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1 SISTEMA CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, tem como sua função a circulação do sangue, transportando nutrientes e oxigênio para o corpo. Ele é formado pelo coração, artérias e veias. 1.1 SANGUE O sangue é uma corrente com aspecto pegajoso. Possui três funções: o transporte de oxigênio e nutrientes para as células, retirada calor e resíduos das mesmas e também leva hormônios para o organismo; a regulação do Ph através da solução-tampão (mistura que evita que o pH sofra grandes variações), da temperatura corporal e a quantidade de água nas células; e a proteção contra perdas sanguíneas e agentes estranhos que atacam o organismo. O sangue é composto por glóbulos vermelhos (eritrócitos ou hemácias), glóbulos brancos (leucócitos), plaquetas e plasma. Os glóbulos vermelhos não possuem núcleo e contém a hemoglobina, responsável pela cor vermelha do sangue e pelo transporte de oxigênio e parte do dióxido de carbono no sangue. Os glóbulos brancos são divididos em dois grupos: os leucócitos granulares e os leucócitos agranulares. Os leucócitos granulares são diferenciados por sua coloração: os neutrófilos possuem uma cor lilás claro; os eosinófilos com coloração de tons de laranja ou vermelho; e os basófilos em tons de azul arroxeado. Os leucócitos agranulares são diferenciados por seus tamanhos, sendo os monócitos maiores que os linfócitos. Os glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico do corpo humano, defendendo-o de corpos estranhos. As plaquetas são fragmentos do citoplasma, originados das megacariócitos (presentes na medula óssea). Esses fragmentos são envolvidos por um pedaço de membrana celular, formando, então, as plaquetas. Sua estrutura tem formato de um disco e não contém núcleo, porém possui muitos grânulos, tornando as plaquetas responsáveis pela coagulação sanguínea e pela reparação da parede dos vasos sanguíneos. O plasma é um líquido amarelado que contém 91,5% de água e 8,5% de solutos. Os solutos são compostos de proteínas plasmáticas, nutrientes, gases, eletrólitos, restos metabólicos, enzimas e hormônios. O plasma é constituído pelas albuminas, responsáveis pelo equilíbrio osmótico do corpo, globulinas, que é um grupo de anticorpos responsáveis pela imunidade, e o fibrinogênio, que trabalha juntamente com as plaquetas na coagulação sanguínea. 1.1.1 Hemóstase A hemóstase, também chamada de hemostasia, é o ato de estancar uma hemorragia. Quando ocorre uma hemorragia em pequenos vasos sanguíneos, três mecanismos entram em ação para evitar a perda de sangue: a vasoconstrição, que ao músculo liso da parede de um vaso sanguíneo danificado contrair-se, vai reduzir a perda de sangue por minutos ou até horas; a formação do tampão plaquetário, formado por um grande acúmulo e união de plaquetas, podendo estancar completamente se o dano da hemorragia for pequeno; e a coagulação do sangue, que possui três estágios: a formação de protrombinase (ativador de protrombina), conversão da protrombina na enzima trombina e conversão do fibrinogênio solúvel em fibrina insolúvel, formando os fios do coágulo. 1.2 CORAÇÃO O coração é considerado o centro da vida no corpo humano, pois não descansa nem por um minuto. Ele é responsável por bombear sangue por milhares de quilômetros de vasos sanguíneos, levando nutrientes e oxigênio para as células, e retirando resíduos, dióxido de carbono e calor. Ele é encontrado dentro da caixa torácica, entre os dois pulmões, no mediastino, atrás do esterno. O coração tem formato de cone com ponta arredondada, aproximadamente do tamanho de uma mão fechada. Sua maior parte fica na à esquerda da linha mediana corporal e está coberto pelo pericárdio. O coração é dividido em quatro câmaras, sendo dois átrios e dois ventrículos. O ápice do coração, que é sua extremidade mais pontuda, aponta para baixo e para esquerda, repousando no diafragma. A parede do coração é formada por três camadas: o epicárdio, que é sua camada externa, o miocárdio, sua camada medial, e endocárdio, sendo a camada interna. 1.2.1 Pericárdio O pericárdio se encontra em volta do coração, protegendo-o. Possui duas camadas, externa e interna: o pericárdio fibroso, que é a camada externa, reveste o coração desde o ápice até os grandes vasos da base e tem um tecido conjuntivo irregular denso e resistente, evitando que o coração se distenda de modo excessivo; e o pericárdio seroso, a camada interna, que tem um tecido mais delicado, dividido em duas camadas chamadas de lâminas parietal e visceral. A lâmina parietal é a camada externa do pericárdio seroso, localizada logo abaixo do pericárdio fibroso. Já a lâmina visceral, também chamada de epicárdio, é a camada interna do pericárdio seroso, se encontra abaixo da lâmina parietal e se junta ao miocárdio. Entre as lâminas do pericárdio seroso encontramos o fluido pericárdio, que evita a fricção das lâminas quando o coração se movimenta. O espaço que esse fluido ocupa é chamado de cavidade do pericárdio. 1.2.2 Parede do Coração A parede do coração é constituída por três camadas: o epicárdio, uma camada externa, o miocárdio, camada medial e o endocárdio, que é uma camada interna. O epicárdio, já citado no tópico anterior, faz parte do pericárdio seroso e é composto de mesotélio e tecido conjuntivo. O miocárdio possui um tecido muscular cardíaco e é a maior parte do coração. O seu tecido está organizado em feixes entrelaçados de fibras, onde as mesmas são estriadas, involuntárias e ramificadas. O miocárdio que se torna responsável por bombear o coração. O endocárdio reveste o interior do miocárdio, recobrindo as valvas do coração e as cordas tendíneas. É uma camada fina de epitélio escamoso simples. 1.2.3 Câmaras do Coração As câmaras do coração são responsáveis por receber e bombear sangue. Elas estão localizadas no interior do coração e são divididas em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são superiores, divididos em direito e esquerdo, separados pelo septo interatrial. Já os ventrículos são inferiores, também divididos em direito e esquerdo, separados pelo septo interventricular. Quem separa os átrios dos ventrículos é o sulco coronário, que contorna o coração e possui gordura e vasos sanguíneos coronários. O septo átrio-ventricular divide o coração em superior e inferior, contendo os óstios átrio-ventriculares direito e esquerdo. O esqueleto cardíaco envolve os óstios átrio-ventriculares e óstios do tronco pulmonar e da aorta. Possui uma massa continua de tecido conjuntivo fibroso. As paredes dos átrios são finas, pois precisam de tecido muscular cardíaco que seja o suficiente para mandar o sangue para os ventrículos. O ventrículo direito manda sangue para os pulmões e o ventrículo esquerdo bombeia sangue para todo o corpo, por isso sua parede muscular é mais espessa que a do ventrículo direito. 1.2.4 Grandes Vasos do Coração O átrio direito é uma estrutura mais externa e localizada na parte direita do coração. Recebe sangue venoso por meio de três veias: a veia cava superior, que traz sangue das partes do corpo situadas acima do coração, a veia cava inferior, que traz sangue das partes do corpo encontradas abaixo do coração, e o seio coronário, responsável por drenar o sangue de grande parte dos vasos da parede do coração. O átrio direito vai enviar sangue venoso para o ventrículo direito, que, então, vai bombear para o tronco pulmonar. O tronco pulmonar vai originar as artérias pulmonares esquerda e direita, levando o sangue para cada pulmão correspondente. O átrio esquerdo está localizado na parte posterior do coração, ficando escondidoquando o coração é observado de frente. Possui as veias pulmonares, divididas em esquerdas e direitas, sendo duas para cada pulmão. Após as veias pulmonares receberem sangue oxigenado do átrio esquerdo, o sangue passa para o ventrículo esquerdo, que vai bombear o sangue para a aorta ascendente. Então, o sangue vai passar para as artérias coronárias, para o arco da aórtica e depois para as partes torácica e abdominal da aorta descendente. 1.2.5 Valvas do Coração As valvas do coração impedem que aconteça o retorno do sangue, pois cada câmara do coração se contrai, conduzindo o sangue para dentro do ventrículo ou para fora do coração por meio de uma artéria. O coração possui quatro valvas de tecido conjuntivo denso, abrindo e fechando quando o coração se contrai ou relaxa, para que o sangue passe de um átrio para um ventrículo. 1.2.5.1 Valvas Atrioventriculares As valvas atrioventriculares estão localizadas entre os átrios e os ventrículos. A valva que se encontra entre o átrio direito e o ventrículo direito é chamada de valva tricúspide, por possuir três cúspides, também chamadas de válvulas. Essas cúspides possuem tecido fibroso revestido por endocárdio e se dividem em vários cordões chamados de cordas tendíneas que se conectam nas extremidades de cada válvula e se direcionam para os músculos papilares (superfície interna) dos ventrículos. As cordas tendíneas são responsáveis por impedirem que as válvulas se movimentarem para cima. A valva mitral, também chamada de valva bicúspide, se divide em duas cúspides, que se assemelham ao funcionamento da valva tricúspide. Essa valva está localizada entre o átrio e esquerdo e ventrículo esquerdo. 1.2.5.2 Valvas Semilunares As valvas semilunares são chamadas assim em função de sua forma meia-lua e são encontradas perto da abertura de saída do tronco pulmonar, chamada de valva do tronco pulmonar, que deixa o ventrículo direito e da aorta, denominada valva aórtica, que deixa o ventrículo esquerdo. Cada valva semilunar é dividida em três válvulas semilunares, que são fixadas na parede da artéria. As valvas semilunares permitem que o sangue corra na direção dos ventrículos para as artérias e evitam que o sangue volte para o coração. 1.2.6 Circulação do Sangue A circulação do sangue consiste na passagem do sangue através do coração e dos vasos. A circulação é feita por duas correntes sanguíneas, que partem do coração. A primeira corrente sai do ventrículo direito pelo tronco pulmonar e vai até os capilares pulmonares, onde acontece a hemóstase. O sangue que foi oxigenado segue pelas veias pulmonares e chega no átrio que esquerdo, que vai passar para o ventrículo esquerdo. A segunda corrente sai do ventrículo esquerdo por meio da artéria aorta, que vai se ramificar e vai levar o sangue para todos os tecidos do nosso organismo. Nos tecidos existem os vasos capilares, que vai acontecer as trocas entre o sangue e os tecidos. Feito isso, o sangue, que está transportando resíduos e CO2 retorna ao coração através das veias que são afluentes da veia cava inferior e superior, desembocando no átrio direito e passará para o ventrículo direito. O termo sístole significa a fase de contração; diástole designa a fase de relaxamento. 1.2.7 Sistema de Condução do Coração O coração possui sistema nervoso autônomo (SNA), que aumenta e diminui a frequência dos batimentos. Ele pode continuar mesmo sem estímulo do sistema nervoso pois possui o sistema condutor, que é um sistema intrínseco de regulação. Esse sistema condutor possui tecido muscular que é capaz de gerar e distribuir impulsos, estimulando a contração das fibras musculares cardíacas. O sistema condutor é composto pelo nodo (nó) sinoatrial, nodo (nó) atrioventricular, fascículo atrioventricular, ramos direito e esquerdo e ramos subendocárdicos. O nodo sinoatrial é encontrado na parede do átrio direito, abaixo do óstio da veia cava superior. Ele é chamado de marca-passo por iniciar cada batimento e marcar o ritmo básico para a frequência cardíaca. Quando o nodo sinoatrial inicia um impulso e se espalha pelos átrios, acaba gerando uma contração que chega ao nodo atrioventricular. O nodo atrioventricular se encontra no septo interatrial. Ao chegar no nodo atrioventricular, esse impulso se desacelera, comparado a rapidez que se espalha do nodo sinoatrial ao atrioventricular, dando tempo para que os átrios transfiram seu sangue aos ventrículos e terminem sua contração antes dos ventrículos começarem. Após terminar sua passagem no nodo atrioventricular, esse impulso passa pelo feixe de His, também chamado de fascículo atrioventricular, que é um feixe de fibras condutoras localizado na parte superior do septo interventricular. Feito isso, o impulso vai em direção do ápice do coração por meio dos ramos direitos e esquerdos do fascículo. A contração dos ventrículos é estimulada pelas fibras de Purkinje, também chamadas de ramos subendocárdicos. Elas surgem dos ramos dos fascículos e levam impulso para o miocárdio ventricular. 1.3 VASOS SANGUÍNEOS Os vasos sanguíneos são responsáveis por levar sangue do coração para os tecidos do corpo e de volta para o coração. São divididos em três principais vasos: artérias, veias e capilares sanguíneos. 1.3.1 Artérias As artérias são os vasos sanguíneos que levam o sangue para fora do coração e se ramificam para todo o organismo. Sua forma é como tubos cilíndricos e elásticos, suas paredes são constituídas de três camadas (túnicas) de tecido. O seu espaço oco, denominado luz, por onde flui o sangue. A sua camada interna é feita de epitélio escamoso simples, chamado de endotélio e tecido elástico. A camada medial é constituída de musculo liso e fibras elásticas. A camada externa é feita de fibras elásticas e colágenas. As arteríolas são artérias muito pequenas que são responsáveis por levar fluxo sanguíneo para os capilares. As artérias podem ser classificadas por sua estrutura e função: elásticas ou de grande calibre, como por exemplo a aorta, tronco branquio-cefálico, subclávia; distribuidoras ou de tamanho médio, que são a maioria das artérias; e as arteríolas. A nomenclatura das artérias leva em conta a situação, direção, órgão irrigado e peça óssea contígua. Como, por exemplo, a artéria braquial, artéria cincunflexa da escápula, artéria renal e artéria femoral, respectivamente. O sangue arterial vem do ventrículo esquerdo para a aorta, se direcionando para a aorta ascendente, localizada por trás do tronco pulmonar, que se divide em duas artérias coronárias, direita e esquerda, que irrigam o coração. A aorta ascendente, ao virar para esquerda, forma o arco da aorta, no qual surgem o tronco braquio-cefálico, que se divide em artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda. Ao formar a aorta descendente, quando se dirige para a parte inferior do coração, é dividida em parte torácica, localizada entre o arco da aorta e o diafragma, e a parte abdominal, encontrada entre o diafragma e as artérias ilíacas comuns. O final da aorta é quando ela se divide em artérias comuns, esquerda e direita. As artérias carótidas comuns se dividem em artérias carótidas internas e externas, cada uma delas divididas em direita e esquerda. Os ramos da artéria carótida interna e da artéria basilar, que são artérias cerebrais anteriores e posteriores, respectivamente, formam o polígono de Willis, que surgem as artérias que irrigam grande parte do encéfalo. As artérias subclávias se ramificam em: artérias vertebrais, direita e esquerda; artéria torácica interna, que irriga a parede torácica anterior,estruturas mediastinais e o diafragma; tronco tireocervical; e o tronco costocervical. Ao chegar na borda externa da primeira costela, as artérias subclávias se tornam artérias axilares, que irrigam as axilas, tórax e ombro. As artérias axilares se ramificam em artérias braquiais, esquerda e direita, que irrigam o ombro e o braço. Ao chegar no cotovelo, as artérias se ramificam em artéria radial e artéria ulnar, que irrigam o antebraço e o cotovelo. A parte torácica da aorta descendente se ramifica em: nove artérias intercostais posteriores, esquerda e direita, que adentram no sulco da costela juntamente com as veias e os nervos intercostais; artérias esofágicas, que irrigam o terço médio do esôfago; artérias bronquiais, que irrigam os tecidos não respiratórios dos pulmões, brônquios e traqueia; e artérias subcostais, que irrigam a parede abdominal posterior superior. A parte abdominal da aorta descendente segue nessas ramificações: ramos parietais pares em artérias inferiores, esquerda e direita, artérias lombares e artérias ilíacas comuns que irrigam a pelve e os membros inferiores; ramos parietais ímpares, que se divide na artéria sacral mediana; ramos viscerais pares que se ramificam em artérias supra-renais médias, artérias renais e artérias gonadais; ramos viscerais ímpares, que se dividem em tronco celíaco, ramificado em artérias gástricas esquerdas (surgem ramos esofágicos e ramos para a curvatura menor do estômago), artéria hepática comum (onde suas ramificações irrigam a parte inferior da curvatura menor e maior do estômago, o omento, duodeno, pâncreas e vesícula basilar) e artéria esplênica (irriga a curvatura maior do estômago e omentais), também chamada de artéria lienal; artéria mesentérica superior, que irriga o duodeno, pâncreas e cólon ascendente e transverso; a artéria mesentérica inferior, que irriga o cólon descendente e o reto; e as artérias renais, que irrigam os rins, as glândulas supra-renais e os ureteres. As artérias dos membros inferiores são: as artérias ilíacas comuns, direita e esquerda, que irrigam a pelve, genitália externa e membros inferiores; a artéria ilíaca interna, que irriga a pelve, nádegas, genitália externa e coxas; a artéria ilíaca externa, que irriga os membros inferiores; a artéria femoral, que irriga a virilha e músculos da coxa; a artéria poplítea, que irriga a região posterior da perna, joelho, fêmur, patela e fíbula; a artéria tibial anterior, que irriga o joelho, músculos anteriores da perna e tornozelo; a artéria tibial posterior, que irriga os músculos, ossos e articulações das pernas e dos pés; a artéria fibular, que irriga os músculos profundos da região posterior da perna, músculos fibulares, tarso e face lateral do calcanhar; a artéria dorsal do pé, que irriga os músculos e articulações da face dorsal do pé; a artéria plantar lateral, que irriga os metatarsos e artelhos; e a artéria plantar medial, que vai irrigar o flexor curto dos dedos, adutor do hálux e dedos. 1.3.2 Capilares Os capilares são vasos microscópicos que ligam as arteríolas às vênulas. Eles são responsáveis pela troca de nutrientes e resíduos entre o sangue e os tecidos. Estão distribuídos por quase todo o corpo humano, não contendo apenas na epiderme, córneas, lentes dos olhos e cartilagens. As paredes dos capilares são formadas apenas por uma única camada de células endoteliais e uma membrana basal, o que torna a troca de oxigênio, nutrientes e resíduos mais fácil. Em algumas regiões os capilares passam diretamente de arteríolas para vênulas, já em outras é preciso que se forme uma rede de ramificações entre os dois vasos. O fluxo sanguíneo dos capilares é controlado por fibras de músculo liso ao longo de arteríolas e esfíncteres pré-capilares, contraindo (vasoconstrição) e relaxando (vasodilatação) para regular o fluxo sanguíneo. Os capilares arteriais são ramificações das arteríolas e os capilares venosos são ramificações das vênulas. 1.3.3 Veias As veias se assemelham estruturalmente com as artérias, porém suas camadas medial e interna são mais finas. A camada externa é a mais espessa. Elas levam o sangue que já sofreu trocas nos capilares para o coração. A luz da veia (espaço oco) é mais ampla que o das artérias. Quando o sangue percorre as veias, podemos ver que ele perde uma grande quantidade de pressão, comparado às artérias. As veias dilatas e tortuosas são chamadas de veias varicosas (varizes), que são assim em função das valvas venosas fracas, onde a gravidade força o sangue de volta nas veias, sobrecarregando e empurrando suas paredes para fora. As vênulas são junções de vários capilares, onde coletam o sangue dos mesmos e levam até as veias. As veias da cabeça e pescoço são: veias jugulares internas, irrigando o encéfalo, face e pescoço; veias jugulares externas, que irriga o crânio e a face; veias braquio-cefálicas, que é a junção da veia subclávia com a veia jugular; e as veias vertebrais, irrigam as vértebras, medula cervical e alguns músculos do pescoço. As veias dos membros superiores são: as veias cefálicas, drenando a região da face lateral do membro superior; as veias basílicas que drenam a face medial do membro superior; as veias medianas, que vai irrigar a palma da mão e o antebraço; as veias radiais, irrigando a face medial do antebraço; as veias ulnares, que vai drenar a região da face lateral do antebraço; as veias braquiais, que irriga o antebraço, cotovelo, braço e úmero; as veias axilares, drenando o braço, axila e parede torácica súpero-lateral; as veias subclávias, irrigando o braço, pescoço e parede torácica. As veias dos membros inferiores são: as veias safenas magnas, irrigando a região da face medial da perna e coxa, virilha, genitália externa e parede abdominal; as veias safenas parvas, drenando os pés e face posterior da perna; as veias tibiais posteriores que irrigam os pés e músculos do compartimento posterior; as veias tibiais anteriores, drenando as regiões do tornozelo, joelho e face anterior da perna; as veias poplíteas, irrigando o joelho, músculos e ossos da perna e da coxa; as veias femorais que drenam os músculos da coxa, fêmur e genitália externa; as veias ilíacas externas irrigam o membro inferior e parede abdominal; as veias ilíacas internas que vão drenar a região das coxa, nádega, genitália externa e pelve; as veias ilíacas comuns que irrigam a pelve, genitália externa e membro inferior. 1.4 ANASTOMOSE A anastomose é uma conexão entre duas partes do corpo humano. As anastomoses venosas são mais frequentes que as arteriais, pois uma veia é rompida mais facilmente que uma artéria. 1.5 TIPOS DE CIRCULAÇÃO 1.5.1 Circulação Pulmonar Essa circulação bombeia o sangue venoso do ventrículo direito até os sáculos alveolares e alvéolos dos pulmões, sofre a hematose e volta com o sangue arterial dos sáculos alveolares e alvéolos para o átrio esquerdo. É uma circulação coração- pulmão-coração. 1.5.2 Circulação Sistêmica O sangue arterial é distribuído do ventrículo esquerdo para todas as partes do corpo e, após as trocas, volta ao átrio direito. É uma circulação coração-tecidos- coração. 1.5.3 Circulação Colateral Geralmente, existem anastomoses entre ramos de artérias ou veias. Nessas anastomoses não tem muita passagem de fluxo sanguíneo, e quando acontece uma obstrução de um vaso calibre anastomótico, o sangue passa a circular por essas variações, gerando uma circulação colateral. Essa circulação é um mecanismo de defesa do organismo, irrigando ou drenando quando há um rompimento de artérias ou veias. 1.5.4 Circulação Portal Nesse tipo de circulação, a veia porta se interpõeentre duas redes, a rede capilar no intestino e a rede de capilar sinusóide no fígado, sem passar por um órgão intermediário. Essa circulação também pode acontecer na hipófise. REFERÊNCIAS DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Básica. 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2010. TORTORA, G. J. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000. RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk da Fonseca. Sistema Cardiovascular. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm. Acesso em 01 de abril de 2017. SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. O Que é o Plasma Sanguíneo? Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-plasma-sanguineo.htm. Acesso em 01 de abril de 2017. SANTOS, Daniel Cesar de Araújo. O Coração. Disponível em: http://anatomiaonline.com/circulatorio/coracao/coracao.html. Acesso em 02 de abril de 2017. SOARES, Marcelo Marques. Sistema Arterial. Disponível em: http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-cardiovascular/vasos- sanguineos/sistema-arterial/. Acesso em 02 de abril de 2017. SOARES, Marcelo Marques. Sistema Venoso. Disponível em: http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-cardiovascular/vasos- sanguineos/sistema-venoso/. Acesso em 02 de abril de 2017.
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