito penal. FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO / DUALISTA / MODERA- DO / DA POLÍTICA CRIMINAL / VALORATIVO Roxin (Escola de Munique) CRIME: fato típico (conduta), ilícito e reprovável (im- putabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigi- bilidade de conduta diversa e necessidade da pena). OBS: Roxin busca a reconstrução do Direito Penal com base em critérios político-criminais. Missão do Direito Penal: proteção de bens jurídicos. Proteger os valores essenciais à convivência social har- mônica. Conduta: Comportamento humano voluntário causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL Jakobs (Escola de Bonn) CRIME: fato típico (conduta), ilícito e culpável (imputa- bilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibili- dade de conduta diversa). OBS: Para Jakobs, o Direito Penal deve visar primordi- almente à reafirmação da norma violada e ao fortaleci- mento das expectativas de seus destinatários. Missão do Direito Penal: Assegurar a vigência do siste- ma. Está relativamente vinculada à noção de sistemas soci- ais (Niklas Luhmann). Conduta: Comportamento humano voluntário causador de um resultado violador do sistema, frustrando as ex- pectativas normativas. OBS: Ação é produção de resultado evitável pelo indiví- duo (teoria da evitabilidade individual). OBS: O agente é punido porque violou a norma e a pena visa reafirmar a norma violada. TEORIAS DO DOLO TEORIA DA VONTADE TEORIA DA REPRESENTAÇÃO TEORIA DO CONSENTIMENTO/ ASSENTIMENTO Dolo é a vontade consciente de que- rer praticar a infração penal. Dolo = previsão (consciência) + que- rer OBS: Adotada pelo CP em relação ao dolo direto. Fala-se em dolo sempre que o agen- te tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, deci- dir prosseguir com a conduta. Dolo = previsão ( consciência) + prosseguir com a conduta ATENÇÃO: Esta teoria acaba abran- gendo no conceito de dolo a culpa consciente. Fala-se em dolo sempre que o agen- te tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decide prosseguir com a conduta, assumin- do o risco de produzir o evento. Dolo = previsão (consciência) + pros- seguir com a conduta assumindo o risco do evento OBS: Esta teoria, diferente da ante- rior, não mais abrange no conceito de dolo a culpa consciente. OBS: Adotada pelo CP em relação ao dolo eventual. #Quais destas teorias foram adotadas pelo Brasil? - Teoria da vontade: dolo direto - Teoria do consentimento: dolo eventual FASES DA TIPICIDADE INDEPENDÊNCIA (BELING) CARÁTER INDICIÁRIO DA ILICITUDE (RATIO COGNOSCENDI) (MAYER) ESSÊNCIA DA ILICITUDE (“RATIO ESSENDI”) (MEZGER) TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO (ILICITUDE SEM AUTONO- MIA) Não há ligação do fato típico com a ilicitude e com a culpabilidade. Ocorrendo o fato típico há um indício de ilicitude, que poderá ser afastada se ocorrer alguma de suas ex- cludentes. Adotada pelo CP. Todas as condutas típicas são ilícitas. Tipicidade e ilicitude não são institutos distintos. Todas as condutas típicas são ilícitas. No entanto, para essa teoria, as causas de exclusão da ilicitude integram a tipicidade. RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE TEORIA DA AUTONOMIA OU ABSOLUTA INDEPEN- DÊNCIA TEORIA DA INDICIARIEDA- DE OU RATIO COGNOS- CENDI TEORIA DA ABSOLUTA DEPENDÊNCIA OU RATIO ESSENDI TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO VON BELING (1906). A tipicidade não tem qual- quer relação com a ilicitu- de. CUIDADO: excluída a ilici- tude o fato permanece típico. Ex: Fulano mata Beltrano – temos um fato típico. Comprovado que Fulano agiu em legítima defesa, exclui a ilicitude, mas per- manece o fato típico. MAYER (1915). A existência de fato típico