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Teoria de Piaget sobre Desenvolvimento Cognitivo

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A teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget
Referências: Papalia, Olds e Feldman (2006); BEE, H. (2003) e GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J.C. (2001)
Introdução 
A lógica da criança muda gradualmente tornando-se cada vez mais próxima a dos adultos. É sobre este processo de desenvolvimento que nós discutiremos a seguir.
 Há inúmeras abordagens teóricas diferentes no estudo do pensamento da criança, mas sem dúvida, uma das teorias mais influentes tem sido o trabalho de Jean Piaget.
Piaget (1896-1980)
Nasceu em agosto na Suíça 
Em 1915, com 18 anos, recebe seu diploma em Bacharel em ciências naturais 
Aos 21 anos obtém doutoramento em Biologia.
Em 1919 estuda e pesquisa as teorias psicanalíticas de Freud e Yung e ingressa em Sorbonne, em Paris, estudando psicopatologia, epistemologia, matemática e história da ciência.
Tem oportunidade de trabalhar no laboratório de Binet no desenvolvimento de testes de inteligência 
Sobre a teoria de Piaget (1896-1980)
 Como jovem estudante suíço em Paris, Piaget tentou padronizar os testes que Binet e Simon tinham desenvolvido para avaliar a inteligência das crianças francesas. 
Piaget ficou intrigado com as respostas erradas das crianças vendo como pistas para o que é especial e importante nos processos de pensamento das crianças. 
Para examinar esses processos, Piaget observou seus próprios filhos e outras crianças desde a primeira infância. 
Sobre a teoria de Piaget (1896-1980)
Concluiu que o modo de pensar das crianças é qualitativamente diferente do modo de pensar adulto. 
Enquanto os psicometristas medem diferenças individuais na quantidade de inteligência que crianças possuem, 
Piaget observou o modo como o pensamento da criança desenvolvia-se durante a infância e a adolescência e propôs sequências universais de desenvolvimento cognitivo. 
Os quatro estágios do desenvolvimento cognitivo de Piaget
Estágio sensório-motor: 
do nascimento aos 2 anos
O bebê possui inteligência prática: significa que a criança conhece o mundo que a rodeia através das ações que exerce sobre esse meio.
Na falta de linguagem e função simbólica, tais construções efetuam-se exclusivamente apoiadas em percepções e movimentos.
Estágio sensório-motor: 
do nascimento aos 2 anos
O bebê não está realmente “pensando” no sentido de planejar ou pretender algo, ao menos no início.
A criança começa a mostrar aspectos rudimentares de intencionalidade e representação interna, mas ainda muito primitivos se comparados com o que se conseguirá depois. 
Estágio sensório-motor: 
do nascimento aos 2 anos
O estágio sensório motor é composto de seis subestágios que fluem de um para o outro à medida que os esquemas de um bebê, seus padrões organizados de comportamento, tornam-se mais complexos. 
Durante os cinco primeiros subestágios, os bebês aprendem a coordenar as informações dos sentidos e a organizar suas atividades em relação a seu ambiente.
Durante o sexto e último subestágio, eles progridem da aprendizagem por tentativa e erro para a utilização de símbolos e conceitos para resolver problemas simples. 
Estágio sensório-motor
Estágio sensório-motor
Estágio sensório-motor
Estágio sensório-motor
Estágio sensório motor
Estágio sensório-motor
Estágio pré-operacional: dos 2 aos 6 anos
Pensamento egocêntrico. Refere-se à tendência, por parte das crianças, de estar autocentrada, ou mais literalmente, “centrada no seu eu”. A criança vê as coisas a partir de sua própria perspectiva e não imagina que haja outros pontos de vista possíveis. Ex: visualização do espaço físico.
Onde está ? Onde está o quê? Se surpreende por você não saber o objeto que ela tem em mente.
Estágio pré-operacional: dos 2 aos 6 anos
Uma coisa de cada vez. Um segundo aspecto do pensamento da criança pequena é um desmembramento, leva em conta um aspecto de cada vez. Ex: copos de água de diferentes formatos.
Falta de reversibilidade. A criança é incapaz de perceber que as coisas podem ser desfeitas (massa de modelar) ou que as coisas podem ser somadas ou subtraídas.
Estágio pré-operacional: dos 2 aos 6 anos
Raciocínio primitivo. A criança vê que duas coisas acontecem ao mesmo tempo e supõe que uma é a causa da outra. Ex: “eu não dormi (então) não é de tarde”.
Incapacidade de distinguir aparência de realidade. A criança fica confusa com uma esponja feita para parecer uma pedra. Ela diz que parece uma pedra e que é realmente uma pedra.
Estágio operacional concreto: dos 6 aos 12 anos
A criança adquire novos esquemas internos importantes, denominados operações, como a soma, a subtração, a multiplicação, a ordenação serial. Cada uma dessas operações é reversível.
 A compreensão da reversibilidade constitui a base das principais realizações desse período.
A criança é capaz de raciocinar indutivamente, ou seja, partir da experiência individual para princípios gerais.
Estágio operacional concreto: dos 6 aos 12 anos
Consciência de que as coisas podem permanecer fundamentalmente as mesmas quando suas aparências mudam. Ex: do gato com a máscara de cachorros.
Noção de conservação. Ex: bola de massinha e amassada.
A criança ainda está ligada ao concreto.
Estágio operacional concreto: dos 6 aos 12 anos
A criança começa a compreender as relações entre as classes, tal como as Relações de inclusão de classes ( as rosas são flores, etc). No início da fase: compreende a inclusão de classes quando você coloca cartões, blocos ou flores à sua frente, para que ela possa vê-los e contá-los; mas se o problema for apresentado de forma abstrata, ela ainda terá dificuldade. 
Ordenação serial. Ela consegue seriar do maior para o menor, do mais escuro para o mais claro, etc. Importante para o domínio do números.
Ainda tem dificuldade de partir de um princípio geral e chegar a uma hipótese de experiência. 
Estágio operacional formal: dos 12 anos em diante
Principal tarefa desse período é aprender como pensar a respeito de idéias, tanto quanto de objetos.
As idéias podem ser classificadas e organizadas, da mesma forma que os objetos.
Ao invés de pensar apenas sobre coisas e ocorrências reais, ela deve começar a pensar sobre coisas imaginárias e ocorrências possíveis.
Estágio operacional formal: dos 12 anos em diante
A criança seja capaz de buscar a resposta de maneira sistemática e metódica.
A criança é capaz de raciocinar dedutivamente, a partir do geral chegar em hipóteses. Relação Se ...... então. 
Ex: Se todas as pessoas são iguais, então você e eu devemos ser iguais.
Ao fazê-la, nós estamos indo além da observação. Nós estamos prevendo coisas que nunca vimos e que devem ser verdadeiras ou observáveis.
Processos envolvidos na construção do conhecimento 
Assimilação
Assimilar algumas informações, interpretar, conhecer
Acomodação
Modificação necessária da estrutura mental para incorporar novas informações, processo de modificação, acomodação.
Equilibração
Busca do equilíbrio dinâmico, estágios sucessivos de desequilíbrio e encontro de novo equilíbrio em um estágio superior.
“Para evoluir é preciso reorganizar “ 
Observações 
Pesquisas mais recentes questionam as idades apresentadas por Piaget para o aparecimento de algumas características do pensamento nas fases iniciais. Como o egocentrismo (ponto de vista, ordenação, categorização (para coisas conhecidas). 
Pesquisas mais recentes afirmam que as crianças são mais lentas no desenvolvimento formal do que Piaget acreditava e muitas podem não chegar a desenvolver operações formais.
Observações 
Bee (2003) acredita que se as operações concretas são suficientes no ambiente em que a criança vive, provavelmente não desenvolverá as operações formais. Só aqueles que são “forçados” pelas circunstâncias ou experiências a trabalhar com modos mais complexos de relacionar idéias parecem desenvolver ou exibir as operações formais. 
Outras teorias sobre o desenvolvimento cognitivo 
A TEORIA SOCIOCULTURAL DE VYGOTSKY
A teoria de Vygotsky (1978), como a teoria piagetiana
de desenvolvimento cognitivo, enfatiza o envolvimento ativo das crianças com seu ambiente. 
Mas, enquanto Piaget descrevia uma mente desacompanhada absorvendo e interpretando informações sobre o mundo, Vygotsky via o crescimento cognitivo como um processo cooperativo. 
Segundo Vygotsky, as crianças aprendem através da interação social. 
A Teoria Sociocultural de Vygotsky
De acordo com Vygotsky, os adultos (ou pares mais desenvolvidos) devem ajudar a dirigir e organizar a aprendizagem de uma criança até que ela possa aprender e internalizar o aprendizado. 
Essa orientação é muito eficaz para ajudar as crianças a atravessarem a zona de desenvolvimento proximal (ZDP), a lacuna entre o que elas já são capazes de fazer e o que não estão totalmente prontas para fazer sozinhas, quase pode realizar sozinhas, mas não totalmente.
A Teoria Sociocultural de Vygotsky
Com a orientação correta, entretanto, elas podem realizá-la com êxito. 
Durante o trabalho em conjunto, a responsabilidade pela direção e pelo monitoramento da aprendizagem gradualmente passa para a criança.
Um princípio semelhante aplica-se ao ensinar uma criança a boiar ou andar de bicicleta.  
Outras teorias sobre a inteligência
Oito inteligências segundo Gardner: 
lingüística,
lógico-matemática, 
espacial, 
musical, 
pictórica
corporal-cinestésica, 
interpessoal, 
intrapessoal, 
(Teoria das inteligências múltiplas)

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