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RESUMO do Direito do consumidor

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RESUMO 
DE 
DIREITO DO CONSUMIDOR
B1
 INTRODUÇÃO
- Direito é a forma pela qual a sociedade civilizadamente realiza a JUSTIÇA Direito como instrumento Portanto, não faz sentido interpretar o CDC de maneira desfavorável ao consumidor.
- Justiça Obrigação de reparação pelos danos causados (responsabilidade civil)
FINALIDADE E CAMPO DE INCIDÊNCA
- O CDC tem seu campo de incidência delimitado pela noção de relação de consumo, isto é, o vínculo formado entre o fornecedor e o consumidor, tendo por objeto a circulação de produtos ou serviços para destinação final. 
 A relação jurídica de consumo apresenta-se da seguinte forma:
 Fornecedor X Consumidor
 Objeto: aquisição de produtos ou utilização 
 de serviços como destinatário final
NATUREZA JURÍDICA DA NORMA DO CDC
São de ORDEM PÚBLICA porque não admitem derrogação por vontade dos interessados em determinada relação de consumo, sofrendo a intervenção do Estado na sua regulamentação (fenômeno que se denomina de Dirigismo Contratual), sendo regra a inderrogabilidade das partes, admitindo, no entanto, algumas exceções expressamente autorizadas no texto legal Ex: Art. 107, CDC, ao tratar de Convenção Coletiva de Consumo, autorizando determinadas entidades e/ou associações regularem, por convenção escrita, algumas condições relativas a produtos e serviços, bem como, reclamação e composição do conflito de consumo.
 Por serem de ordem pública, o juiz deve apreciar de ofício qualquer questão relativa às relações de consumo, e sobre elas não se opera a preclusão.
 Art. 1°
- “Normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social” porque o fenômeno do consumo é coletivo
- Princípio da Ordem Pública Implicações: 
a) Por ser norma de ordem pública, o juiz poderá aplicar o CDC DE OFÍCIO , independentemente do requerimento ou queixa das partes (afinal, é o juiz que diz qual é a lei que deve ser aplicada ao caso concreto, em qualquer matéria; as partes apenas citam os fatos).
b) Sobre as normas de ordem pública NÃO SE OPERA PRECLUSÃO e as questões que dela surgem podem ser DECIDIDAS E REVISTAS A QQ TEMPO e grau de jurisdição. Tal ocorre em razão do caráter social da norma, alicerçada num dos fundamentos da República Federativa do Brasil – a dignidade da pessoa humana –, bem como numa cláusula pétrea e, ainda, no princípio basileiro constitucional da defesa do consumidor.
Nenhuma clausula poderá indispor o código do consumidor , se isso acontecer será revogada. Norma de Ordem Pública.
O direito de indenização e Norma de Ordem Pública.
No consumo não existe o Pacta Sunt Servanda.
PRINCÍPIOS
Princípio que dão valor as normas .
Princípio da Vulnerabilidade do consumidor.
 APLICA-SE OU NÃO O CDC?
A primeira coisa a fazer é aprender quando é que o CDC deverá ser aplicado, e quando não, isto é, quando é que estamos diante de uma relação de consumo, e quando não. A relação de consumo possui 2 elementos:
		 consumidor
1 - partes
		 fornecedor
		 produto
2 - objeto
		 serviço
A lei que vai definir quem é CONSUMIDOR e quem é FORNECEDOR.
OS CONSUMIDORES
- Quanto à definição de consumidor, há três correntes: 
1 - Finalista: Defende que só o usuário final é consumidor (restringir ao máximo o conceito de consumidor)
2 - Maximalista: Defende que qualquer um que adquire o produto é consumidor, não importando sua destinação. 
3 - Moderada: Defende parcialmente a corrente maximalista, em função da fraqueza de quem adquire ante quem vende. Não havendo equilíbrio, aplica-se o CDC. 
* A grande diferença entre as duas teorias é que para a (1) o consumidor precisa ser, também, destinatário final econômico, e para a (2), não.
Consumidor stricto sensu é consumidor propriamente dito, aquele que efetivamente participou da relação original de consumo, adquirindo para si produtos ou serviços oferecidos no mercado.
CONSUMIDOR: “Consumidor é toda PESSOA FISICA ou PESSOA JURÍDICA que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”. ARTIGO 2º CDC .
Dessa definição, destacam-se três elementos: o subjetivo, o objetivo e o teleológico.
Elemento subjetivo: o quem, a pessoa, sujeito do direito. O consumidor é uma pessoa, física ou jurídica. - Elemento objetivo: o que, o objeto da relação. A aquisição ou utilização de produto ou serviços. - Elemento teleológico: o como, a finalidade da relação. O consumidor é o destinatário final do produto ou serviço.
DESTINATÁRIO FINAL : É o último estagio da vida do produto .
- O CDC não define se o destinatário final é fático ou econômico. Dá para saber, contudo, que foi adotada a teoria maximalista, pois é definido que consumidor é qualquer pessoa física ou jurídica e na teoria finalista a pessoa jurídica não podia ser consumidor). 
- PJ como destinatário final: É a PJ que compra um bem para uso próprio, privado, individual, familiar ou doméstico mas não repassa seu custo para os seus consumidores porque ela o consome em sua atividade-meio.
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO
São considerada consumidor que são vítima do evento.
São equiparadas o Consumidor : São equiparadas a consumidor: a coletividade, as vítimas do evento, e as pessoas expostas a práticas abusivas.
A equiparação da coletividade está prevista no parágrafo único do art. 2º do CDC. 
 Art. 2° § único – Consumidor por Equiparação
“Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo”.
- CDC art. 17, 29
- Consiste em uma determinada categoria de pessoas legitimadas a serem indenizadas pois, por ficção jurídica e para fins de aplicação da lei, supõe-se haver um vínculo com o fornecedor. Estão sob o alcance desta norma todas as pessoas que venham a sofrer danos em razão de defeito do produto / serviço fornecido, ainda que não os tenham adquirido nem recebido como presente. 
- Pode ser o consumidor final ou uma coletividade inteira
- Ex: Explosão de celular As pessoas feridas que se encontravam próximas ao local da explosão são consumidoras por equiparação.
FORNECEDOR: “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”. ARTIGO 3º CDC.
OBJETO DO CONSUMIDOR 
Produto é qualquer bem , bens moveis e imóveis , material e imaterial . ARTIGO 3º § 1º CDC.
SERVIÇOS SÃO ATIVIDADE HUMANA
Serviços são atividade exato o que está no CDC na lei .
Produtos e serviços devem ser adquirido por meio oneroso. ( ONEROSIDADE).
Os serviços bancários também são tratados pelo código do consumidor.

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