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Informe Epidemiológico: 05/2017 Pinhais, 16 de maio de 2017. Essa data ficou marcada porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune. A proposta do “18 DE MAIO” é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual. Diferença entre exploração sexual e abuso sexual? A principal diferença entre esses dois tipos de crime é o interesse financeiro que está por trás da exploração. Abuso Sexual Pode ser dentro ou fora da família. Acontece quando o corpo de uma criança ou adolescente é usado para a satisfação sexual de um adulto, com ou sem o uso da violência física. Desnudar, tocar, acariciar as partes íntimas, levar a criança a assistir ou participar de práticas sexuais de qualquer natureza também constituem características desse tipo de crime. É o uso de crianças e adolescentes em atividades sexuais remuneradas (ou seja, em troca de dinheiro). A exploração ocorre quando a criança ou adolescente vende seu corpo porque foi a essa prática, seja pela situação de pobreza absoluta, pelo abuso sexual familiar ou pelo estímulo ao consumo. Uma criança não tem poder de decisão para se prostituir, mas pode ter seu corpo explorado por terceiros, que obtêm algum tipo de lucro com isso. Port “prostituição infantil”, e sim exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá exploração, violência, crueldade e opressão. Estatuto da Criança e do Adolescente Art. 5° - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfico, envolvendo criança ou adolescente Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou adolescente Exploração sexual comercial É o uso de crianças e adolescentes em atividades sexuais remuneradas (ou seja, em troca A exploração ocorre quando a criança ou adolescente vende seu corpo porque foi prática, seja pela situação de pobreza absoluta, pelo abuso sexual familiar ou pelo Uma criança não tem poder de decisão para se prostituir, mas pode ter seu corpo explorado por terceiros, que obtêm algum tipo de lucro com isso. Port “prostituição infantil”, e sim exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. Constituição Federal É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, a, crueldade e opressão. da Criança e do Adolescente - Lei 11.829/2008 Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de explícito ou pornográfico, envolvendo criança ou adolescente. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo envolvendo criança ou adolescente. É o uso de crianças e adolescentes em atividades sexuais remuneradas (ou seja, em troca A exploração ocorre quando a criança ou adolescente vende seu corpo porque foi induzida prática, seja pela situação de pobreza absoluta, pelo abuso sexual familiar ou pelo Uma criança não tem poder de decisão para se prostituir, mas pode ter seu corpo explorado por terceiros, que obtêm algum tipo de lucro com isso. Portanto, não existe “prostituição infantil”, e sim exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, Lei 11.829/2008 Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo Art. 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069/90 Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência. O que é violência? É tudo que fazemos ou deixamos de fazer que provoque dano físico, sexual e/ou psicológico à criança ou adolescente. O que é trabalho infantil? É quando crianças e adolescentes abaixo da idade mínima legal permitida por lei, são constrangidos, convencidos ou obrigados a exercer funções e a assumir responsabilidades de adulto, inapropriadas à etapa de desenvolvimento em que se encontram. O que é negligência? É falha ou omissão em prover os cuidados, a atenção, o afeto e as necessidades básicas da criança ou do adolescente, como saúde e alimentação. O que é o abandono? É a ausência da pessoa responsável pelo cuidado, guarda, vigilância da criança ou adolescente. O que é violência física? É o uso da força física utilizada para machucar a criança ou adolescente de forma intencional. Por vezes, a violência física pode deixar no corpo marcas como hematomas, arranhões, fraturas, queimaduras, cortes, entre outros. O que é violência sexual? É abusar ou explorar o corpo e a sexualidade de crianças e adolescentes. Algumas formas: Abuso sexual doméstico ou intrafamiliar: Quando existe um laço familiar, ou de responsabilidade, entre a criança ou adolescente e o agressor; Abuso sexual sem contato físico: Assédio, ameaças e chantagens, conversas abertas, exibicionismo, voyeurismo, pornografia; Abuso sexual com contato físico: Carícias nos genitais, tentativas de relação sexual, sexo oral, penetração vaginal e anal; Pedofilia: Atração erótica por crianças, podendo o pedófilo se satisfazer com fotos, fantasias ou ato sexual; Pornografia: Uso e exposição de imagens eróticas. Esse crime diz respeito a quem fotografa e a quem mostra as imagens. Turismo sexual:Caracterizado por excursões com fins velados ou explícitos de proporcionar prazer e sexo a turistas. Tráfico para fins de exploração sexual: Envolve sedução, aliciamento, rapto, intercâmbio, transferência, hospedagem para posterior atuação da vítima. O que é violência psicológica? É um conjunto de atitudes, palavras e ações que objetivam constranger, envergonhar, censurar e pressionar a criança ou adolescente, gerando situações vexatórias que podem prejudicá-lo em vários aspectos de sua saúde e desenvolvimento. O que é violência institucional? É qualquer manifestação de violência contra criança e adolescentes praticada por instituições formais responsáveis pela sua proteção. O que é omissão institucional? É a omissão das instituições em cumprir as suas atividades de assegurar a proteção e a defesa de crianças e adolescentes. Como perceber a existência da violência? As crianças e adolescentes sinalizam de maneiras divers verbais, quando estão vivenciando alguma situação de violência. A seguir listamos alguns desses indicativos que, isoladamente não constituem evidência de violência, mas a ocorrência simultânea de vários desses indicadores pode s escola, a comunidade e demais profissionais que lidam com crianças e adolescentes devem estar atentos na observação desses sinais: Marcas de objetos na pele, fraturas, queimaduras entre outros; Falta de cuidado com a saúde e higiene; Tristeza, agressividade, abatimento profundo ou depressão; Ansiedade generalizada, dificuldades de concentração, estado de alerta constante, fadiga; Queda injustificada na frequência escolar, dificuldade de concentra Pouca ou nenhuma participação nas atividades escolares; Interesse precoce por brincadeiras sexuais e/ou erotizadas; Masturbação compulsiva; Sintomas de doenças sexualmente transmissíveis; Mudanças extremas e inexplicáveis de comportame Regressão a comportamentos infantis como, por exemplo, chupar dedos, incontinência urinária, choro excessivo sem causa aparente; Mudança de hábito alimentar, perda de apetite ou excesso de alimentação; Frequentes fugas de casa e/ou ausência de Envolvimento com drogas; Pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso. Como perceber a existência da violência? As crianças e adolescentes sinalizam de maneiras diversificadas, quase sempre não verbais, quando estão vivenciando alguma situação de violência. A seguir listamos alguns desses indicativos que, isoladamente não constituem evidência de violência, mas a ocorrência simultânea de vários desses indicadores pode sugerir uma situação de violência. Portanto, a família, a escola, a comunidade e demais profissionais que lidam com crianças e adolescentes devem estar atentos na observação desses sinais: de objetos na pele, fraturas, queimaduras entre outros; Falta de cuidado com a saúde e higiene; Tristeza, agressividade, abatimento profundo ou depressão; Ansiedade generalizada, dificuldades de concentração, estado de alerta constante, Queda injustificada na frequência escolar, dificuldade de concentra Pouca ou nenhuma participação nas atividades escolares; Interesse precoce por brincadeiras sexuais e/ou erotizadas; Masturbação compulsiva; Sintomas de doenças sexualmente transmissíveis; Mudanças extremas e inexplicáveis de comportamento e humor; Regressão a comportamentos infantis como, por exemplo, chupar dedos, incontinência urinária, choro excessivo sem causa aparente; Mudança de hábito alimentar, perda de apetite ou excesso de alimentação; Frequentes fugas de casa e/ou ausência de convívio familiar; Envolvimento com drogas; Pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso. Como perceber a existência da violência? ificadas, quase sempre não verbais, quando estão vivenciando alguma situação de violência. A seguir listamos alguns desses indicativos que, isoladamente não constituem evidência de violência, mas a ocorrência simultânea ugerir uma situação de violência. Portanto, a família, a escola, a comunidade e demais profissionais que lidam com crianças e adolescentes devem estar Ansiedade generalizada, dificuldades de concentração, estado de alerta constante, Queda injustificada na frequência escolar, dificuldade de concentração e aprendizagem; Regressão a comportamentos infantis como, por exemplo, chupar dedos, incontinência Mudança de hábito alimentar, perda de apetite ou excesso de alimentação; Pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de Você sabia? • Crianças e adolescentes sofrem várias formas de violência; • Todas as formas de violência, especialmente a sexual, afetam o crescimento saudável das crianças e adolescentes; • Que o pai e/ou mãe na maioria das vezes são responsáveis pela violência praticada contra seus filhos; • Que a residência onde a criança ou adolescente moram é o local em que mais acontecem situações de violência; O que pode ser feito? A violência contra criança e o adolescente precisa ser enfrentada por todos. Isoladamente ou em grupo, podemos influenciar na realidade existente na localidade onde atuamos. Como agir em caso de violência contra crianças e adolescentes? Se você tiver suspeita ou conhecimento de alguém que esteja sofrendo violência, a sua atitude deve ser denunciar! Isso pode ajudar crianças e adolescentes que estejam em situação de risco. As denúncias podem ser feitas a qualquer uma dessas instituições: Conselho Tutelar: 992063657 / 99206-3661; Dique 100; E-mail: disquedenuncia@sedh.gov.br Escola, com professores, orientadores ou diretores; Unidades de Saúde; CRAS e CREAS: 3912-5220 / 3912-5221; Delegacias especializadas ou comuns; Polícia Militar, Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal; Número 190; Pornografia na internet denuncie em: www.disque100.gov.br Hospitais de Referência para Atendimento de Violência Sexual 11 anos 11 meses e 29 dias ≥ 12 anos Mulheres ≥ 12 anos Mulheres e Homens. Situação epidemiológica do município Tabela 01 - Notificações de Violência Sexual por faixa etária. Pinhais, 2011 a 2017. Faixa Etária 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017* Total Menor 1 ano 00 02 00 00 02 01 00 05 1 a 4 anos 00 03 03 07 06 10 02 31 5 a 9 anos 00 08 07 04 13 05 03 40 10 a 14 anos 01 03 06 11 01 10 01 33 15 a 19 anos 00 01 13 07 03 04 01 29 Total 01 17 29 29 25 30 07 138 Fonte: Sistema de Informação de Agravo de Notificação – SINAN. *Dados preliminares. Gráfico 01 - Notificações de Violência Sexual em crianças e adolescentes por ano. Pinhais, 2011 a 2017. Fonte: Sistema de Informação de Agravo de Notificação – SINAN *Dados preliminares 1 17 29 29 25 30 7 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017* Gráfico 02 - Notificações de Violência Sexual Pinhais, 2011 a 2017. Fonte: Sistema de Informação de Agravo *Dados preliminares Elaborado por: Karolyne Gaio Ribeiro Colaboração: Roselene Martins da Silva 0 6 1 11 2011 2012 Notificações de Violência Sexual em crianças e adolescentes por sexo nformação de Agravo de Notificação – SINAN Ribeiro Colaboração: Roselene Martins da Silva 4 3 4 4 25 26 21 26 2013 2014 2015 2016 Masculino Feminino em crianças e adolescentes por sexo. 1 6 2017*
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