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RESENHA DO CAPÍTULO 3 VARIAÇÃO E ENSINO NORMA PADRÃO E VARIEDADES ESTIGMATIZADAS PDF

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR PARANAGUÁ 
1ª ANO DE LETRAS – PORTUGUÊS E RESPECTIVAS LITERATURAS 
 
MARIA DE FÁTIMA OLIVEIRA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA DO CAPÍTULO III DO LIVRO: DA LINGUISTICA FORMAL A 
LINGUÍSTICA SOCIAL – ROBERTO GOMES GAMACHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARANAGUÁ 
2016 
RESENHA DO CAPÍTULO III VARIAÇÃO E ENSINO: NORMA PADRÃO E 
VARIEDADES ESTIGMATIZADAS 
 
 Desde que crianças, somos ensinados a “falar corretamente” e temos 
subentendidos muitas vezes, que outras formas do falar, possam estar errados e 
é isso que o capítulo III deste livro vem nos explicar. Primeiramente, o capítulo 
nos diz sobre: o modelo da deficiência e institucionalização do preconceito social, 
mostrando as premissas deste assunto, isto é, a ferramenta de base deste 
raciocínio. Segundo GAMACHO, para separar as posições com mais clareza 
BARATZ (1968) denominou essa posição preconceituosa de “modelo da 
deficiência”, em oposição à atitude tradicionalmente adotada pelos linguistas, que 
denominou apropriadamente de “modelo da diferença”. Mas, qual foi essa posição 
que Baratz denominou preconceituosa? Muito simples, foi de que assumir uma 
concepção social de linguagem, diligenciou a estabilidade de um agrupamento 
relevante de asserções, que estruturou o princípio de cientificidade da linguística 
em geral. Este modelo da deficiência, nos explica, que a comparação com a norma 
padrão, poderemos encontrar variedades grandes, e que, automaticamente 
corresponde as sociedades menos favorecidas, ou seja, essa fala 
“marginalizada”, falada de qualquer maneira, é um clássico de sociedades mais 
pobres, enquanto as mais ricas fazem o uso da linguagem da norma padrão, ou 
culta, porém, podemos pressupor que é muito difícil uma pessoa, mesmo sendo 
ela de classe alta, conseguir falar realmente da maneira correta, e foi a isso que 
Baratz referiu-se. 
 BARATZ (1968) elaborou um teste bilateral, uma vez que pegando várias 
pessoas de classes sociais diferentes, para mostrar a capacidade dos grupos 
falantes das variáveis prestigio e variáveis estigmatizadas, ou seja, testou as 
classes para mostrar as suas diferenças na pronuncia de palavras. Outro filósofo 
que percebeu este preconceito foi Willian Labov. 
 LABOV (1978) explica que há um preconceito ideológico contra todas as 
formas de manifestação cultural das classes mais marginalizadas. Labov critica 
também a concepção binária de Bernstein em detrimento de um continuum 
estilístico, do qual dois “códigos” seriam apenas os polos mais prototípicos, isto é, 
Labov nos mostra que havia um preconceito com as classes mais baixas. 
 Avançando um pouco pelo capítulo III, podemos encontrar que com o 
movimento modernista, há uma ruptura nos valores simbólicos associados, ou 
seja, há uma suspensão entre a norma-padrão e a escrita, o certo e errado e o 
modernismo é mencionado como uma interrupção dos valores simbólicos 
relacionados a instituição da norma-padrão escrita. SEGUNDO PAGOTTO 
(2001), as razões do porque o movimento modernista de 1992 acabou, estão 
estabelecidos nos gestos básicos de associar oralidade e paródia. Entendemos 
no texto também, que durante a fala essas variantes sempre irão existir, porém 
na escrita se faz necessário o uso de algumas regras da norma-padrão, isto é, o 
falar “errado”, com gírias, realmente não é errado como muitos pensam, isto 
porque está sendo aplicado na fala, porém, se usado na escrita, o conceito muda 
completamente, já que na escrita, devemos tomar certos cuidados, utilizando as 
regras da norma-padrão.

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