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Fraude contra credores é matéria de direito material. Consta de atos praticados pelo devedor, proprietário de bens ou direitos, a título gratuito ou oneroso, visando a prejudicar o credor em tempo futuro. O credor ainda não ingressou em juízo, pois a obrigação pode ainda não ser exigível. A exteriorização da intenção de prejudicar somente se manifestará quando o devedor já se achar na situação de insolvência. O credor deve provar a intenção do devedor de prejudicar (eventum damni) e o acordo entre o devedor alienante e o adquirente (consilium fraudis). Os atos praticados em fraude contra credores são passiveis de anulação por meio de ação apropriada, denominada ação pauliana a que se refere o artigo 161 do Código Civil. Os bens somente retornam ao patrimônio do devedor (e ficarão sujeitos à penhora) depois de julgada procedente a ação pauliana. Ação Pauliana; Ação intentada por credores na busca de anular o negócio jurídico feito por devedor insolvente que se desfaz de seus bens que seriam utilizados para pagar dívida. Plano da Validade; não basta apenas a manifestação de vontade, ela precisa ser livre, sem vícios, as partes ou agentes deverão ser capazes, bem como o objeto deve ser lícito, possível, determinado ou determinável e a forma deverá ser prescrita ou não defesa em lei. Fraude à execução é instituto de direito processual. Pouco importa, para sua existência, que o autor tenha expectativa de sentença favorável em processo de cognição, ou, se é portador de título executivo extrajudicial que enseja processo de execução. Os atos praticados em fraude à execução são ineficazes, podendo os bens serem alcançados por atos de apreensão judicial, independentemente de qualquer ação de natureza declaratória ou constitutiva. É declarada incidentemente. Não há necessidade de ação Plano da Eficácia FRAUDE CONTRA CREDORES FRAUDE À EXECUÇÃO Fundamento Legal É um instrumento do direito material pela sua previsão expressa do Art. 200, do NCPC, cujo caminho é proteger, defender e preservar os direitos e interesses creditícios. Para isso, entretanto, é necessário o ingresso de uma Ação Pauliana A scientia fraudis é elemento essencial, conforme previsto no novo Código Civil brasileiro, art. 158. Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. § 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente. § 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles. Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família. Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada. A conhecida súmula 375, em 2009: “o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.” a referida súmula permanece íntegra com o novo código, a essência da fraude à execução, razão pela qual a súmula mantém-se intacta: Conforme súmula 375, do STJ: O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. Art. 790. São sujeitos à execução os bens: V – alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; O Novo Código de Processo Civil passou a exigir que a pendência do processo precisa ser averbada. é necessária a má-fé tanto do devedor quanto do terceiro, sendo tal má-fé originaria de sua provada ciência de ação pendente, seja fundada em direito real (art.792, I, NCPC), seja a que possa reduzir o devedor à insolvência (art.792, II, NCPC) Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: I – quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver. II – quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828; § 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias. Características Ato atentatório à dignidade da justiça Inexistência de ação Instituto do Direito Material Causa de anulação do ato Exige ação própria (ação Pauliana revocatória) Insolvência (inadimplência) Ato atentatório à dignidade da justiça Existência de ação Instituto do Direito Processual Causa de Ineficácia do ato Não exige ação própria (Declara incidental) Efeitos Juridicos Fh hklçcfgxj tfh Busca a lei proteger os credores contra atos fraudatórios praticados por devedores, tornando ineficaz o negócio jurídico que objetivou impossibilitar o adimplemento da obrigação. Estes atos ocorrem no curso de ação judicial, não necessariamente na ação de execução ou na fase de cumprimento de sentença. Também objetiva a lei evitar a frustração do resultado útil do processo, que, se permitida, retiraria da sentença judicial a sua eficácia, configurando ato atentatório à dignidade da justiça. A alienação de bens em qualquer dessas hipóteses é ineficaz (relativa, parcial e originária) em relação ao autor da ação, ou seja, a venda do bem não poderá ser-lhe oposta, e o bem continuará respondendo pela dívida. não ocorrerá nulidade e sim ineficácia da venda, uma vez que se fundada no inciso I do referido artigo, o credor se tornará dono do direito real em discussão. Ação Cabível ou Manifestação Processual Cabível Zsdghzdh z\sh\sh BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Institui o Código Civil, Brasília, 10 de Janeiro de 2002. Súmula 375 STJ “o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente”. Súmula 195, STJ: “Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra credores.” Art. 792, V, NCPC: “Ficam sujeitos à execução os bens: V- alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução.” DINAMARCO, Cândido Rangel, p. 288/289.
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