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Sistema Eleitoral Venezuelano

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE DIREITO
				 Bianca Petroni
Cainã Arcanjo
Jaime Trentin
João Paulo
João Pedro
Lucas Rodrigues
Ramirhis Laura
Raul Marcelo
Renata Gorziza
Robson Matos
Valentina Assunção
Pesquisa: Sistema Eleitoral Venezuelano e Disputa Política contemporânea.
Várzea Grande - MT
Novembro 2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE DIREITO
Pesquisa: Sistema Eleitoral Venezuelano e Disputa Política contemporânea.
Trabalho apresentado ao professor
Bruno Rodrigues
Como exigência para obtenção de nota parcial do 2° bimestre
Da disciplina de: Teoria Geral do Estado
Turma: 151B Período Noturno
Curso de Direito 4° semestre da Universidade de Várzea Grande
Várzea Grande - MT
Novembro 2016
�
Sumário
41	Introdução	�
52.	HISTORIA	�
5DESCOBRIMENTO	�
53.	EL LIBERTADOR	�
64.	“REPÚBLICA”	�
65.	REVOLUÇÃO BOLIVARIANA	�
76.	Sistema Eleitoral Venezuelano	�
77.1	Etapas do sistema	�
87.1.1	Auditoria	�
89.	CENÁRIO POLÍTICO	�
1410.	VENEZUELA - ECONOMIA	�
1711.	ATUALIADES ACERCA DA VENEZUELA	�
1912.	Conclusão	�
2011.	Referência Bibliográficas	�
�
Introdução
 
No presente trabalho, buscamos esclarecer quanto ao Sistema Eleitoral e a disputa política que ocorre atualmente na Venezuela. Iremos abordar o assunto explicando de forma simples e breve os principais temas necessários ao entendimento da atual crise no país, tais como história, sistema eleitoral, economia e política atual.
No decorrer do texto poderemos observar como o país sofre por não ter uma boa gestão em maior parte de sua história, e como isso abre as portas para a exploração destrutiva, que vem tanto de grandes potências mundiais, como de povos vizinhos, e que faz a população venezuelana sofrer de forma terrível. Também iremos discutir em debate a forma contraditória dos países que não suportam mais ditaduras e guerras buscam ignorar a situação.
Por fim, buscamos além de tudo entender e informar sempre buscando a veracidade das informações, e a imparcialidade das fontes quanto ao sistema eleitoral do país e principalmente quanto a atual situação política, para fins de nos solidarizarmos quanto à população vizinha e também de que ao adquirir este conhecimento, nós, quanto cidadãos de um país suscetível aos mais variados eventos humanos, possamos sempre buscar apoio na história ao se deparar com crises políticas como estas.
HISTORIA
DESCOBRIMENTO
Durante a terceira viagem de Cristóvão Colombo às Américas, em 1498, a Venezuela foi descoberta. Afonso de Ojeda, em 1499, ao desbravar o país e a população ali existente, notou uma gentil semelhança das Palafitas indígenas com a cidade de Veneza, na Itália, surgindo assim, o nome deste país.
No século XVI, a Venezuela não foi o foco das atenções da Europa devido ao fato de não haver metais preciosos em suas terras, em uma época de busca desenfreada dos países europeus por metais preciosos. No entanto, lendas atraíam muitos conquistadores para a província de Guiana na busca por EL DORADO, uma cidade que, segundo a lenda, tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada. A partir de então as terras da Venezuela foram utilizadas para produção agrícola, principalmente do cacau, utilizando-se de mão de obra escrava. E grande parte do território foi descoberto em missões católicas. 
EL LIBERTADOR
O início da independência da Venezuela foi a partir da crise espanhola criada por Napoleão Bonaparte, que aprisionou o Rei da Espanha Fernando VII, e chamou a atenção dos Criollos (filhos de espanhóis nascidos na américa), que viram a oportunidade para assumir o comando local, que era feito pelos Chapetones (espanhóis).
Em 1807, Simón Bolívar voltava da Europa completamente alucinado por ideias liberais, junto do General Francisco Miranda, e decidiram que chegara a hora de tornar a Venezuela independente.
Em 5 de Julho de 1811, após muita luta, Francisco de Miranda foi aclamado ditador da recém independente Venezuela. Porém a Espanha reagiu de forma violenta e devastadora, tanto que, em julho de 1812, para evitar um banho de sangue cruel, Francisco de Miranda rendeu-se às forças espanholas. Os patriotas consideraram tal ato uma traição e o prenderam. Simón Bolívar exilou-se na Colômbia, e em 1813 liderou a invasão da Venezuela, sendo proclamado como “El libertador”.
De 15 de fevereiro de 1819 à 17 de dezembro, Simón Bolívar foi presidente da Venezuela, e posteriormente o país se tornou parte da Grã-Colômbia, onde Bolívar também era presidente, permanecendo até 1830.
Em 17 de dezembro de 1830, com a idade de quarenta e sete anos, Simón Bolívar morreu após uma batalha dolorosa contra a tuberculose, sem ter conseguido realizar o sonho de unir a América Hispânica.
“REPÚBLICA”
Após a fragmentação da Grã-Colômbia, em 1831, houve um congresso constituinte, onde foi elaborada uma constituição conservadora, centralista, escravista e de voto censitário. A burguesia do país possuía forte aspiração liberal, o que tornava a relação de governo e povo nada pacífica, ainda mais com as crises econômicas oriundas da desvalorização do cacau e café, que era a base do comércio venezuelano. A Venezuela passou por diversas guerras civis, instabilidades políticas e ditaduras, onde diversos militares enriqueceram de forma ilícita. Digamos que até a eleição de dezembro 1958, não houve governança eleita de forma livre e honesta, que foi quando venceu Rómulo Betencurt, o qual conseguiu exercer um mandato civil completo (1959 - 1964), com um governo de esquerda moderada, onde lançaram-se planos de modernização agrícola e industrial e de promoção da saúde e da educação. Em março de 1960 foi promulgada uma lei de reforma agrária de caráter moderado. No ano seguinte, aprovou-se uma nova Constituição para o país.
A descoberta do petróleo antes da Primeira Guerra Mundial fez com que em 1920 a Venezuela se tornasse a maior exportadora do mundo, abrindo as portas para companhias estrangeiras explorar o país como se fosse uma colônia de exploração. No entanto, na segunda metade da década de 50, tiveram início na Venezuela os primeiros movimentos significativos para que o Estado tivesse uma participação maior na indústria petrolífera. O governo suspendeu novas concessões às companhias estrangeiras e criou a empresa pública Corporación Venezolana del Petróleo (CVP) em 1960. As eleições de dezembro de 1973 deram o poder a Carlos Andrés Perez, líder do Partido de ação Democrática (PAD), o qual fez aumentar a estabilidade nacional, a Venezuela se tornou membro fundador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e quadruplicou seus lucros com a venda de petróleo. Uma onda consumista sacudiu o país, cuja frágil estrutura econômica foi incapaz de absorver a nova riqueza sem experimentar aumento da inflação. O mandato de Pérez findou em 1979.
A queda do preço do petróleo no mercado internacional sempre gerou graves crises econômicas ao país, o que levava também à uma instabilidade alarmante, que resultou na perda de prestígio dos políticos tradicionais, e a candidatura de figuras duvidáveis como a da ex miss Venezuela Irene Saéz.
REVOLUÇÃO BOLIVARIANA 
Hugo Chavez tornou-se presidente em 1999 com uma campanha centrada no combate à pobreza. Reelegeu-se, vencendo os pleitos de 2000 e 2006. Com suas políticas de inclusão social e transferência de renda obteve enorme popularidade em seu país. Durante a era Chávez, a pobreza entre os venezuelanos caiu de 49,4%, em 1999, para 27,8%, em 2010. No plano político interno, Chávez fundiu os vários partidos de esquerda no PSUV. Fortaleceu os movimentos e as organizações populares, estabelecendo uma forte aliança com as classes maispobres. Nas várias eleições, realizadas ao longo de aproximadamente 15 anos, a oposição foi derrotada. Inconformados, os adversários de Chávez promoveram um golpe de Estado, no início de 2002, com apoio do governo dos Estados Unidos, retratado no documentário “A Revolução não será televisionada” filmado e dirigido por dois cineastas irlandeses, Kim Bartley e Donnacha O'Briain, transmitido no Brasil pela TV Câmara.
Hugo Chaves elaborou a vigésima sexta constituição na história da Venezuela e pôs em prática a revolução bolivariana, sofrendo forte oposição com manifestações, greves e golpes por parte da minoria que perderia seus privilégios com as novas medidas. Morreu em 05 de março de 2013 de câncer, fazendo com que o seu vice Nicolás Maduro Moros assumisse e sendo eleito posteriormente em 14 de abril de 2013 para mandato integral como 57º presidente da Venezuela. 
Sistema Eleitoral Venezuelano
Dentre os diversos sistemas eleitorais no mundo, o sistema Venezuelano, na teoria, é o mais confiável. De acordo com estudo feito em 2012 pelo “think-tank” americano Wilson Center e também pelo IDEA (instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral), foi concluído que a possibilidade de forjar resultados nesse sistema é praticamente impossível, desde que haja observadores da oposição nas mesas eleitorais do país. Abaixo segue passo-a-passo de como funciona o sistema de votação Venezuelano, sendo que possuía tripla proteção contra fraude:
Etapas do sistema:
Identificação do eleitor
Primeiramente o eleitor apresenta uma carteira de identidade aos mesários, logo após, é realizado uma identificação por biometria que mostra as informações do eleitor em uma tela que é comparada com as informações da carteira de identidade. Caso dados forem correspondentes, o eleitor e a urna são liberados para votação.
Voto
O eleito se dirige a cabine de votação e se depara com uma tela sensível ao toque com a imagem e nome dos candidatos. Após a escolha o candidato à informação é transmitido a um aparelho ao lado da tela, estando tudo de acordo com o candidato que deseja votar, o eleitor confirma o voto no aparelho, o mesmo imprime um comprovante para conferencia do eleitor.
Deposito do voto
Como garantia extra para recontagem dos votos, o eleitor deposita o comprovante em uma urna.
Finalização do processo
O eleitor assina seu nome em um caderno e recebe, no dedo mindinho, uma tinta indelével, que não se pode lavar e retirar facilmente. Uma terceira garantia que não haverá outro voto deste eleitor.
Contagem dos votos
Após termino das votações, a maquina de votação imprime uma ata com as informações sobre seção eleitoral, mesa, nome dos membros da mesa, numero de votantes e numero de votos de cada candidato. A ata é conferida e assinada pelo presidente da mesa, os mesários, um representante de cada força politica (todos eles também precisarem deixar a impressão digital registrada).
Auditoria
É feita uma auditoria, ainda nas seções, de 54% das urnas, para que possa certificar que as informações das urnas sejam as mesmas nas atas impressas.
Distribuição das atas
Cada partido recebe uma copia assinada das atas. Os dados da maquina, então, seguem eletronicamente para o CNE (conselho nacional eleitoral).
CENÁRIO POLÍTICO
Eleito presidente da Venezuela em 2013 pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, Nicolás Maduro vem enfrentando problemas estruturais que são resultado de uma série de fatores que vão desde a queda nos preços dos barris de petróleo até a corrupção.
A consequência dessa combinação desastrosa é um índice histórico de reprovação. De acordo com números da pesquisa Venebarômetro, divulgados pela AFP, 68% dos venezuelanos hoje reprovam o governo. Isso mostra que, em um possível referendo, o destino de Maduro poderá facilmente ser o de ex-presidente.
 A apuração dos votos das eleições Legislativas de 6 de dezembro confirma que a oposição, reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), derrotou os socialistas do governo e conquistou a maioria na Assembleia Nacional, pela primeira vez em 16 anos, formando uma plataforma para desafiar o presidente Nicolás Maduro.
 Dois dias depois, o último boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) aponta que a oposição alcançou poderosa maioria qualificada de dois terços do Congresso.
Algumas farmácias de Maracaibo, uma das mais importantes cidades da Venezuela, passaram a pedir certidão de nascimento e última ultrassonografia, no caso de clientes grávidas, na venda de fraldas. A medida reflete a dramática deterioração da situação econômica do país, que desde a chegada de Nicolás Maduro ao poder, em abril de 2013, vive uma escassez de alimentos e produtos básicos. Há exatos dois anos da morte de Hugo Chávez, o atual presidente enfrenta, ainda, protestos sociais cada vez mais intensos, aos quais responde com uma política autoritária e repressiva que vai, na opinião de analistas locais, muito além dos limites de quando seu antecessor estava no governo.
O presidente acusa a oposição de fazer "guerra econômica", enquanto os indicadores só pioram. Segundo dados de universidades privadas, a pobreza alcança 48,4%, superando os 45% de 1998, quando Chávez venceu sua primeira eleição. O relatório "Condições de Vida da População Venezuelana 2014", elaborado pela Universidade Católica Andres Bello, a UCV e a Universidade Simón Bolívar, indicou que a recessão de 2013 e 2014 fez o país recuar nas melhoras dos anos de alta do petróleo (com Chávez) e levou a um aumento da pobreza a níveis de épocas de ajuste econômico e comoção social.
 
VENEZUELA - ECONOMIA
A Venezuela tem uma economia que se baseia, principalmente, na exploração do petróleo. O pais é um dos dez maiores produtores mundiais. O petróleo e o gás natural são a maior fonte de receitas do país. Possui também importantes reservas de carvão. 
A agricultura responde penas a 4% do PIB, o que faz com que o país tenha que importar vários produtos agrícolas. As culturas dominantes são cana-de-açucar, , banana, milho, arroz, sorgo, mandioca, café e cacau.
A industria extrativista abrange o ferro, bauxita, alumínio, diamantes e ouro.
As indústrias estão alicerçadas na produção de metais de base, alimentos, bebidas, produtos químicos, têxteis, derivados de papel e tabaco.
Os principais parceiros comerciais da Venezuela são os EUA, Japão, Brasil e Colômbia.
O petróleo é o motor da atividade econômica venezuelana. Entre 2004 e 2015, Caracas recebeu, graças a isso, algo como 750 bilhões de dólares (674 bilhões de euros), de acordo com os dados oficiais. A situação do país se agravou quando os preços do petróleo começaram a cair, em 2014. O país tem as maiores reservas de petróleo do mundo, mas esse é o único motor da economia venezuelana, representando mais de 96% das receitas de exportação. Ou seja, quando não vende o produto, não ganha dinheiro. Há dois anos, os preços do petróleo estavam acima de 100 dólares. Hoje, estão avaliados em 50 dólares o barril, depois de cair a 26 dólares, a mínima registrada neste ano.
Membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Venezuela vende 40% dos seus hidrocarbonetos aos EUA. Para a primeira potência econômica mundial, as importações de petróleo venezuelano não representam mais do que 7,7% do total das suas importações, segundo os dados oficiais norte-americanos. A China e a Índia são os dois outros grandes clientes da Venezuela.
Mesmo tendo a maior reserva em suas mãos, o país não soube administrá-la, desperdiçando oportunidades de investir em seus campos de petróleo durante épocas de “vacas gordas”. A falta de manutenção de suas instalações petrolíferas resultou no menor nível de produção em treze anos. A petroleira estatal PDVSA, por exemplo, não tem pagado as companhias responsáveis pela extração de petróleo, como a Schlumberger, que, assim como outras companhias, reduziu drasticamente as operações.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Venezuela contraiu-se5,7% em 2015 e deverá cair ainda mais este ano, para 8%. A inflação venezuelana era em 2015 a mais alta do mundo, com uma taxa de 180%, segundo Caracas. Deve atingir os 720% em 2016, segundo Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O déficit público situa-se entre os 18 e os 20% do PIB, segundo os analistas privados. Para se financiar, e pagar os programas sociais, o Governo “tem de imprimir dinheiro”.
A resposta programática do presidente Nicolás Maduro à crise econômica continua paralisada antes das eleições parlamentares marcadas para 6 de dezembro. O bolívar se desvalorizou cerca de 40 por cento em relação ao dólar no mercado negro somente no mês passado. Um dólar compra quase 1.900 bolívares nas ruas, comparados com dez bolívares pelo índice oficial do governo. O governo também tem mantido fixos os preços dos alimentos básicos, apesar de a oferta estar se esgotando em muitas lojas e de os preços de outros bens estarem aumentando.
O país está atravessando grandes problemas econômicos e sociais, uma vez que uma década e meia de controles cambial, de preços e agora os preços baixos do petróleo deixaram o governo e as empresas sem recursos suficientes para importar bens.
Eleito presidente da Venezuela em 2013 pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, Nicolás Maduro vem enfrentando problemas estruturais que são resultado de uma série de fatores que vão desde a queda nos preços dos barris de petróleo até a corrupção.
A consequência dessa combinação desastrosa é um índice histórico de reprovação. De acordo com números da pesquisa Venebarômetro, divulgados pela AFP, 68% dos venezuelanos hoje reprovam o governo. Isso mostra que, em um possível referendo, o destino de Maduro poderá facilmente ser o de ex-presidente.
Em um artigo publicado neste mês pela Carnegie Endowment for Internacional Peace, uma rede global de pesquisadores e analistas de política internacional, o economista venezuelano Moisés Naim fez o que chamou de “autopsia da Venezuela” e buscou avaliar os fatores que levaram o país, dono da maior reserva de petróleo do planeta, ao estado de colapso.
Nos últimos 17 anos, explica o analista, o país recebeu trilhões de dólares em receita do petróleo. Ou seja, dinheiro não era exatamente um problema. “É verdade que os preços do petróleo caíram – um risco que muitos anteciparam, mas que o governo não se preparou para lidar”, mas mesmo em 2014, quando o barril era cotado a 100 dólares, a população do país já enfrentava a escassez de itens essenciais.
Hoje, essa carência chegou a níveis alarmantes: as prateleiras dos armazéns estão vazias, a energia elétrica é cortada todos os dias, não há papel higiênico. Uma pesquisa recente da Reuters com 1.500 famílias mostra que 12% delas não conseguem fazer três refeições num dia. Mas o que explica essa falência do estado venezuelano? 
Um dos fatores citados por Naim como protagonistas nessa confusão que virou o país é a política de controle de preços. Antes essa medida era aplicada em alguns itens essenciais, como alimentos, com o objetivo de manter a inflação sob controle e mantê-los acessíveis aos mais pobres. Aos poucos, contudo, passou a ser aplicada em dezenas de outros produtos.
“Quando os preços estão abaixo do custo de produção, fornecedores não conseguem manter as prateleiras estocadas”. A produção no país parou. E a saída encontrada por Maduro foi a de retomar as plantas e prender os empresários sob a justificativa de que estariam deliberadamente parando suas linhas de produção com o objetivo de “sabotar o país”.
ATUALIADES ACERCA DA VENEZUELA 
Em ordem cronológica apresentaremos a evolução da crise venezuelana.
A Venezuela, como bem se sabe passa por turbulências políticas desde meados de 2013, no entanto, o agravamento dessa crise, consequência da alta inflação, insegurança política e a escassez de produtos básicos, trouxeram ainda mais instabilidade política, social e econômica.
A respeito dessa situação está elencado abaixo os principais fatores concomitantes que trouxeram a Venezuela para esta que é a pior crise política já enfrentada pelo país.
8 de dezembro de 2015: vitória da oposição nas eleições legislativas
Lilian Tintori, mulher de líder de oposição preso Leopoldo López, comemora vitória ao lado de candidatos da oposição na eleição da Venezuela (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
Lilian Tintori, mulher de líder de oposição preso Leopoldo López, comemora vitória ao lado de candidatos da oposição na eleição da Venezuela (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
A apuração dos votos das eleições Legislativas de 6 de dezembro confirma que a oposição, reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), derrotou os socialistas do governo e conquistou a maioria na Assembleia Nacional, pela primeira vez em 16 anos, formando uma plataforma para desafiar o presidente Nicolás Maduro.
Dois dias depois, o último boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) aponta que a oposição alcançou poderosa maioria qualificada de dois terços do Congresso.
10 de dezembro: 'maior inflação do mundo'
Dados só Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as projeções mundiais "apontam que a Venezuela teve a maior inflação do mundo em 2015, ao redor de 160%".
5 de janeiro: posse do novo Congresso
Novo presidente do Parlamento da Venezuela, Henry Ramos Allup, chega à Assembleia Nacional para a cerimônia de posse dos novos legisladores netsa terça-feira (5) (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)
Novo presidente do Parlamento da Venezuela, Henry Ramos Allup, chega à Assembleia Nacional para a cerimônia de posse dos novos legisladores (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)
Nova Assembleia Nacional toma posse. Novo presidente é Henry Ramos Allup, que tem apoio de 109 deputados da coalizão de oposição MUD.
11 de janeiro: anulação de posse de deputados impugandos
Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou nulas decisões do Legislativo devido à posse de três deputados da opsição impugnados (afetados pela medida cautelar) pelo governo.
15 de janeiro: emergência econômica
 CRISE: País enfrenta protestos e escassez, cronologia, maior inflação, falta de energia, emergência econômica, referendo revogatório, processo suspenso, governo e oposição negociam.
Maduro decreta "estado de emergência econômica" por 60 dias para atender à grave crise do país. O poder executivo passa a ter direito, entre outras coisas, a tomar uma série de medidas para garantir o abastecimento de bens básicos à população; a fixar "limites máximos de entrada e saída" de bolívares; a determinar outras medidas "de ordem social, econômica ou política que considere conveniente".
26 de janeiro: crise humanitária
Diante da grave escassez de medicamentos e insumos médicos, o Parlamento declara "uma crise humanitária em saúde", o que considera "a pior crise da história". O texto exige que o governo garanta acesso a uma lista de medicamentos básicos e restabeleça a publicação do boletim epidemiológico.
15 de fevereiro: campanha contra Maduro
A aliança opositora MUD se declara "em campanha social" para promover "a mudança de governo" na Venezuela.
17 de fevereiro: novas medidas econômicas
Maduro anuncia uma série de medidas econômicas, entre elas o o aumento de 20% no salário mínimo (de 9.600 para 11.520 bolívares); aumento do preço da gasolina, pela primeira vez em 20 anos; a desvalorização de 37% do bolívar reservada à importação de alimentos e medicamentos; e um novo regime de câmbio, que passa de três a duas taxas de câmbio.
 18 de fevereiro: 180,9% de inflação
O Banco Central divulga que o país registrou inflação de 180,9% em 2015, uma das mais altas do mundo, e um retrocesso em seu PIB de 5,7%.
14 de março: prorrogação do estado de emergência
Pessoas formam fila em frente a mercado na Venezuela, nesta sexta-feira (15) (Foto: REUTERS/Marco Bello)
Pessoas formam fila em frente a mercado na Venezuela (Foto:REUTERS/Marco Bello)
Maduro emite decreto para prorrogar por 60 dias da emergência econômica em vigor há dois meses. No texto, o presidente afirma que há "uma crise estrutural do modelo rentista pela queda abrupta dos preços do petróleo", à qual acrescenta um suposto "boicote econômico e financeiro nacional e internacional" contra a Venezuela.
7 de abril: feriados às sextas-feiras
Maduro decreta feriado nas sextas-feiras pelo próximos dois meses como parte de um "plano especial" para poupar energia elétrica. Segundo o presidente, o motivo é a severa seca provocada pelo fenômeno El Niño. Maduro também amplia para nove horas diárias o racionamento elétrico para shoppings e hotéis.
LEI DE ANISTIA INCOSTITUCIONAL
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declara "inconstitucional" a lei de anistia sancionada pela Assembleia Nacional em 29 de março para libertar 75 opositores políticos presos sob a acusação de incitar à violência nos protestos de 2014 que exigiam a saída de Maduro do poder.
A decisão é divulgada quatro dias após Maduro pedir à Sala Constitucional do órgão que declare a lei ilegal, alegando que sua aprovação deixaria impunes violações dos direitos humanos e desataria uma espiral de violência no país.
12 de abril: entrega de assinaturas
A oposição entrega mais de 2 mil assinaturas para iniciar o trâmite para a convocação de um referendo revogatório do mandato de Maduro. 
 11 de abril: 'holocausto da saúde'
A associação médica do país denuncia um "holocausto da saúde" devido à escassez de medicamentos e materiais hospitalares, e convoca manifestação porque "pessoas estão morrendo", acrescentou. De acordo com Douglas Leon, presidente da Federação Médica venezuelana, os hospitais sofrem com "mais de 95% de falta de medicamentos", enquanto "nas prateleiras das farmácias" a escassez é de 85%.
11 de abril: lei de anistia 'inconstitucional'
 
Lilian Tintori, mulher do líder da oposição Leopoldo López, que está preso, pede anistia nesta terça-feira (5) no Parlamento da Venezuela momentos antes do juramento dos novos deputados (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declara "inconstitucional" a lei de anistia sancionada pela Assembleia Nacional em 29 de março para libertar 75 opositores políticos presos sob a acusação de incitar à violência nos protestos de 2014 que exigiam a saída de Maduro do poder.
A decisão é divulgada quatro dias após Maduro pedir à Sala Constitucional do órgão que declare a lei ilegal, alegando que sua aprovação deixaria impunes violações dos direitos humanos e desataria uma espiral de violência no país.
12 de abril: entrega de assinaturas
A oposição entrega mais de 2 mil assinaturas para iniciar o trâmite para a convocação de um referendo revogatório do mandato de Maduro. 
21 de abril: racionamento de eletricidade
O governo anuncia racionamento no fornecimento de energia elétrica nos 10 estados mais populosos e industrializados do país, incluindo a região de Caracas. Os cortes de energia, de quatro horas diárias, começa quatro dias depois. O reservatório da hidrelétrica Guri, que gera 70% da eletricidade do país, está a ponto de entrar em colapso.
27 de abril: três dias de folga
Maduro ordena estender de um (sexta-feira) para três dias por semana (quarta, quinta e sexta-feira) a folga do setor público, para enfrentar a severa crise de eletricidade. Também determina que as escolas do ensino fundamental e médio não funcionem às sextas-feiras.
29 de abril: fechamento de cervejaria por falta de moeda internacional.A Cervejaria Polar, pertencente ao maior grupo empresarial da Venezuela e principal fabricante de cervejas, que produz cerca de 80% da cerveja consumida no país, paralisa a última de suas quatro unidades no país. A empresa já havia anunciado que só tinha "cevada maltada para produzir cerveja até 29 de abril", devido à falta de moeda internacional para pagar seus fornecedores estrangeiros, provocada pelo controle estatal do câmbio no país.
30 de abril: aumento do salário mínimo
O governo anuncia o aumento de 30% no salário mínimo - incluindo funcionalismo público, aposentados e militares - e nas pensões. Também sobe o bônus de alimentação, concedido a todos os trabalhadores e que pode ser usado em farmácias e supermercados.
Na ocasião, o governo afirma que a "guerra econômica" é a responsável pela inflação de três dígitos (180,9% em 2015, segundo dados oficiais), escassez de dois terços dos produtos básicos e medicamentos, e uma contração de 5,9% da economia no ano passado.
1 de maio: novo fuso horário
Para enfrentar a crise energética, os venezuelanos adiantam em 30 minutos seus relógios, voltando ao fuso horário vigente até 2007. A mudança de fuso horário de meia hora tinha sido uma das marcas registradas do governo do falecido presidente Hugo Chávez.
2 de maio: 1,85 milhão contra Maduro
A oposição apresenta 1,85 milhão de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) pedindo a convocação de um referendo revogatório contra o presidente. O CNE exige 195.721 assinaturas (1% do padrão eleitoral) para pedir que se inicie o processo.
14 de maio: ampliação do decreto de emergência
Maduro amplia os alcances do decreto de emergência econômica em vigor desde janeiro ao decretar "estado de exceção e de emergência econômica" por 3 meses para "neutralizar e derrotar a agressão externa" que, segundo ele, afeta o país. O novo decreto é "mais completo, mais integral, de proteção do nosso povo, de garantia de paz, de garantia de estabilidade, que nos permita (...) recuperar a capacidade produtiva", disse.
14 de maio: intervenção em fábricas paralisadas
Maduro ordena intervenção nas fábricas que estiverem paralisadas e a detenção dos empresários que pararem a produção com o objetivo de "sabotar o país", no âmbito de estado de exceção e de emergência econômica.
20 e 21 de maio: treinamentos militares
520 mil militares e civis fazem exercícios de defesa em sete estados, com o objetivo de garantir a ordem interna e a defesa do país diante de um suposto desembarque de tropas inimigas e de ataques a instalações de distribuição do sistema elétrico.
24 de maio: sem Coca-Cola por falta de açúcar
A Coca-Cola interrompe a produção de refrigerantes por falta de estoque de açúcar refinado de uso industrial. As bebidas que não levam açúcar seguem em operação.
25/05/2016: Crise na Venezuela: Está em estado de emergência econômica.
Oposição faz campanha por referendo para tirar Maduro do poder.
 Opositores protestam Na quarta-feira (25) em Caracas, na Venezuela, contra decisão que restringe protestos diante do Conselho Nacional Eleitoral e a favor do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.
Inflação, insegurança e escassez de produtos básicos já eram o contexto da Venezuela em 2014, quando explodiram as manifestações de estudantes e opositores do governo de Nicolás Maduro que acabaram em confrontos violentos e a morte de 42 pessoas.
Recentemente, porém, a situação se agravou. A inflação passou a ser a “maior do mundo”, segundo o FMI. A escassez de remédios levou o Parlamento a decretar “crise humanitária”. O racionamento de energia, as longas filas nos supermercados e o aumento da criminalidade aumentaram o descontentamento social, os protestos e saques.
Uma série de fatores agravou os problemas sociais e econômicos, como a alta dependência da importação de bens, a queda do preço do petróleo – maior fonte de suas divisas - e o controle estatal de produção e distribuição de produtos básicos.
 Neste texto, a oposição obteve a maioria do Parlamento nas eleições legislativas de dezembro, e a convocação de um referendo para revogar o mandato de Maduro se torna sua principal campanha.
A oposição culpa o modelo socialista pela atual crise. Já o presidente a atribui à queda dos preços do petróleo e a uma "guerra econômica" de empresários de direita para desestabilizar seu governo. É com esse argumentoque ele declarou estado de emergência no país.
considerada "a pior crise da história". O texto exige que o governo garanta acesso a uma lista de medicamentos básicos e restabeleça a publicação do boletim epidemiológico.
Conclusão
 
A instabilidade política e econômica da Venezuela é algo presente desde a sua independência. É um país onde a maioria da população sempre foi governada por uma minoria detentora de quase toda a riqueza do país, e por este motivo, políticas populistas como a de Hugo Chavez tem uma grande aprovação das massas. O interesse de países como os Estados Unidos por petróleo apenas contribui e para instabilidades, pois qualquer política protetora é fortemente atacada indiretamente. Outro fator notável, possivelmente consequência da exploração do petróleo de forma abusiva por parte de uma minoria e de estrangeiros, é a falta de industrialização de produtos básicos, pois o país nunca passou por uma industrialização de fato, o que leva o país à uma intensa crise econômica sempre que os preços do mercado internacional sofrem alterações.
 
Referência Bibliográficas
http://oglobo.globo.com/mundo/crise-politico-economica-se-aprofunda-na-venezuela-15505992
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-12-25/sucessao-de-chavez-marca-cenario-politica-venezuelano-em-2013
http://www.canalibase.org.br/o-verdadeiro-cenario-venezuelano/
http://exame.abril.com.br/mundo/a-venezuela-esta-a-beira-do-colapso-entenda/
http://www.estudopratico.com.br/independencia-da-venezuela/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/independencia-da-venezuela-primeiro-pais-a-libertar-se-do-dominio-espanhol.htm http://professorsimaohenrique.blogspot.com.br/2012/07/independencia-da venezuela.html
http://vermelho.org.br/noticia/140112-1
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,a-venezuela-e-a-maldicao-do petroleo,497353
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/como-funciona-o-processo-eleitoral-na-venezuela
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/crise-na-venezuela-problemas-politicos-financeiros-e-energeticos-prejudicam-chavez.htm

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