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Agonistas dos receptores de dopamina

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Agonistas dos receptores de dopamina:
O tratamento da doença de Parkinson também pode ser realizado por agonistas dopaminérgicos e esta opção apresenta importantes vantagens ao tratamento com Levodopa.
Farmacodinâmica: Os agonistas dopaminérgicos atuam diretamente sobre os receptores de dopamina e por terem essa ação direta sobre o receptor não necessitam ser metabolizados previamente para atuarem, como é o caso da levodopa. Além disso, eles não possuem nenhum metabólito tóxico e não competem com outras substâncias para o transporte ativo no sangue e através da barreira hematoencefálica. Os agonistas dos receptores dopaminérgicos utilizados clinicamente também têm ações mais prologadas(8-24h) do que a da Levodopa.
Os agonistas da dopamina desempenham um importante papel como terapia de primeira linha para doença de Parkinson, e o seu uso está associado a uma incidência mais baixa das flutuações da resposta e discinesias que ocorrem com a terapia da levodopa à longo prazo.
Entre os agonistas dos receptores de dopamina temos a bromocriptina, pergolida, ropinirol e pramipexol. Nos mais antigos como a bromocriptina e pergolida, as doses precisam ser tituladas mais lentamente enquanto que o ropinirol e pramipexol são mais bem tolerados no tratamento da doença de Parkinson. O ropinirol e o pramipexol são bem absorvidos por via oral e produzem ações terapêuticas semelhantes atenuando os sintomas clínicos da doença de Parkinson. O ropinirol também está disponível em liberação prolongada para a administração em dose única diária, que é mais conveniente e reduz os efeitos adversos relacionados às doses intermitentes. Esses fármacos podem causar alucinações ou confusão e também podem causar náuseas e hipotensão ortostática. Além disso, eles estão associados à sonolência, logo é recomendável alertar os pacientes quanto a essa possibilidade. 
Inibidores da catecol-0-metiltransferase(COMT):
Na tentativa de melhorar a resposta dos pacientes à levodopa, foram elaboradas e lançadas no mercado medicamentos que inibem a catecol-O-metil transferase (COMT). Os principais fármacos dessa classe são a Tolcapona e Entacapona.
Farmacodinâmica: A catecol-O-metil transferase é uma enzima relacionada ao metabolismo das catecolaminas, e no sistema dopaminérgico, a COMT metaboliza a levodopa produzindo 3-O-metil-dopa. Logo, a ação terapêutica principal dos inibidores da COMT é bloquear essa conversão periférica da levodopa em 3-O-metil-dopa, ampliando a meia-vida plasmática do fármaco e também a fração da dose que chega ao SNC.
Há dois inibidores da COMT disponiveis para uso clínico, a Tolcapona e a Entacapona, e esses fármacos são úteis em pacientes em uso de levodopa que desenvolveram flutuações da resposta. A tolcapona tem ação relativamente longa, possibilitando a administração de duas ou três doses por dia, e atua por inibição central e periférica da COMT. Já a entacapona tem ação curta, apresenta inibição periférica e geralmente é administrada junto com cada dose de levodopa/carbidopa. Os efeitos adversos incluem náuseas, hipotensão ortostática, confusão e alucinações. Além disso à tolcapona está associada à hepatotoxicidade, logo, prefere-se, em geral, a entacapona.

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