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CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
 A doutrina costuma classificar os direitos fundamentais em gerações ou dimensões, sendo que a primeira dimensão abrange o direito à liberdade, à expressão, à locomoção e à vida, que surgiu entre os séculos XII e XIX. O primeiro documento que traz a instituição destes direitos é a Magna Carta de 1215, da Inglaterra, assinada pelo rei João Sem Terra. 
 A segunda dimensão é formada pelos direitos sociais, culturais, econômicos, ramificações do direito à igualdade, impulsionados pela Revolução Industrial européia. Os principais documentos que representam esta geração são a Constituição de Weimar, da Alemanha e o Tratado de Versales, ambos de 1919. 
Englobando os direitos à paz, a uma qualidade de vida saudável, à proteção ao consumidor e à preservação do meio-ambiente, surge a terceira dimensão dos direitos fundamentais. 
Dada relevância outros doutrinadores alargaram tais dimensões podendo chegar até a quinta. Abaixo relacionado a parte histórica e a classificação delas com mais detalhes dando ênfase ao exposto na Constituição da República.
 A Constituição Federal da Republica Federativa do Brasil, para a qual os Direitos Fundamentais estão classificados e divididos em: Direitos Individuais (art. 5º); Direitos Coletivos (art. 5º); Direitos Sociais (arts. 6º e 193); Direitos à Nacionalidade (art. 12) e Direitos Políticos (arts. 14 a 17). A Constituição não inclui os Direitos fundados nas relações econômicas, entre os Direitos Fundamentais, mas eles existem e estão estabelecidos nos arts. 170 a 192. 
 Essa é uma classificação legislativa. Há outras classificações dos direitos fundamentais, sendo a mais usual a de Jellinek, apud José Carlos Vieira de Andrade, a qual faz uma classificação importante dos direitos fundamentais, dividindo-os em três espécies: direitos de defesa, direitos prestacionais e direitos de participação. Vejamos cada uma das espécies:
Direitos de defesa são aqueles cuja finalidade é defender o individuo do arbítrio do Estado. Os direitos de defesa do indivíduo em face do Estado são os direitos individuais clássicos, aqueles primeiros que surgiram ligados às liberdades, são os chamados direitos individuais. Os direitos de defesa/liberdade têm um status negativo, posto que exigem do Estado uma abstenção e não uma atuação positiva, impondo-lhe (Estado) o dever de não intervir, não reprimir, não censurar...
Já os direitos prestacionais, exigem do Estado, não uma simples abstenção, mas uma atuação positiva. São direitos que exigem do Estado prestações jurídicas, como segurança, assistência judiciária gratuita, ou materiais, como saúde, educação. Basicamente são os direitos sociais, aqueles que vão exigir do Estado prestações materiais/jurídicas.
Com relação aos direitos de participação, são aqueles que vão permitir a participação do indivíduo na vida política do Estado. Referidos direitos estão ligados à cidadania, sua função é garantir a participação individual na formação da vontade política da comunidade. Traduzem-se nos direitos de nacionalidade e políticos.
DIREITOS DE PRIMEIRA DIMENSÃO
 Foram as chamadas revoluções liberais, ocorridas no final do Século XVIII que deram origem a referidos direitos de primeira geração, isso porque o principal valor que se buscava era liberdade, o seu núcleo era a busca pela liberdade.Os direitos de primeira dimensão seriam, na classificação de Jellinek, os direitos de defesa do indivíduo em face do Estado. Direitos que têm um caráter negativo. Que vão exigir uma abstenção por parte do Estado. São os chamados direitos de liberdade, essencialmente individuais.
Fundamentalmente, os direitos de primeira dimensão são os direitos civis e políticos.
DIREITOS DE SEGUNDA DIMENSÃO
 A segunda dimensão de direitos é ligada aos valores de igualdade, porém, não a igualdade formal, ‘tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual’, a igualdade que se trata nos direitos de segunda dimensão é a igualdade material, que refere-se à atuação do Estado para reduzir desigualdades existentes.
O surgimento dos direitos de segunda dimensão está relacionado à Revolução Industrial.
Na classificação de Jellinek, se enquadrariam como direitos prestacionais.
São direitos que tem um caráter positivo, que exigem uma atuação por parte do Estado. Direitos sociais, econômicos e culturais.
DIREITOS DE TERCEIRA DIMENSÃO 
A partir da terceira dimensão, a divergência doutrinária quanto à classificação dos direitos fundamentais é muito grande, alguns autores chegam até mesmo em citar direitos de quinta dimensão. Em nosso estudo, adotaremos a classificação do Prof. Paulo Bonavides como referência. 
A terceira dimensão diz respeito aos direitos ligados à fraternidade ou à solidariedade.
Segundo Paulo Bonavides, o que fez surgirem esses direitos de terceira geração, foi a distância abismal entre países de primeiro mundo e os chamado terceiro mundo, desenvolvidos e subdesenvolvidos. Começou-se a falar numa necessidade de colaboração, de ajuda dos países mais desenvolvidos aos menos privilegiados.
Os direitos de terceira dimensão então seriam, num rol exemplificativo, os seguintes: Direito ao desenvolvimento ou progresso; Direito ao meio ambiente; Direito à autodeterminação dos povos (um dos princípios que rege o Brasil nas suas relações internacionais, art. 4º); Direito de comunicação; Direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e Direito à paz.
Esses direitos são ainda taxados de direitos transindividuais, difusos ou coletivos.
DIREITOS DE QUARTA DIMENSÃO
 São os direitos ligados à pluralidade. Segundo Paulo Bonavides, o fator histórico que teria dado origem aos direitos de quarta geração seria a globalização política, sendo a responsável pela introdução destes direitos no plano jurídico, ocasionando também uma globalização jurídica.
Podemos citar três direitos como de quarta dimensão: Direito à democracia; Direito à informação; Direito ao pluralismo.
DIREITOS DE QUINTA DIMENSÃO
 A quinta dimensão de direitos fundamentais, a qual Augusto Zimmermann, aponta como os direitos inerentes à realidade virtual, compreendendo o grande desenvolvimento da internet. Porém, O jurista Paulo Bonavides sintetizou a importância do direito à paz em uma sociedade globalizada onde prevalece a lógica neoliberal, geradora de contrastes que culminam em violência ao traçar um panorama histórico e social das cinco gerações de Direitos Fundamentais, com a seguinte frase: “A guerra é um crime e a paz é um direito?”.
 O contexto de disputas internacionais, economia globalizada e guerras em prol da soberania internacional levaram ao que o professor Bonavides chama de 5ª Geração do Direito, uma geração em que o direito supremo da humanidade é a paz. A defesa da paz se tornou um princípio constitucional e, como os outros princípios, tem ela mesma força e expressão normativa. Tais fatos ainda não é pacíficos pela Doutrina.

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