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Resumo para AP2

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O pensamento Marxista
Ao contrário do liberalismo, o marxismo toma por ponto de partido o grupo social. A dinâmica das sociedades humanas volta a ser compreendida e analisada a partir das relações estabelecidas entre os seus grupos sociais, as classes sociais. O seu conceito era a luta de classes, o proletários (classe dominada) e a burguesia (classe dominante). A história volta a ser o objeto central da reflexão dos filósofos e economistas alemães.
Marx inspirou-se na dialética hegeliana, mas criticou o idealismo do pensamento de Hegel, e desenvolveu toda uma teoria econômica em contraposição à economia política inglesa. Ele criou uma nova teoria social.
A história como material de trabalho, a dialética como método e o materialismo como perspectiva de análise da história constituem a base sobre a qual se fundou o pensamento de Marx.
A história possui um motor – a luta de classes- que a conduz a certo fim e que independe da consciência dos homens.
A história não é um movimento linear em direção ao seu fim, mas se desenvolve por meio de contradições, dialéticamente.
Método de trabalho de Marx:
Materialismo dialético: quando se contrapõe a dialética hegeliana, idealista;
Materialismo histórico: quando se contrapõe corrente filosófica alternativa ao idealismo na Alemanha.
As classes fundamentais seriam aquelas diretamente ligadas ao modo de produção dominante. O conceito modo de produção resulta da combinação de dois fatores:
As forças produtivas: que são os trabalhos das pessoas e os meios de produção, as terras, os maquinários e as tecnologias utilizadas. São forças que a sociedade usa e entende como força produtiva, se não tiver terras e o trabalho das pessoas, não terá produção;
As relações de produção: que são as relações das classes, burguesia e proletariado, e como as propriedades usam essas forças produtivas para mandar e controlar o processo de produção.
Marx escreveu O capital – sua obra mais importante. Modo de produção capitalista era o modo de produção dominante no continente.
Segundo Marx, antes de existir as primeiras civilizações, a humanidade era organizada em tribos, e não existia o Estado, as propriedades e nenhuma forma de divisão social, era o comunismo primitivo. Tudo que era produzido era imediatamente consumido, todos viviam em absoluta igualdade, contudo viviam na miséria e escassez. Depois de um certo tempo, surgiu a agricultura e a divisão do trabalho, fazendo com que tivesse excedente de tudo que era produzido, porém, com isso veio a divisão do grupo social e muita desigualdade sobre o que era produzido, fazendo com que surgisse uma classe dominante, os que tinham mais terras e mais dinheiro, denominada burguesia; e uma ou mais classes dominadas, denominado proletários. Para que a burguesia não perdesse a sua dominação sobre o proletariado, surgiu o Estado. 
A classe social dominante que era responsável pelo meio de produção, e era essa classe que iria determinar como seria a distribuição das terras, de bens. Antes, cada pessoa tirava da terra o seu próprio sustento e agora não mais, pois a classe dominante que determinava essa divisão, com isso começou a luta de classes.
Segundo Marx, esse período histórico foi dividido em quatro fases de dominação, eram elas:
Modo de produção asiático: existia a divisão de classes, a classe dominante tinha funções religiosas, assim explorava os menos favorecidos (tribos e comunidades rurais), extraindo-a as suas riquezas e com isso promovendo construções de grandes obras. A servidão e escravidão não eram predominantes neste modo de produção;
Modo de produção antigo: existia a divisão de classes que eram a dos senhores e proprietários, que se denominavam proprietários de todos os fatores de produção, incluindo os homens, mulheres e crianças; os escravos; e outra de homens livres, porém sem terras e sem escravos;
Modo de produção feudal: existia a divisão de classes que eram a da nobreza, que apropriavam-se de quase tudo que os servos plantavam em suas terras e também exerciam poder sobre os servos; e a dos servos da gleba;
Modo de produção capitalista: existia a divisão de classes, a burguesia que era dominante e proprietária de todos os meios de produção, ela pagava o que queria em troca da força de trabalho dos proletariados; e os proletariados que eram as pessoas destituidas de suas propriedades, e tinham somente sua força de trabalho para se viver.
 A burguesia criou tanto poder e ficou tão rica que ela revolucionou alguns lugares, conseguindo até derrubar um regime monarquico daquela época. Algumas revoluções vieram acontecendo aos poucos, bem devagar. A burguesia, capitalista, buscava incessantemente revolucionar todas as relações sociais, buscava o aumento constante do que chamavam de mais-valia dos seus trabalhadores, não para usufruir dessas riquezas, mas para cada vez mais reinvestir em seus negócios e acumular sempre mais. Com esse aumento de máquinas nas fábricas a mão de obra dos proletariados diminuía, com isso reduzia assim seus salários, ganhando-se apenas o necessário para sobreviver. O operário começa a ficar alienado ao trabalho. 
A burguesia ira nascer e ao mesmo tempo ela mesma irá se destruir, pois dentro da burguesia existiam aqueles que tinham mais terras e dinheiro, e outros com menos. Em algum momento esses pequenos burgueses começaram a perceber que não eram nem burgueses e nem proletariados, começaram a entrar em conflitos com os burgueses superiores. Começa então a inversão de papéis, pois esses pequenos burgueses resolveram então unir forças com o proletariado para crescer politicamente. 
Para Marx, o proletariado para solucionar o problema da posição deles teriam que criar um partido que defendessem seus próprios interesses, e é esse partido que depois cria o Estado. Essa consciência política era dividida em duas partes, classe em si e classe para si. A classe em si que eram aqueles que viviam na mesma condição, econômicamente idênticas, sem muita consciência de seus interesses e sem meios para pensar, e com o passar do tempo eles começam a ter mais condições, mais consciência e ter esse apoio dos pequenos burgueses e aí sim ter uma classe para si. E a única forma seria criar um partido para também se chegar ao poder.
O papel do partido comunista seria o de organizar politicamente a classe operária, desenvolvendo a sua consciência de classe e conduzindo-a na tomada do poder. Ao tomar o poder do Estado, o proletariado deveria:
- acabar com a propriedade privada dos meios de produção;
- instituir a ditadura (ser um governo de classes e não um governo de todos) do proletariado, pondo fim à superestrutura da sociedade burguesa.
Para Marx, em uma sociedade de classes, todo governo é sempre uma ditadura da classe dominante sobre a classe dominada.
Diferença: sob o capitalismo, a sociedade viveria sob a ditadura da minoria – a burguesia-, e sob o socialismo, seria a ditadura da maioria – o proletariado. A missão histórica e libertadora dos proletariado seria acabar com as classes sociais, restabelecendo a igualdade inicial entre os homens.
Capitalismo > Socialismo > Comunismo.
O comunismo seria o estágio superior da condição humana, em que o homem viveria em uma sociedade civilizada e sem Estado. 
O capitalismo desempenhou um papel progressista na história da humanidade ao liberar o homem das condições de dominação existentes nas sociedades tradicionais. A burguesia foi revolucionária e cumpriu o seu papel histórico ao promover o desenvolvimento do capitalismo e subverter completamente a ordem das sociedades tradicionais.
Unidade 3 – Formas de governo e Regime político
Os regimes democrático-liberais da atualidade têm seu fundamento no pensamento liberal. Os regimes socialistas, têm seus fundamentos no marxismo.
Democracia e Autocracia
O grau de participação dos governados no processo de escolha dos governantes; Os regimes políticos são classificados em aberto ou fechado, democrático ou autocrático.
O grau de independência, ou de liberdade, dos governados em relaçãoaos governantes; Os regimes políticos são classificados em regimes livres e não livres, ou regimes liberais e não liberais.
Ao combinar esses dois critérios, teremos 4 tipos de regimes políticos: 
- Autocracias liberais; +liberdade escolha dos governantes - Democracias liberais; 
- Autocracias não liberais;- liberdade - Democracias não liberais.
Tipos de Autocracias
Autocracia: todos os regimes políticos fechados à influência popular na escolha dos governantes (poder para si). Essas assumiram muitas formas ao longo da história: do despotismo oriental; às monarquias absolutas européias; das repúblicas aristocráticas da Europa; às monarquias constitucionais europeias; dos regimes nazista e comunista; e às ditaduras militares. Nesses regimes a escolha dos governantes independe dos governados.
Regimes Autocráticos Totalitários
Os regimes totalitários surgiram na Europa, séc XX, para Hannah Arendt a Alemanha e a União Soviética constituem exemplos genuínos de governos totalitários, caracterizado pelo constante recurso ao terror e pela pretensão de controlar totalmente os indivíduos e a sociedade.
Os regimes totalitários são essencialmente antiliberais ao não reconhecer qualquer esfera da vida social livre de intervenção do Estado, e também as seguintes características:
Regime de partido único;
Ideologia revolucionária;
Combinação entre ideologia e terror.
Os partidos únicos se caracterizam também por serem portadores de uma ideologia revolucionária ( vontade de modificar radicalmente a sociedade existente). Para os nazistas e facistas, o racismo era um ingrediente fundamental da sua ideologia, enquanto para o comunismo era a de luta de classes. 
A ideologia nazista: a revolução da sociedade alemã se faria com a extirpação (remoção)- sobretudo de judeus e ciganos, e todos que representavam um empecilho à revolução pretendida- e com a purificação da raça superior –a ariana.
A ideologia comunista: acabar com a propriedade privada e, por meio disso, com as classes sociais exploradoras da maioria trabalhadora.
Como nos regimes totalitários, nenhuma divergência da linha ideológica adotada pelo partido único é admitida, todo crítico ou opositor do regime é considerado inimigo. A intimidação e a ameaça a quem esboçar a menor divergência são a terceira característica distintiva do totalitarismo.
Uma vez que os facistas e nazistas tomaram o poder na Itãlia e na Alemanha, os métodos de intimidação por milícias paramilitares foram substituidos pelo controle direto das polícias – SS e a GESTAPO. Na União Soviética esse papel coube a KGB, que podia chamar qualquer cidadão soviético para prestar esclarecimentos sem nenhuma garantia de que iria voltar para casa.
Entre os regimes nazifacistas e os regimes comunistas, foram apontadas 3 divergências principais:
Quanto ao recrutamento dos quadros e militantes do partido;
Quanto à relação das classes dirigentes em relação ao patido; e
Quanto aos objetivos, ideologias e práticas.
Nos partidos comunistas, a militância era recrutada pricipalmente, mas não exclusivamente, na classe operária, enquanto nos regimes nazifacistas, o partido mobilizava as massas populares.
Nzifascistas e comunistas, ambos tinha a pretensão de o Estado controlar totalmente a sociedade.
Regimes Autocráticos Autoritários
Os regimes autoritários mantêm estrito controle sobre o governo, a propriedade privada é um direito garantido a todos.
O regime chinês: sob Mao Tsé-tung a china viveu sob um regime totalitário comunista; Den Xiaoping pôs fim na Revolução Cultural e começaram lentas reformas rumo ao capitalismo. A China não só dava o direito à propriedade privada, ao investimento privado e ao enriquecimento individual, como também o estimulava.
Nenhum regime autoritário pretendeu controlar totalmente a sociedade, diferenciando-se assim do totalitarismo. O regime militar no Brasil, de 1964 a 1985, deve ser classificado como um regime autoritário (as atividades dos partidos políticos não chegou a ser suspensa).
A escolha dos governantes era autocrática, isto é, independente da expressão da vontade popular e decidida exclusivamente pelo alto escalão das forças armadas; 
Além de autocráticos, em maior ou menor medida, desrespeitavam as regras básicas do Estado de Direito.
Não foram respeitados pelo regime militar brasileiro. O próprio Estado violava os direitos fundamentais dos indivíduos ao impor censura aos meios de comunicação, prender indivíduos sem ordem judicial e praticar a tortura.
Portanto, independentemente do grau de vilência utilizado pelo Estado, as ditaduras militares do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Chile devem ser classificados como regimes autoritários.
Regimes Autocráticos Liberais
Foi nos países onde autocracias liberais se encontravam estabelecidas que surgiram as primeiras democracias do mundo contemporâneo. A implantação dos regimes liberais na Europa resultou de um longo e torturoso período de lutas contra o poder absoluto dos monarcas. As características distintivas dos regimes liberais são várias e podem ser agrupadas em 3 grupos:
Regras básicas de organização do Estado;
Império da lei: signifa que ninguém – nem o rei, nem o primeiro-ministro, nem ricos e poderosos - encontra-se acima da lei.
Divisão de poderes: se a lei é soberana, então o poder do governo deve ser submetido à lei e, portanto, limitado. O poder está distribuido em esferas de poder: Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Direitos civis;
Liberdade de expressão: nenhum indivíduo se encontra obrigado a concordar com as leis, podendo manisfestar livremente o seu pensamento e a sua discordância em relação a tudo que não lhe parecer justo ou adequado.
Liberdade de reunião: direito de promover manifestações, participar de comícios, organizar sindicatos e por fim, formar partidos políticos.
Liberdade de religião: a liberdade de religião passou a ser garantida a todos os indivíduos.
Liberdade de ir e vir: direito dos indivíduos de circular livremente pelo território.
Direito à propriedade: todo indivíduo tem direito ilimitado a propriedade, não prescreve é perpétuo.
Direitos políticos.
Direito à representação política: direito a voto limitado aos homens instrídos e proprietários de bens;
Direito das minorias: a garantia de liberdade para as minorias reunirem-se e manifestarem-se livremente é um direito central e distintivo dos regimes liberais. No século XX praticamente todas as sociedades liberais se tornaram democráticas, dando origem ao termo sociedades liberais democráticas.
Tipos de Democracias
Democracia representativa: o povo participa das decisões do governo indiretamente, isto é, por meio de seus representantes eleitos. Atualmente. O método típico de eleição é o eleitoral.
Democracia direta: o povo exercia o seu poder diretamente e sem intermediários ou representantes, votando em praça pública as questões do Estado. Antiguidade. O método democrático era o sorteio, para se conseguir indíduos para exercerem algumas funções administrativas do Estado que não exigia conhecimentos ou habilidades.
Joseph Schumpeter entende como um procedimento por meio do qual as diversas elites de uma sociedade disputam o voto popular, com o objetivo de exercer as funções de governo. Também conhecida como teoria elitista da democracia.
O regime da Primeira República do Brasil (1891-1930) não pode ser considerada como um regime democrático, pois as eleições não eram livres nem justas.
O regime democrático é aquele por meio do qual todos os cidadãos participam em igualdade de condições de eleições periódicas, livres e justas para a escolha de seus governantes.
O cientista político americano Samuel Huntington, descreveu o surgimento da democracia moderna no mundo como um movimento de ondas. 
A primeira onda ocorreu na virada do século XIX para o XX, quando os regimes liberais existentes na Europa e Estados Unidos tornaram-se democráticos, dando origem aos regimes liberais democráticos. Depois houve um refluxo da democracia no mundo.A segunda onda ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. O Brasil teve a sua primeira experiência democrática (1946-1964), porém novamente veio um refluxo, e várias das democrácias deram lugar a regimes autoritários ( em praticamente toda a América Latina).
A terceira onda teve início nos anos de 1970, quando os últimos regimes autoritários da Europa Ocidental foram substítuidos por democracias. 
Se até a segunda onda democrática o mundo só havia conhecido regimes democráticos liberais, a partir da terceira onda, o mundo passaria a conhecer um novo tipo de regime democrático: as democracias não liberais.
Regimes Democráticos Liberais
Democrácias liberais são aqueles regimes em que o governo resulta da escolha da maioria por meio de eleições periódicas, livres e justas e que, ao mesmo tempo, conservam todas as características dos regimes liberais quanto às regras básicas de organização do Estado e os direitos civis e políticos dos seus cidadãos.
Segundo Schumpeter, sua concepção de democracia é mais realista do que aquela que a define como –governo do povo-. 
Dahl reservou a palavra democracia para designar o sistema político ideal, e criou o termo poliarquia para designar os sistemas políticos abertos à influência popular existentes no mundo real. 
Ambos concordam que uma série de procedimentos adotados nos regimes liberais democráticos são centrais e essenciais para considerá-los democracia. A diferença é que Schumpeter põe em destaque o caráter elitista da competição eleitoral, enquanto Dahl põe em relevo o caráter pluralista do exercício do poder.
Duas principais formas de organização do governo:
Presidencialismo e parlamentarismo
Não confundir governo forte com governo de força; governos fortes são aqueles que têm capacidade governativa, e governo de força são os que se utilizam da força física para governar.
No presidencialismo, os mandatos do presidente e dos parlamentares são fixos e não há a possibilidade de um Poder intervir na duração do mandato do outro. Por isso, podemos dizer que sob o presidencialismo existe uma separação rígida entre Executivo e Legislativo. Nem o presidente tem o poder de dissolver o parlamento e convocar novas eleições, nem o parlamento pode destituir o presidente do seu cargo, exceto no caso extremo de impeachment por crime de responsabilidade.
Sob o parlamentarismo, nem o governo, nem os parlamentares têm mandatos rigidamente definidos. Não há limite temporal para um primeiro-ministro exercer o governo, como costuma haver nos regimes presidenciais, já os parlamentares têm um mandato com duração máxima estipulada. Sob o parlamentarismo a separação entre os Poderes Executivo e Legislativo é flexível.
Regimes Democráticos Não Liberais
Fareed Zakaria ´´[...] a democracia encontra-se em desenvolvimento no mundo, mas o liberalismo não.``
O que as caracteriza como democracias é a forma de constituição dos governos, isto é, pelo voto popular, em eleições periódicas, livres e justas. E o que as diferencia das democracias liberais democráticas é a ausência de uma, ou de várias das características dos regimes liberais, cabe destacar a separação de poderes.
Unidade 4 – Representação e Sistemas Partidários
Representação Política
Coelho também cita algumas evidências de democracia no Brasil, sendo elas: o sufrágio universal, onde todo e qualquer cidadão tem direito a voto e direito também de ser eleito; o sufrágio igual, onde o voto de todo eleitor tem peso igual; e o sufrágio secreto, onde é garantido ao eleitor o sigilo de seu voto, permitindo assim que cada eleitor expressasse a sua própria vontade. Em 1932 ocorreu a extensão do sufrágio às mulheres, e em 1988 ocorreu a inclusão dos analfabetos no sistema eleitoral.
O Sistema de Representação Majoritário
O Brasil constitui uma única circunscrição eleitoral, isto é, os candidatos a presidente se submetem ao sufrágio (voto) de todos os brasileiros. Já nos EUA as eleições presidenciais, são indiretas, pois os eleitores não elegem diretamente o presidente, mas representantes que irão votar em um determinado candidato no colégio eleitoral.
O Sistema de Representação Proporcional
No Brasil é empregado o sistema de representação proporcional de lista aberta, e isso faz com que os candidatos tenham que competir entre si para ocupar uma cadeira no parlamento, Coelho (2010) ressalta que o nosso sistema tem distorções, pois, nos mostra a lista de todos os candidatos, porém não mostra claramente ao eleitor o candidato que ele esta elegendo, pois nem sempre o candidato que tem o maior número de votos é eleito.
O sistema de lista fechada fortalece os partidos como instâncias decisórias e torna previsível a composição da bancada a ser eleita. De acordo com Robert Michels, os partidos políticos são regidos pela ´´lei de ferro das oligarquias``, sob o sistema proporcional de lista fechada, o controle da burocrácia partidária sobre os partidos, torna-se ainda maior.
Ambos têm o defeito comum, custam caro. 
O Sistema de Representação Majoritária na Composição dos Parlamentos
A diferença básica entre o sistema proporcional e o sistema majoritário aplicados às eleições para os parlamentos consiste no seguinte: sob o sistema proporcional vigente no Brasil, os cerca de 27 milhões de eleitores do Estado de São Paulo têm de escolher os seus candidatos a deputado federal dentre as centenas de nomes das listas, para ocupar 70 cadeiras. Pelo sistema majoritário, o Estado de São Paulo seria dividido em 70 circunscrições eleitorais com número de eleitores equivalente e, em cada uma delas, os partidos ou coligações de partidos, apresentariam aos eleitores apenas um candidato.
A grande vantagem desse sistema é, sem dúvida, a governabilidade. O sistema majoritário garante ao governo um amplo apoio parlamentar para governar, contrariamente do sistema proporcional, em que, raramente, o governo escolhido nas urnas dispõe de maioria parlamentar.
A esse sistema de articulação pós-eleitoral entre Executivo e Legislativo, o cientista político brasileiro, Sérgio Abranches, deu o nome de presidencialismo de coalisão, indicando que o governo é exercido pelo Presidente da República, mas a sua governabilidade está ancorada a uma ampla coalisão de partidos formada após as eleições.
Por todos esses prós e contras que apresentam os diferentes sistemas eleitorais – proporcional de lista aberta e de lista fechada; e marjoritário de um turno único e de dois turnos – é qe tanto se discute (e nunca se faz) uma reforma política no Brasil, isto é, uma reforma do sistema eleitoral.
Os Sistemas de Partidos
No Brasil o sistema partidário é multipartidário, pois três ou mais partidos podem disputar as eleições. Os partidos brasileiros não tem um foco político legal. A vida política se organiza em dois polos, o centro-esquerda e o centro-direita.
Escrutínio majoritário de turno único tende a um sistema dualista, com alternância de grandes partidos independentes;
Escrutínio majoritário de dois turnos tende a um sistema de partidos múltiplos, flexíveis, dependentes e relativamente estáveis (em todos os casos);
Representação proporcional tende a um sistema de partidos múltiplos, rígidos, independentes e estáveis (salvo o caso de movimentos passionais).

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