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Resumo de Direito Processual do Trabalho por Nadja Cerqueira

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DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA – 2º GQ
FASE PROBATÓRIA
1. Necessidade de apresentação: Só se faz necessário quando há matéria de fato controvertida, matéria de fato é o que envolve os fatos que dão razão ao processo; matéria de direto controvertida prescinde, não precisa produção de provas. 
	O juiz só julga sem produção de provas quando não há matéria de fato controvertida, podendo haver matéria de direito controvertida, pois é da função do juiz conhecer o direito
2. Ônus da Prova - Art.818 CLT - S. 16, 212, 254 e 338 TST
O ônus da prova é de quem alega o fato; O CPC diz compete ao autor (reclamante) provar o fato constitutivo de seu direito e compete ao réu (reclamado) provar o fato modificativo ou extintivo do fato alegado; A regras deixam margem a discussão, devemos ter em mente que o trabalhador tem a proteção legal e que o trabalhador nem sempre registra os fatos como ocorreram, (exemplo: que ele pela sua hipossuficiência às vezes é forçado a bater o cartão as 18h, mas continuar trabalhando até as 22h.) O ônus da prova é de quem alega, protegendo o trabalhador. Por essa razão o TST elaborou algumas súmulas. 
OBS: é facultado horário de freqüência com até 10 funcionário; mais de 10 funcionário é obrigado o empregador manter um controle de frequência, cartão de ponto por exemplo.
OBS: Cartões de pontos britanicamente marcados, não tem valor probatório, por que existem empresas que batem os cartões de pontos de todo mundo e depois mandam os empregados assinarem como se eles tivessem batido; 
OBS: diz a CLT salário é pago mediante recibo, a prova documental de que você pagou o salário; é ônus do empregador provar que pagou ao empregado; interpretando o dispositivo  nos dias de hoje recibo pode ser entendido como prova documental.
	Exemplo: Empresa leva a prova (recibo) que pagava um salário, o empregado diz que só recebe meio e era forçado a assinar o recibo de um salário; prepondera o principio da primazia da realidade, o que prepondera são os fatos, o ônus da prova se inverte e cabe ao empregado provar que não recebia um salário mínimo.
Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
Súmulas do TST: 
S.16: NOTIFICAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e  21.11.2003
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
S.212: DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
S.254:SALÁRIO-FAMÍLIA. TERMO INICIAL DA OBRIGAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da filiação. Se feita em juízo, corresponde à data de ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o empregador se recusara a receber a respectiva certidão.
S.338: PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
	I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
	II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. (ex-Súmula nº 308 - Res. 6/1992, DJ 05.11.1992)
 
3. Meios de prova: Na inicial e na contestação devemos pedir por todos os meio de prova em direito admitidos; sendo estas as provas lícitas, as ilícitas não são admitidas pelo direito; pois fatos alegados e não provados não possuem poder de convencimento ao juiz. São meios de provas citados pela CLT:
	- Depoimento pessoal das partes: 
	- Documentos;
	- Testemunhas;
	- Perícia Técnica; 
	- Inspeção judicial;
A CLT fala especificamente desses meios de provas que são os mais comuns; 
4. Depoimento Pessoal (art. 820 e 848 CLT):
	Alguns doutrinadores colocam que o depoimento pessoal não é um meio de prova, por que o juiz pergunta e as partes vão responder, são as partes que vão ser inquiridas (perguntadas, indagadas) pelo juiz, dizem que não tem força probatória por que as partes vão responder o que lhe é favorável, não iram criar elas provas contra si mesmas conscientemente. 
	O reclamante tem de comparecer; O reclamado sendo um empresa, pessoa jurídica, quem deve ir é o dono, gerente ou qualquer preposto; quem depõem primeiro é o reclamante, toda vez que houver atos processuais sucessivos, começa-se pelo autor, no processo do trabalho, primeiro sempre o reclamante; há atos que são simultâneos, reclamante e reclamado realizam ao mesmo tempo; 
	Pode haver a inversão dos atos, por pedido das partes ou vontade do juiz, por exemplo na justa causa, pode o juiz preferir, como normalmente se faz ouvir o empregador primeiro, para saber as razoes da justa causa. Segundo a CLT, quem ainda vai depor não pode ouvir o depoimento de quem está depondo primeiro, pois isso pode influenciar o seu depoimento.
Alguns juízes dispensam o depoimento pessoal; 
Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. 
	§ 1º - Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante.
	§ 2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver.
	- OBJETIVO: constitucionalidade (duvidosa?);
“Papel aceita tudo”, o objetivo do depoimento é confirmar o que foi alegado na inicial e na contestação; alguns autores dizem que a constitucionalidade do depoimento pessoal é duvidosa, por que a parte pode produzir provas contra si próprio e isso a constituição veda, mas a predominância é que se o juiz está procurando a veracidade dos fatos e o juiz através do depoimento pode encontra-la. 
Ex: diarista diz que é doméstica, mas trabalhava dois dias (terça e quinta). no depoimento produziu prova contra si mesma quando foi perguntada os dias que trabalhava na casa do patrão e respondeu terças e quintas, caracterizando dessa forma 2 dias semanais, logo não há pela lei vinculo doméstico. 
	- Confissão ficta - S.74 TST
OBS: Apesar da audiência ser una, ela normalmente é dividida em três:
inaugural: pregão, primeira proposta de conciliação, não havendo conciliação o juiz receba a defesa do reclamado; na contestação já está presente os fatos controvertidos; o juiz adia a audiência, determina novo dia e hora; 
Instrução: Apresentação das provas: Depoimento pessoal…
Julgamento: sentença
	Essa súmula fala da clausula de confissão ficta quanto a matéria de fato, caso as partes não apareçam na audiência de instrução para depor, quando deixa o juiz expresso que essa ausência caracterizará confissão ficta quanto a matéria de fato.  Caso eles não apareçam, deve o juiz julgar com base nos documentos, fatos, provas que possui. Inclusive pode o confesso ganhar ou perde a ação; sua ausência não o condena imediatamente, as provas já apresentadas na inicial e na contestação serão levadas em consideração. Não pode a parte confessa produzir prova posterior a confissão ficta, contudo essa vedação não atinge a figura do juiz, logo se ele julgar necessário, o mesmo poderá exigir a partir que produza a prova necessária. 
S.74 do TST: CONFISSÃO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res.
208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
	I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. (ex-Súmula nº 74 - RA 69/1978, DJ 26.09.1978)
	II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. (ex-OJ nº 184 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
	III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. 
5. Prova documental: A CLT diz ser necessário original ou cópia autenticada, o CPC diz que não precisa ser cópia autenticada, logo a CLT se adaptou e hoje não cobra mais a copia autenticada; agora caso uma das partes diga que o documento não condiz com a original, pode o juiz exigir o original para tirar a contraprova.
	- Forma e oportunidade de apresentação - Art. 830, Art. 787 e art. 845 da CLT e S. 8 TST
	Caso na contestação ou na inicial se esquece de juntar algum documento, poderão as partes juntar os documentos na audiência de instrução, lembrando que todo novo documento juntado gera o direito de contraditório. 
Art. 830 - O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. (Redação dada pela Lei nº 11.925, de 2009).
        Parágrafo único.  Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos.
Art. 787 - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar.
Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas.
S.8 do TST: JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença.
	- Contraditório - Impugnação
	Na pratica o juiz já na inaugural fixa um prazo (livre, discricionário do juiz) comum e preclusivo (de normalmente 10 dias) para as partes anexarem todos os documentos, nesse momento ele já fixa prazo sucessivo (primeiro reclamante e depois reclamado) e preclusivo para as partes se pronunciarem sobre os documentos.
	A instrução ocorre por causa das provas orais, depoimento, testemunhas… na prática não se junto documentos na instrução, pois, por exemplo dependendo do tamanho do documento pode o juiz não aprecia-lo corretamente, além “cerceia” os princípios do contraditório e da ampla defesa da outra parte que estará vendo essa prova pela primeira vez e não necessariamente terá como ou saberá como dessa se defender. 
	- Exibição forçada - S. 338 TST
Existem determinados documentos que o reclamado (empregador) é obrigado por lei a produzir; Por exemplo o cartão/livro de ponto.
S.338 do TST: PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
	I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
	II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. (ex-Súmula nº 308 - Res. 6/1992, DJ 05.11.1992)
 
	- Incidente de Falsidade - Arts. 430 a 433 do CPC
Documento falso não é o recibo que o empregado assinou dizendo que recebia um salário sem na realidade ter recebido, é o documento que o empregado nem assinou; que foi forjado por uma das partes; não é impugnar por que o documento não condiz com a realidade dos fatos;  se impugna por falsidade pelo documento não ter existência na plano facto, na realidade. A CLT não fala do incidente de falsidade, logo se utiliza as regras do CPC; Normalmente o prazo é de 10 dias para a parte comprovar a existência do documento; a falsidade se comprovada pode respingar até no advogado, se ele teve parte na produção desse documento. 
Subseção II
Da Arguição de Falsidade
Art. 430.  A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos.
	Parágrafo único.  Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal, nos termos do inciso II do art. 19.
	Art. 431.  A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua pretensão e os meios com que provará o alegado.
	Art. 432.  Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame pericial.
	Parágrafo único.  Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo.
	Art. 433.  A declaração sobre a falsidade do documento, quando suscitada como questão principal, constará da parte dispositiva da sentença e sobre ela incidirá também a autoridade da coisa julgada.
LEGISLAÇÃO - CLT: 
DAS PROVAS
	Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
        	Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente.
        	§ 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever.
        	§ 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a que interessar o depoimento.
        	Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
       	Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). 
       	Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
        	Art. 823 - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
        	Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.
        	Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
        	Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
        	Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou técnico. 
        	Art. 827 - O juiz ou presidente poderá arguir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem apresentado.
        	Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais.
      	Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos,
por ocasião da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes.
        	Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.       
        	Art. 830.  O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
        	Parágrafo único.  Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos. 
FASE PROBATÓRIA (Cont.)
	Fato confessado: não se prova
	Fato controvertido: se prova
	Fato de direito: não se prova
1. Prova testemunhal: 
É muito importante para o processo trabalhista; “a quem diga que ela é a prostituta das provas”, ma ano processo trabalhista o que prepondera na decisão do juiz é a realidade dos fatos, dessa forma no processo trabalhista ela é a rainha das provas. Não é correto dizer que a testemunha é do réu ou do autor, ela é dos fatos, do processo; ela deve ser imparcial, não pode ter interesse em favorecer nenhuma das partes; os parentes até terceiro grau são impedidos de depor, pois entendesse que eles tenderiam a favorecer a parte; Há uma discussão que a testemunha não pode ser uma pessoa que está litigando contra a empresa, o TST sumulou a questão, o simples fato de estar litigando contra a empresa, não torna a testemunha suspeita, todavia, é preciso que nós ficamos alertas, por que se a testemunha está pedindo o mesmo objeto da ação e a dela não foi julgada ainda, ela tem interesse na vitoria do colega, por que abrirá um precedente para a ação dela, logo ela seria suspeita.
 
	- Conhecimentos dos fatos:
	- Impedimentos - Art. 829 CLT - Incapacidade —> Súmula 357 TST:
O menor de 16 anos não pode ser testemunhas.
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. 
Súmula nº 357 do TST
TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador.
 
	- Quantidade:  é de 3 testemunhas por parte no procedimento comum, ordinário; no sumaríssimo a quantidade máxima é de 2 testemunhas por partes; e no inquirido, que eu não trabalhei com vocês, que era o procedimento aplicavam quando existia a estabilidade no emprego e hoje vocês sabem que o empregado não atinge mais essa estabilidade, a que temos hoje é a estabilidade provisória como a das gravidas, mas para não passar batido no IJ o numero máximo de testemunhas é de 6 para cada parte. 
	- Arrolamento prévio: A CLT não exige isso, as partes devem apresentar as testemunha na audiência; dizem os doutrinadores que se exigisse estar-se-ia colocando em risco o principio da proteção ao trabalhador, pois se considera que isso seria colocar em risco o depoimento dessas; agora, se o empregado tem duvidas da ida da testemunha a audiência, pode o advogado do trabalhador requerer a notificação da testemunha, pode arrola-la e com a notificação ela fica obrigada a comparecer; por que a testemunha não presta favor a parte, ela presta serviço a justiça; se mesmo assim a testemunha não comparecer o juiz deve adiar a audiência e notificar a testemunha que se ela não comparecer pode ser levada coercitivamente fazendo-se uso até de força policial se necessário; a melhor testemunha é a que trabalhou com o reclamante. 
	O ideal é que não se reparta as provas, que se escute as partes, o depoimento pessoal delas, comece a ouvir as testemunhas; as testemunhas portanto, não entram logo na sala de audiencia, para que não escutem o depoimento das partes e elas entram na sala uma a uma, para que uma não escute o depoimento das que primeiro depuseram e comprometam dessa forma o seu depoimento; 
	Se começa pelas testemunhas do reclamante e depois as do reclamado, fatos sucessivos.
	- Qualificação e compromisso: antes de começar a ser requerida pelo juiz ela é qualificada, quem é, e compromissada, imposta ao compromisso de dizer a verdade; as partes não fazem qualquer compromisso para prestar depoimento, a testemunha deve ser compromissada pois tem um compromisso com a verdade; 
	- Inquirição e depoimento
	- Contradita — Informante (art.829 CLT)
Se a testemunha não tem capacidade, tem ação contra a empresa ou é parente de uma das partes; Contraditar a testemunha é pedir pelo sua desconsideração; A contradita é feita após a qualificação e antes dela prestar o compromisso, e cabe ao juiz decidir se acolhe ou não a contradita, se ela acolher a parte que levou a a testemunha tem o direito de protestar e pode requerer que a pessoa indicada como testemunha, seja ouvida como informante; Esse não tem o compromisso de dizer a verdade, dai por que o depoimento do informante não tem tanto valor probatório, pois esse não tem a imparcialidade;
	A primeira testemunha depõe e aguarda na sala de audiência para que não fale com as outras, a segunda testemunha entra é qualificada, compromissada, pode ser contraditada e fica na sala de audiência; normalmente o juiz faz as mesmas perguntas a todas as testemunhas; Dai porque na prática se a segunda testemunha foi satisfatória, não se faz necessário ouvir a terceira testemunha, por que a terceira testemunha pode colocar tudo a perder e macular o depoimento das duas anteriores. um é pouco, dois é bom, três pode ser demais;
	- Não comparecimento: se se pediu a notificação e as testemunhas não vieram, pode o advogado pedir o adiamento da audiência, e nem se escuta o depoimento pessoal das partes, se elas não foram notificadas, deve pedir o adv que se notifique as testemunhas e adie a audiência; todavia se o processo for o sumaríssimo, deve o adv antes da fase probatório pedir a notificação da testemunha, pois ele não pode pedir o adiamento da audiência.
	- Ordem da oitiva: reclamante e depois as do reclamado.
2. Prova pericial:
	- Cabimento: quando para formar o convencimento do juiz é preciso conhecimentos específicos, conhecimentos técnicos; uqnado documentos e prova oral não é suficiente para esclarecer a questão; é necessária sempre a perícia quando se pede na ação adicional de periculosidade, risco à vida, e/ou de insalubridade, risco à saúde. 
	Ex: Pericia de contábil;  
	O juiz pode reabrir a instrução, se colher todas as provas e não ficar satisfeito; não existe preclusão para juiz. Ele pode determinar que seja feita a perícia na inaugural ou na instrução. 
	Deve o juiz designar o perito judicial, as partes tem o direito ao contraditório ao perito, esse pode ser arguido suspeito; Não existe na justiça o cargo de perito judicial, é um profissional autônomo, que leva o seu curricular na justiça para ser apreciado e credenciado; A partir do momento que o juiz diz quem é o perito, as partes tem 5 dias para indicar o assistente técnico do perito e formular quesitos - é uma “petição" onde se qualifica o perito e se coloca as perguntas que quer que o perito faça - , é quem a parte desejar, ele irá acompanhar o peito na perícia, a parte pode não não indicar um assistente, não é obrigatório. O juiz da 30 dias para o perito apresentar o laudo, ele apresenta o aludo e a cobrança dos seus honorários periciais. As partes terão direito de vista e de contraditório; poderão questionar o valor dos honorários, o laudo, pedir por outra perícia, outro perito… não se pode no processo trabalhista se exigir uma causa previa dos honorários periciais, esse serão pagos ao final do processo; o ônus de pagamento da perícia é da parte sucumbente  da perícia, é quem perde na perícia que paga, não quem perde na ação. Se o reclamante
é pobre na forma da lei e não tem condições  de pagar da os honorários do perito, a justiça que uma verba para isso, para os beneficiários da justiça gratuita; o juiz não pode obrigar ninguém a pagar honorário de assistente técnico, a sua figura não é obrigatória, e os seus honorários são convencionados entre o assistente e a parte que o indicou;
	O juiz não é obrigado a julgar de acordo com a perícia, ele não pode analisar e julgar com base em só uma das provas, o seu julgamento deve se basear no conjunto probatório, o laudo pericial tem um força grande, mas o juiz não pode se ater a uma prova exclusivamente, temos o principio da unicidade das provas. 
	
	- Determinação de oficio ou requerimento:
	- Processamento —  Art. 3° da lei 5.584/70
Art 3º Os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo Juiz, que fixará o prazo para entrega do laudo.
Parágrafo único. Permitir-se-á a cada parte a indicação de um assistente, cuja laudo terá que ser apresentado no mesmo prazo assinado para o perito, sob pena de ser desentranhado dos autos.
	- Honorarios Pericias:
		- Caução:
		- ônus: — Art. 790 - B
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.
	- Assistente técnico — honorários — S.341 TST
Súmula nº 341 do TST
HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia.
 
	- Julgamento não-vinculado:
3. Inspeção judicial:
	É a possibilidade do juiz determinar que vai fazer a inspeção na empresa;
	- Cabimento: quando não há elementos suficientes para formar o seu convencimento.
	- Realização de oficio ou a requerimento: do juiz ou a requerimento das partes
	- Processamento - auto de inspeção: é um laudo que o juiz elabora dizendo o que viu e ouviu; tem um valor probatório grande, mas não é a única coisa que ele vai olhar na hora de julgar, princ. da unicidade das provas, ele deve considerar que naquele dia ele viu as coisas daquela forma, mas esse quadro pode não ser regra. 
4. Prova Emprestada: é a prova excepcionalmente trazido de outro processo para aquele processo, não tem o mesmo valor probatório, é muito comum pedi-la quando se trata de perícia; outro empregado da mesma empresa, pedindo a mesma coisa e nesse processo já foi realizada a perícia, levando em consideração que a perícia dilata o processo pode se requerer que se anexe a perícia já realizada, não tem o mesmo valor, mas analisando o custo e beneficio pode ser ela pedida e cabe ao juiz decidir se vai acata-la ou não. 
RAZÕES FINAIS – art. 850, CLT
1. Definição: é a oportunidade que tem as partes para apresentarem um resumo do que aconteceu no processo, razão pela qual as razoes finais são feitas antes do julgamento e apos a fase de instrução; é onde a parte vai destacar os principais pontos do processo que lhe foram favoráveis; onde cada uma requer a procedência (reclamante) ou improcedência (reclamado) da ação.
2. Oralidade: Como os outros atos do processo, são orais, podendo serem feitas por escrito; contudo na maioria dos processos elas se dão oralmente, o juiz dá as partes 10 minutos, começando pelo reclamante e terminando pelo reclamado; é comum que as parte quando solicitadas para realizares as razões finais, que elas façam as razoes finais remissivas ou reiterativas, são aquelas em que as partes se limitam a manter os termos da inicial se for reclamante ou da contestação ser for o reclamado, são as razoes que as partes se remetem aos temos das peças iniciais, sem nada acrescentar, elas reiteram o já posto.
Evidentemente, em algumas situações não se faz necessário que os advogados acrescentem algo, revelia do reclamado, o adv do reclamante não vê necessidade de nada acrescentar, dessa forma a uma razão final remissiva; 
Se o Reclamado falta as razões finais, tem as suas razões finais prejudicadas, já que deixa de destacar o que lhe foi favorável no processo.
	- 10 minutos
	- Memorial:  são as razões finais por escrito, é passível que ocorra um memorial, mas muito improvável pois como poderá o adv. escrever o memorial sem saber o que vai acontecer na audiência; ele se dá mais, normalmente, quando o juiz adia mais uma vez a audiência, marcando novo dia e hora, para as partes trazem o memorial ou o protocolarem na justiça do trabalho, isso ocorre quando ele julga que o processo foi/é muito complexo e para não prejudicar as razoes finais ele opta pela produção posterior; não se faz necessário as parte para entregar o memorial, podem os advogados desacompanhados entregarem o memorial;
	Podemos nas razoes finais impugnar o valor de alçada do processo; Devemos reiterar os protestos as decisões interlocutoras do processo; 
  
3. Segunda Proposta de Conciliação: Deve ser realizada apos as razões finais; caso as partes aceitem e chegam a um acordo o juiz irá homologar o acordo e ela terá força de decisão transitada em julgado; decisão que não cabe recurso, discussão; a única forma de descontinuar um acordo é se ele tive algum erro e for constituído por simulação, conluio ou fraude, para tal devemos entrar com uma nova ação, a ser proposta no tribunal regional, uma ação rescisória.    
4. Conversão do julgamento em diligência: O juiz pode converter o julgamento em uma diligência, em uma conduta para dirimir o processo, se o juiz ao analisar para sentenciar o processo, o juiz verifica que precisa de mais uma prova, ele pode reabrir a fase de instrução para produção dessa prova. Se o juiz converte em diligência, as partes devem ser informadas que na data marcada não ocorrerá a prolatação da sentença, se a vara for organizada, se não for no dia que forem colher a sentença as partes terão acesso ao despacho do juiz. 
5. Sentença: é feita oralmente, se torna publica em audiência; o que a CLT prevê é que imediatamente após as razoes finais o juiz deve proclamar a sentença; mas na pratica sabemos que a audiência se divide em três sessões, a inaugural, a de instrução e a de julgamento, dessa forma sabemos que após as razoes finais o juiz marca novo dia e hora, adia a audiência, e marca a sessão de julgamento, para prolatar a sua sentença. 
	
	- Prolatada em audiência:  
	- Prazo de juntada - art. 851, § 2° - S.30 TST: é de 48h para a secretaria juntar as atas da audiência aos autos.
Art. 851 - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)
        § 1º - Nos processos de exclusiva alçada das Juntas, será dispensável, a juízo do presidente, o resumo dos depoimentos, devendo constar da ata a conclusão do Tribunal quanto à matéria de fato. (Incluído pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)
        § 2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e assinada pelos juízes classistas presentes à mesma audiência.
	Na pratica o juiz entrega a sentença na secretaria da vara, ele não faz o pregão e a prolata oralmente em audiência; Pela lei, a secretaria após recebida a sentença pelo juiz tem 48h para juntar essa aos autos do processo; logo se o juiz marca para o dia 28, esta só estará disponível no dia 30. Diz a CLT que as partes serão intimadas da sentença em audiência; Diz a sumula que se a sentença for juntada nas 48h, o prazo para recorrer começa a contar no dia que essa se tornar publica em audiência, dentro do exemplo isso seria no dia 28. “Aos 28 dias do mês de outubro de 2016 na sala de audiência, ausentes as partes, foi prolatada a seguinte sentença…” 
	Agora caso a sentença não tenha sido juntada aos autos dentro do prazo de 48h da data marcada, deve se pedir uma certidão da vara, um comprovante que a sentença não esta nos autos; casa
a sentença não tenha sido juntada dentro do prazo as partes serão informadas por outro meio, via postal, diário oficial ou edital. 
	Por via postal -  AR - no dia seguinte a data de assinatura do AR, que indica o recebimento; 
	Publicação -  no dia seguinte a publicação;
	Se na seção de instrução esta presente o reclamante e ausente o reclamado, deve o juiz mandar intimar o reclamado, pois o reclamante por está presente na instrução, presume-se intimado, e o reclamado deverá ser intimado da sentença por via postal ou por publicação da sentença em diário oficial;  
	Por mais que a sentença seja dada seis, sete meses depois da data marcada, na sentença estará a data originalmente marcada, para respeitar que a sentença deve ser dada em sentença; 
	Se o juiz marca e por motivo qualquer não há expediente forense na data, deve ele marcar novo dia e hora para prolatar a sentença;  
Quem faz primeiro as razões finais é o reclamante.
O reclamado tem dez minutos para fazer o resumo do processo, e ao final requerer o improcedente da ação.
Remissivas ou reiterativas: Aquelas em que as partes se limitam a manter os termos da inicial (reclamante), ou da contestação (se for reclamado); elas reafirmam, repetem os termos da inicial. 
Se o reclamado faltar, as razões finais ficarão prejudicadas. 
Pode-se lavar as razões finais por escrito; são chamadas de memorial. 
Depois de encerrada a instrução, o juiz pode adiar a audiência determinando que as partes tragam o memorial. Pode alegar que o processo foi tão complexo, com tantas questões; cabe ao juiz marcar novo dia e hora do processo ou protocolarem na Justiça do Trabalho.
As partes podem também impugnar, além do valor da causa (atribuído pelo reclamante), o juiz pode propor o valor da alçada. Também devemos reiterar os nossos protestos. Nas razões finais você reitera o protesto. 
Decisão interlocutória (nos processos trabalhistas são irrecorríveis).
Após as razões finais o juiz deverá fazer a nova proposta de conciliação. Se as partes chegam a um acordo, o juiz homologa o acordo, que passa a ter força de decisão transitada em julgado. A única forma de desconstituir o acordo, é se ele tiver fraude, se for nulo – nesse caso entra-se com uma ação rescisória (será proposta no Tribunal)
Encerradas as razões, o juiz vai prolatar a sentença. 
Normalmente, após as razões finais, ele vai adiar a audiência; O juiz pode converter o julgamento em diligência (reabrindo a instrução) – excepcionalidade. 
A CLT diz que as atas da audiência devem ser juntadas no prazo de 48 horas; a sentença teoricamente é dada em audiência.
O que acontece na prática? 
O juiz entrega a sentença na secretaria da vara. Deverá estar disponível dentro de 48 hrs. 
Dentro das 48 horas, o prazo para recorrer é contado a partir da data em que a sentença se tornou pública. 
Se no dia previsto para a entrega, e for lá o advogado buscar a sentença, deverá pedir o comprovante afirmando que as partes vão ser intimadas da sentença por outro meio (via postal, ou por publicação de diário oficial). 
Imagine que na sessão de instrução estivesse presente o reclamante e ausente o reclamado, como o reclamado vai saber quando vai ocorrer a sentença? Será intimado da sentença por outro meio. 
O reclamante será notificado na audiência.
SENTENÇA TRABALHISTA
1. Principio da identidade física do juiz
2. Definição
3. Natureza jurídica 
4. Julgamento “ultra e extra petita” — Exemplos: Arts. 467 e 496 CLT
5. Espécies 
	A) Definitivas e Terminativas
	B) Quanto aos efeitos:
		— Declaratórios:
		— Constitutivos
		— Condenatórios - Obrigação de dar, de pagar, de fazer, de não fazer.
	C) Líquidas e Ilíquidas:
6. Estrutura das Sentenças
	A) Relatório:
	B) Fundamentação:
	C) Parte Dispositiva — Nome das partes, julgamento procedente, procedente em parte ou improcedente, objeto da condenação, arbitramento do valor da condenação ou valor da condenação, valor das custas processuais, condenação nos ônus sucumbenciais, prazo e condições de cumprimento, forma de liquidação do julgado, responsabilidades providenciarias, multas pelo descumprimento. 
NOTAS:
As razoes finais são o resumo do que aconteceu no processo, elas são feitas normalmente logo apos a instrução, na audiência, por isso que na maioria das vezes elas são orais, todavia é possível que o juiz fixe um prazo ou marque novo dia e ora para que as partes entreguem o memorial; No procedimento sumeríssimo não há previsão para apresentação das razões finais; apos as razoes finais o juiz deverá fazer a segunda proposta de conciliação; Frustrada a conciliação o juiz irá prolatar a sentença; dai a gente saber que a sentença trabalhista é publicada em audiência, ela se torna publica em audiência; mas ja vimos na aula de audiência que é comum na pratica o juiz adiar a audiência para trazer a a sentença, logo ele marca novo dia e hora e não dar a sentença imediatamente apos as razoes finais; 
 
1. Principio da identidade física do juiz: O juiz que participa da instrução, fica vinculado ao processo e segundo esse principio deveria ser ele a prolatar a sentença, todavia é de entendimento majoritário que esse principio não é compatível com o processo trabalhista, pois caso esse juiz venha a tirar ferias, ou fique doente, por exemplo, não seria justo que esse processo fique suspenso, tudo isso devido ao principio da celeridade que rege o processo trabalhista; 
2. Definição:  Sentença é uma decisão monocrática (de um juiz), por que a decisão de um colegiado é chamada de acordo, que põe fim a fase de conhecimento do processo em primeira instancia, ou mesmo põe em fim a fase de conhecimento do processo, julgando ou não o mérito (o pedido da ação), a sentença não necessariamente julga o mérito da ação, ela é só uma decisão que põe fim ao processo. 
	Durante muito tempo se definiu sentença como uma decisão que põe fim ao processo, isso por que a fase de execução da sentença originava um outro processo, o processo de execução do julgado, esse era o entendimento do CPC, contudo apos a reforma a sentença deixou de ser uma decisão que põe fim ao processo, a sentença põe fim a fase de conhecimento, pois o processo vai continuar na fase de execução; 
	A fase de conhecimento é a que as partes levam ao conhecimento do juiz os fatos; 
	A sentença é uma decisão monocrática; se diferencia de acórdão, que é decisão colegiada; Porém muitas vezes quando a doutrina fala em sentença em sentido amplo também está se referindo ao acórdão, que possui o mesmo conceito de sentença, a diferença é que parte de um órgão colegiado; 
	Julgando ou não o mérito, pois pode ser acolhida uma preliminar prejudicial ao mérito, dessa forma a sentença encerrar a fase de conhecimento sem apreciar o mérito; 
	Decisão interlocutória não é sentença, pois não põe fim à fase de conhecimento; 
	Pode também haver no processo despachos do juiz de mero expediente, quando ele diz por exemplo remetam os autos ao contador; 
	Há também os atos ordinatórios, que é quando o juiz delega aos servidores da vaga que prolatem atos ordinatórios, são atos de rotina; 
3. Natureza jurídica: Ato declaratório da vontade da lei; devemos ter em mente que o juiz não está acima da lei, ele deve aplicar a lei; diferentemente do processo civil clássico (o processo civil hoje se encontra desconfigurado da sua origem), a sentença trabalhista pode ir além do que foi pedido, o juiz em hipótese alguma pode julgar menos do que foi pedido e nem pode se abster alegando que não há lei que fundamente, nesses casos ele deve se basear nos princípios, na analogia, no direito comparado, na jurisprudência… ele não pode se abster. Excepcionalmente, admitisse que ela vá além do que foi pedido, é o julgamento ultra e extra petita  
 
4. Julgamento “ultra e extra petita” — Exemplos: Arts. 467 e 496 CLT
	É quando o juiz julga além do que foi pedido, é uma possibilidade no processo trabalhista; 
	EX: Se as verbas rescisórias não forem pagas dentro do prazo, caberá uma multa, se ela não for pedida, pode
o juiz condenar a pagar as verbas rescisórias e a multa como uma consequência do pedido; 
	“Extra Petita” o juiz pode mudar o pedido, desde que haja uma previsão legal para tal; Não podemos admitir a “ultra e a extra petita” livremente, pois feriria o principio da ampla defesa, do contraditório. Ex:  ao depor o reclamante diz que não recebia o decimo terceiro salário, a empresa não se defendeu disso, o juiz deve recomendar que se faça uma nova reclamação trabalhista; Ex: Extra petita: quando a gestante é demitida sem justa causa, ela possui estabilidade desde o conhecimento da gravidez até 5 meses apos o parto; a empresa declara que foi por justa causa, o juiz não se convence que foi justa causa, o juiz não determina a reintegração da gestante, pois julga nocivo a sua volta, e  condena a empresa a pagar todos os direitos trabalhistas da gestante até o fim do da sua estabilidade. Essa flexibilidade se dá pois não seria benéfico a ele a reintegração, logo ele transforma o pedido de reintegração em pedido de indenização.
5. Espécies: de sentenças e acórdãos  
	A) Definitivas, são as que põe fim a fase de conhecimento apreciando o mérito (isso não quer dizer que ela não pode ser reformada);  e Terminativas, é aquela que encerra o processo, pondo fim a fase de conhecimento sem julgar o mérito; 
	B) Quanto aos efeitos:
		— Declaratórios: é a que o juiz declara o direito, não haverá fase executória; Ex:  da gestante, declaro que a gestante possuía estabilidade 
		— Constitutivos: é quando o juiz constitui alguém em um direito; Ex: pede a reintegração da gestante;
		— Condenatórios - Obrigação de dar, de pagar, de fazer, de não fazer. 
	Quando se condena em uma das obrigações a cima; Obrigação de fazer: reintegrar; Obrigação de dar:  pagar as verbas trabalhistas. 
	Normalmente uma sentença possui os três efeitos em congruência, é raro se encontrar uma sentença munida de só um dos efeitos;
	C) Líquidas e Ilíquidas: quando a sentença que a obrigação de pagar ela pode ser liquida, possui o valor da condenação, o montante da execução é fixado na sentença, ou ilíquida, embora se tem a obrigação de pagar a sentença, o juiz não calcula o valor, ele será calculado posteriormente na fase de liquidação do julgado, ex: se condena em ferias, decimo terceiro, mas só se calcula o quanto isso dá. A maioria das sentenças trabalhistas são ilíquidas, pois o juiz não sabe calcular o julgado, quem calcula é o contador da justiça na fase de liquidação do julgado. 
	Quando surgiu o procedimento sumaríssimo, quando o pedido é até 40 salários mínimos, nós que iremos fazer o pedido, deveremos calcular o que pedimos; Problema doutrinário, no procedimento sumaríssimo pode o juiz prolatar sentença ilíquida? Não há exigência na lei que a sentença seja liquida, dessa forma a doutrina entende que nada impede que a sentença será ilíquida; 
	Ilíquida, deve ser liquidada antes de execução; 
6. Estrutura das Sentenças: A sentença é uma decisão, que deve ser motivada, fundamentada; dai exigir a lei que tenha as três partes; ela se dá em forma de ata. 
	A) Relatório:  onde o juiz relata o que aconteceu 
	B) Fundamentação: onde o juiz expõe o por que de entender por que cabe a condenação em “x”, é essencial, e é ela que nos diz o por que das coisas; 
OBS: No procedimento sumaríssimo o relatório é dispensável, mas a fundamentação não. 
	C) Parte Dispositiva (decisão em sentido estrito) — Nome das partes, julgamento procedente, procedente em parte ou improcedente, objeto da condenação, arbitramento do valor da condenação ou valor da condenação, valor das custas processuais, condenação nos ônus sucumbenciais, prazo e condições de cumprimento, forma de liquidação do julgado, responsabilidades providenciarias, multas pelo descumprimento. 
	Consta nessa parte o objeto da condenação se houver. Se a condenação é obrigação de pagar ela pode conter o valor da condenação se a sentença for liquida, ou não se está não for liquida, sendo ilíquida ele deve arbitrar um valor a condenação, por que ele deve colocar na sentença o valor das custas processuais, (Se for uma condenação de dar, de fazer ou de não-fazer, o valor das custas serão 2% do valor arbitrado a condenação) o juiz deve indicar como ele será liquidado.
	Para entrar com a ação trabalhista, não se faz necessário pagar as custas processuais, mas as custas finais estarão na sentença; Os valores será atualizados até a data de recebimento; 
	O juiz irá condenar as partes nos ônus sucumbenciais, normalmente é quem perde a ação; Ele irá estabelecer um prazo para o cumprimento da ação e uma multa, para caso essa não seja cumprida no prazo certo. As contribuições sociais decorrentes da condenação são executadas nos autos, ex: se ele mandou pagar horas extras incide o INSS, o juiz irá condenar a recolher a contribuição social. 
	“Aos 17 dias do mês de outubro de 2016, na sala de audiência, ausente as partes, foi prolatada a seguinte decisão: (ai começa o relatório) Com vistos etc.… (ai faz o juiz o relatório que pode ser sucinto ou detalhados, se fomos fazer uma prova é melhor que fazermos um bem detalhado) e termina com a expressão “é o relatorio”.
	Fundamentação: o por que de conceder ou não os pedidos. 
	Decisão ( em estrito senso), parte dispositiva: 
"Isso posto, julgo…" 
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA E COISA JULGADA
1. Publicada em audiência - S.197 TST  
2. Prazo de juntada aos autos - Art.851 §2°, CLT
3. Prazo recursal - S.30 TST
4. Correção de Oficio - Art. 833, CLT
5. Coisa Julgada:
	— Formal: 
	— Material:
	— Parte Dispositiva:
	— Abrangência:
		- Objetiva — Limites da lide
		- Subjetiva — Sujeitos da lide
	— Relativização e interpretação da coisa julgada - S.322, TST.
6. Procedimento Sumaríssimo - Art. 852 - I, CLT
7. Ação Recursória - Art. 836 CLT 
NOTAS:
	
1. Publicada em audiência - S.197 TST  
	A sentença deve publicada em audiência, mas nem sempre isso ocorre, pois o juiz pode prolata-la de gabinete no formato como se prolatada em audiência o tivesse sido. A sentença é publicada em audiência, todavia existe um prazo para a ata de audiência ser juntada aos autos, esse prazo é de 48h se a sentença não for disponibilizada no processo dentro das 48h as partes serão intimadas da sentença por outro meio, ou por via postal ou por publicação em edital.
	Se por acaso o reclamado seja revel, o processo será julgado e terá sentença; ele vai ser declarado em revelia e terá confissão ficta quanto a matéria de fato, mas não será intimado a sentença em audiência pois não estará nisso presente, dessa forma será intimado por um dos dois outros meios; 
	Se o reclamado não estava presente na instrução, foi faltoso e não estava na audiência para ser intimado, será ele excepcionalmente intimado por via postal com AR ou mediante publicação no diário oficial.
2. Prazo de juntada aos autos - Art.851 §2°, CLT
	O prazo é de 48h.
 
3. Prazo recursal - S.30 TST:
	Começa a contar partir do primeiro dia útil seguinte à data da intimação.
EX: sentença dada no dia 10 de novembro, o prazo recursal que é padronizado em 8 dias, começa a contar a partir do dia útil seguinte, logo se o dia 11 for um dia útil, começamos a contar a partir do dia 11, indo até o dia 18. 
	O prazo no processo trabalhista não mudou como mudou o do civil, que a partir do CPC’15, onde conta-se só os dias úteis. No processo trabalhista a contagem é ininterrupta, apenas o termo final (ultimo dia do prazo) cair num dia que não haja expediente forense, prorroga-se para o primeiro dia útil seguinte, logo se cai este num sábado domingo ou feriado, poderei protocolar o meu recurso no primeiro dia útil seguinte. 
	Existe um prazo de 48h para a ata se sentença ser juntada ao autos, um prazo para a sua disponibilizada. Sendo ela disponibilizada dentro das 48h o prazo começa a contar a partir do primeiro dia útil seguinte a data de publicação da sentença; ou seja se ela foi prolatada no dia 10, mas só juntada no dia 12, conta-se o prazo a partir do dia 11, se esse for um dia útil, isso sé da
para o reclamante, mas não para o reclamado.
	Se ele não estava presente, e será intimado por via postal ou pelo diário oficial, logo o prazo seria da data se publicação se este foi intimado em audiência ou da data de recebimento da sentença a a intimação se deu de modo excepcional. 
	Se após o prazo de 48h a sentença não foi juntada aos autos, devo pedir na vara uma declaração, para me documentar que o meu prazo não começou a contar e só começará após a notificação por via postal ou da data de publicação no diário oficial.    
4. Correção de Oficio - Art. 833, CLT
	Apos o juiz publicar a sentença, ele não poderá mais se retratar; ao julgar o processo ele tem de julgar todo o objeto do litígio, ele não pode deixar de apreciar nada; ele o deixar cabe um embargo; após publicada, só lhe é permitido corrigir erros matérias, erro de digitação, por exemplo; A sentença está toda favorável ao reclamante, mas na parte dispositiva tem “improcedente”, claramente um erro material, ele pode corrigir a requerimentos ou de oficio, dessa forma, a partir do momento que ele republica a sentença, se recomeça a contar o prazo; 
	Cabe ao juiz definir as custas processuais que é de 2% do valor da ação ou da condenação, logo se o juiz fixa um valor de 20%, é um erro material, que ele deve corrigir de oficio e se re-abre o prazo recursal. 
	OBS: o prazo recursal de 8 dias para os órgãos da administração publica é contado em dobro, ou seja é de 16 dias.
	Se tudo foi feito de maneira regular e não houve recurso, a sentença transita em julgado. 
5. Coisa Julgada: a sentença faz coisa julgada quando se passa o prazo recursal, ou seja, quando dela não cabe mais recurso; ela se torna imutável, a decisão judicial está protegida pelo manto da coisa julgada; a CF diz que é direito de todos a proteção ao ato jurídico perfeito, ao direito adquirido e a coisa julgada; isso em razão do principio da segurança jurídica; se dá quando as partes não realizam recursos no prazo, ou esgotam todos os recursos possíveis.
	— Formal: diz respeito a forma da sentença; qualquer de sentença que encerre a fase de conhecimento e seja exaurido prazo ou os recursos cabíveis, transitara em julgado; Ex: sentenças no geral;
	— Material: diz respeito ao objeto da lide; as vezes a sentença faz coisa julgada formal, mas não material, por exemplo quando a sentença é terminativa, ou seja encerra o processo, mas não aprecia o mérito, cabendo dessa forma que o objeto da lide venha a ser explorado em novo processo. 
	Toda sentença, eventualmente, faz coisa julgada formalmente, mas não significa dizer que a matéria objeto da lide tenha feito coisa julgada, pois ela pode não ter sido apreciada; A sentença definitiva é a que julga o mérito, a terminativa é a que encerra o processo, mas não aprecia o mérito. 
	— Parte Dispositiva: é a decisão em sentido estrito, a maioria dos autores dizem que é essa parte que transita em julgado, razão pela qual nos temos de ter muita atenção quando formos ler a sentença pois pode ela dizer uma coisa e na parte disposta haver uma controvérsia, devemos ter atenção, pois não devemos permitir que a sentença omissa, contraditória ou controvertida, transite em julgado, faça coisa julgada. 
	— Abrangência: qual o alcance da decisão transitada em julgada? Ela alcança apenas os limites da lide e atinge apenas os sujeitos da lide; Ex: se eu apenas pedir horas extras, e não a sua repercussão no decimo terceiro, não terei essa repercussão, terei só ao que eu pedi. 
	A decisão transitada em julgado tem os seus limites restritos, aos limites da lide e aos sujeitos. 
	Nos dissídios coletivos, os efeitos atingem a categoria e os empresários como o todo; nos dissídios coletivos a sentença é normativa, logo o seu caráter é distinto e atingirá a todos coletivamente, por se de outra natureza, distinta dos dissídios individuais.
	Substituição processual, um terceiro, o sindicato é parte e busca por direitos alheios de terceiros, não direitos coletivos. Na fase de execução devem os substituídos serem relacionados, pois a coisa julgada só se dará para os substituídos, os que autorizaram essa representação. 
		- Objetiva — Limites da lide
		- Subjetiva — Sujeitos da lide
	— Relativização e interpretação da coisa julgada - S.322, TST.
	A coisa julgada deveria ser cumprida sem ensejar, discussão. Toda via, modernamente, a coisa julgada deve ser interpretada, relativizada ao ser cumprida. Essa teoria surgiu quando veio no ordenamento, no sistema brasileiro, uma avalanche de trabalhadores pleiteando os planos econômicos (verão, Collor…), era um direito assegurado por lei que o salário seria dado de acordo com o reajuste da inflação, ai com os planos a inflação foi ficticiamente zerada, até que alguém percebeu que estava ocorrendo uma perda salarial e o poder judiciário julgou favorável ao trabalhador que houve uma perda salarial, isso se deu por exemplo na época do plano Collor, onde a inflação estava em 80%; quando essa decisão veio para a excursão, verificou-se que os trabalhadores tiveram reajuste salariais e ai começou-se a discutir a coisa julgada, a decisão judicial, pois alguns não tiveram o reajuste, mas no mês seguinte tiveram um reajuste superior, e isso foi analisado e dado pelo supremo, entendeu-se que os trabalhadores que tiveram os seus reajustes superiores deveriam ter esse compensados e não caberia a eles o acréscimo; a súmula fala de plano econômico;
6. Procedimento Sumaríssimo - Art. 852 - I, CLT
Se dá da mesma forma, sendo dispensado o relatório, como foi dito na aula passada. 
7. Ação Rescisória - Art. 836 CLT 
	Transitando a decisão em julgada tem como se discutira sentença? Sim, através de uma nova ação rescisória, que pensava-se não ser admitida no processo trabalhista, mas hoje esse entendimento foi superado. - Ler o art. é importante -;
	Não se reaprecia decisão, exceto na ação rescisória, sendo depositado 20% do valor da causa, salvo situação de miserabilidade do autor. Essa é de competência dos tribunais.
	A ação rescisória depende de um defeito grave no processo, por exemplo, fraude, descumprimento explicito de lei, concluiu das partes, juízo incompetente, não é o inconformismo da parte que justifica a ação rescisória. Por ter-se entrado com a rescisória não fica suspensa a ação já transitada em julgada, ela só vem repercutir quando transitada em julgada a decisão da ação rescisória (acórdão) se está for favorável, claramente.  
	A decisão da rescisória é um acordão, é decisão de órgão colegiado; conseguindo êxito na decisória, ela modifica a sentença inicial do juiz singular, modifica a coisa anteriormente julgada; 
	O acordo homologado pela justiça, não cabe recurso, tem características de coisa julgada, cabendo a ele ação rescisória. 
	OBS: Reclamado revel - Recurso ordinário se dentro do prazo de 8 dias, cabe inconformismo; Caberia a rescisória, se houver erro grave;
FASE RECURSAL - PARTE GERAL 
1. Duplo Grau de Jurisdição:
2. Recurso:
	- Definição:
	- Natureza Jurídica:
3. Reexame Necessário - S.303 TST - Recurso de Ofício 
4. Processos de alçada - art. 2° da lei 5.584/70 - Período de revisão do valor da causa - S.356 TST
5. Princípios: 
	- Unicidade
	- Fungibilidade
	- Proibição da Reforma “In pejus”
6. Peculiaridades: 
	- Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias 
	- Efeito meramente devolutivo - Art. 899 CLT
	- Uniformidade dos prazos
	- Deposito Recursal - Art. 899 CLT: 
		- S. 128 TST - Conta do FGTS
		- Art. 40 da Lei 8.177/91 - Natureza jurídica
		- Deserção - S.356 TST
7. Espécies de recursos trabalhistas: 
	- Recurso ordinário:
	- Recurso de revista:
	- Recurso de Embargos:
	- Recurso de Agravo Instrumental:
	- Recurso de agravo de Petição:
	- Recurso de Embargo de declaração:
NOTAS: 
	A sentença trabalhista pode fazer coisa julgada se as partes se conformam e não recorrem a decisão ou quando as partes interpõem todos os recursos cabíveis e não há mais o que fazer;  a sentença transita em julgado e os autos retornas
a vara de origem para ser a sentença executada; a fase de execução será o ultimo tema do nosso programa, mas entre a fase de primeiro grau que termina com a sentença e a execução, pode haver a fase recursal, que não deixa de fazer parte da fase de conhecimento do processo. 
	sentença = acordão (decisão colegiada);
	
1. Duplo Grau de Jurisdição:
	A justiça trabalhista admite duas instancias, A decisão de primeira instancia e o juízo ad quen, de segundo grau, o juízo recursal, ele é visto por alguns juízos como o grande fator que leva a demora depredação jurisdicional, esses acreditam que o juízo seria mais rápido se o segundo grau não existisse; 
	A quem diz também que o duplo grau de jurisdição só interessa ao réu, por propagar o processo no tempo; “Justiça tardia não é justiça; “ quem possui um adv. competente é quem mais se beneficia. 
	OBS: Supremo: Alguém condenado a prisão, mesmo quando o acordão não transita em julgado, deve ser preso. Discussão recente, muitos dizem que o supremo rasgou a constituição, pois só deveria ser preso aquele que tivesse uma decisão condenatória transitada em julgado (nota informativa).
	O procuro tem de recorrer até a ultima instancia, se ele não recorre precisa escrever uma nota técnica dizendo por que não irá recorrer. 
2. Recurso:
	
	- Definição: Um instrumento processual que tem por objetivo devolver a matéria para ser novamente julgada por uma instância superior. 
	Pontos positivos: O ser humano é falível, a sentença pode conter uma injustiça, o juiz de primeiro grau é menos inexperiente e é singular, os que defendem o duplo grau de jurisdição dizem que é a oportunidade de a decisão ser revista, por uma pluralidade dotada de mais experiência; defendem também que é comum da natureza do ser humano não se conformar de pronto com uma decisão que lhe seja desfavorável, então eles colocam que o duplo grau de jurisdição deve continuar a existir. O que se tenta é diminuir o numero de recursos; mas o novo CPC não inovou, para enxugar o numero de recurso, dessa forma podemos concluir que os recursos são salutados e são a oportunidade de levar o processo até os tribunais superiores é uma garantia de justiça. 
	- Natureza Jurídica: é um direito processual, um direito publico, iremos exercer com base na lei, não podemos acordar em cima dele; e é um direito subjetivo, já que recorremos se quisermos; a voluntariedade, a vontade da parte, é uma característica do direito recursal; 
3. Reexame Necessário - S.303 TST - Recurso de Ofício 
	Quando os órgãos da Fazenda Pública são sucumbentes, as decisões serão necessariamente, sujeitas a um reexame, ainda que sejam sucumbentes parcialmente.
	Está errado chamar de recurso de oficio, por que da entender que o juiz faz o recurso da sua própria sentença e não é assim, o juiz só remete a sua decisão há uma reapreciação do órgão colegiado, independente do recurso voluntário dos advogados da união. 
	Dessa forma concluímos que cabe sim recurso de oficio, contudo há uma restrição a sumula 303, TST, em dissídio individual está sujeita ao duplo de jurisdição decisão contraria a fazenda publica, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 salários mínimos; Quando a fazendo for condenada a pagar até 60 salários mínimos, Não cabe recurso de oficio; ou quando a decisão é desfavorável, mas está de acordo, em consonância com sumula do TST, com decisão do pleno do supremo ou de acordo com OJ’s também não cabe recurso; mesmo em ação recursória também cabe recurso de oficio; em mandado de segurança somente cabe recurso de oficio quando o ente publico for prejudicado; 
Sumula 303 TST: 
4. Processos de alçada (é o sumario, de até 2 salários mínimos) - art. 2° da lei 5.584/70 - Período de revisão do valor da causa - S.356 TST
	Existe no processo sumário; esses processos são aqueles que o valor da causa é de até 2 salários mínimos, as suas sentenças são irrecorríveis. É prudente que o advogado peça a revisão do valor da causa, pois se a sentença é fixada em até 2 salários mínimos, não caberá recursos. O único cabível é o ordinário, que não é um recurso trabalhista e sim um recurso constitucional; 
	É licito a fixação do valor de alçada com base no salário mínimo e a CF diz que é vedado o uso do salário mínimo para outro fim e ao colocar a CLT no processo sumário, o salário mínimo como parâmetro e que contra esse procedimento é vedado o recurso está ferindo se a constituição, mas ha um entendimento do TST, a S356, que diz que a CF recepcionou esse entendimento da CLT.
5. Princípios: Ela listou 3 como os mais importantes!
	- Unicidade, unidade, singularidade recursal: um recurso para cada situação
	Cada situação comporta só um único recurso; eles devem ser interpostos uma a uma. 
A constituição colocou que podem ao mesmo tempo ser interposto o recurso especial, quando fere a lei federal, julgado pelo STJ e o extraordinário, quando a decisão fere a constituição, julgado pelo STF; Quando surgiu essa inovação começou-se a discutir que mesmo se admitindo os dois recursos ao mesmo tempo o principio da unicidade recursal havia sido preservado, na medida que o recurso interposto ao mesmo tempo não irá julgado ao mesmo tempo, pois a norma diz que primeiro remete-se ao STJ e depois irá o processo ao STF, dessa forma os recursos não serão julgados ao mesmo tempo. Mas no processo trabalhista não há recurso especial, pois, o STJ não atua no processo trabalhista, a justiça do trabalho tem o seu próprio tribunal superior, dessa forma o processo da unicidade existe de modo claro no processo trabalhista.
	- Fungibilidade: possibilidade de se aceitar um recurso no lugar do outro, se possível for.
	Cada situação tem o seu recurso próprio; 
	Coisa fungível é coisa substituível, o dinheiro em espécie é coisa fungível; 
	Admitisse no processo trabalhista a substituição dos recursos, que o juiz admita o recurso mesmo esses não sendo o recurso cabível, mesmo que a parte não tenha interposto o recurso cabível, o recurso correto; 
Ex: advogado civilista, não trabalha com o processo trabalhista e esqueceu que o recurso por inconformidade é o ordinário e não o de apelação (processo civil) e o juiz desde que não haja má fé ou erro grosseiro e que o recurso interposto tenha admitido os pressupostos de admissibilidade do recurso cabível, poderá o juiz admitir esse recurso. 
	A doutrina entente que erro grosseiro será entrar com um agravo de instrumento, ao invés de um recurso ordinário; 
O prazo para entrar com o recurso no processo trabalhista é de 8 dias; no processo civil o prazo para a apelação é de 15 dias, logo se o advogado entra com uma apelação, mas no prazo de 8 dias, pode juiz admitir.  
	- Proibição da Reforma “In pejus” - De recurso prejudicial a quem o interpõe.
	Não pode o advogado com o recurso agravar a sucumbência do seu cliente; não pode o juízo ao julgar novamente piorar a situação DO RECORRENTE; logo é proibida a a reforma, o recurso, para piorar a situação do recorrente, que tanto pode ser reclamante como o reclamado; 
	Outros autores colocam outros princípios, mas 3 foi o que ela julgou importante; 
6. Peculiaridades: 
	- Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: 
	O novo CPC está caminhando para esse entendimento, hoje ele especifica taxativamente, quais são as decisões passível e recurso, o que já é de praxe no processo trabalhista. Não há recurso contra decisão interlocutora no processo trabalhista de modo imediato, você poderá recorrer no processo trabalhista dentro do recurso ordinário, quando sair a sentença, mas não pode o advogado deixar precluir, isso se fará quando dada a decisão interlocutora é dada e assim que o adv tiver a fala, proteste, para que fique registrado em ata, deixe claro que não está satisfeito com essa decisão 
	- Efeito meramente devolutivo - Art. 899 CLT
Os recursos trabalhistas não suspendem a executabilidade da sentença, essa pode ser executada pois o recurso tem efeito meramente devolutivo, não podemos nele incluir novo
pedido, ou anexa novas provas, a menos que essas não existissem na época do julgamento. 
	Execução provisória, quando não transita em julgado a sentença; 
	Extrai-se dos autos a carta de sentença, que é um processo paralelo, formado pela copia do processo principal, esse sobe para o tribunal e com a carta de sentença a parte vencedora executa a decisão, essa não leva o empregado a sacar o valor, ou o bem penhorado será posto em leilão, ela não implica na transferência de domingo, ela esbarra na penhora, o bem fica penhorado, mas não é levado a leilão. 
	- Uniformidade dos prazos: 8 dias ou 5 dias para os embargos de declaração.
	O recurso trabalhista tem uma uniformidade dos prazos, sendo esse de 8 dias; octídio legal, 8 dias impostos pela lei. Para todos os prazos com exceção dos embargos de declaração, no qual o prazo são 5 dias, são de 8 dias.
	Para contra o prazo, excluísse o dia de recebimento da intimação. Começa-se a contar a partir do primeiro dia útil seguinte a intimação. E quando se começa a contar o prazo é ininterrupto, não se suspende para sábados domingo e feriados, o entendimento é distinto do prazo do CPC que se suspende.  Tem-se o final do prazo, num 8° dia num dia que não há expediente forense o termo final, prorroga-se para o primeiro dia útil seguinte. 
	Quando o recorrente é a fazendo publica, conta-se o prazo em dobro os 8 dias passam a ser 16 e os 5, a ser 10.
	- Deposito Recursal - Art. 899 CLT: 
	Exigência que o reclamado para recorrer faça um deposito recursal, deposite o valor da condenação. o reclamado quando condenado em obrigação de pecúnia, de pagar, deve fazer o deposito da condenação. Para evitar recurso meramente protelatórios. 
Esse se da em principio no valor da condenação. O deposito recursal que fica depositado na conta do FGTS do reclamante, conta vinculada ou fundiária; se o reclamante não tem conta, não tem FGTS, a caixa abre uma conta nos mesmos moldes; se a empresa recorrer e ganha o valor volta pra ela com juros e correção monetária, se ela perde o valor é liberado ao empregado, abatendo-se o valor da condenação.  
		- S. 128 TST - Conta do FGTS
		- Art. 40 da Lei 8.177/91 - Natureza jurídica
	Alguns autores e o TST a CLT exige esse deposito para garantir a execução; natureza de garantia; mas há uma discordância há quem diga que é um pressuposto do processo trabalhista para evitar a protelação do processo, pois o deposito deve ser feito no prazo do recurso dos 8 dias. Não se pode falar em garantir o juízo, se ele decorrer de uma sentença transitada em julgado e não é para garantir o juízo pois existe um teto, um valor máximo para cada recurso, foi a empresa condenada a pagar 50 mil reais, ela não precisa depositar os 50 mil, basta que ela deposite o teto legal de cada um dos recursos, dessa forma não podemos falar que esse deposito é para garantir o juízo, pois há esse teto que pode ser inferior a condenação
	Se a empresa pediu os benefícios da assistência judiciaria gratuita; há uma discussão, mas a maioria entende que não dá o beneficio da justiça gratuita seria no recurso cecear o acesso a justiça.
	Deposita-se o teto em duas situações, a condenação é superior ao teto ou a sentença é ilíquida. 
	A massa falida é dispensa do deposito recursal, assim como os órgãos da fazenda publica, a empresa em recuperação judicial não é dispensada.
		- Deserção - S.356 TST
	É julgada deserta a empresa quando o deposito recursal não é feito de forma correta, isso é no valor correto e na conta correta, o recurso será julgado deserto e dessa forma não será apreciado, contudo caberá recurso.
Ocorre quando o recurso não é preparado, ou seja, não há o pagamento das despesas do recurso; 
— Valor do deposito, quando liquida a sentença, é o valor da condenação; quando ilíquida é o valor do teto, mas é uma faculdade do juiz ao dar uma condenação ilíquida para fins recusais, presumindo que quando ocorrer a liquidação da sentença, supondo que o valor será inferior ao teto e girará por volta de X, determinar o valor que ele deseja para o deposito ou que ele julga equivalente. 
RECURSO ORDINÁRIO
1. Definição:
	É o recurso que tem por objetivo reformar total ou parcialmente a decisão de primeiro grau que julga ou não o mérito. Decisão essa que pode ser uma sentença terminativa, não julga o mérito, ou definitiva e pode inclusive ser um acordão, já que há processo que já começam no TRT; a decisão de primeira instancia é aquela que julga o processo pela primeira vez. 
2. Efeito: 
	Meramente devolutivos, ou seja, os recursos trabalhistas não suspendem a execução do julgado, não tem efeito suspensivo (não pode ser executada a sentença); 
	Ele só devolve a matéria para ser novamente julgado; durante a devolução do processo para ser reapreciado, pode a parte ganhadora executar provisoriamente a sentença de primeiro grau. a execução provisória precisa ser requerida, se processa através de uma carta de sentença. 
	Carta de sentença é um mini processo, tem capa, numero e uma copia dos documentos principais, para que se realize a execução provisória. A execução provisória não implica em transferência de domínio, ela esbarra na penhora, penhora-se o bem, mas esse não vai a leilão, deposita-se o dinheiro, mas o empregado não tem acesso a ele; o acesso sapo será dado quando a sentença transitar em julgado e se tornar dessa forma definitiva
3. Prazo: 8 dias
	o prazo legal para se recorrer no processo trabalhista é de 8 dias e é contado, quando há a intimação excluísse o dia da intimação, conta-se a partir do primeiro dia útil a partir da intimação. 
	Exemplo: 
Sentença publicada em audiência/notificada por AR - 26/10 (quarta) 
27/10 -  primeiro dia útil seguinte (termo inicial) 
28/10
29/10
30/10
31/10
01/11
02/11
03/11 - Termo final, 8° dia (se for sábado, domingo ou feriados, joga-se para o primeiro dia útil seguinte)  
	Instrução normativa 39 do TST, pontuou o que cabe do novo CPC no Processo trabalhista. 
	Os prazos da administra publica são contados em dobro, logo 16 dias.
4. Cabimento: são passíveis de recurso ordenaria, as 3 a baixo. 
	— Decisões definitivas dos juízes do trabalho e dos juízes de direito no exercício da jurisdição trabalhista (o juiz estadual, que julga na ausência de uma vara do trabalho, importante lembra que a decisão dada por ele em processo trabalhista não vai pro TJ em recurso, mas sim para o TRT, por prevalência da matéria) ;
	— Decisões definitivas dos TRT’s nos processos de sua competência originária;
	— Decisões terminativas do feito na Justiça do Trabalho. (Ex: o juiz entendeu que era incompetente para julgar a lide, e mandou para a justiça estadual - exemplo do engenheiro que ficou na casa da usina e entrou a usina com uma ação de reintegração de posse contra o engenheiro, julgou o juiz ser de competência da justiça estadual, logo por decisão terminativa no âmbito da justiça do trabalho, remeteu os autos para a a vara civil da justiça estadual; dessa forma caberia recurso ordinário a essa decisão-)    
5. Supressão de instância:  É O TRT JULGAR?
	No exemplo a cima, houve o recurso ordinário da sentença terminativa ao TRT, poderá ele julgar o mérito? Se a matéria do processo se refere só a matéria de direito, ele já esta exaurido e já esteja pronto para ser julgado, poderá o TRT julgar o mérito, SEM CARACTERIZAR A SUPRESSÃO DE INSTANCIA. 
	Se o processo não está pronto para ser julgado, não for sobre matéria de direito, deverá ele ser remetido novamente para a vara fazer a instrução e julga-lo (isso porque o processo em questão recebeu uma sentença terminativa, sem ter seu mérito apreciado).
6. Pressupostos de admissibilidade: 
	- Interesse em recorrer - Legitimidade
	Deve ser interposto por alguém que tenha interesse; tem legitimidade para recorrer a parte sucumbente, o MPT e o terceiro que foi prejudicado pela sentença. 
	Reclamada e reclamante, recorrente e recorrido.
	- Tempestividade: que ele seja realizado dentro do prazo legal, dentro do octídio legal.
	-
Preparo: o recurso deve estar preparado, ou seja, deveram ser pagas as despesas processuais necessária ao processamento do recurso; nos recursos trabalhistas o prepara é basicamente o pagamento das custas processuais que é de 2%, são essas fixadas na sentença, mesmo na ilíquidas ou nas que não tem obrigação de pagar, mas só de fazer, o juiz, fixará o valor das custas e diz ainda quem tem de pagar o valor das custas, que é a parte sucumbente, pode o juiz ainda dispensar o pagamento dessas custa na sentença, como também o  beneficiário da justiça gratuita pode ser dispensado das custas. 
	Se não houver dispensa das custas deverá a parte recorrente pagar as custas e anexar ao recurso a guia que comprove ao pagamento, sobre pena de deserção. O entendimento hoje é que deverá o juiz , ao verificar o não pagamento, dar o prazo de 5 dias para a parte pagar as custas.  
	Se houve sucumbência reciproca, o pagamento deve ser feito pelo reclamado, não há o rateio das custas; 
		- Custas processuais — fixadas nas sentenças
		- Depósito recursal: 
	O deposito recursal é exigido apenas para o reclamado, apenas quando há a obrigação de pagar. 
	Deverá o reclamado depositar o valor da condenação na conta vinculada do reclamante, dentro do prazo legal, dos 8 dias e anexar o comprovante ao recurso, o não feito dessa etapa, causa deserção; não cabe o complemento desse deposito, ele deverá ser feito na integridade, há uma sumula nesse sentido; é um pressuposto de admissibilidade exigido apenas ao reclamado.
	O objetivo disso é garantir o juízo; doutrinariamente, o entendimento não é nesse sentido, na medida em que não se pode falar de garantia de juiz quando esse ainda não está definido, não transitou em julgado ainda. Outro entendimento é que se admite o deposito de um teto, um valor limite. A lei estabelece esse limite, que é reajustado anualmente, atualizado, o teto do deposito recursal ordinário é de R$8.959,63 (2016);
	Se a sentença for ilíquida, você deposita o teto ou o juiz pode atribuir um valor a condenação para os fins de direito. 
  
7. Processamento: 
	Exmo, Sr. juiz de dir. da X° vara do trabalho do recife,
(10 espaços) 
A empresa xxxxxxxx, já qualificada nos autos, inconformada “data venia” com a referida sentença, vem, por seu advogado, interpor Recurso Ordinário.
	Requer seja o recebido e remetido ao TRT dessa x° Região.
	Anexas as razoes do RO e as guias 
	Os recursos são feitos por uma mera petição nos autos, o que significa que ele não pode ser feito oralmente, o entendimento majoritário diz que esse deve ser fundamentado, devem ser apresentadas as razões recursais; quem vai receber o recurso? O juiz de primeira instancia que deu a sentença. 
	Dai fazemos a petição de rosto.   
	O primeiro juízo de admissibilidade é feito pelo juiz que recebeu o RO; ele verifica os pressupostos; Ele pode dar seguimento ao RO se este estiver com todo os pressupostos corretor, ou negar seguimento ao recurso (a essa decisão cabe o recurso de agravo de instrumento), ele só negara se falta algum pressuposto, considerando a exceção do no CPC, os 5 dias para complementar as custas. 
 	Direito ao contraditório, o recorrido apresenta as razoes para o recurso e isso dá ao recorrido o direito que interpor as suas contrarrazões é onde se pede que o tribunal não de provimento ao recurso, o prazo para apresenta-las é de 8 dias, ao ser publicado no Diário oficial, tem o recorrido 8 dias a partir do dia seguinte a publicação para apresenta-las, passou batido o recorrido, leva-se o processo ao TRT. 
	O MPT tem vista, se houve interesse publico no processo, o procurador é obrigado a dar um parecer opinativo, se o recurso deve ser provido, não provido ou provido parcialmente; Ai o recurso volta para o tribunal e será julgado por uma de suas turmas; Dentre os desembargadores da turma, é sorteado um e designado a figura do revisor, alguns tribunais estão abolindo essa figura; o revisor, estuda o processo prepara um relatório e elabora o seu voto.
	No tribunal é realizado o segundo juízo de admissibilidade, pode o tribunal, perceber a falta de um pressuposto que não foi visto pelo juiz singular e dessa forma pode não dar cabimento ao recurso. 
	A secretaria do tribunal vai publicar na pauta de julgamento o dia e hora do julgamento desse recurso, essa sessão de julgamento é publica, nela será julgada vários processos.  Estado presentes, os desembargadores componentes da turma, o representante MPT, o escrivão e o secretario da sessão, que é que distribuiu o processo para os desembargadores, se quiser pode o advogado das partes assistir ou participar da sessão, se se inscrever com antecedência, irá ele sustentar oralmente (10 min); isso ocorrerá apos a leitura do voto; você irá sustentar as suas razoes, os aspectos importante e relevantes, é recomendado que se faça um memorial que seja entregue no gabinete dos desembargadores, na pratica normalmente só quem lê é o relator…primeiro vota o relator, depois o revisor, depois os outros desembargadores.  A decisão poderá ser dada por unanimidade ou por maioria. Contudo pode um dos desembargadores pedir vista, não se dará a decisão, esse desembargador levara o processo para o gabinete para estudado e ira ele posteriormente ser colocado em pauta para ser julgado 
	  Acordão:  tem relatório, fundamentação, parte dispositiva e ementa. 
	Na sessão de julgamento o acordão não está pronto, que irá redigi-lo apos o o julgamento; salvo se ele foi voto vencido, ai será trabalho do primeiro desembargador a dar o voto vencedor. O acordão não é publicado na integra, se publica só a ementa. 
	Daí teremos 8 dias para pedir o recurso de revista.
 
	- Órgão receptor: é a primeira instância
	- 1° Juízo de admissibilidade:  quem realiza é o juiz que recebeu o RO.
	- Contrarrazões do recorrido 
	- Remessa ao tribunal - vista ao MPT
	- Distribuição entre turmas
	- Sorteio do desembargador relator e designação do revisor 
	- Publicação da pauta de julgamento
	- Sessão de julgamento (é publica) - sustentação oral
	- Resultado do julgamento
	- Publicação do acordão 
 
Recurso de revista - Art. 896, CLT
1. Cabimento: 
	- Do Acordão do RO que interpreta dispositivo de lei Federal de forma contraria da interpretação de outro TRT ou da SDI do TST.
	- Do acordão do RO que contraria sumula do TST ou sumula vinculante do STF;
	- Do Acórdão do RO que interpreta de forma diversa da interpretação de outro TRT ou da SDI do TST dispositivo de lei estadual, dispositivo de CCT, de ACT, de sentença normativa ou de regulamento da empresa que tenham aplicação em território superior à jurisdição do TRT.
2. Pressupostos de admissibilidade objetivos:
	- Legitimidade: sucumbente
	-Tempestividade: Prazo de 8 dias, contados do primeiro dia útil seguinte a data da publicação.
	- Preparo - IN 03/93 TST : o mim do RO, é o equivalente ao pagamento das custas processuais e do deposito recursal, exigido apenas para os reclamados. Sob pena de deserção.
O teto do RR é o dobro do RO, 17.919,26. 
3. Órgão receptor - 1° juízo de admissibilidade 
	O TRT que prolatou o acórdão do RR; O presidente do TRT irá realizar o primeiro juízo de admissibilidade. O presidente em decisão fundamentada dá seguimento ou nega seguimento ao recurso de revista. 
	No processo sumaríssimo, cabe recurso de revista, porem só se o acórdão do Roo estiver contrario a sumula ou a OJ do TRT ou estiver contrario a súmula vinculante do supremo, ou se este acórdão violar dispositivo da constituição. 
	O presidente do TRT negou o seguimento do recurso, cabe agravo de instrumento. 
	Dando ele seguimento, intimara-se o recorrido para num prazo de 8 dias apresentar as contrarrazões, devendo essas serem protocoladas no TRT da localidade, e 8 dias depois irá esse ser levado ao TST.
 
4. Órgão julgador -  Turma do TST, são essas que julgam o RR.
	O RR exige que a matéria nela arguida esteja prequestionada os autos, não se pode acrescentar um questionamento novo que não foi apreciado nas instancias inferiores; em qualquer

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