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Leishmaniose: Agentes Transmissores e Causadores

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INSTITUTO EDUCACIONAL DA GRANDE DOURADOS 
 
BRENDALLY ARLINE 
PATRÍCIA DUARTE 
TÍFANI VILANOVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEISHMANIOSE 
Resumo relativo a apresentação, para fins avaliativos da 
disciplina de Microbiologia e Parasitologia do curso 
Técnico em Enfermagem. 
Prof.º Bruno Moura Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOURADOS, ABRIL, 2017 
 
 INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho tem como tema principal a Leishmaniose, mais precisamente, seus 
agentes transmissores e causadores, suas formas, sintomas e medidas profiláticas com o 
objetivo de levar conhecimento e esclarecimento sobre essa patologia que está presente em 
quase todo o Brasil. A base para a construção do mesmo foram pesquisas bibliográficas e artigos 
publicados que enriqueceram com informações relevantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 
LEISHMANIOSE 
 
 
A leishmaniose é uma doença infecciosa que não passa de pessoa para pessoa, causada 
por parasitas do gênero Leishmania. No Brasil, os principais agentes etiológicos são: L. 
braziliensis, L. guyanensis, L. amazonenzis e L. chagasi. Esses parasitas pertencem à família 
trypanosomatidae e são dimórficos, de forma que apresentam dois estágios principais de 
morfologia: a amastigota, que possui um formato esférico ou ovoide com um núcleo também 
esférico e um flagelo interno, e a promastigota, que é alongada e possui um flagelo externo e 
livre. Quando amastigota, os parasitas são intracelulares e se hospedam nas células que 
compõem o sistema fagocítico mononuclear do seu hospedeiro vertebrado, os macrófagos, que 
trabalham na defesa do organismo. Quando promastigota, os parasitas se alojam no trato 
intestinal do inseto vetor e em meios de cultura. 
Essa doença, que é considerada uma zoonose, está presente em centros urbanos e 
periurbanos, ou seja, cidades e também em locais onde há interação entre área urbana e rural. 
Isso acontece em função de modificações socioambientais, como o desmatamento, que reduz e 
dificulta a alimentação do mosquito vetor, já que, pela falta de animais silvestres que lhe servem 
de alimento, por exemplo, a raposa, ele se vê obrigado a ter o cão doméstico e o homem como 
alternativas mais acessíveis. 
O mosquito é da espécie flebotomíneos. Um inseto pequeno, amarelado, que possui um 
par de asas e de pequenas estruturas chamadas de halteres que garantem a estabilidade no voo 
e lhe dá o zumbido característico. No Brasil é mais conhecido por nomes populares como birigui 
ou mosquito-palha. Seu ciclo de vida pode variar de 30 a 100 dias dependendo da espécie e das 
condições ambientais durante seu desenvolvimento. 
Após a postura dos ovos, que é feita diretamente no solo, em locais úmidos e rico em 
presença de material orgânico em decomposição, os ovos eclodem entre 7 a 17 dias, liberando 
as larvas. Essas, que são de formato alongado e achatado, alojam-se e desenvolvem-se em 
ambientes úmidos como oco de árvores e solos de tocas de animais, se alimentando da 
decomposição de matéria orgânica. Para passarem para o terceiro estágio do ciclo, as larvas 
param de se alimentar e procuram lugares com menos umidade para se fixarem ao se transforem 
em pupas. Essas pupas são praticamente imóveis e se fixam pela parte posterior em substratos 
quando assumem posição ereta. A partir daí, após 7 a 12 dias, o mosquito já assume a forma 
adulta e geralmente o macho emerge primeiro que a fêmea. 
Na sua fase adulta, os flebotomíneos possuem hábitos noturnos, podendo, algumas 
vezes, apresentar atividade durante o dia quando procuram se alojar em locais escuros e úmidos 
como aberturas em paredes ou troncos de árvores. Os insetos machos se alimentam de 
substâncias doces encontrados na natureza como a seiva de vegetais e néctar, enquanto as 
fêmeas são hematófagas, se alimentando de sangue e se tornando a transmissora exclusiva da 
leishmaniose. 
A transmissão acontece quando o mosquito vetor se alimenta do sangue de um mamífero 
silvestre (roedor ou raposa) ou doméstico (cão ou cavalo) saudável, depositando o parasita 
através da saliva em sua corrente sanguínea. Uma vez que, em ambientes com presença desses 
animais, um mosquito livre do parasita se alimente de um animal contaminado, passa a propagar 
a leishmania para o homem quando alimentar-se do seu sangue. 
Depois de infectar o homem ou o cão doméstico, o parasita pode ficar em um período 
de incubação por até 10 dias a 24 meses, apesar de, a maioria das vezes, se manifestar dos 2 aos 
6 meses iniciais. 
 Basicamente, depois de contraído o parasita, a doença pode se apresentar de duas 
formas principais: tegumentar, que representa um grupo de formas da patologia, e visceral ou 
calazar. 
A leishmaniose tegumentar americana (LTA) ou cutânea, causada pelo L. braziliensis, 
L. guyanensis ou L. amazonenzis, é caracterizada por lesões na pele, sendo comum se apresentar 
como ulcerações na pele e, em casos mais graves, em mucosas como nariz e boca, recebendo o 
nome de leishmaniose mucocutânea ou mucosa. Mais além, ainda existem duas raras formas de 
manifestação, sendo a disseminada e a difusa. 
Na forma cutânea os sintomas costumam variar de acordo com o parasita e a condição 
imunológica da pessoa, mas, de forma geral, nas primeiras semanas após a picada do mosquito 
contaminado, aparece uma ou várias pequenas lesões sólidas, indolores e avermelhadas na pele 
que vão se expandindo até formar feridas revestidas por uma crosta ou secreção purulenta. 
Quando manifestada na forma mucocutânea, a fase primária tem as mesmas 
características da cutânea simples, porém, ao mesmo tempo ou meses depois, metástases 
surgem nas mucosas da nasofaringe, o que causa a destruição das cartilagens do nariz e do 
palato gerando graves deformações. 
A presença de nódulos dispersos pelo corpo, principalmente em membros, é 
característica da leishmaniose cutâneodifusa, enquanto na disseminada o paciente apresenta 
ulcerações espalhadas em seu corpo podendo ser acompanhadas de febre e mal-estar. 
Já a leishmaniose visceral (LV) ou calazar é a forma sistêmica da doença, causada pelo 
L. chagasi, e uma forma mais rara da leishmaniose, apesar de ter um número de incidências 
considerável. Só no Brasil, ocorrem cerca de 3 mil casos são notificados anualmente, sendo o 
Nordeste a região mais endêmica. 
Esse tipo de leishmaniose afeta órgãos interno, como o fígado e o baço que são ricos em 
leucócitos, fazendo com que estes tenham um aumento significativo em seu tamanho devido ao 
acúmulo do parasita em suas células. Esse aumento é o sintoma mais característico da LV, além 
do hospedeiro poder apresentar febre, emagrecimento, anemia e fraqueza. 
Por ter indícios parecidos com os da malária e da esquistossomose pode passar 
despercebida e não ter o devido tratamento. Nesses casos, não sendo realizado exames 
laboratoriais para identificar a presença da leishmania no organismo, nem tratado com os 
fármacos corretos, a taxa de mortalidade da doença chega próximo dos 100%. 
Quando manifestada no cão doméstico, causada pelo parasita L. Infantum, a doença 
pode provocar perda de peso, debilidade, feridas de pele e orelhas que não cicatrizam, lesões 
oculares e falta de pelo em volta dos olhos. Hoje existe uma vacina contra a leishmaniose para 
cães e coleiras que impedem a picada do mosquito, sendo uma das medidas preventivas da 
patologia. 
Como profilaxia podemos citar a busca ativa e tratamento de todos os casos humanos; 
identificação dos cães doentes tratamento e sacrifício; combate ao vetor (flebótomo); ações 
educativas;investigação epidemiológica; e como prevenção individual: uso de repelente; uso 
de telas e mosquiteiros de proteção de redes finas; evitar sair nos horários habituais do 
mosquito; evitar locais de manifestação da doença e evitar animais domésticos dentro de casa. 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A Leishmaniose está entre as principais doenças endêmicas do mundo. Uma patologia 
adquirida a partir picada de um mosquito - transmissor de parasitas do gênero leishmania - 
muito comum e propício nas regiões com clima quente e úmido, o que o torna adequado as 
condições climáticas do Brasil. A manifestação da doença vai de leve a grave podendo levar 
pessoas e animais a óbito sem um tratamento adequado. As medidas profiláticas ajudam no 
controle da doença que, além disso, requer conhecimento da população e investimento do poder 
público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
http://www.fiocruz.br/bibmang/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=102&sid=106 
 
http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/leishmaniose 
 
http://www.scalibor.com.br/leishmaniose/preguntas.asp 
 
https://consultaremedios.com.br/crsaude/leishmaniose-sintomas-tratamento-o-que-e-cura-
e-mais/problemas-de-saude/sua-saude 
 
http://slideplayer.com.br/slide/284558/ 
 
https://agencia.fiocruz.br/leishmaniose 
 
https://pt.slideshare.net/rafaelberbec/doenas-transmitidas-por-mosquitos 
 
https://biosom.com.br/blog/saude/leishmaniose/

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