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TRATAMENTO DAS DISLIPIDEMIAS ATEROGÊNESE Depósito de LDL Colesterol no endotélio vascular + Disfunção endotelial causada por fatores de risco; Expressão de moléculas de adesão e entrada de monócitos no espaço intimal = resposta inflamatória no endotélio vascular. Englobamento de LDL oxidadas: formação de células espumosas; Liberação de mediadores inflamatórios, com amplificação do processo; Formação da placa de ateroma. As partículas de LDL se depositam entre as células endoteliais e a camada de lâmina elástica do endotélio vascular. Uma parte dos lipídios das LDLs se oxidam atraindo os macrófagos. Estes as fagocitam, originando as células esponjosas. As células endoteliais da parede da artéria são injuriadas, ou mecanicamente ou por citotoxicidade pelas LDLs oxidadas ou pelas células esponjosas, causando exposição da área afetada e agregação plaquetária. Ocorre proliferação e migração das células musculares lisas. ADESÃO E AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA. Calcifica a placa = perde a capacidade de se ajustar. Os triacilgliceróis e colesterol intracelular são liberados e se acumulam. Ocorre a secreção de material fibroso que forma uma capa. As células começam a morrer. Com o avanço da lesão, o tecido morre. Ocorre calcificação. A ruptura e a hemorragia da placa nos vasos coronários, causam a formação do trombo, que reduzem o calibre dos vasos criando a estenose. A oclusão dos vasos provoca o infarto ou derrame. Acúmulos de lipídeos modificados Ativação das células endoteliais Migração das células inflamatórias Ativação das células inflamatórias Recrutamento das células musculares lisas Proliferação e síntese da matriz Formação da capa fibrosa Ruptura da placa Agregação das plaquetas TrombosePLACA DE ATEROMA Fatores que desestabilizam a placa Cigarro Álcool Radicais Livres Pressão Arterial elevada CONSEQUÊNCIAS DA ATEROSCLEROSE Principal causa de morte em todo o mundo Evolução lenta Vários fatores aceleram sua evolução - fatores de risco Os sintomas aparecem geralmente apenas quando ocorre importante obstrução do vaso Não existe terapêutica curativa = apenas estabilizadora. A abordagem consiste na identificação e correção dos fatores de risco O tratamento invasivo é feito apenas quando a obstrução é severa, pois ele não impede a progressão da doença PCR = proteína C reativa = de alta sensibilidade. Marcador bioquímico da atividade reumática. DISLIPIDEMIAS Classificação Laboratorial Hipercolesterolemia isolada Elevação isolada do CT, geralmente aumento do LDL-C Hipertrigliceridemia isolada Elevação isolada dos TG, por aumento do VLDL e/ou QM Hiperlipidemia Mista Valores aumentados de CT e TG HDL-C Baixo c/ ou s/ aumento de LDL ou TG Classificação Etiológica Dislipidemias primárias Causas genéticas Dislipidemias Secundárias Apresenta causa secundária DISLIPIDEMIAS SECUNDÁRIAS Três grupos: Dislipidemia secundária a doença Dislipidemia secundária a medicamentos Dislipidemia secundária a hábitos de vida inadequados Na bulimia a pessoa não come, então não tem substrato energético, começa a quebrar gordura, por isso aumenta os níveis. Etilismo = excesso de carboidratos = rica fonte de glicose. DETERMINAÇÕES LABORATORIAIS Perfil Lipídico Colesterol Total (CT) Triglicerídeos (TG) HDL-C LDL-C Lipoproteína(a) – Lp(a) Homocisteína (HCY) Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as) Fibrinogênio Lipoproteína(a) – Lp(a) Associada à ocorrência de eventos cardiovasculares; Não há provas de que a diminuição dos níveis diminui o risco de aterosclerose Homocisteína (HCY) Aminoácido formado do metabolismo da metionina Elevações associadas à disfunção endotelial, trombose e maior gravidade de aterosclerose Não há evidências de que níveis elevados sejam fator de risco isolado Proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as) Marcador do processo inflamatório em indivíduos sadios Não se aplica a fumantes, diabéticos, portadores de osteoartrose, mulheres sob TRH, no uso de AINES ou em infecções. Determinações da coleta: Estilo de vida habitual nas últimas três semanas Jejum de 12-24hs, imprescindível para valores de TG e HDL-C Evitar exercício três horas antes da coleta Durante a coleta o paciente deve estar sentado e deve-se evitar a estase venosa Esperar até três semanas em caso de doenças leves, mudanças dietéticas recentes Esperar até três meses em caso de doença grave ou procedimento cirúrgico Suspender medicamentos não imprescindíveis Pacientes sob tratamento não devem suspender a medicação nem a dieta; ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO A estratificação é feita com base no risco absoluto; O LDL-C é considerado fator causal e independente de aterosclerose e sobre o qual se deve agir a fim de diminuir a morbi-mortalidade; O poder preditor de risco e a meta lipídica adotada para prevenção varia de acordo com os fatores de risco presentes; Prevenção Primária Modificação dos fatores de risco para retardar ou evitar o aparecimento da doença aterosclerótica Prevenção secundária Terapêutica para reduzir os eventos e diminuir a mortalidade em pacientes com doença aterosclerótica Controle dos fatores de risco Terapêutica para evitar a ruptura da placa Prevenção Primária (níveis) I - de baixo risco (<10% em 10 anos) II - de médio risco (10-20% em 10 anos) III - de alto risco (>20% em 10 anos) Prevenção secundária Diabéticos Portadores de Aterosclerose ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAN FÁRMACOS ESTATINAS – ensaio clínico AVERT, a atorvastatina reduziu 36% a incidência de eventos isquêmicos. Angina estável – manejo Prevenção de crises Estatinas Lovastatina; Pravastatina; Sinvastatina = PRIMEIRA GERAÇÃO Fluvastatina; Atorvastatina = SEGUNDA GERAÇÃO Rosuvastatina = TERCEIRA GERAÇÃO Enzima HMG CoA sintetase = inibida. Ações Farmacológicas Reversão da disfunção endotelial; Diminuição da coagulação; Redução da inflamação; Aumento da biodisponibilidade de no; Reações Adversas Miopatias – rabdomiólise; Mialgia; Elevação das transaminases hepáticas; Transaminases hepáticas = AST e ALT INIBIDORES DA ABSORÇÃO DE ÁCIDOS BILIARES Colestiramina Colesevelam Colestipol INIBIDORES DA ABSORÇÃO DO COLESTEROL Redução de 50% do LDLEsteróis vegetais; Ezetimibe; FIBRATOS Ligam se ao PPAR α (receptor ativado pelo proliferador peroxissômico ), um receptor nuclear expresso nos hepatócitos, músculo esquelético, macrófagos e coração. Genfibrozil; Fenofibrato; Bezafibrato; Ciprofibrato; Transcrição de genes – expressão protéica. Reações adversas Distúrbios gastrintestinais; Miopatia; Arritmias cardíacas; NIACINA Ácido Nicotínico ou vitamina B3 (vitamina hidrossolúvel); Exige grandes doses – 1.500 a 3.000 mg/dia; Diminui LDL e TG; Aumenta HDL; Reações adversas Rubor cutâneo e prurido (liberação de prostaglandinas D2 e E2 na pele); Miopatia; Resistência insulínica; Hiperuricemia;
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