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Resumo de alterações do crescimento celular

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Pablo Barbosa – FAMP – 2015/2
Hipertrofia
Hipertrofia é o aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. Apesar de muitas vezes a hipertrofia e a hiperplasia estarem associadas na hipertrofia pura não existem células novas apenas células maiores com maior quantidade de proteínas estruturais e organelas.
Hiperplasia é a resposta adaptativa de células capazes de replicação enquanto a hipertrofia ocorre quando as células possuem capacidade limitada de divisão.
Hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação hormonal especifica. Esses estímulos acionam as vias de transdução de sinais que levam à indução de vários genes que estimulam a síntese de proteínas estruturais tendo como resultado a síntese de mais proteínas e miofilamentos por célula que aumenta a força gerada em cada contração melhorando o desempenho da célula.
Existem limites finitos da vascularização para suprir adequadamente as fibras aumentadas, das mitocôndrias em suprir o ATP ou da maquinaria biossintética para produzir proteínas contrateis ou outros elementos do citoesqueleto. No coração o resultado dessas alterações é a dilatação ventricular e consequente falência cardíaca que mostra como se um estresse não for retirado pode progredir para uma lesão tecidual.
Hiperplasia
A hiperplasia ocorre em tecidos capazes de se dividir, podendo ser fisiológica ou patológica sendo que em ambas situações a proliferação é estimulada por fatores de crescimento.
Existem 2 tipos de hiperplasia fisiológica: Hiperplasia hormonal ocorre por exemplo na proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e gravidez e a Hiperplasia compensatória onde cresce tecido residual após a remoção ou perda da porção de um órgão, no caso de um fígado que é parcialmente removido o estimulo para hiperplasia são os fatores de crescimento polipeptídicos produzidos pelos hepatócitos restantes assim como as células não parenquimatosas do fígado. As formas de hiperplasia patológica são causadas pela estimulação excessiva hormonal ou fatores do crescimento, após um período menstrual normal há aumento da proliferação do epitélio uterino que normalmente é regulada pela estimulação dos hormônios hipofisários, pelo estrogênio ovariano e inibição feita pela progesterona, se há um desequilíbrio entre estrogênio e progesterona ocorre hiperplasia do endométrio que a causa comum de sangramento menstrual anormal.
Papilomaviroses causam verrugas na pele e lesões nas mucosas que são compostas de massas de epitélio hiperplásico mas neste caso os fatores de crescimento podem ser codificados por genes virais ou por genes de células infectadas.
Em todas as situações o processo de hiperplasia permanece controlado, se os fatores desencadeantes são cessados então a hiperplasia desaparece e é isto que diferencia as hiperplasias patológicas benignas das do câncer que pode surgir posteriormente entretanto hiperplasia patológica aumenta as chances de se surgir um câncer posteriormente.
Atrofia
É a diminuição no tamanho da célula através da perda de substancia celular, apesar que suas funções fiquem diminuídas quando ocorre atrofia a célula não morre.
As causas para atrofia incluem diminuição de carga de trabalho, perda de inervação, diminuição de suprimento sanguíneo, nutrição inadequada, perda de estimulação endócrina e envelhecimento, estas causas representam uma retração da célula para um tamanho no qual a sobrevivência ainda é possível, um novo equilíbrio é adquirido entre o tamanho da célula e o fator desencadeante. 
A síntese de proteínas diminui por causa da redução da atividade metabólica. A degradação das proteínas celulares ocorre principalmente pela via ubiquitina-proteossoma, onde a deficiência de nutrientes e desuso irão ativar as ligases de ubiquitina que conjugam as múltiplas copias da ubiquitina às proteínas celulares direcionam essas proteínas para a degradação nos proteossomas. O aumento da autofagia ocorre porque a célula privada de nutrientes digere seus componentes no intuito de encontrar nutrição.
Metaplasia
É uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro também adulto. Nessa adaptação celular uma célula sensível a um estresse é substituída por outra mais capaz de suportar o ambiente hostil.
Acredita-se que a metaplasia surja por uma reprogramação de células-tronco que se diferenciam ao longo de outra via e não através de uma alteração fenotípica de células já diferenciadas.
O melhor exemplo de metaplasia são as células epiteliais normais colunares e ciliadas da traqueia e dos brônquios são focal ou difusamente substituídas por células epiteliais escamosas estratificadas. O epitélio pavimentoso estratificado mais resistente torna-se capaz de sobreviver as substancias químicas do cigarro do que o epitélio especializado no entanto essa mudança faz com que seja perdido importantes mecanismos de proteção. 
As influencias que induzem a transformação metaplasica se persistirem podem predispor à transformação maligna do epitélio.
Displasia
É uma condição adquirida caracterizada por alterações do crescimento e da diferenciação celular acompanhadas de redução ou perda da diferenciação das células afetadas.
Apesar das chances serem aumentadas quando comparada ao tecido normal, nem sempre displasias evoluem para câncer pois ela pode estacionar ou regredir. A atipia mais importante encontrada em displasias é a cariomegalia (resultado das alterações de conteúdo e DNA) também podem ser encontradas poliploidia e até mesmo aneuploidia mostrando que displasias são processos complexos onde há alterações na expressão dos genes que regulam a proliferação e diferenciação. As displasias não são totalmente autônomas, elas obedecem a fatores inibitórios assim o aspecto histológico do tecido pode voltar ao normal.
Muitas vezes é difícil distinguir a displasia de uma neoplasia por isso as displasias no epitélio estão sendo denominadas como neoplasias intra-epiteliais e classificadas em discreto, moderado e acentuado. Quanto mais grave for a displasia maiores são as chances dela se tornar um câncer.
As células displásicas perdem sua uniformidade, arranjo celular, possui pleomorfismo, hipercromatismo e figuras mitóticas.
Anaplasias
É chamada de formação reversa pois as células sofrem desdiferenciação ou então perda da diferenciação funcional e estrutural das células normais; são muito observadas em tumores malignos com alto grau de malignidade.
Na anaplasia ocorre muita proliferação celular, as células novas são diferentes das células de origem, ocorre pleomorfismo, hipercromatismo, ocorre alteração na proporção núcleo-citoplasma, os núcleos tornam se diferentes em tamanho e forma ficando proeminentes, células gigantes são comuns e ocorre figuras mitóticas atípicas; todas estas características tornam o tecido indiferenciado.

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