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ciência e método

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2 CIÊNCIA E MÉTODO: 
UMA VISÃO HISTÓRICA
1919 – confirmação da teoria do “espaço curvo”;
1945 – bomba atômica – a humanidade teme e treme diante do progresso da Ciência.
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2.1 Ciência: controle prático sobre a natureza e domínio sobre os homens – ou busca do saber?
Motivos da pesquisa científica: caráter prático e caráter teórico/preocupação intelectual – busca do saber.
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Ciência
 1) satisfaz as necessidades dos homens;
2) Instrumento para estabelecer um controle prático sobre a natureza – citar as descobertas científicas: energia, telefones, computadores, etc. . .
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	O Conhecimento Científico toma conta das decisões e ações do homem - “Quem tem conhecimento tem poder, força, riqueza e o domínio sobre a natureza e sobre os outros homens” (é uma visão perigoso esta).
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	A Ciência não se reduz à atividade de proporcionar o controle prático sobre os fenômenos da natureza. A causa principal que leva o homem a produzir Ciência é a tentativa de elaborar respostas e soluções às suas dúvidas e problemas e que o levem à compreensão de si e do mundo em que vive.
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		O motivo básico que conduz a humanidade à investigação científica está em sua curiosidade intelectual, na necessidade de compreender o mundo em que se insere e na de se compreender a si mesma. Tão grande é essa necessidade que, onde não há ciência, o homem cria mitos.
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2.2 Ciência e método: suas concepções
2.2.1 A visão grega
		Na Grécia a Ciência era Filosofia da Natureza e tinha como única preocupação a busca do saber, a compreensão da natureza das coisas e do homem. O conhecimento científico era desenvolvido pela Filosofia.
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		2.2.1.1 Os Pré-socráticos
			Começaram a substituir a concepção de mundo caótica concebida pela mitologia pela idéia de cosmos – ordenado por princípios (arché) e leis fixas e necessárias, inerentes à própria natureza – seus fenômenos relacionavam-se a causas e forças naturais que podiam ser conhecidas e previstas.
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	Problema: debaixo das aparências sensíveis e perenes dos fenômenos que estavam em contínua transformação, existia algum princípio permanente ou realidade estável –uma “natureza”, uma essência eterna, universal e imutável que determinava a existência das coisas? 
	O que são, de que são feitas, como são feitas e de onde vêm as coisas que são percebidas??? 
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	Distinguem a doksa da ciência, filosofia. Diferenciam o percebido pelos sentidos e o percebido pela inteligência.
	O procedimento: especulação racional – teorias racionais - “Os princípios ordenados da natureza das coisas são percebidos pela inteligência”.
	Romperam com os mitos e começaram a construção racional, especulativa, de abertura ao inteligível, na tentativa de uma compreensão racional do cosmos.
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2.2.1.2 A abordagem platônica
“O verdadeiro mundo platônico é o Mundo das Ideias, que contém os modelos e as essências de como as aparências devem se estruturar”. A forma, acessível aos sentidos, nos mostra como as coisas são, mas não o que elas são. 
	Os sentidos são apenas a fonte de opiniões e crenças sobre as aparências do real.
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É a inteligência e o entendimento que nos fornecem a essência das coisas, desenvolvido através da dialética – intuição dos princípios universais, análise e síntese = método científico racional.
O real é o pensamento, o intuído = Platão valoriza a intuição racional como mecanismo para se apropriar da essência do real, do ser.
	Os sentidos nos proporcionam apenas “sombras” do real.
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	2.2.1.3 Entendimento e experiência
 	A Ciência é produto de uma elaboração do entendimento em íntima colaboração com o mundo sensível. É resultado de uma abstração indutiva das sensações provenientes dos sentidos e da iluminação do entendimento agente que abstrai as particularidades individualizadas dessas sensações e constrói a idéia universal que representa a essência da realidade.
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	Iniciamos com os fatos percebidos pelos sentidos e agrupamos as observações através do processo de indução, em uma generalização que proporcionasse a forma universal (substância) – a identidade inteligível e real que permanecia independente das mudanças.
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	É um processo indutivo de abstração que quer definir as formas e efetuar a passagem progressiva dos dados materiais e mutáveis para os imateriais e imutáveis. No segundo momento demonstrava que os efeitos derivavam de um princípio natural que era a sua causa.
	A Ciência física era uma ciência da Natureza (Physis- o princípio ativo). A natureza essencial de uma substância era determinada pela sua matéria e forma.
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Método Aristotélico: analisar a realidade através de suas partes e princípios que podem ser observados, para postular seus princípios universais, expressos na forma de juízos, encadeados logicamente entre si. 
Aristóteles – Século IV a.C
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		O modelo aristotélico propõe uma ciência (episteme) que produz um conhecimento que pretende ser um fiel espelho da realidade. Desenvolve um conhecimento da essência das coisas e de suas causas – responde as perguntas o que é? E por que é?
		A ciência Aristotélica manifesta-se como ciência do discurso – visa um conhecimento universal, estável, certo e necessário (é metafísica).
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O conhecimento verdadeiro deve satisfazer os critérios de justificação lógica: deve ser demonstrado com argumentos que sustentam a “certeza” e tornam evidente a sua aceitação em função da coerência lógica de suas afirmações com os princípios universalmente aceitos (verdade sintática).
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2.2.1.4 Ciência grega – a visão de universo
Ainda manteve o antropomorfismo: comparava a organização do universo com a forma humana de organização.
Prevaleceu o modelo cosmológico de Aristóteles – aliada às concepções da astronomia de Ptolomeu: o universo era geocêntrico, finito, de forma esférica, limitado às estrelas visíveis e fechado, com princípios organizadores próprios, tal qual um organismo vivo, dotado de inteligência própria.
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Divisão dos seres do universo Aristotélico – o critério era a perfeição:
O mundo físico terrestre – sublunar.
O mundo físico celeste – supra lunar
A substância divina supra celeste – eterna, incorruptível, imóvel, destituída de matéria e situada fora do universo físico: Deus.
	Existia uma ordem natural.
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	Na Ciência grega não temos destaque ao processo de descoberta. Havia um processo de demonstração, de justificação dos princípios universais. Conhecimento científico era o demonstrado como certo e necessário através dos argumentos lógicos – era uma ciência do Discurso (verdade sintática).
	Como ficava o ideal da objetividade ou verdade semântica?

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