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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL História e Sistemas da Psicologia Marcele Schreiner Tonet Hanna Kemel Brum ANÁLISE DO FILME: CRIAÇÃO Cachoeira do Sul - RS 2017 INTRODUÇÃO O presente trabalho leva em consideração o filme “Criação”, de 2015, produzido por Jeremy Thomas, exibido na aula de Histórias e Sistemas da Psicologia, dia 30 de março de 2017, na ULBRA Cachoeira do Sul. O filme relata a história de Charles Darwin, autor do revolucionário livro “A origem das espécies”, descrevendo os conflitos pelos quais ele passou, dividido entre suas convicções científicas e o medo de confrontar o cristianismo com sua teoria. DESENVOLVIMENTO Abordando os interesses de Darwin sobre o evolucionismo desde o princípio, o filme mostra todo o caminho percorrido por ele até a publicação de seu livro. Charles não parecia tão promissor na sua infância, tanto que seu próprio pai pensava que ele poderia manchar o nome da família. A famosa excursão HMS Beagle, da qual Darwin participou por cerca de 5 anos, fez com que ele voltasse à Inglaterra com o intuito de desenvolver a teoria da evolução. Após Charles começar a desenvolver sua teoria, começou a apresentar vários sintomas que aparentemente eram de fundo neurótico, como vômitos, erupções na pele, tonturas, gases, depressão. Começou a afastar-se de sua esposa e seus filhos, a fim de se concentrar em desenvolver sua teoria. Pode-se perceber no filme o quanto Darwin sofreu em todo o desenvolvimento de seu livro, em grande parte pela ideia da evolução ser condenada por autoridades religiosas, que eram muito conservadoras naquela época. Quando sua filha Anne, de 10 anos de idade acaba falecendo por conta de uma febre, Charles têm seus sintomas intensificados e se sente culpado pela morte da menina, por estar “enfrentando Deus”. Vinte e dois anos foram esperados para que Darwin apresentasse publicamente suas ideias; em 1842 fez um ensaio que chegou a 200 páginas, mas ainda acreditava que faltava muita coisa. Elaborou seu trabalho e suas ideias por mais 15 anos, até receber uma carta de Alfred Russel Wallace, um naturalista que também estava escrevendo sobre uma teoria da evolução, alegando ainda que havia a completado em apenas três dias. Charles terminou seu livro e no dia de sua publicação, todas as 1250 cópias da primeira edição foram vendidas. DISCUSSÃO Outros trabalhos de Darwin também colaboraram para os futuros estudos da evolução, como “A ascendência do homem” (1872), que enfatizava a semelhança nos processos mentais humanos e animais. “O esboço biográfico de uma criança pequena” (1877), que era um diário sobre seu filho, relatando que as crianças passam por estágios de desenvolvimento, também contribuiu para a literatura psicológica infantil. O enfoque na descrição das diferenças individuais; a ênfase nas funções e não na estrutura da consciência; o novo enfoque na psicologia animal; a aceitação de dados e da metodologia de diversas áreas também foram fatores que acabaram influenciando a psicologia contemporânea. Atualmente, tem-se o conhecimento de que vários outros naturalistas conseguiram concluir seus trabalhos com base na teoria de Darwin, outra prova de como seu trabalho foi importante. Francis Galton, primo de Charles, é um exemplo, tendo como importante para a psicologia seu livro “O gênio hereditário” (1869). Ele afirmava que só a influência ambiental não era suficiente, que “um homem notável teria filhos notáveis”. Galton queria aperfeiçoar as qualidades da raça, para ele, os humanos também poderiam ter suas características melhoradas a partir da seleção artificial, assim como os animais. Assim, seus trabalhos tiveram grande influência na psicologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS Um ótimo filme, claro no objetivo de contar a história de um homem que foi muito importante para a nossa história e que contribuiu com diversas áreas do conhecimento, Charles Darwin. Interessante perceber e reconhecer que até mesmo um dos maiores gênios já conhecidos também sofria, também era “humano”, como todos são. Além de mostrar toda a contribuição que ele teve para com o conhecimento da evolução. Um filme de ótima escolha, sendo claro no seu objetivo. 5. REFERÊNCIAS Amiel, J. (Diretor). (2009). Criação. SCHULTZ, D. P.; SHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo: Cultrix, 2004.
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