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TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) – teoria adotada pelo CP (art. 4°). “Art. 4º C.P. - Considera-se pratica- do o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o mo- mento do resultado.” Considera-se praticado o crime no momento do resultado. Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) ou do resultado. LUGAR DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE O crime considera-se praticado no lugar da conduta. O crime considera-se praticado no lugar do resultado. o crime considera-se praticado no lugar da conduta ou do resultado. Adotada. “Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em par- te, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (a circunstância alheia à vontade do agente que impediu o resultado deve ocorrer no território nacio- nal).” CRIME TEORIA TRIPARTITE TEORIA BIPARTITE Crime = fato típico + ilicitude + culpabilidade Crime = fato típico + ilicitude * Culpabilidade como pressuposto para aplicação da pena CONDUTA TEORIA CAUSALISTA (CAUSAL-NATURALISTA/ CLÁSSICA/NATURALÍSTICA/MECANICISTA) Idealizada por Von Liszt, Beling, Radbruch. Início do século XIX. Marcadas pelos ideais positivistas. Segue o método empregado pelas ciências naturais Crime: (Teoria tripartite) - Fato típico (conduta), Ilici- tude e Culpabilidade Conduta: movimento corporal voluntário que produz uma modificação no mundo exterior, perceptível pelos sentidos. Experimentação TEORIA NEOKANTISTA (CAUSAL-VALORATIVA/NEOCLÁSSICA/NORMATIVISTA) Idealizada por Edmund Mezger. Desenvolvida nas primeiras décadas do século XX. Tem base causalista Fundamenta-se em uma visão neoclássica, marcada pela superação do positivismo, introduzindo a raciona- lização do método Valoração Conduta: Comportamento humano voluntário causador de um resultado. TEORIA FINALISTA Criada por Hans Welzel. Meados do século XX (1930 – 1960). Percebe que o dolo e a culpa estavam inseridos no substrato errado (não devem integrar a culpabilidade). Conduta: Comportamento humano voluntário psiquica- TEORIA FINALSITA (ÔNTICO-FENOMENOLÓGICA) mente dirigido a um fim (toda conduta é orientada por um querer). OBS: Para Welzel, toda consciência é intencional. OBS: Retira do dolo seu elemento normativo (consciên- cia da ilicitude). OBS: Culpabilidade formada apenas por elementos nor- mativos (potencial consciência da ilicitude, exigibilida- de de conduta diversa, imputabilidade). OBS: Dolo normativo (consciência da ilicitude) passa a ser dolo natural/valorativamente neutro (dolo sem consciência da ilicitude). Dica: supera-se a cegueira do causalismo com um fina- lismo vidente. TEORIA SOCIAL DA AÇÃO Desenvolvida por Wessels, tendo como principal adepto Jescheck. A pretensão desta teoria não é substituir as teorias clássica e finalista, mas acrescentar-lhes uma nova di- mensão, qual seja, a relevância social do comporta- mento. Conduta: Comportamento humano voluntário psiquica- mente dirigido a um fim, socialmente reprovável. ATENÇÃO: para esta teoria, o dolo e a culpa integram o fato típico (finalismo), mas são novamente analisados no juízo da culpabilidade (causalismo). FUNCIONALISMO (TEORIAS FUNCIONALISTAS) Ganham força e espaço na década de 1970, discutidas com ênfase na Alemanha. Buscam adequar a dogmática penal aos fins do Direito Penal. Percebem que o Direito Penal tem necessariamente uma missão e que seus institutos devem ser compreen- didos de acordo com essa missão – (edificam o Direito Penal a partir da função que lhe é conferida). Conclusão: a conduta deve ser compreendida de acor- do com a missão conferida ao direito penal. FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO / DUALISTA / MODERA- DO / DA POLÍTICA CRIMINAL / VALORATIVO Roxin (Escola de Munique) CRIME: fato típico (conduta), ilícito e reprovável (im- putabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigi- bilidade de conduta diversa e necessidade da pena). OBS: Roxin busca a reconstrução do Direito Penal com base em critérios político-criminais. Missão do Direito Penal: proteção de bens jurídicos. Proteger os valores essenciais à convivência social har- mônica. Conduta: Comportamento humano voluntário causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL Jakobs (Escola de Bonn) CRIME: fato típico (conduta), ilícito e culpável (imputa- bilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibili- dade de conduta diversa). OBS: Para Jakobs, o Direito Penal deve visar primordi- almente à reafirmação da norma violada e ao fortaleci- mento das expectativas de seus destinatários. Missão do Direito Penal: Assegurar a vigência do siste- ma. Está relativamente vinculada à noção de sistemas soci- ais (Niklas Luhmann). Conduta: Comportamento humano voluntário causador de um resultado violador do sistema, frustrando as ex- pectativas normativas. OBS: Ação é produção de resultado evitável pelo indiví- duo (teoria da evitabilidade individual). OBS: O agente é punido porque violou a norma e a pena visa reafirmar a norma violada. TEORIAS DO DOLO TEORIA DA VONTADE TEORIA DA REPRESENTAÇÃO TEORIA DO CONSENTIMENTO/ ASSENTIMENTO Dolo é a vontade consciente de que- rer praticar a infração penal. Dolo = previsão (consciência) + que- rer OBS: Adotada pelo CP em relação ao dolo direto. Fala-se em dolo sempre que o agen- te tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, deci- dir prosseguir com a conduta. Dolo = previsão ( consciência) + prosseguir com a conduta ATENÇÃO: Esta teoria acaba abran- gendo no conceito de dolo a culpa consciente. Fala-se em dolo sempre que o agen- te tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decide prosseguir com a conduta, assumin- do o risco de produzir o evento. Dolo = previsão (consciência) + pros- seguir com a conduta assumindo o risco do evento OBS: Esta teoria, diferente da ante- rior, não mais abrange no conceito de dolo a culpa consciente. OBS: Adotada pelo CP em relação ao dolo eventual. #Quais destas teorias foram adotadas pelo Brasil? - Teoria da vontade: dolo direto - Teoria do consentimento: dolo eventual FASES DA TIPICIDADE INDEPENDÊNCIA (BELING) CARÁTER INDICIÁRIO DA ILICITUDE (RATIO COGNOSCENDI) (MAYER) ESSÊNCIA DA ILICITUDE (“RATIO ESSENDI”) (MEZGER) TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO (ILICITUDE SEM AUTONO- MIA) Não há ligação do fato típico com a ilicitude e com a culpabilidade. Ocorrendo o fato típico há um indício de ilicitude, que poderá ser afastada se ocorrer alguma de suas ex- cludentes. Adotada pelo CP. Todas as condutas típicas são ilícitas. Tipicidade e ilicitude não são institutos distintos. Todas as condutas típicas são ilícitas. No entanto, para essa teoria, as causas de exclusão da ilicitude integram a tipicidade. RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE TEORIA DA AUTONOMIA OU ABSOLUTA INDEPEN- DÊNCIA TEORIA DA INDICIARIEDA- DE OU RATIO COGNOS- CENDI TEORIA DA ABSOLUTA DEPENDÊNCIA OU RATIO ESSENDI TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO VON BELING (1906). A tipicidade não tem qual- quer relação com a ilicitu- de. CUIDADO: excluída a ilici- tude o fato permanece típico. Ex: Fulano mata Beltrano – temos um fato típico. Comprovado que Fulano agiu em legítima defesa, exclui a ilicitude, mas per- manece o fato típico. MAYER (1915). A existência de fato típicogera presunção de ilicitu- de. - Relativa dependência. CUIDADO: excluída a ilici- tude, o fato permanece típico. Ex: Fulano mata Beltrano. Comprova a tipicidade, presume-se a ilicitude. Fu- lano tem que provar que agiu em legítima defesa. Comprovando, desaparece MEZGER (1930) A ilicitude é essência da tipicidade, numa relação de absoluta dependência. CUIDADO: excluída a ilici- tude, exclui-se o fato típi- co (tipo total injusto). Chega no mesmo resultado da 3ª teoria, mas por outro caminho. De acordo com essa teoria, o tipo penal é composto de elementos positivos (ex- plícitos) e elementos ne- gativos (implícitos). ATENÇÃO: para que o fato seja típico, é preciso pra- ticar os elementos positi- vos do tipo, e não prati- car os elementos negati- vos do tipo. a ilicitude, mas o fato con- tinua típico. De acordo com a maioria da doutrina, o Brasil seguiu a TEORIA DA INDICIARIE- DADE, isto é, provada a ti- picidade, presume-se rela- tivamente a ilicitude, pro- vocando inversão do ônus da prova nas descriminan- tes. Ex: matar alguém. Elemen- tos positivos: matar al- guém. Elementos negati- vos: estado necessidade/legítima defe- sa. ESTADO DE NECESSIDADE TEORIA DIFERENCIADORA CPM arts. 39 e 45 TEORIA UNITÁRIA CP art. 24, §2° Estado de necessidade justificante Exclui a ilicitude Bem jurídico: vale + ou = (vida) Bem sacrificado: vale – ou + (patrimônio) Estado de necessidade justificante Exclui a ilicitude Bem jurídico: vale + ou = (vida) Bem sacrificado: vale – ou + (patrimônio) Estado de necessidade exculpante Exclui a culpabilidade Bem jurídico: vale - (patrimônio) Bem sacrificado: vale + (vida) OBS: Para a Teoria Diferenciadora o Estado de Necessi- dade pode ser ou causa de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade (considera a variação de valor dos bens em conflito). Para a Teoria Unitária o Estado de Neces- sidade será sempre causa de exclusão da ilicitude (es- tado de necessidade justificante). #E no caso do bem protegido valer menos que o bem sacrificado? Pode servir como diminuição de pena. ERRO SOBRE OS PRESSUPOSTOS FÁTICOS TEORIA LIMITADA DA CULPABILIDA- DE (prevalece no Brasil) TEORIA EXTREMADA DA CULPABILI- DADE TEORIA EXTREMADA “SUI GENERIS” DA CULPABILIDADE O erro sobre os pressupostos fáticos deve equiparar-se a erro de tipo. Se inevitável, exclui dolo e culpa; se evitável, pune a culpa. Prevista na exposição de motivos do CP. Apesar de previso no art. 20, §1° que o agente fica isento de pena, a conse- quência será a exclusão da tipicida- de (ausência de dolo e culpa). Equipara-se a erro de proibição. Se inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, diminui a pena. De acordo com essa teoria, o art. 20, §1°, CP, reúne as duas teorias anteriores, seguindo a extremada, quando o erro é inevitável, e a limi- tada, quando o erro é evitável. CULPABILIDADE TEORIA PSICOLÓGICA FRANZ VON LISZT E BELING A culpabilidade seria constituída pelo elemento psicoló- gico – dolo ou culpa. A imputabilidade não é elemento da culpabilidade. A imputabilidade é considerada como um pressuposto para análise da culpabilidade e não elemento constitu- tivo dela. O dolo é normativo (consciência da ilicitude). EDMUND MEZGER, BERTOLD FREUDENTHAL, GOLDS- CHIMITD E FRANK. A culpabilidade seria constituída pelos elementos psico- TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA lógicos/subjetivos (dolo e culpa), além dos elementos normativos: imputabilidade e exigibilidade de condu- ta diversa. Para esta segunda teoria a consciência da ilicitude es- tava embutida no dolo. Atualmente, o dolo é o binômio consciência e vontade, sendo que a consciência não é da ilicitude, mas sim a consciência de saber o que se está fazendo. Não rompe com o causalismo, mas é influenciada pelo neokantismo. TEORIA NORMATIVA OU TEORIA NORMATIVA PURA HANS WELZEL Toda conduta humana é destinada a um fim, portanto, toda conduta humana é dolosa ou culposa, necessaria- mente. Welzel retirou o dolo e a culpa da culpabilidade e os colocou na conduta humana, elemento do fato típico. Ao fazer isso, retira a consciência da ilicitude do dolo (aspecto normativo), para entender que culpabilidade é imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa e a potencial consciência da ilicitude. Este é o atual estágio da culpabilidade – culpabilidade normativa. Dolo e culpa fazem parte da conduta humana penal- mente relevante, ao passo que a culpabilidade é consti- tuída de elementos normativos. Dolo deixa de ser normativo e passa a ser natural. TEORIAS SOBRE O MOMENTO DE INÍCIO DA EXECUÇÃO TEORIA DA HOSTILIDADE AO BEM JURÍDICO/CRITÉRIO MATERIAL TEORIA OBJETIVO-FORMAL TEORIA OBJETIVO-INDIVIDUAL Consideram-se atos executórios aqueles que atacam o bem jurídico, criando-lhe concreta situação de pe- rigo. Nélson Hungria. Entende-se como ato executório aquele que inicia a realização do núcleo do tipo. Frederico Marques. Consideram-se atos executórios aqueles que, de acordo com o plano do agente, ocorrem no período ime- diatamente anterior ao começo da realização do núcleo. STJ. Maioria da doutrina moderna. Zaffaroni. PUNIÇÃO DA TENTATIVA TEORIA OBJETIVA/REALÍSTICA TEORIA SUBJETIVA/VOLUNTARÍSTICA/MONISTA Observa o aspecto objetivo do delito (sob a perspectiva dos atos praticados pelo agente). A punição se fundamenta no perigo de dano acarretado ao bem jurídico, verificado na realização de parte do processo executório. Conclusão: por ser objetivamente incompleta, a tenta- tiva merece pena reduzida. A tentativa é chamada de tipo manco. Quanto maior a proximidade da consumação menor será a diminuição, e vice-versa (leva-se em conta o iter cri- minis percorrido pelo agente). Adotado pelo CP. Observa o aspecto subjetivo do delito (sob a perspecti- va do dolo). Conclusão: sob a perspectiva subjetiva (dolo), a consu- mação e a tentativa são idênticas, logo, a tentativa deve ter a mesma pena da consumação, sem redução. Regra: Teoria objetiva (pune-se a tentativa com a pena da consumação reduzida de 1/3 a 2/3). Exceção: Teoria subjetiva (pune-se a tentativa com a mesma pena da consumação – sem redução). São os cri- mes de atentado ou empreendimento. CRIME IMPOSSÍVEL / QUASE-CRIME / CRIME OCO / TENTATIVA INIDÔNEA / TENTATIVA INADEQUADA / TENTATIVA INÚTIL TEORIA SINTOMÁTICA TEORIA SUBJETIVA TEORIA OBJETIVA Com a sua conduta, demonstra o agente ser perigoso, razão pela qual deve ser punido, ainda que o crime se mostre impossível de ser consu- mado. Por ter como fundamento a periculosidade do agente, esta teo- ria se relaciona diretamente com o direito penal do autor. Sendo a conduta subjetivamente perfeita (vontade consciente de pra- ticar o delito), deve o agente sofrer a mesma pena cominada à tentativa, sendo indiferente os dados (objeti- vos) relativos à impropriedade do objeto ou ineficácia do meio, ainda quando absolutas. O agente deve ser punido porque revelou vontade de praticar o crime. Crime é conduta e resultado. Este configura dano ou perigo de dano ao bem jurídico. A execução deve ser idônea, ou seja, trazer a potenciali- dade do evento. Caso inidônea, te- mos configurado o crime impossível. O agente não deve ser punido por- que não causou perigo aos bens pe- nalmente tutelados. A teoria objeti- va subdivide-se: 1) TEORIA OBJETIVA PURA: não há tentativa, mesmo que a inidoneida- de seja relativa, considerando-se, neste caso, que não houve conduta capaz de causar lesão. 2) TEORIA OBJETIVA TEMPERADA OU INTERMEDIÁRIA: a ineficácia do meio e a impropriedade do objeto devem ser absolutas para que não haja punição. Sendo relativas, pune- se a tentativa. É a teoria adotada pelo Código Penal.CONCURSO DE AGENTES TEORIA MONISTA (UNITÁRIA OU IGUALITÁRIA) TEORIA PLURALISTA TEORIA DA CUMPLICIDADE-DELITO DISTINTO TEORIA DA AUTONOMIA DA CON- CORRÊNCIA TEORIA DUALISTA O crime é único para todos os con- correntes. Regra no CP. A pena será aplicada na medida da culpabilidade de cada agente. O juiz fixará a pena levando em considera- ção circunstâncias relacionadas ao fato, à vítima e ao agente. Segundo Luiz Regis Prado, o CP adotou a teo- ria monista de forma matizada ou temperada, já que estabeleceu cer- tos graus de participação e um ver- dadeiro reforço do princípio consti- tucional da individualização da pena. A cada um dos agentes se atribuem conduta, razão pela qual cada um responde por delito autônomo. Ha- verá tantos crimes quanto sejam os agentes que concorrem para o fato. Cada um responde pelo seu crime. Adotada pelo CP em casos excepcio- nais. Tem-se um crime para os executores do núcleo e outro aos que não o rea- lizam, mas concorrem de qualquer modo. Divide a responsabilidade dos autores e dos partícipes. Crime úni- co para autores principais (partici- pação primária) e outro crime único para os autores secundários/partíci- pes (participação secundária). O CP adotou como regra a TEORIA MONISTA: “Art. 29 C.P. - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na me- dida de sua culpabilidade.” Excepcionalmente, no que tange à infração penal, o CP adotou ora o DUALISMO, ora o PLURALISMO. Exemplo - dualismo: art. 29, §1° e §2°, CP. Exemplos - pluralismo: no aborto, o agente provocador responde pelo art. 126, CP e a gestante pelo art. 124, CP. AUTORIA TEORIA SUBJETIVA TEORIA UNITÁRIA TEORIA EXTENSIVA (Mezger) TEORIA OBJETIVA TEORIA DUALISTA TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO não existe distinção entre autor e partícipe. Conclusão: todo aquele que de alguma forma con- tribui para a produção do resultado é autor. OBS: Tem como funda- mento a teoria da equiva- lência dos antecedentes causais. não distingue autor do partícipe, mas permite o estabelecimento de graus diversos de autoria. Conclusão: todos aqueles que concorrem para o mesmo evento são auto- res. No entanto, a depen- der da contribuição temos graus diversos de autoria. OBS: Tem como funda- mento a teoria da equiva- lência dos antecedentes causais. Estabelece clara distinção entre autor e partícipe. Conceito restritivo de au- tor. Esta teoria divide-se em: 1. TEORIA OBJETIVO FOR- MAL: Autor: realiza o núcleo do tipo. Executa, total ou parcial- mente, a conduta que rea- liza o tipo. Partícipe: concorre sem realizar o núcleo do tipo. Coautoria: conjuntamente realizam o núcleo do tipo – princípio da imputação re- cíproca. Concepção majoritaria- mente adotada. OBS: não explica as ques- tões que envolvem a auto- ria mediata. 2. TEORIA OBJETIVO MA- TERIAL: Autor: contribui de forma mais efetiva para a con- corrência do resultado (sem necessariamente pra- ticar o núcleo do tipo) Partícipe: concorre de for- ma menos relevante Exposição de motivos do Código Penal – item 25 (adotou teoria objetivo formal) OBS: na concepção de Ro- xin, o domínio do fato pode se dar de 3 formas: - Domínio da ação (autor imediato): o autor realiza pessoalmente os elemen- tos do tipo. - Domínio da vontade (au- tor mediato): é autor aquele que domina a von- tade de um terceiro que é utilizado como instrumen- to. - Domínio funcional do fato (autor funcional): em uma atuação conjunta (di- visão de tarefas) para a realização de um fato, é autor aquele que pratica um ato relevante na exe- cução (não na fase prepa- ratória) do plano delitivo global. #Autor: é quem controla finalisticamente o fato, ou seja, quem decide a sua forma de execução, seu início, cessação e de- mais condições. Ex.: “Mensalão”: José Dir- ceu era quem controlava os eventos, apesar de não ter realizado os núcleos dos tipos. #Partícipe: será aquele que, embora colabore do- losamente para o alcance do resultado, não exerce domínio sobre a ação. ATENÇÃO: Podemos afir- mar que tem o controle final do fato: a) Aquele que, por sua vontade, executa o núcleo do tipo (autor propriamen- te dito) b) Aquele que planeja o crime para ser executado por outras pessoas (autor intelectual) c) Aquele que se vale de um não culpável ou de pessoa que age sem dolo ou culpa para executar o tipo (autor mediato) OBSERVAÇÃO IMPORTAN- TE: a teoria do domínio do fato tem aplicação apenas nos crimes dolosos, única forma em que se admite o controle finalístico sobre o fato criminoso. Nos crimes culposos, o autor não pos- sui o domínio do fato, pois não quer a produção do resultado. PARTÍCIPE TEORIA DA ACESSORIEDA- DE MÍNIMA TEORIA DA ACESSORIEDA- DE MÉDIA / LIMITADA (prevalece) TEORIA DA ACESSORIEDA- DE MÁXIMA (EXTREMADA) TEORIA DA HIPERACESSO- RIEDADE Para punir o partícipe, bas- ta que o fato principal seja típico. Crítica: é uma teoria injus- ta, pois se o partícipe in- duzir alguém a matar ou- trem em legítima defesa, só o partícipe será punido. Para punir o partícipe, bas- ta que o fato principal seja típico e ilícito, indepen- dentemente da culpabili- dade e da punibilidade do agente. Ex.: Fulano participa de fato praticado por menor. ATENÇÃO: Fulano é par- tícipe (e não autor media- to). Não se confunde o par- tícipe de um fato previsto com crime praticado por um menor com o autor me- diato que se vale de um menor para praticar um fato. Para punir o partícipe, bas- ta que o fato principal seja típico, ilícito e culpável. Ex.: Fato praticado por menor com auxílio de um maior imputável, este agente não será punível. Para punir o partícipe, o fato principal deve ser típi- co, ilícito, culpável e puní- vel. FINALIDADES DA PENA CORRENTE ABSOLUTISTA CORRENTE UTILITARISTA/RELATI- VAS/PREVENTIVAS CORRENTE ECLÉTICA (TEORIA MISTA) A pena tem como objetivo retribuir o mal causado. A pena não possui nenhum fim socialmente útil. Kant e Hegel. A pena atua como instrumento de prevenção. A pena objetiva retribuição + pre- venção. Adotada pelo nosso CP (art. 59). “Art. 59 - O juiz, atendendo à culpa- bilidade, aos antecedentes, à condu- ta social, à personalidade do agen- te, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, esta- belecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e pre- venção do crime.” SISTEMA DA APLICAÇÃO DA PENA SISTEMA DO CÚMU- LO MATERIAL SISTEMA DO CÚMU- LO JURÍDICO ABSORÇÃO EXASPERAÇÃO RESPONSABILIDADE ÚNICA E DA PENA PROGRESSIVA ÚNICA Cada delito corres- ponde a uma pena, que será somada com as demais. É adotado pelo CP nos arts. 69 (concur- so material), 70, ca- put, 2a parte (con- curso formal impró- prio/imperfeito) e na aplicação das pe- nas de multa. Não há cumulação de panas. Aplica-se uma única pena, mas com seve- ridade suficiente para atender a gravi- dade dos crimes pra- ticados. A pena a ser aplicada deve ser a do delito mais grave. A pena a ser aplicada deve ser a do delito mais grave, mas au- mentada em certa quantidade. Adotado pelo CP nos arts. 70, caput, 1a parte (concurso for- mal próprio/perfei- to) e 71 (crime con- tinuado). Não há cumulação de penas, mas deve-se aumentar a responsa- bilidade do agente à medida que aumenta o número de infra- ções.
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