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9. DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS COMPRA E VENDA MERCANTIL – 481 a 492 do CC Natureza obrigacional Uma parte se OBRIGA a transferir o domínio da coisa (entregar) e outra parte se OBRIGA a pagar o preço Classificação consensual (somente o pacto do objeto e do preço já tem validade, é exigível – não precisa ocorrer a tradição do bem); Elementos: Partes: Pelo menos 1 das partes precisa ser atividade empresária (empresário individual ou sociedades empresárias) Geralmente fornecedor para logista Objeto: Móvel Imóvel Objeto futuro – é permitido – 483 CC (natureza consensual) – sem efeito o contrato se a coisa não vier a existir – salvo caso de contrato aleatório (uma das partes obrigatoriamente tem que cumprir a obrigação, a outra não necessariamente – somente se ocorrer o evento pré-determinado – contrato de risco); Preço: Sério Justo Real Artigo 489, CC – NULA compra e venda com valor fixado por 1 das partes – não está se referindo a inexistência de negociação no valor, mas ao tabelamento de preço; FRANQUIA - Lei nº 8.955/94 Contrato de colaboração, complexo, solene (escrito) Contrato complexo: Objeto principal: uso a marca ou patente Objeto acessório: prestação de serviço, ensinar... Partes: Franqueador (proprietário de marca reconhecida); Franqueado (Empreendedor – vai ter sua própria PJ, com a permissão de utilizar a marca); Características: Utilização de marca ou patente Sem vínculo empregatício Mediante remuneração (royalties) O CONTRATO DE FRANQUIA NÃO PODE SER ASSINADA SEM ANTES: Mandar para o franqueado CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA (COF) Documento com tudo que o franqueado precisa saber – franqueador não pode ser omisso (histórico, capacidade de investimento, padronização do ponto, expectativa de retorno, perfil do franqueado...) Estimativa do investimento inicial, se for muito discrepante com a realizada, gerando inviabilidade na continuidade da atividade – rescisão contratual c/c restituição dos valores pagos Exclusividade do território não observada – perdas e danos Entre o recebimento da COF e a assinatura do contrato tem que passar no MÍNIMO 10 DIAS – prazo de reflexão Alegação tardia de desrespeito ao prazo não é aceita – considerando boa-fé CONTRATO Após o prazo de reflexão o contrato poderá ser assinado; Obrigatoriamente celebrado por escrito (solene) e assinado por 2 testemunhas – não existe contrato de franquia verbal; A marca é registrada no INPI, mas a validade do contrato de franquia não depende de registro em órgão público (INPI) – desde a assinatura já existe relação obrigacional entre franqueador e franqueado; Entretanto, complementando a Lei de Franquia, o artigo 211 da Lei da Propriedade Industrial diz que a franquia tem que estar registrada no INPI para ter validade perante terceiros; REPRESENTAÇÃO COMERCIAL – Lei nº 4.886/65 (LRC) Contrato de colaboração Características: Representante intermedia propostas para o representado Sem vínculo empregatício Habitualidade Recebimento de comissão Representante: PF ou PJ Somente intermedia proposta, não fecha negócio – a não ser que seja autorizado de forma clara, no contrato de representação comercial, que será também mandatário (procuração); Só tem direito a comissão caso a proposta venha a ser concretizada; Para atuar de forma regular, tem que estar registrado nos Conselhos Regionais de Representação Comercial (obrigatório); STF é pacífico – estando registrado ou não possui direito de receber comissão – o que importa é que a proposta tenha se efetivado; DISTINÇÃO COM CONTRATO DE AGÊNCIA E CONTRATO DE DISTRIBUIÇÃO COMERCIAL Contrato de Agência: Mais abrangente (produtos e serviços) – representação comercial (produtos) Aplicação subsidiária da Lei de Representação Comercial Artigo 710 e seguintes, CC; Contrato de Distribuição Tem produtos em estoque (consignação) – representante comercial não, pois somente intermedia venda, não fecha o negócio; ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING) - Resolução BACEN nº 2309/96 - Automotivo: Lei nº 11.649/08 - Súmulas 293, 369 e 564 STJ - Regime Tributário: Lei nº 6099/74 Contrato solene – escrito (não pode ser realizado de forma verbal) Assemelha-se com o contrato de locação Instituição Financeira (proprietária) aluga bem (posse) Conceito: Contrato de locação, que ao final permite ao arrendatário exercer o direito de compra; Partes: Arrendante Instituições Financeiras Sociedade de Arrendamento Mercantil (autorizada pelo Banco Central) – leasing é considerado contrato bancário Arrendatário PJ ou PF Objeto: Móvel Imóvel SE O ARRENDATÁRIO QUISER REALIZAR SEU DIREITO DE COMPRA PRECISA PAGAR O VRG (Valor Residual Garantido) Opção de compra – valor diluído nas parcelas Súmula 293 – cobrança antecipada do VRG não descaracteriza o contrato de Leasing (arrendamento mercantil) – pois ainda ao final o arrendatário pode exercer seu direito de compra – se não quiser pode receber o VRG de volta Se não pagar as parcelas, o arrendante (proprietário do bem) tem o direito a REINTEGRAÇÃO DE POSSE Após a reintegração, se coloca o bem à venda o que acontece com o VRG já pago? Súmula 564, STJ – o arrendatário tem direito a pegar de volta o VRG pago, se o produto da venda do bem superar as parcelas que restavam para o contrato de locação (quitar); Súmula 369, STJ – No contrato de arrendamento mercantil, ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora; Modalidades: Financeiro Quando Instituição Financeira adquire o bem descrito pelo arrendatário para alugar para o mesmo Operacional Ramo das indústrias – quando o bem já é de propriedade do arrendante – pode prever direito de compra, não é obrigatório; ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA - imóveis: Lei nº 9.514/97 - móveis: artigo 1361 a 1368, CC Lei nº 4.728/65 (artigo 66-B) Procedimento: Decreto-Lei nº 911/69 - súmulas do STJ: 28, 92 e 384 Nasce para garantir contrato de empréstimo (contrato de mútuo – artigo 586 e seguintes, CC – empréstimo com Instituição Financeira (do valor do bem) – adquire o bem e dá o próprio bem para garantir o empréstimo (alienação fiduciária) Contrato instrumental: objetivo de garantir outras relações contratuais (mútuo-empréstimo) Partes: Credor Fiduciário Instituição Financeira Propriedade Resolúvel do bem – propriedade que se resolve a qualquer tempo – com a quitação do empréstimo o bem passa automaticamente para a propriedade plena do devedor fiduciante Devedor Fiduciante Possuidor direto, depositário PF ou PJ Objeto: Móvel Decreto-Lei 911/69 – caso devedor não pague a parcela, instituição financeira pode entrar com medida de BUSCA E APREENSÃO do bem Vender o bem (judicial ou extrajudicialmente) Se o produto da venda extrajudicial não for suficiente para cobrar a dívida pode continuar cobrando – súmula 384, STJ – cabe ação monitória (porque o título perde a liquidez). Imóvel Pode ser com bens que o devedor já possua Súmula 28, STJ: alienação fiduciária pode recair sobre bens que já sejam de propriedade do devedor. SEGURO – artigos 757 a 802, CC Contrato de natureza aleatória 1 das partes obrigatoriamente tem que cumprir sua obrigação, a outra não necessariamente (somente se ocorrer evento pré-determinado) – contrato de risco ≠ contrato comutativo Características: Evento pré-determinado Deterioração ou perda Coisa ou pessoa Seguradora indeniza mediante recebimento de prêmio Partes: Segurado PF ou PJ Seguradora Instituição Financeira Sociedades autorizadas com essa finalidade (SUSEP – Superintendência de Seguros Privados) Obrigações: Segurado Obrigatoriamente tem que pagar o prêmio Seguradora Indenização – se ocorrer evento pré-determinado Objeto: Coisa (seguro de dano) – valor da indenização não pode ultrapassar o valor do bem assegurado (para quenão haja má-fé) Móvel Imóvel Pessoa (seguro de pessoas) – não há limites no valor da indenização Vida, parte do corpo... SE OCORRER O EVENTO PRÉ-DETERMINADO ENQUANTO ESTOU EM MORA (ATRASO NO PAGAMENTO DO PRÊMIO) – seguradora não é obrigada a indenizar – enquanto não purgar a mora não é responsável
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