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Módulo VII - 1ª Lei da Termodinâmica Aplicada a Volume de Controle: Princípio de Conservação da Massa. Regime Permanente. 1ª Lei da Termodinâmica Aplicada a Volume de Controle: Regime Permanente, Dispositivos de Engenharia com Escoamento e Regime Transiente. Conservação da Massa A massa, assim como a energia, é uma propriedade que se conserva, e não pode ser criada nem destruída durante um processo. Em sistemas fechados, o princípio de conservação da massa é usado implicitamente pela exigência de que a massa do sistema permaneça constante. Em volumes de controle, ou sistemas abertos, a massa pode atravessar a fronteira do sistema e devemos levar em conta a quantidade de massa que entra e sai do volume de controle. Vazão Mássica e Vazão Volumétrica Vazão mássica ou fluxo de massa, ṁ, é a quantidade de massa que escoa através de uma área por unidade de tempo. Esse fluxo de massa pode ser expresso por: �̇� = ∫ 𝜌𝑉𝑛𝑑𝐴𝑐 𝐴𝑐 [𝑘𝑔/𝑠] onde ρ é massa específica do fluido escoando, Vn é a componente da velocidade normal a secção de área transversal ao escoamento e Ac é a secção de área transversal ao escoamento. A velocidade nunca é uniforme ao longo da secção transversal de um tubo, devido à condição de não-deslizamento nas paredes. Para isso, definimos a velocidade média de escoamento dado por: 𝑉𝑚é𝑑 = 1 𝐴𝑐 ∫ 𝑉𝑛𝑑𝐴𝑐 𝐴𝑐 Finalmente, para um escoamento com fluido incompressível ou para escoamento compressível com ρ uniforme temos: �̇� = 𝜌𝑉𝑚é𝑑𝐴𝑐 [𝑘𝑔/𝑠] De maneira semelhante, vazão volumétrica é o volume de fluido escoando através de uma área por unidade de tempo. �̇� = ∫ 𝑉𝑛𝑑𝐴𝑐 𝐴𝑐 = 𝑉𝑚é𝑑𝐴𝑐 = 𝑉𝐴𝑐 [𝑚 3/𝑠] Conservação da Massa para um Volume de Controle A transferência líquida de massa, ou do fluxo de massa, para ou de um volume de controle durante um intervalo de tempo Δt é igual à variação líquida da massa, ou do fluxo de massa, total dentro do volume de controle durante Δt. ∆𝑚𝑉𝐶 = ∑ 𝑚𝑒 − ∑ 𝑚𝑠 [𝑘𝑔] 𝑑𝑚𝑉𝐶 𝑑𝑡 = ∑ �̇�𝑒 − ∑ �̇�𝑠 [𝑘𝑔] onde os subscritos e e s representam os valores que estram e saem do volume de controle. Para um escoamento unidimensional temos que: 𝑑𝑚𝑉𝐶 𝑑𝑡 = ∑ 𝜌𝑉𝑒𝐴𝑒 𝑒 − ∑ 𝜌𝑉𝑠𝐴𝑠 𝑠 = ∑ 𝑉𝑒𝐴𝑒 𝑣𝑒 𝑒 − ∑ 𝑉𝑠𝐴𝑠 𝑣𝑠 𝑠 [𝑘𝑔] Já para o caso de escoamento permanente, durante o processo, a quantidade de massa contida dentro do volume de controle não muda com o tempo. Assim a quantidade de massa que entra em um volume de controle tem que ser igual a quantidade que sai. ∑ �̇�𝑒 = ∑ �̇�𝑠 No caso do escoamento em regime permanente com corrente única, como ocorre em muitos dispositivos de engenharia, a equação se reduz para: �̇�1 = �̇�2 → 𝜌1𝑉1𝐴1 = 𝜌2𝑉2𝐴2 Para fluidos incompressíveis a massa específica não tem variação considerável no decorrer do processo e com isso podemos reduzir ainda mais a equação para: ∑ �̇�𝑒 = ∑ �̇�𝑠 Neste caso também é comum a presença de apenas uma corrente: �̇�1 = �̇�2 → 𝑉1𝐴1 = 𝑉2𝐴2 Não podemos deixar de comentar que não existe o princípio de conservação de volume e portanto as vazões volumétricas podem ser diferentes. Conservação da Energia para um Volume de Controle O desenvolvimento do balanço de energia para um volume de controle pode ser obtido modificando-se o balanço da taxa de energia para sistema fechado de forma a levar em conta a transferência de energia, chegando a: 𝑑𝐸𝑉𝐶 𝑑𝑡 = �̇� − �̇� + �̇�𝑒 (𝑢𝑒 + 𝑉𝑒 2 2 + 𝑔𝑧𝑒) − �̇�𝑠 (𝑢𝑠 + 𝑉𝑠 2 2 + 𝑔𝑧𝑠) onde Q̇ e Ẇ representam a taxa líquida de transferência de energia por calor e trabalho através da fronteira do volume de controle no instante t. Os dois demais termos representam as taxas de transferência de energia interna, cinética e potencial dos fluxos de entrada e saída. O trabalho para volume de controle é convenientemente separado em duas contribuições. Uma associada à pressão do fluido à medida que a massa é introduzida nas entradas e removida nas saídas, e outra designada por ẆVC que inclui todos os outros efeitos. Para o primeiro efeito a equação é dada por: �̇�𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜,𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 𝑝𝑠𝐴𝑠𝑉𝑠 𝑒 �̇�𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜,𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝑝𝑒𝐴𝑒𝑉𝑒 𝐴𝑉 = �̇� 𝜌 = �̇�𝑣 Com isso o taxa de energia por trabalho total é dada por: �̇� = �̇�𝑉𝐶 + 𝑝𝑠𝐴𝑠𝑉𝑠 − 𝑝𝑒𝐴𝑒𝑉𝑒 = �̇�𝑉𝐶 + �̇�𝑠𝑝𝑠𝑣𝑠 − �̇�𝑒𝑝𝑒𝑣𝑒 Portanto para um escoamento unidimensional a taxa de energia para um volume de controle é: 𝑑𝐸𝑉𝐶 𝑑𝑡 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 + �̇�𝑒 (𝑢𝑒 + 𝑝𝑒𝑣𝑒 + 𝑉𝑒 2 2 + 𝑔𝑧𝑒) − �̇�𝑠 (𝑢𝑠 + 𝑝𝑠𝑣𝑠 + 𝑉𝑠 2 2 + 𝑔𝑧𝑠) 𝑑𝐸𝑉𝐶 𝑑𝑡 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 + �̇�𝑒 (ℎ𝑒 + 𝑉𝑒 2 2 + 𝑔𝑧𝑒) − �̇�𝑠 (ℎ𝑠 + 𝑉𝑠 2 2 + 𝑔𝑧𝑠) Como ocorre para a conservação da massa, na prática podem existir vários locais na fronteira através dos quais a massa entra e sai. 𝑑𝐸𝑉𝐶 𝑑𝑡 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 + ∑ �̇�𝑒 (ℎ𝑒 + 𝑉𝑒 2 2 + 𝑔𝑧𝑒) 𝑒 − ∑ �̇�𝑠 (ℎ𝑠 + 𝑉𝑠 2 2 + 𝑔𝑧𝑠) 𝑠 Para regime permanente, isto é, sem variação com o tempo temos: 0 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 + ∑ �̇�𝑒 (ℎ𝑒 + 𝑉𝑒 2 2 + 𝑔𝑧𝑒) 𝑒 − ∑ �̇�𝑠 (ℎ𝑠 + 𝑉𝑠 2 2 + 𝑔𝑧𝑠) 𝑠 �̇�𝑉𝐶 + ∑ �̇�𝑒 (ℎ𝑒 + 𝑉𝑒 2 2 + 𝑔𝑧𝑒) 𝑒 = �̇�𝑉𝐶 + ∑ �̇�𝑠 (ℎ𝑠 + 𝑉𝑠 2 2 + 𝑔𝑧𝑠) 𝑠 Para regime permanente com uma entrada e saída, o fluxo de massa é idêntico, resumindo-se para: 0 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 + �̇� [(ℎ1 − ℎ2) + (𝑉1 2 − 𝑉2 2) 2 + 𝑔(𝑧1 − 𝑧2)] Se o fluido sofrer uma variação desprezível em suas energias cinética e potencial enquanto escoa através de um volume de controle e equação de energia se reduzirá a: 0 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 + �̇�(ℎ1 − ℎ2) 𝑜𝑢 �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 = �̇�(ℎ2−ℎ1) Bocais e Difusores São normalmente utilizados em motores a jato, foguetes, ônibus espaciais e até mesmo mangueiras de jardim. Um bocal é um dispositivo que aumenta a velocidade de um fluido à custa da pressão. Um difusor é um dispositivo que aumenta a pressão de um fluido pela sua desaceleração. A taxa de transferência de calor entre o fluido que escoa em um bocal ou um difusor e sua vizinhança é geralmente muito pequena, e, portanto desprezível, assim como uma eventual variação na energia potencial. Também não envolvem trabalho, e com isso a equação de energia para esses dispositivos fica: 0 = (ℎ1 − ℎ2) + (𝑉1 2 − 𝑉2 2) 2 Turbinas e Compressores Turbinas são dispositivos que retiram energia de escoamento de um fluido transformando em trabalho. Já os compressores, assim como as bombas e os ventiladores, são utilizados para aumentar a pressão do fluido, porém diferem nas tarefas executadas. Ventilador aumenta a ligeiramente a pressão de um gás, compressor é capaz de aumentar bastante a pressão de um gás e bombas funcionam de forma parecida a um compressor, mas para líquidos. Para todos os casos a transferência de calor é desprezível, bem como a variação nas energias cinética e potencial. Com isso a equação de energia pode ser representada como: �̇�𝑉𝐶 = �̇�(ℎ1 − ℎ2) Válvulas de Estrangulamento É qualquer dispositivo que restringem o escoamento e causam uma queda significativa de pressão do fluido. Porém, essa queda de pressão não envolve nenhum trabalho, mas sim através de uma grande queda de temperatura. O escoamento através de um estrangulamento pode ser considerado adiabático e isentrópico, e as variações das energias cinética e potencial desprezíveis. Com tudo isso podemos representar a equação da energia nesses dispositivos como:ℎ1 = ℎ2 𝑢1 + 𝑃1𝑣1 = 𝑢2 + 𝑃2𝑣2 Câmara de Mistura e Trocadores de Calor Câmara de mistura e onde ocorre a mistura de duas correntes de fluidos. Em geral são isoladas não promovendo troca de energia térmica e não envolve trabalho. Como as variações das energias cinética e potencial são desprezíveis a equação de conservação da energia torna-se análoga à equação de conservação da massa. Já os trocadores de calor são dispositivos que duas correntes trocam calor sem se misturarem. Não envolvem interações de trabalho e as variações das energias cinética e potencial são desprezíveis, reduzindo a equação da energia para: 0 = �̇�𝑉𝐶 + ∑ �̇�𝑒ℎ𝑒 𝑒 − ∑ �̇�𝑠ℎ𝑠 𝑠 Regime Transiente São processos em que os valores das propriedades, as taxas de transferência de calor e de trabalho e vazões mássica podem variar com o tempo. Para o balanço de massa temos: ∫ ( 𝑑𝑚𝑉𝐶 𝑑𝑡 ) 𝑑𝑡 𝑡 0 = ∫ (∑ �̇�𝑒 𝑒 ) 𝑡 0 𝑑𝑡 − ∫ (∑ �̇�𝑠 𝑠 ) 𝑡 0 𝑑𝑡 𝑚𝑉𝐶(𝑡) − 𝑚𝑉𝐶(0) = ∑ 𝑚𝑒 𝑒 − ∑ 𝑚𝑠 𝑠 Integrando a equação de energia temos: 𝑈𝑉𝐶(𝑡) − 𝑈𝑉𝐶(0) = 𝑄𝑉𝐶 − 𝑊𝑉𝐶 + ∑ 𝑚𝑒 𝑒 ℎ𝑒 − ∑ 𝑚𝑠 𝑠 ℎ𝑠 Exemplos 1) Um aquecedor de água operando em regime permanente possui duas entradas e uma saída. Na entrada 1, o vapor d’água entra a p1 = 7 bar, T1 = 200°C com vazão mássica de 40 kg/s. Na entrada 2, água líquida a p2 = 7 bar, T2 = 40°C entra através de uma área A2 = 25 cm 2. Líquido saturado a 7 bar sai em 3 com uma vazão volumétrica de 0,06 m3/s. Determine a vazão mássica na entrada 2, em kg/s, e a velocidade na entrada 2, em m/s. Resolução: ṁ1 + ṁ2 = ṁ3 ṁ3 = ρ3A3V3 = (A3V3/v3) ṁ1 + ṁ2 = (A3V3/v3) Da tabela v3 = 1,108x10 -3 m3/kg 40 + ṁ2 = (0,06/1,108x10 -3) ṁ2 = 14,15 kg/s ṁ2 = (A2V2/v2) Da tabela v2 = 1,0078x10 -3 m3/kg 14,15 = (0,0025 V2/1,0078x10 -3) V2 = 5,7 m/s ρ1A1V1 + ρ2A2V2 = ρ3A3V3 (A1V1/v1) + (A2V2/v2) = (A3V3/v3) 2) O vapor d’água entra em uma turbina operando em regime permanente com uma vazão mássica de 4600 kg/h. A turbina desenvolve uma potência de 1000 kW. Na entrada, a pressão é de 60 bar, a temperatura é 400°C e a velocidade é 10 m/s. Na saída, a pressão é 0,1 bar, o título é 0,9 e a velocidade é 30 m/s. Calcule a taxa de transferência de calor entre a turbina e a vizinhança em kW. Resolução: 0 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 + �̇� [(ℎ1 − ℎ2) + (𝑉1 2 − 𝑉2 2) 2 + 𝑔(𝑧1 − 𝑧2)] z1 = z2 Das tabelas termodinâmicas na entrada para vapor superaquecido h1 = 3177,2 kJ/kg e na saída há mistura de vapor e líquido que dá h2 = 2345,4 kJ/kg �̇�𝑉𝐶 = 1000 𝑘𝑊 − 4600 𝑘𝑔 ℎ ( 1ℎ 3600𝑠 ) [(3177,2 − 2345,4) 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + (102 − 302) 2 ( 𝑚2 𝑠2 ) ( 1 𝑘𝐽 1000 𝑁𝑚 )] �̇�𝑉𝐶 = −62,3 𝑘𝑊 3) Ar é admitido em um compressor que opera em regime permanente com uma pressão de 1 bar, 290 K e uma velocidade de 6 m/s através de uma entrada cuja área é de 0,1 m2. Na saída a pressão é de 7bar, 450 K e a velocidade é 2 m/s. A transferência de calor do compressor para sua vizinhança ocorre a uma taxa de 180 kJ/min. Empregando o método de gás ideal, calcule a potência de entrada do compressor. Resolução: 0 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑉𝐶 + �̇� [(ℎ1 − ℎ2) + (𝑉1 2 − 𝑉2 2) 2 ] �̇� = 𝜌1𝑉1𝐴1 = 𝑉1𝐴1 𝑣1 = 𝑉1𝐴1𝑝1 (�̅� 𝑀⁄ )𝑇1 = (0,1𝑚2)(6 𝑚/𝑠)(105 𝑁/𝑚2) ( 8314 28,97 𝑁𝑚 𝑘𝑔𝐾) (290 𝐾) = 0,72 𝑘𝑔/𝑠 Das tabelas termodinâmicas temos que h1 = 290,16 kJ/kg e h2 = 451,8 kJ/kg �̇�𝑉𝐶 = (−180 𝑘𝐽 𝑚𝑖𝑛 | 1 𝑚𝑖𝑛 60 𝑠 |) + 0,72 𝑘𝑔 𝑠 [(290,16 − 451,8) 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + (62 − 22) 2 𝑚2 𝑠2 | 1 𝑘𝐽 103𝑘𝑔 𝑚2 𝑠2 |] �̇�𝑉𝐶 = −119,4 𝑘𝑊 4) Um tanque, com 0,85 m3 de volume, inicialmente contém água em uma mistura bifásica líquido-vapor a 260°C e com um título de 0,7. O vapor d’água saturado a 260°C é lentamente retirado através de uma válvula reguladora de pressão de topo do tanque à medida que a energia é transferida por meio de calor para manter a pressão constante no tanque, Esse processo continua até que o tanque esteja cheio de vapor saturado a 260°C. Determine a quantidade de calor transferida em kJ. Despreze todos os efeitos das energias cinética e potencial. Resolução: 𝑑𝑚𝑉𝐶 𝑑𝑡 = −�̇�𝑠 𝑑𝑈𝑉𝐶 𝑑𝑡 = �̇�𝑉𝐶 − �̇�𝑠ℎ𝑠 𝑑𝑈𝑉𝐶 𝑑𝑡 = �̇�𝑉𝐶 + ℎ𝑠 𝑑𝑚𝑉𝐶 𝑑𝑡 ∆𝑈𝑉𝐶 = 𝑄𝑉𝐶 + ℎ𝑠∆𝑚𝑉𝐶 𝑄𝑉𝐶 = (𝑚2𝑢2 − 𝑚1𝑢1) − ℎ𝑠(𝑚2 − 𝑚1) Das tabelas termodinâmicas temos que u1 = 2157,8 kJ/kg, v2 = 0,02993 m 3/kg, u2 =2599,0 kJ/kg e v2 = 0,04221 m 3/kg 𝑚1 = 𝜗 𝑣1 = 0,85 0,02993 = 28,4 𝑘𝑔 𝑚2 = 𝜗 𝑣2 = 0,85 0,04221 = 20,14 𝑘𝑔 𝑄𝑉𝐶 = (20,14𝑥2599 − 28,4𝑥2157,8) − ℎ𝑠(20,14 − 28,4) 𝑄𝑉𝐶 = 14162 𝑘𝐽
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