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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL NUCLEO UNIVERSITÁRIO DE VERANÓPOLIS EPISTEMOLOGIA – Professor Valter Rossetto. KÁTIA CRISTINA MARIN TAÍS AMARAL CIÊNCIA E MÉTODO: A ABORDAGEM DA CIÊNCIA MODERNA (Bacon, Galileu e Newton) VERANÓPOLIS - RS 2015 Método cientifico. A história do método científico se mistura com a história da ciência. Documentos do Antigo Egito já descreviam métodos de diagnósticos médicos. Na cultura da Grécia Antiga, os primeiros indícios do método científico começam a aparecer, mas o grande avanço no método foi feito no começo da filosofia islâmica, principalmente no uso de experimentos para decidir entre duas hipóteses. Os princípios fundamentais do método científico se consolidaram com o surgimento da Física nos séculos XVII e XVIII. Definições 1. A palavra método é de origem grega, deriva da Metodologia que significa o conjunto de etapas e processos a serem seguidas que torna possível conhecer uma determinada realidade, produzir determinado objeto ou desenvolver certos procedimentos ou comportamentos. (Oliveira, 1997); 2. São os caminhos percorridos na busca do conhecimento. (Andrade, 1997); 3. É o trabalho realizado com técnica, precisão e planejamento. 4. É o modo sistemático de explicar um grande número de ocorrências semelhantes. Não existe ciência sem o emprego de métodos científicos; 5. Conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Juntar evidencias observáveis, mensuráveis (algo que se pode medir) e empíricas (baseadas na experiência) e analisar o uso da lógica. Lógica aplicada à ciência. (Grupo Íkaros). A Revolução Científica do século XVII Contrários ao dogmatismo religioso instituído na época, os renascentistas Galileu Galilei e Francis Bacon são considerados os pais do Método Experimental pois conduziram à tentativa de uso de métodos matemáticos experimentais. Francis Bacon (1561 – 1626) Sustentava que as normas de ordem religiosa, filosóficas e crenças culturais deveriam ser abandonadas pois distorciam e impediam a verdadeira visão do mundo. Criticou o aristotelismo e o empirismo ingênuo, pois os observadores se deixam levar por impressões dos sentidos, que dava margem para enganos, então propôs um método para identificar a causa de um fenômeno. Com observação sistemática, experiência dos fenômenos e fatos naturais, chamou de Interpretação da natureza. Utilizando argumentos lógicos seguia os seguintes passos: Experimentação – formulação de hipóteses – repetição da experimentação por outros cientistas – repetição do experimento para testar as hipóteses e formulação das generalizações e leis. Não atingiu o seu objetivo de estipular limites de confiabilidade dos seus resultados, porém foi influência do empirismo e do indutivíssimo sobre a vulgarização do pensamento científico moderno. Galileu Galilei (1564 - 1642) Responsável pela chamada Revolução científica moderna, introduziu a matemática e a geometria como linguagens da ciência e o teste quantitativo-experimental das hipóteses a fim de estipular a correspondência entre o conteúdo dos enunciados e a evidencia dos fatos. Desenvolve o método da indução experimental, que é a Observação dos Fenômenos - Análise das partes (relações quantitativas) - Indução de Hipóteses - Generalização dos Resultados - Confirmação das Hipóteses e Estabelecimentos de Leis Gerais. Analisando um problema em que não se tem condições de se chegar a uma solução analítica, sua ideia deve se basear numa conjectura, isto é, algo não necessariamente verdadeiro baseado em todo conhecimento já existente sobre o fenômeno. Para verificar as hipóteses é necessário se realizar o experimento e repeti-lo diversas vezes. Caso o experimento confirme a conjectura, ela é verdadeira. Estabeleceu o diálogo experimental como comunicação da razão com a realidade, do homem que faz uma pergunta (experimento) para natureza que responde com seus com hipóteses quantitativas (fenômeno). Via o mundo como algo aberto, mecânico, unificado, determinista, geométrico e quantitativo. Isaac Newton (1643 – 1727) O homem pode ter o conhecimento total e fiel da realidade. Na ciência moderna o princípio de funcionamento do universo é proveniente de leis precisas criadas por Deus e que podem ser descobertas utilizando-se métodos matemáticos e experimentais. A partir deste momento o homem busca acesso a realidade através de procedimentos do experimento científico. Esse estipula os critérios que julgam a veracidade dos resultados. O método cientifico indutivo e positivista, não aceitava nenhuma hipótese física que não pudesse ser extraída da experiência por indução, onde o sujeito do conhecimento deveria ter a mente limpa e livre de preconceitos para que, ao observar as relações existentes entre fatos e o conhecimento cientifico, declarasse certezas comprovadas pelas evidências experimentais, sem a interferência de especulação hipotética, O método indutivo-confirmável que seguia o modelo: Observação dos elementos que compõem o fenômeno - Análise da relação quantitativa existente entre os elementos que compõem o fenômeno - Indução de hipóteses quantitativas - Teste experimental das hipóteses para a verificação confirmabilista - Generalização dos resultados em lei. O conhecimento científico seria formado pelas certezas comprovadas pelas evidências experimentais de alguns casos analisados. O indutivismo e o empirismo geraram uma confiabilidade cega na ciência devido a certeza dos resultados obtidos por procedimentos considerados infalíveis. O paradigma newtoniano teorizou o experimento da física que, por isso, passou a ser o modelo ideal que deveria ser copiado por todas as outras áreas do conhecimento. O dogmatismo, antes presente nas teorias aristotélicas, se mostrava intenso na ciência, motivado pela pregação positivista do modelo científico dominante como ideal do conhecimento. Todos os ramos da ciência queriam desfrutar do status de cientificidade criado pela física. O cientificismo começou a surgir neste momento, pois, resultados comprovados por fatos a partir de métodos experimentais, geravam uma crença no conhecimento científico como único conhecimento válido. O indutivismo e o empirismo geraram uma confiabilidade cega na ciência devido a certeza dos resultados obtidos por procedimentos considerados infalíveis. O paradigma newtoniano teorizou o experimento da física que, por isso, passou a ser o modelo ideal que deveria ser copiado por todas as outras áreas do conhecimento. O dogmatismo, antes presente nas teorias aristotélicas, se mostrava intenso na ciência, motivado pela pregação positivista do modelo científico dominante como ideal do conhecimento. Todos os ramos da ciência queriam desfrutar do status de cientificidade criado pela física. O cientificismo começou a surgir neste momento, pois, resultados comprovados por fatos a partir de métodos experimentais, geravam uma crença no conhecimento científico como único conhecimento válido. De uma maneira geral os métodos, os Antigos e os do Século XVII, se a assemelham na maneira que inicialmente observa-se um evento e se faz suposições. Entretanto os métodos Antigos baseiam-se no Conhecimento e da razão do filósofo somente, enquanto nos métodos modernos realiza-se experimentos e utiliza-se modelos matemáticos, não se baseando apenas no conhecimento e na razão do filósofo para produção de conhecimento. Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Isaac Newton, que com suas contribuições foramdecisivos para a estruturação daquilo que chamamos hoje de ciência moderna. Em seus estudos e pesquisas, estiveram sempre preocupados em construir um método, o mais adequado possível, para o entendimento da realidade, método este que fosse pautado na racionalidade. Referências bibliográficas Apostila disponibilizada pelo professor, Ciência e método: uma visão histórica, capítulo 2, p. 49 – 57. ÍKAROS, Grupo. De Platão à Newton. <https://grupoikaros.wordpress.com/de-platao-a-newton/>. Acesso em 16/04/2015
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