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Trabalho Contrato de Depósito

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Prévia do material em texto

- 1 - 
 
INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL CECÍLIA MARIA DE MELO BARCELOS 
FACULDADE ASA DE BRUMADINHO 
DIREITO 
 
 
 
 
ANA CAROLINA GONÇALVES 
ANDRÉIA PALMIRA BARCELOS 
ARIDNA TACIANE GUEBERT DA SILVA 
 HERIKA SOARES ALFENAS 
 MARIA LAURA SILVA 
 
 
 
 
ESPÉCIES DE CONTRATOS: 
Do contrato de Depósito 
 
 
 
 
 
 
 
BRUMADINHO 
2017 
- 2 - 
 
 
ANA CAROLINA GONÇALVES 
ANDRÉIA PALMIRA BARCELOS 
ARIDNA TACIANE GUEBERT DA SILVA 
 HERIKA SOARES ALFENAS 
 MARIA LAURA SILVA 
 
 
 
 
ESPÉCIES DE CONTRATOS: 
Do contrato de Depósito 
 
Trabalho apresentado como requisito 
parcial para obtenção de pontos na 
disciplina Direito Civil II do 4º período do 
Curso de Direito da Faculdade Asa de 
Brumadinho. 
Área: Espécies de Contratos – Do contrato 
de depósito 
Professor: Alexandre Torido. 
 
 
 
 
 
 
BRUMADINHO 
2017 
- 3 - 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 4 
2. CONCEITOS ................................................................................................................................. 5 
3. PARTES DO CONTRATO .......................................................................................................... 6 
3.1 Depositante ........................................................................................................................... 6 
3.1.1 Efeitos na relação com o depositante (Art. 643); .................................................... 6 
3.2 Depositário ............................................................................................................................. 7 
3.2.1 Efeitos na relação com depositário;........................................................................... 7 
4. REQUISITOS ................................................................................................................................ 7 
5. ESPÉCIES DE CONTRATO ....................................................................................................... 7 
5.1 Depósito Voluntário Convencional ..................................................................................... 8 
5.2 Depósito Necessário ou Obrigatório .................................................................................. 8 
5.2.1 Depósito Legal .............................................................................................................. 9 
5.2.2 Depósito miserável ....................................................................................................... 9 
5.2.3 Depósito do hospedeiro ............................................................................................... 9 
5.2.3.1 Excludentes de responsabilidade do hospedeiro ................................................ 9 
5.3 Depósito regular ou ordinário ........................................................................................... 10 
5.4 Depósito irregular ............................................................................................................... 10 
5.5 Depósito judicial .................................................................................................................. 10 
6. CARACTERISTICAS E CLASSIFICAÇÃO............................................................................. 10 
6.1 CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO ................................................................................ 11 
7. RESPONSABILIDADE CIVIL ................................................................................................... 12 
8. DEPOSITÁRIO INFIEL .............................................................................................................. 12 
9. EXTINÇÃO DO CONTRATO .................................................................................................... 13 
10. EXEMPLOS E CASOS CONCRETOS ................................................................................... 13 
10.1 Depósito Voluntário ............................................................................................................ 14 
10.2 Depósito Necessário .......................................................................................................... 14 
BIBLIOGRAFIAS ................................................................................................................................ 15 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Contrato de Depósito 
Podemos dizer que o contrato de deposito é bem antigo, pois ele foi criado e 
regulado no direito da antiga Roma, um contrato intuito personae, radicado às 
tradições romanas. Entre os romanos, o contrato de depósito era um dos contratos 
de boa-fé, ou seja, o deposito era uma alienação fidúcia, assim um indivíduo 
transferia a sua coisa a outro que, por sua vez, se obrigava a transferi-la ao primeiro, 
ou seja, devolver para o individuo que transferiu primeiro. O depósito era sempre 
gratuito, pois se fosse oneroso desfigurava-se para uma locação, por isso tudo 
acontecia na base da confiança, pois não seria entregue quaisquer coisas, sem que 
o indivíduo não fosse de sua absoluta confiança, assim esse contrato foi transmitido 
aos direito de muitos outros países. 
No Brasil, desde antigo Código Civil de 1916, o depósito é tratado como contrato 
típico e nominado nos art. 1.265, atualmente encontra se o regulamento tipificado 
nos artigos 627 aos 652 do código civil brasileiro de 2002, tendo por objeto apenas 
bens móveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. CONCEITOS 
 
O artigo 627 do código civil, trás o seguinte conceito em relação ao contrato de 
depósito: 
“Contrato pelo qual o depositário recebe objeto móvel do depositante para guardá-lo 
e restituí-lo quando solicitado.” CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO. Retirado de < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm >, Acesso em 10 de abril de 2017. 
 
Já Fábio Ulhoa vem com o seguinte conceito, que “Depósito é o contrato em que 
uma das partes (depositório) se obriga a guardar e conservar bem móvel e corpóreo 
entregue pela outra (depositante), até que esta última reclame a devolução. Dos dois 
elementos são ínsitos ao contrato de deposito: o objeto é sempre um bem móvel e 
corpóreo, e a posse que o depositário exerce sobre ela, por força do contrato, é 
necessariamente transitória.” (paginas 788/789). COELHO, Fábio Ulhoa, Curso de direito 
civil, 3: contratos / Fábio Ulhoa Coelho. — 5. ed. — São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
O conceito de Arnoldo Wald é mais complexo, pois para ele “o contrato de depósito 
importa na guarda temporária de um bem móvel pelo depositário até o momento em 
que o depositante o reclame (art. 627 do CC). É um contrato intuitu personae, que 
decorre normalmente da confiança que o depositário merece do depositante, 
necessitando, para a sua perfeição, da entrega da coisa, salvo se esta já estiver na 
posse do depositário por qualquer outro título (v. g., o locatário passa a ser 
depositário do objeto que anteriormente lhe fora alugado). A finalidade precípua do 
contrato é a custódia ou guarda da coisa, até o fim do prazo contratual ou até que 
seja reclamada pelo depositante, havendo assim sempre temporariedade do 
depósito, podendo ser por prazo determinado ou indeterminado. No direito brasileiro, 
só se admite o depósito de bens móveis, atendendo-se à tradição romanista, 
embora outras legislações latino-americanas permitam o depósito de imóveis e o 
próprio direito brasileiro conceba o depósito judicial ou seqüestro dos imóveis (arts. 
666 e 822 a 825 do CPC). 
“Após tais considerações, podemos afirmar que o contrato de depósito implica a 
guarda temporária de móvel (infungível) pelo depositário, obrigando-se este à 
 
devoluçãode tal móvel quando exigido pelo depositante
Direito civil: contratos em espécie, vol. 3 
3. PARTES DO CONTRATO
 
 
3.1 Depositante 
 
Aquele que deposita ou que 
a remuneração e prejuízos 
“Art. 629. O depositário é obrigado a ter na guarda e conservação da coisa depositada o cuidado e 
diligência que costuma com o que lhe pertence, bem como a restituí
acrescidos, quando o exija o depositante.”
3.1.1 Efeitos na relação com o
� Pagar a remuneração caso se for convencionada, reembolso das despesas 
necessárias. 
� Exigir a conservação da coisa que foi entregue e sua restituição completa, a 
qualquer tempo, mesmo que
diferente. 
DEPOSITAR
ENTREGAR
Depositante
devolução de tal móvel quando exigido pelo depositante.” (pag. 138)
contratos em espécie, vol. 3 – 19. ed. reform. – São Paulo: Saraiva, 2012.
DO CONTRATO 
quele que deposita ou que entrega a coisa em depósito, ao depositante cabe pagar 
e prejuízos do depositário que pode exercer direito de retenção
. O depositário é obrigado a ter na guarda e conservação da coisa depositada o cuidado e 
diligência que costuma com o que lhe pertence, bem como a restituí-la, com todos os frutos e 
acrescidos, quando o exija o depositante.” 
Efeitos na relação com o depositante (Art. 643); 
Pagar a remuneração caso se for convencionada, reembolso das despesas 
Exigir a conservação da coisa que foi entregue e sua restituição completa, a 
qualquer tempo, mesmo que mesmo que tenha se estabelecido prazo 
DEPOSITAR
ENTREGAR
GUARDAR
RECEBER
CONSERVAR
RESTITUIR
Depositário
6 
(pag. 138) Wald, Arnoldo. 
Saraiva, 2012. 
 
depositante cabe pagar 
do depositário que pode exercer direito de retenção. 
. O depositário é obrigado a ter na guarda e conservação da coisa depositada o cuidado e 
la, com todos os frutos e 
Pagar a remuneração caso se for convencionada, reembolso das despesas 
Exigir a conservação da coisa que foi entregue e sua restituição completa, a 
mesmo que tenha se estabelecido prazo 
GUARDAR
RECEBER
CONSERVAR
RESTITUIR
7 
 
3.2 Depositário 
 
Aquele que guarda ou recebe a coisa, ao depositário cabe guardar, conservar e 
restituir a coisa quando solicitado. 
“Art. 644. O depositário poderá reter o depósito até que se lhe pague a retribuição devida, o líquido 
valor das despesas, ou dos prejuízos a que se refere o artigo anterior, provando imediatamente esses 
prejuízos ou essas despesas.” 
3.2.1 Efeitos na relação com depositário; 
� Guardar e conservar a coisa, com cuidado, como e fosse sua, (Art. 630) 
� Não poderá ser usada e nem transferir a coisa, salvo prescrição em contrario, 
(Art. 640). 
� Restituir a coisa ao final do contrato ou quando solicitada, com seus frutos e 
crescidos, (Art. 629). 
� Receber despesas feitas com a coisa e indenização dos prejuízos, (Art. 633). 
� Exigir remuneração e reter a coisa até que seja paga a retribuição. 
� Requerer o depósito judicial, nos casos permitidos, (Art. 635). 
4. REQUISITOS 
� Declaração de vontade; 
� Capacidade das partes; 
� Coisas móveis como regra geral e excepcionalmente imóveis; 
� Depósito voluntário – exige-se forma escrita (formal); 
� Depósito necessário – forma livre, podendo ser comprovado por qualquer 
meio de prova admitido em direito. 
5. ESPÉCIES DE CONTRATO 
 
 
 
5.1 Depósito Voluntário
 
O contrato de depósito voluntário resultado do acordo ajustado livremente entre as 
partes, segundo principio da 
por sua livre escolha ou iniciativa elege o depositário do bem.
Este contrato é real, podendo ser oneroso ou gratuito, e o mesmo deverá ser 
provado por escrito (formal), mas também poderá ser verbal (inf
seja necessário sua demonstração, o contrato deverá pelo menos conter alguma 
prova escrita, presente nos artigos 627 até 646 do CC/2002
 
5.2 Depósito Necessário 
 
O contrato de depósito necessário, a
em que o depositante, por imposição legal ou diante de circunstancias especiais, 
realiza o depósito com pessoa não escolhida livremente, 
até 652 do CC/2002. 
No artigo 647 do código civil descreve: 
“É depósito necessário: 
Espécies de Depósito
Depósito Voluntário Convencional 
O contrato de depósito voluntário resultado do acordo ajustado livremente entre as 
partes, segundo principio da autonomia da vontade que ocorre quando o depositante 
por sua livre escolha ou iniciativa elege o depositário do bem. 
Este contrato é real, podendo ser oneroso ou gratuito, e o mesmo deverá ser 
provado por escrito (formal), mas também poderá ser verbal (informal), mas caso 
seja necessário sua demonstração, o contrato deverá pelo menos conter alguma 
presente nos artigos 627 até 646 do CC/2002. 
Depósito Necessário ou Obrigatório 
O contrato de depósito necessário, a manifestação de vontade é re
em que o depositante, por imposição legal ou diante de circunstancias especiais, 
pessoa não escolhida livremente, presente nos artigos 647 
No artigo 647 do código civil descreve: 
Espécies de Depósito
Necessário Miserável
hospedeiros
Regular e 
Irregular
Judicial
Voluntário
8 
 
O contrato de depósito voluntário resultado do acordo ajustado livremente entre as 
autonomia da vontade que ocorre quando o depositante 
Este contrato é real, podendo ser oneroso ou gratuito, e o mesmo deverá ser 
ormal), mas caso 
seja necessário sua demonstração, o contrato deverá pelo menos conter alguma 
manifestação de vontade é restrita. É aquele 
em que o depositante, por imposição legal ou diante de circunstancias especiais, 
presente nos artigos 647 
Legal
Miserável
Dos 
hospedeiros
9 
 
 I - o que se faz em desempenho de obrigação legal; 
 II - o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a 
inundação, o naufrágio ou o saque.” 
5.2.1 Depósito Legal 
É aquele que se faz em desempenho de obrigação legal, ou seja, regulamentada por 
lei, por um Decreto ou um regulamento, imposta por norma jurídica, artigo 647, I; 
648 até 652. 
5.2.2 Depósito miserável 
É aquele que decorre de uma calamidade, em razão de uma circunstância onde a 
manifestação de vontade é reduzida, como um incêndio, uma inundação ou um 
saque, artigo 647, II. 
5.2.3 Depósito do hospedeiro 
É aquele que as bagagens dos hospedes são consideradas depósitos em razão da 
prestação de serviços, sendo assim o hospedeiro responderá pelos danos causados 
às bagagens, artigos 649 a 651. Nessa espécie de depósito os hospedeiros 
responderão como depositários, assim como pelos furtos e roubos que perpetrarem 
as pessoas empregadas ou admitidas nos seus estabelecimentos, salvo se os 
hospedeiros provarem que os fatos prejudiciais aos viajantes ou hóspedes não 
podiam ter sido evitados. Nessa espécie de depósito, a remuneração está incluída 
no preço da hospedagem. 
5.2.3.1 Excludentes de responsabilidade do hospedeiro 
� Coisa de alto valor 
� Celebração de convenção com o hóspede. Não basta a manifestação 
unilateral de vontade, mesmo que tenha cartazes avisando “não nos 
responsabilizamos por objetos deixados nos quartos”; 
� Caso fortuito ou força maior (art. 650) ; 
� Se houver culpa do hóspede. 
10 
 
5.3 Depósito regular ou ordinário 
 
É aquele em que o objeto depositado é coisa perfeitamente individuada, infungível e 
inconsumível, devendo, portanto, ser devolvido exatamente o mesmo bem. 
5.4 Depósito irregular 
 
É aquele que recai sobre o bem fungível e consumível, devendo ser regulado pelas 
normas do contrato de mútuo, artigo 645. Podendo ser devolvida outra da mesma 
espécie, qualidade e quantidade. Embora ao depósito irregular devam ser aplicadas 
as regras do mútuo, não poderá haver confusão entre os dois contratos. É que no 
mútuo o que foi emprestado poderá ser exigido pelo mutuante de volta apenas 
depois do curso do prazo avençado, enquanto queno depósito o depositante pode a 
todo tempo exigir a coisa de volta, ainda que o contrato seja com prazo determinado. 
 
5.5 Depósito judicial 
 
É aquele que decorre de ordem judicial em que um terceiro é designado para 
guardar e conservar a coisa litigiosa até que a demanda seja decidida. O art. 635 do 
CC apresenta uma possibilidade de depósito judicial com a seguinte redação: “Ao 
depositário será facultado, outrossim, requerer depósito judicial da coisa, quando, 
por motivo plausível, não a possa guardar, e o depositante não queira recebê-la”. 
 
6. CARACTERISTICAS E CLASSIFICAÇÃO 
 
Podemos dizer que a principal característica do contrato de depósito é a vigilância 
temporária da coisa, ou seja, obriga o depositário, assim diferenciando do contrato 
de comodato e da locação, pois eles não têm como finalidade guardar e conservar o 
bem. 
 
 
6.1 CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO
 
� Principal – aquele que não depende de outro para existir
� Típico ou Nominal –
forma verbal ou pela pratica.
� Formal e Informal – aquele que pode ser por escrito ou verbal
� Unilateral – aquele que obriga apenas o 
bem. (Regra) – artigo 643
� Bilateral Imperfeito –
serviço na coisa, e o mesmo 
� Gratuito ou Oneroso 
houver convenção contrario ou se o depositário o praticar por profissão
conforme regra do artigo 628 e parágrafo único
� Execução instantânea
� Execução Diferida – 
em contrato. 
Temporário
Gratuito
CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO 
aquele que não depende de outro para existir 
– aquele que é escrito, expresso, artigo 646, podendo ser 
ou pela pratica. 
aquele que pode ser por escrito ou verbal
aquele que obriga apenas o depositário a guardar e restituir o 
artigo 643 
– aquele que não adultera se o depositário realizar algum 
serviço na coisa, e o mesmo admitiu-se remuneração. – artigo 643
ou Oneroso – a gratuidade é a regra desse contrato, exceto se 
houver convenção contrario ou se o depositário o praticar por profissão
conforme regra do artigo 628 e parágrafo único. 
Execução instantânea – aquele que se efetiva com a entrega do bem móvel
 aquele que se entrega a coisa por parte, se assim estiver 
Características
Unilateral
Bilateral
Temporário
11 
 
aquele que é escrito, expresso, artigo 646, podendo ser 
aquele que pode ser por escrito ou verbal 
depositário a guardar e restituir o 
aquele que não adultera se o depositário realizar algum 
artigo 643 
contrato, exceto se 
houver convenção contrario ou se o depositário o praticar por profissão, 
com a entrega do bem móvel. 
a coisa por parte, se assim estiver 
Intuitu
Personae
Real
12 
 
� Finito – a coisa deverá ser restituída ao final do contrato, ou seja, não existe 
deposito eterno. 
� Comutativo – aquele que existe uma contra prestação 
� Aleatório – aquele que poderá ter fatores de risco com a coisa depositada. 
� Paritário – aquele de ambos decidem as condições do contrato 
� Adesão – aquele que apenas um decide as questões do contrato 
 
7. RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
As obrigações do depositário estão elencadas no próprio Código Civil de 2002, nos 
artigos 629 até o 634 e 638, assim como seus direitos, que constam nos artigos 639 
e 642 até o 644. 
O dever de zelar pela guarda, é a responsabilidade que existe, é o dever 
configurado ao próprio contrato de depósito, ou seja, caso ocorra alguma falha na 
prestação do serviço de guarda é admissível, mesmo sob alegação de caso fortuito 
ou de força maior, a cobrança de reparação de perdas e danos. 
A guarda e a conservação da coisa é o elemento integrante e fundamental do 
contrato. 
Se violada, erige o dever de reparação proporcional ao prejuízo que se consolide, 
pois corresponde a um ônus, do qual se deve proteger o consumidor de eventuais 
furtos e roubos, pois os mesmos não se tratam de eventos imprevisíveis, todavia, 
podem ser evitados. 
8. DEPOSITÁRIO INFIEL 
 
De acordo com o artigo 652 do Código Civil o depositário infiel poderá sofrer prisão 
civil por dívida, pois tanto no depósito voluntário ou necessário o depositário terá a 
obrigação de devolver o bem depositado, pois, se o depositário que não o restituir 
quando exigido será compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a 1 (um) 
ano, e ressarcir os prejuízos. 
13 
 
O artigo 5º da CF/88, diz todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, segurança e a propriedade, nos termos 
seguintes: 
“LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário 
infiel.” 
Mas a súmula 25 diz que “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que 
seja a modalidade de depósito”, ou seja, não existe mais a previsão legal de prisão 
civil, pelo que não há mais prisão no direito contratual, e a única prisão civil que 
subsiste em nosso sistema é a do devedor de alimentos no Direito de Família. 
 
9. EXTINÇÃO DO CONTRATO 
 
Hipóteses de extinção: 
 
� Vencimento do prazo; 
� Descumprimento unilateral; 
� Perecimento da coisa ou desaparecimento da coisa; 
� Morte ou incapacidade do depositário. A obrigação não se transfere; é um 
contrato intuitu personae. 
� O depositário não querer mais o encargo ou não poder manter a coisa em seu 
poder; 
� Por força da lei 2313/54 e decreto 40395/65, estabelece que o depósito se 
extingue no prazo de 25 anos, quando a coisa não é reclamada. 
“Os contratos de depósito regular e voluntário de bens de qualquer espécie extinguem-se no prazo de 
25 (vinte e cinco) anos, podendo, entretanto, ser renovados por expressa aquiescência das partes.” 
 
10. EXEMPLOS E CASOS CONCRETOS 
 
14 
 
10.1 Depósito Voluntário 
 
O vizinho vai viajar por alguns dias e o mesmo tem várias plantas em seu terreno, 
para que as plantas não sofram com a falta d’água, o vizinho pede para você molhar 
as plantas, lhe confiando assim à chave do portão. 
 
10.2 Depósito Necessário 
Quando deixamos um veículo em um estacionamento; 
Quando viajamos de avião e entregamos as bagagens, ou seja, a responsabilidade 
de guardar a coisa, e entregar no desembarque; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
BIBLIOGRAFIAS 
 
FIUZA, césar. Direito Civil: Curso Completo. 2ª Ed. (1999), REVISTA, ATUALIZADA E AMPLIADA, 
Editora Delrey. (pagina 201) 
 
QUEIROZ, Mônica. Direito civil IV: contratos em espécie e atos unilaterais. – São Paulo: Saraiva, 
2012. – Coleção saberes do direito; 18. Capitulo 10. 
 
BRASILEIRO, código civil, < www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm > acesso em 10 de 
abril de 2017. 
 
Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988. Retirado de < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm >, acesso em 16 de abril 
de 2017. 
 
Supremo Tribunal Federal. Aplicação das Súmulas Vinculantes, súmula 25, < 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1268 >, acesso em 16 de abril 
de 2017. 
 
GAGLIANO, Pablo Stolze & PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil: Contratos e 
Espécies. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v. I. Gagliano, Pablo Stolze Novo curso de direito civil, 
volume 4: contratos, tomo II: contratos em espécie / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 
— 5. ed. rev. atual. e ampl. — São Paulo: Saraiva, 2012. “(Abrangendo os Códigos Civis de 1916 e 
2002)”. 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil esquematizado®, v. 2 / Carlos Roberto Gonçalves; 
coordenador Pedro Lenza. – 4. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016. – (Coleção esquematizado®) 
 
COELHO, Fábio Ulhoa, Curso de direito civil, 3: contratos / Fábio Ulhoa Coelho.— 5. ed. — São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
 
WALD, Arnoldo. Direito civil: contratos em espécie, vol. 3 – 19. ed. reform. – São Paulo: Saraiva, 
2012. (pág. 138)

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