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Biomas brasileiros

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Biomas brasileiros: diversidade de ecossistemas
  Definição
Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma vivem de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva, umidade, calor, etc) existentes. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).
Biomas Brasileiros
-  Biomas Litorâneos – com um litoral muito extenso, o Brasil possui diversos tipos de biomas nestas áreas. Na região Norte destacam-se as matas de várzea e os mangues no litoral Amazônico. No Nordeste, há a presença de restingas, falésias e mangues. No Sudeste destacam-se a vegetação de mata Atlântica e também os mangues, embora em pouca quantidade. Já no sul do país, temos os costões rochosos e manguezais.
-  Caatinga – presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se por uma vegetação de arbustos de porte médio, secos e com galhos retorcidos. Há também a presença de ervas e cactos.
-  Campos – presente em algumas áreas da região Norte (Amazonas, Pará e Roraima) e também no Rio Grande do Sul. A vegetação dos campos caracteriza-se pela presença de pequenos arbustos, gramíneas e herbáceas.
-  Cerrado – este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores.
-  Floresta Amazônica – é considerada a maior floresta tropical do mundo com uma rica biodiversidade. Está presente na região norte (Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Amapá, Maranhão e Tocantins). É o habitat de milhares de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras (floresta fechada). Como o clima na região é quente e úmido, as árvores possuem folhas grandes e largas.
-  Mata dos Pinhais – também conhecida como Mata de Araucárias, em função da grande presença da Araucária angustifolia neste bioma. Presente no sul do Brasil, caracteriza-se pela presença de pinheiros, em grande quantidade (floresta fechada). O clima característico é o subtropical.
-  Mata Atlântica – neste bioma há a presença de diversos ecossistemas. No passado, ocupou quase toda região litorânea brasileira. Com o desmatamento, foi perdendo terreno e hoje ocupa somente 7% da área original. Rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais. A floresta é fechada com presença de árvores de porte médio e alto.
-  Mata de Cocais – presente, principalmente, na região norte dos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí. Por se tratar de um bioma de transição, apresenta características da Floresta Amazônica, Cerrado e da Caatinga. Presença de palmeiras com folhas grandes e finas. As árvores mais comuns são: carnaúba, babaçu e buriti.
-  Pantanal – este bioma está presente nos estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul. Algumas regiões do pantanal sofrem alagamentos durante os períodos de chuvas. Presença de gramíneas, arbustos e palmeiras. Nas regiões que sofrem inundação, há presença de árvores de floresta tropical.
http://www.suapesquisa.com/geografia/biomas_brasileiros.htm
Quando os primeiros seres humanos ditos civilizados do continente europeu depararam-se com o atual território brasileiro há mais de 500 anos, o conjunto de florestas conhecido popularmente como Mata Atlântica dominava uma extensão territorial superior a 1,3 milhão de km². Durante muito tempo, gerações inteiras puderam vislumbrar a magnitude imponente daquela floresta, com sua gigantesca biodiversidade, suas árvores, animais e solo fértil.
A relação entre seres humanos e natureza parece que sempre se deu de forma fria e desigual. A exploração predatória e perdulária dos recursos naturais e florestais sempre fez parte da história do homem. No Brasil, os diversos “ciclos” econômicos, tais como o do ouro, o da cana-de-açúcar, o do café, devastaram enormes áreas florestais. A conversão de áreas para atividades agropastoris e polos silviculturais e um ligeiro processo de industrialização e urbanização legaram à sociedade porções ínfimas da floresta ao longo do território.
Ao estudar a curta História do Brasil, verificamos a história da devastação, depredação e dilapidação de sua natureza, de sua floresta, de seu meio ambiente. São 500 anos ininterruptos de ocupação sem a menor preocupação ambiental e que levaram a Mata Atlântica a sua quase extinção total. Os motivos e contextos são obviamente variados, mas nunca se devastou tanto quanto no período da expansão cafeeira do século XIX e da ditadura militar de 1964-1985. Durante o período militar, a política desenvolvimentista que atingiu o auge na década de 70 incentivou a construção de grandes hidrelétricas, pontes, rodovias, barragens, usinas nucleares, expansão agrícola desenfreada e a implementação de grandes conglomerados industriais, a exemplo de Cubatão. Assim, áreas gigantescas de florestas com sua megadiversidade foram simplesmente dizimadas, contribuindo como nunca para a sua fatídica fragmentação e fragilização.
Hoje, o que temos para ver e conhecer da antiga Mata Atlântica são apenas 7% do que restou. Seu território original passa por 17 Estados brasileiros, incluindo as maiores metrópoles (e, consequentemente, as cidades mais poluidoras) do país, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, em um espaço total onde habitam mais de 108 milhões de pessoas, agregando três mil municípios.
Apesar de sua eminente extinção e da consciência de órgãos governamentais e civis, ainda se continua devastando a Mata Atlântica. Em 1997, foram retirados da região da Serra da Cantareira em São Paulo – considerada a maior floresta urbana do mundo – um milhão de árvores. Na região litorânea, a situação não é menos caótica para a floresta, especulação imobiliária, pressão demográfica e ocupação desregrada estimulam a degradação ambiental.
As atuais áreas de conservação de Mata Atlântica são somente remanescentes patéticos do que foi antes uma grande floresta. O que podemos fazer é tentar aprender com os erros do desenvolvimento de nossas sociedades. Nesse aspecto, não podemos deixar que uma floresta com o porte do que é ainda hoje a Floresta Amazônica desapareça em meio a concreto, indústrias, poluição, superpopulação e campos imensos de agricultura monocultora de exportação: a pura manifestação do desenvolvimento insustentável do ser humano. Nesse sentido, o estudo da História da Mata Atlântica pode trazer às pessoas o potencial de conhecimento necessário para o aprimoramento de nossa relação com toda a natureza. Ou queremos continuar o nosso desenvolvimento falacioso e passar literalmente por cima de mais uma rica floresta como estamos fazendo a séculos?
Amílson Barbosa Henriques
Colunista Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/brasil/mata-atlantica-1.htm

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