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Encontro 1 A Importância da Exportação para as Empresas Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 10 ENCONTRO 1 – A Importância da Exportação para as Empresas TÓPICO 1: Contextualizando o encontro Olá! Você está iniciando o primeiro encontro do curso “Planejamento para Exportar”. O Prof. Marcos Assis estará com você durante todos os encontros. Neste encontro, veremos a importância da exportação para as empresas. Antes de continuarmos, observe as seguintes orientações: • Sempre que tiver dúvidas, procure o tutor pela ferramenta tira-dúvidas. • Interaja com seu tutor e seus colegas de turma por meio do fórum. Competências a serem desenvolvidas • Entender a importância de exportar, identificando suas principais vantagens. • Compreender a participação do Brasil no cenário do comércio mundial e o papel das Micro e Pequenas Empresas - MPE nesse mercado. • Promover a empresa utilizando ferramentas adequadas, como o marketing. • Buscar parcerias com órgãos governamentais para promoção dos produtos e para superação das eventuais barreiras ao livre comércio. • Refletir que a exportação não é a “tábua de salvação” para todos os males do mercado interno. • Predispor-se a se preparar para o mercado internacional, por meio de capacitação. • Tomar consciência em não desistir diante dos obstáculos. Pronto para começar? Este é um terreno especial e muito fascinante! Você vai gostar! Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 11 Reflexão Agora pense! Você está seguro de sua resposta? Respondeu com facilidade? TÓPICO 3: Encontro de amigos Lembra-se do grupo de amigos? Eles também estão aqui... TÓPICO 2: Desafio do encontro No início de cada encontro, você é convidado a realizar um desafio para que possa verificar até que ponto você domina o conteúdo a ser estudado. Vamos ao desafio! Desafio do encontro 1) A quem poderíamos recorrer, no Brasil, para denunciar barreiras impostas por outros países aos nossos produtos? 2) Qual o órgão governamental que dá suporte na preparação da empresa para enfrentar as barreiras técnicas impostas por outros países? Caso sua resposta às perguntas tenha sido “não” ou “fiquei em dúvida”, certamente este encontro vai ser importante para você! Aproveite! Comunique-se pelo tira-dúvidas quando precisar. Bom estudo! Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 12 TÓPICO 4: Evolução do comércio internacional Rodolfo: Olá, pessoal! Não tinha visto vocês na apresentação do curso. Que bom vê-los aqui! Então, vocês resolveram fazer o curso? Renato: Oi, Rodolfo, após nossa conversa no café, Cecílio, eu e a Flávia pensamos e decidimos que o curso será muito importante para nós. Flávia: É mesmo. Eu gostaria muito de exportar minhas confecções. Por isso, preciso me interar mais sobre esse assunto Rodolfo: Com certeza, Flávia! E o Cecílio? Renato: Ele também veio, deve estar lá atrás. Flávia: Psiu! O encontro vai começar... Você sabia que o Comércio surgiu como necessidade de desenvolvimento social e econômico da civilização? Isso mesmo, pelo escambo de mercadorias. Posteriormente, foi unificada a moeda de troca ao longo dos tempos, tendo a humanidade estabelecido diversas moedas para suas trocas, sempre de acordo com o valor mais raro no momento: sal, ouro e, finalmente, as moedas. Veja bem, da simples troca de bens para a satisfação das necessidades individuais ou grupais, o comércio extrapolou os limites dos países, internacionalizando-se e tornando-se cada vez mais complexo. Olá, pessoal! Vamos falar um pouco de História. Dêem uma olhada neste material que deixei para vocês lerem. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 13 A expansão do capitalismo resultou no crescimento do comércio internacional, o que intensificou as relações entre os mais variados países. Isso tornou a economia cada vez mais competitiva e globalizada, provocando grandes mudanças na organização produtiva mundial. Concluindo, podemos dizer que essa evolução se deu também nas regras e normatizações (interna e externa), nas obrigações e direitos, tornando a linguagem de comércio internacional universal. Lembre-se de que você pode utilizar a ferramenta bloco de notas para fazer seus registros. Para acessar, utilize o menu meu espaço. Então, gostaram da leitura? Tenho uma pergunta para vocês pensarem antes de continuarmos! Com esta evolução, o que acontecerá com os países que se isolarem? Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 14 TÓPICO 5: O Fenômeno da Globalização Professor Marcos: Bem, vocês devem ter concluído que nessa evolução, isoladamente, os países dificilmente conseguem atingir os mesmos níveis globais de eficiência e crescimento a que teriam acesso pela sua participação nos fluxos internacionais de trocas. Renato: Professor, ultimamente tem-se falado muito em globalização! Poderia deixar mais claro qual o significado? Professor Marcos: Alguém do grupo gostaria de responder ao Renato? Rodolfo: Eu posso explicar. Entendo que Globalização é o intercâmbio econômico e cultural entre diversos países. Isso acontece devido à informatização, ao desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte, à ação de empresas transnacionais e à pressão política pelo fim das medidas protecionistas. Professor Marcos: Perfeito! Este conceito está bem claro no dicionário Houaiss e é bem aceito! O mundo vive, hoje, um processo de integração da economia global, tendo como principais objetivos a busca da redução de custos e o aumento na escala de produção. O fenômeno da globalização é impulsionado pelo desenvolvimento da tecnologia da informação, que facilitou o acesso ao conhecimento e a comunicação. H u m . . . A g o r a e s t o u c o m p r e e n d e n d o ! U m bem, produto ou serviço, independente de sua origem de produção ou procedência, pode ser ofertado para consumo ou uso em qualquer parte do planeta. Isso mesmo, Renato, uma vez que os mercados estão integrados em nível mundial. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 15 E então? Está gostando do encontro com o professor Marcos? Parece que o grupo está começando a esquentar! TÓPICO 6: Esclarecimentos do professor Marcos No intervalo, enquanto nossos amigos tomam um cafezinho, Rodolfo conversa com o prof. Marcos... Puxa, professor, como há questões que envolvem fortes motivações e induzem às trocas internacionais, desde a sobrevivência de uma nação até a satisfação de necessidades menos vitais. Isso mesmo, Rodolfo, e as principais motivações resultam de quatro fatores. Veja quais são: Podemos concuir, então, que a especialização também existe entre as nações e que os conceitos, surgidos na busca do atendimento das necessidades, originaram o comércio internacional. Isso mesmo, definindo-se este comércio como o conjunto de trocas de bens e serviços. Obrigado, Professor. De nada. Vamos ao encontro? Desigualdade na ocorrência das principais jazidas minerais. Diferenças de solo e de clima. Diferença das disponibilidades de capital e trabalho. Diferença dos estágios de desenvolvimento tecnológico. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 16 TÓPICO 7: Interesses no comércio internacional Então, quem são os principais interessados no comércio internacional e quais são seus objetivos? No entorno deste processo, observamos que isto pode significar melhor distribuição de renda, redução das desigualdades sociais e até a redução da fome. Bastandopara isso que a política adotada pelo país seja focada na inclusão de todos os segmentos sociais. Importante O comércio internacional tem sido a principal força de crescimento em muitos países em desenvolvimento, como o México e a China. Por outro lado, a necessidade de crescimento das empresas tem levado à diversificação de mercados, por meio da busca de novos clientes e entrada no mercado externo. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 17 Reflexão Se os interesses do país e das empresas forem convergentes, os esforços despendidos representarão vantagens para todos, pois estarão visando um ponto comum que é o desenvolvimento socioeconômico. TÓPICO 8: Importância da exportação Vou colocar uma questão para ouvir a opinião de vocês: Será que a exportação assume grande relevância para a empresa? Hum... Não sei. Como as empresas brasileiras podem concorrer com empresas de outros países no mercado externo? Cecílio, nesse ambiente tão competitivo, acho que as empresas brasileiras têm que investir em capacitação para enfrentar a concorrência estrangeira, tanto no Brasil, quanto no exterior. Certo, Prof. Marcos? Acredito que sim, professor. Por ser o caminho mais eficaz para garantir o seu futuro em um ambiente cada vez mais competitivo. Exatamente, Rodolfo! Pessoal, esta temática termina aqui. Bom descanso e aproveitem para refletir sobre a seguinte afirmativa: Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 18 Como exemplo, podemos citar a empresa gaúcha Marcopolo, uma das principais produtoras mundiais de carrocerias de ônibus. Esta empresa, quando exportava para a Índia, esbarrava nos custos de transporte e imposto de importação para o ônibus, que era enviado já montado, e em problemas com assistência técnica de pós-venda. A direção da Marcopolo descobriu que, caso o ônibus fosse exportado com a carroceria desmontada e a montagem fosse realizada no local, os custos se reduziriam significativamente. Dessa forma, como a Marcopolo já mantinha cerca de seis executivos naquele país para dar suporte ao importador, passou a dispor de cerca de 50 funcionários, realizando as tarefas de recrutar e treinar engenheiros locais, ensinando e transmitindo tecnologia do produto e do processo, inspecionando qualidade, controlando software de gestão, bem como desenvolvendo fornecedores locais. Algum tempo depois, entendendo que a exportação não lhe permitiria obter uma parcela significativa daquele mercado, a Marcopolo fez um grande investimento direto na Índia, por meio de uma operação de joint venture (associação societária) com um dos maiores grupos locais, a Tata Motors, que já era a maior fabricante de chassis para ônibus da Índia. As duas empresas uniram suas competências para criar uma das maiores operações de montagem de ônibus no mundo. A Marcopolo continua a exportar peças e componentes fabricados no Brasil para aquele país e aumentou significativamente sua participação no mercado mundial. Veja, para o Brasil, a atividade exportadora tem também importância estratégica, pois contribui para a geração de renda e emprego, para a entrada das divisas necessárias ao equilíbrio das contas externas e para a promoção do desenvolvimento econômico. TÓPICO 9: Motivos para exportar Pessoal! Para as empresas, são diversas as razões que levam à busca do mercado internacional, mas devemos lembrar que esta decisão tem de ter caráter permanente. Caráter permanente? Como assim, professor? Veja, Flávia, de forma não eventual, pois é corriqueiro observarmos empresas que procuram saída para seus problemas internos (falta de cliente, desaquecimento do mercado, inadimplência etc.) no mercado externo. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 19 Dica O comércio exterior não é salvação e muito menos solução para os problemas de sua empresa. Dentre as principais vantagens, para exportar, temos as seguintes: Maior produtividade Exportar implica aumento da escala de produção, que pode ser obtida pela utilização da capacidade ociosa da empresa e/ou pelo aperfeiçoamento dos seus processos produtivos; a empresa poderá, assim, diminuir o custo de seus produtos, tornando-os mais competitivos, e aumentar sua margem de lucro. Diminuição da carga tributária A empresa pode compensar o recolhimento dos impostos internos, via exportação: a) Os produtos exportados não sofrem a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). b) O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tampouco incide sobre as operações de exportação de produtos industrializados, produtos semi elaborados elaborados, produtos primários ou prestação de serviço. c) Na determinação da base de cálculo da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) são excluídas as receitas decorrentes da exportação. d) As receitas decorrentes da exportação são também isentas da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). e) O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado às operações de câmbio vinculadas à exportação de bens e serviços tem alíquota zero. Redução da dependência das vendas internas A diversificação de mercados (interno e externo) proporciona à empresa maior segurança contra as oscilações dos níveis da demanda interna. Aperfeiçoamento dos processos industriais e comerciais Melhoria na qualidade e apresentação do produto. Elaboração de contratos mais precisos, novos processos gerenciais etc. A empresa adquire melhores condições de competição interna e externa. Imagem da empresa O caráter de “empresa exportadora” é uma referência importante nos contatos da empresa no Brasil e no exterior; a imagem da empresa fica associada a mercados externos, em geral mais exigentes, com reflexos positivos para os seus clientes e fornecedores. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 20 TÓPICO 10: Quando não exportar Você viu as vantagens que a atividade exportadora oferece. Agora reflita... Em que situações você não deveria iniciar a exportação? Agora, observe se você registrou alguma das situações a seguir: • Queda das vendas no mercado doméstico? • Capacidade produtiva ociosa? • Novos subsídios às exportações? • Forte desvalorização cambial? Estas são motivações erradas para você exportar. Se você resolve exportar simplesmente porque está tendo problemas no mercado interno, sem estar preparado para atuar no mercado internacional, seus problemas ficarão ainda maiores! Lembre-se disso! Dica Diante deste contexto, é importante que sua empresa não se aventure no mercado internacional. Ela deve primeiramente desenvolver uma cultura exportadora, adotando esta postura de forma estratégica, e consequentemente, estará adquirindo vantagem sobre seus concorrentes no mercado doméstico, ganhando status, competitividade e maior lucratividade. É preciso também que a empresa desenvolva um planejamento para exportar e que realize as adequações necessárias em sua estrutura, recursos, produtos etc., de modo a estar preparada para a entrada no mercado internacional. TÓPICO 11: Natureza das exportações brasileiras As exportações brasileiras têm-se diversificado bastante, apesar de o país continuar a ser um grande exportador de produtos agrícolas e minérios. Quem quer ler esse texto? Rodolfo se prontificou a ler. O comércio internacional sempre foi fundamental para o desenvolvimento da atividade econômica do país. Inicialmente, a economia brasileira se baseava no modelo primário-exportador:apoiou-se no pau-brasil, depois na cana-de-açucar, na borracha, no café, etc. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 21 Nos últimos 40 anos, porém, com a crescente industrialização do País, as exportações brasileiras passaram a incorporar uma parcela crescente de produtos manufaturados e serviços. É verdade que, em muitos casos, trata-se de produtos ainda nas primeiras fases de industrialização, entretanto, em outros, exporta-se tecnologia de ponta, como os aviões, automóveis, software, etc. A partir do início da década de 90, o Brasil adotou uma política de abertura comercial, com o propósito de exportar economia nacional à competição internacional e, assim, forçar o aprimoramento da qualidade dos produtos e o aumento da produtividade da economia de um modo geral. TÓPICO 12: Participação do Brasil nas exportações mundiais Está comprovado que os grandes países exportadores importam maciçamente carregando, até mesmo, grandes déficits (resultado de uma conta em que as despesas são sempre maiores que as receitas) em suas balanças comerciais (conta que registra dinamicamente as importações e exportações de um país). *Superávit: Resultado de uma conta que significa uma receita maior que as despesas. Para melhor compreensão, veja o gráfico a seguir. A importação, por si só, não é um mal, embora para um país como o Brasil, dependente de financiamentos externos, seja de grande importância obter superávit como os verificados nos últimos anos. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 22 Participação Percentual do Brasil nas Exportações Mundiais (1950 a 2008) Como você pode observar neste gráfico, a participação do Brasil nas exportações mundiais tem oscilado em torno de 1% nas últimas décadas. Em 2008, representou apenas 1,2% do total negociado, ao passo que outras nações, como a China, cresceram bastante em participação. Participação percentual Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 23 Balança Comercial Brasileira - 1950 a 2007 - US$ bilhões FOB Fonte: MDIC/SECEX As empresas devem utilizar as importações com o intuito de renovar seu parque industrial, adquirindo novas tecnologias, criando assim um maior grau de competitividade para enfrentar os concorrentes, tanto no mercado interno como no mercado externo. Dessa forma, você deve ter concluído que comércio exterior é, então, uma via de duas mãos, ou seja, para exportar é necessário também importar. TÓPICO 13: Balança comercial brasileira Perceba que o nosso saldo comercial nesses 50 anos foi mais deficitário do que superavitário. Dessa forma, ficava mais difícil o governo federal, não só honrar seus compromissos junto a credores externos, como também ficava exposto às crises globais, tendo que recorrer sistematicamente a outras fontes de financiamento externo (FMI principalmente). A partir de 2002, voltamos a apresentar resultados positivos na balança comercial, equacionamos praticamente a dívida externa, tanto que os fundamentos da economia nos levaram ao *grau de investimento, sinalizando que mesmo tendo muitas coisas a serem ainda realizadas, estamos no caminho certo. *Grau de Investimento é uma classificação dada a um país a partir de uma avaliação concedida pelas principais agências de notas de crédito, como a Fitch Ratings, a Moody’s e a Standard & Poor’s. Grosso modo, um país com grau de investimento teria mais chances de honrar seus compromissos financeiros do que outro que não tenha grau de investimento. Vários fatores são levados em conta pelas agências na avaliação dos países, como as reservas internacionais, a dívida governamental, a liberdade de imprensa e a distribuição de renda. 170 150 130 110 90 70 50 30 10 -10 -30 19 50 19 53 19 56 19 59 19 62 19 65 19 68 19 71 19 74 19 77 19 80 19 86 19 83 19 89 19 92 19 95 19 98 20 01 20 04 20 07 U S$ b ilh õe s FO B Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 24 Este gráfico mostra como cresceram as exportações mundiais nas últimas décadas. Apesar de o Brasil ter alcançado a histórica marca de exportação de mais de US$ 100 bilhões, sua participação no cenário internacional não mudou muito, ou seja, isso não foi suficiente para colocá-lo entre os principais players do comércio mundial. Fonte: MDIC/SECEX TÓPICO 14: Evolução das exportações mundiais Veja a evolução das exportações mundiais entre 1950 a 2007, no gráfico a seguir. Evolução das Exportações Mundiais - 1950 a 2007 O ritmo de crescimento das exportações mundiais foi bastante acelerado, fruto do processo de globalização da economia mundial. Mas, infelizmente, a participação do Brasil não acompanhou esse crescimento. O valor atual, de US$ 100 bilhões, ainda é pouco para um país com toda a riqueza e o potencial do Brasil. 19 50 19 53 19 56 19 59 19 62 19 65 19 68 19 71 19 74 19 77 19 80 19 86 19 83 19 89 19 92 19 95 19 98 20 01 20 04 20 07 14.000 13.000 12.000 11.000 10.000 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 2.000 3.000 1.000 0 US $ bi lh õe s FO B Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 25 TÓPICO 15: O que é necessário fazer Então, você deve estar se perguntando: O que falta para o Brasil ficar entre os principais players do comércio mundial? *Custo Brasil: Denominação genérica dada a uma série de custos de produção, ou despesas incidentes sobre a produção, que tornam difícil ou desvantajoso para o exportador brasileiro colocar seus produtos no mercado inter- nacional, ou então, torna inviável ao produtor nacional competir com os produtos importados. Importante A meta estabelecida pelo governo federal é de as exportações brasileiras alcançarem 1,25% das vendas mundiais em 2010, perfazendo um total de US$ 210 bilhões, o que incluirá o Brasil entre os 20 maiores exportadores. Segundo relatório anual das estatísticas da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil subiu uma posição no ranking mundial de exportadores – de 24º para 23º –, e foi responsável por 1,2% das vendas globais no ano de 2007. O órgão apontou que as exportações mundiais tiveram crescimento médio de 15% em 2007 em comparação a 2006, e de 16% em 2008 em relação a 2007. Já o ano de 2009 foi um ano atípico, devido à recessão econômica mundial. O crescimento das exportações brasileiras de 17% em 2007 ficou acima da média mundial de 15%. O mesmo ocorreu em 2008, com as exportações brasileiras crescendo 23%, comparativamente à média mundial de 16%. Ou seja, o Brasil está ganhando terreno. Vejam, esse é o grande desafio não só para o governo brasileiro, mas também para as empresas. Observem... TÓPICO 16: O que é necessário fazer O governo precisa melhorar a infra-estrutura, a logística principalmente, reduzir os impostos ainda incidentes na cadeia produtiva, melhorar os procedimentos visando a desburocratizar os trâmites das operações de exportação, consequentemente o Custo Brasil. Vejam, esse é o grande desafio não só para o governo brasileiro, mas também para as empresas. Observem... Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 26 A seguir leia sobre as Micro e Pequenas Empresas no comércio internacional, vamos lá! TÓPICO 18: Encontro no café Cecílio: Olá, meus amigos! E então, estão gostando do curso? Renato: Com certeza, Cecílio, está além das minhas expectativas, não é mesmo Flávia? Flávia: Isso mesmo, Renato. Estoucada vez mais convencida a exportar os meus produtos. E você, Cecílio, já mudou sua opinião? Cecílio: Veja bem, Flávia, ainda estou com muitas dúvidas. Como por exemplo: e como ficam as micro e pequenas empresas no comércio internacional? Rodolfo: Olá! Ouvi alguém tocar na questão das micro e pequenas empresas? Este é o tema que veremos no encontro de hoje. Renato: Falando nisso, vamos que já estamos atrasados! TÓPICO 17: Fórum Discussão no Fórum E quanto às empresas, o que você acha que deve ser feito para exportar? Esta questão deixada pelo professor Marcos é nosso tema de Fórum. Vá até lá e coloque sua opinião. Participe! Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 27 TÓPICO 19: As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no comércio internacional De um universo de cerca de 4 milhões de empresas formalmente registradas no país, a pesquisa “As Micro e Pequenas Empresas na Exportação Brasileira - Brasil e seus Estados - 1998 - 2006”, encomendada pelo Sebrae e realizada com base em dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), por meio da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), revela que, em 2006, 12.998 MPEs comercializaram no exterior. A participação dessas empresas no valor total das exportações brasileiras caiu continuamente nos últimos anos. Após atingir um pico de 2,3% em 1999, elas passaram a representar apenas 1,4% em 2006. Além disso, há uma concentração muito grande da pauta de exportações, pois poucos produtos respondem por mais de 50% das vendas externas. E apenas 40 grandes empresas brasileiras (inclusive multinacionais) respondem por parcela preponderante das exportações, estando localizadas no eixo Sul / Sudeste do território brasileiro. Nos últimos anos, foram constituídas muitas microempresas no Brasil e, embora sua participação seja pouco significativa no comércio exterior brasileiro, elas representam um segmento importante de nossa economia, atuando nos mais diversos setores produtivos, assim como são as maiores fontes de emprego do país. Pessoal, vamos iniciar nosso encontro com a leitura do seguinte material: Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 28 TÓPICO 20: Participação das MPEs nas exportações brasileiras Reforçando essas informações do Prof. Marcos e Rodolfo, veja o que o professor tem a dizer sobre o gráfico a seguir: Estive lendo que mesmo com todas as dificuldades, as MPEs têm conseguido aumentar suas exportações nos últimos anos? Isso mesmo, Rodolfo. Graças à atuação da Apex, do Sebrae e de outros órgãos governamentais e privados, há hoje maior apoio ao desenvolvimento das exportações das MPEs do que havia no passado. E os micro e pequenos empresários estão se conscientizando das vantagens de exportar. Mas, apesar disso, ainda há muito a fazer... Então, o que acharam do texto? Tenho uma pergunta para vocês pensarem antes de continuarmos! Vimos que a participação das MPEs ainda é pequena. O que vocês pensam a esse respeito e por que a maior concentração de exportadores está no eixo Sul/Sudeste? Lembre-se de que você pode utilizar a ferramenta bloco de notas para fazer seus registros. Para acessar, utilize o menu meu espaço. Veja no gráfico a seguir a evolução das exportações das micro e pequenas empresas brasileiras. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 29 Em US$ milhões O gráfico mostra que as exportações das MPEs têm crescido em valor ao longo dos últimos anos. Para saber mais sobre as exportações das micro e pequenas empresas, leia algumas informações sobre o estudo do Sebrae “Desempenho Exportador das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras” de 2007, nos Anexos 1 e 2. Caso queira consultar o estudo completo, acesse: http://www.sebrae.com.br/customizado/estudos-e-pesquisas/ boletim_mpe_brasil08.pdf Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 30 TÓPICO 21: Atuação de entidades de governo e privadas no apoio às exportações de MPEs Diversas entidades de governo e privadas vêm oferecendo apoio ao desenvolvimento das exportações das MPEs. Leia a seguir dois textos que o Prof. Marcos deixou. Texto 1: Empresas precisam se preparar para competir no mercado interno e externo A globalização é uma realidade e o Brasil é um mercado altamente atrativo para o mercado internacional. O País tem, por exemplo, a 5ª maior população do mundo, é o 8º país em termos de Produto Interno Bruto (PIB), as instituições financeiras são sólidas, o risco Brasil é baixo e, mesmo com os reflexos da crise financeira mundial, o País continuou crescendo. Essa realidade deixa as empresas sem poder escolher se querem ou não competir com as empresas estrangeiras, pois mesmo que elas não queriam exportar, essa competição se dá dentro do próprio País. E elas precisam estar preparadas tanto para enfrentar essa concorrência quanto para aproveitar as oportunidades trazidas pela globalização. Por isso é importante a internacionalização das empresas. A avaliação é da gerente da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae, Wang Ching, apresentada no encontro nacional de gerentes e coordenadores da área de acesso a mercados do Sebrae. “A internacionalização das empresas busca a competitividade do segmento preparando-as para competir por mercados internacionais e dentro do País com concorrentes internacionais, e também para aproveitar oportunidades globais como aprendizado, de inovação, de novos fornecedores e compradores”, resumiu. Com este objetivo o Sebrae, junto com parceiros, desenvolve o Programa de Internacionalização das Micro e Pequenas Empresas. Entre os objetivos estão o aumento do número de empresas exportadoras no segmento e a elevação do volume e da qualidade das suas exportações. A meta é atender a 5,2 mil empresas até o final de 2010 e inserir 1,1 mil empresas no mercado internacional. As ações com esse fim incluem o auto-diagnóstico, que é um questionário feito on-line e que visa ajudar os empresários a entender o estágio em que a sua empresa está no processo de internacionalização e que é a primeira fase do processo de atendimento. As ações incluem atendimento on-line e presencial, consultoria, plano de internacionalização das empresas, missões empresariais e iniciativas de promoção comercial, além de eventos como o circuito Encontro de Comércio Exterior (Encomex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e a Comércio Exterior (MDIC); e a jornada de comércio exterior, do Banco do Brasil. De acordo com a analista de mercado do Sebrae, Louise Machado, de janeiro a novembro 2009 mais de três mil empresas já foram atendidas pelo programa via auto-diagnóstico, cursos online e via projetos específicos que já estão sendo desenvolvidos em cinco Estados: Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe. (Extraído de: Agência Sebrae de Notícias, Dima Tavares, 27.11.2009) Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 31 Texto 2: Governo pretende criar novo banco para empresas exportadoras Segundo o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira, ainda não existe no país um banco estruturado para atender as demandas do setor exportador O governo brasileiro deverá anunciar nos próximos dias medidas de incentivo às exportações. Entre elas, está a criação de um banco específico para o desenvolvimento do comércio exterior, disse à Agência Sebrae de Notícias o presidente da Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira. “Se o Brasil realmente quiser estar entre as cinco maiores economias nos próximos anos, tem de internacionalizar e fortalecer as empresas brasileiras. E, com isso, vamos ver nascer uma onda de empreendedoresvoltados para o exterior”, afirmou Teixeira, que participou da assinatura do novo convênio 2010/2011 entre a Apex-Brasil e a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Segundo ele, não existe no Brasil um banco estruturado para atender as necessidades do setor exportador brasileiro. Teixeira não quis antecipar outras medidas que serão tomadas pelo governo. Entidades do setor exportador defendem o aumento de linhas de financiamento, a redução de impostos e a organização da logística nas aduanas. O presidente da Apex aproveitou o discurso para criticar a legislação existente no país para o comércio exterior. “Temos uma legislação dos anos 50 e 60, quando apenas meia dúzia de empresas exportava. Meu compromisso é cada vez mais lutar para que o Brasil tenha um comércio exterior compatível com o potencial da economia brasileira”. Cerca de 75% das 9 mil empresas exportadoras brasileiras, segundo Alessandro Teixeira, é micro e pequenas empresas. “Se formos somar as médias empresas, teremos 88%. Apenas 12% são grandes empreendimentos. Por isso, precisamos de crédito mais fácil para a exportação”. BeautyCare - A parceria entre a Apex e a ABIHPEC já dura 10 anos. O projeto BeautyCare Brazil é um programa de incentivo à exportação com o objetivo de disseminar informações estratégicas sobre o comércio internacional. Começou envolvendo 15 empresas e a expectativa para 2010 é chegar, segundo Alessandro Teixeira, a 90. “Dessas 90 empresas, com certeza, 75% são pequenos negócios que irão se preparar para a exportação este ano”, diz. Entre as novidades do novo convênio está a segmentação das empresas participantes conforme o nível de preparação para a entrada ou desenvolvimento para o comércio exterior. Serão cinco categorias de participação: access, club, Plus, top e special. Em cada uma delas o projeto BeautyCare Brazil recomenda ações específicas para iniciar, manter ou ampliar as relações internacionais, conforme a necessidade e a possibilidade oferecida pelo mercado- alvo em questão. O convênio elegeu seis países como prioridade: Angola, Arábia Saudita, Colômbia, Moçambique, Peru e Portugal. Segundo o presidente da ABIHPEC, João Carlos Basílio da Silva, em 2009, as empresas associadas ao projeto cresceram 15% nas exportações, em detrimento à queda de 9% de todo o setor em 2009. “Mais de 90% dos nossos associados são micro e pequenas empresas, que, a partir deste convênio, terão a oportunidade de participar do comércio exterior. Estamos dando todo o suporte para que as empresas tenham o mínimo de gastos possíveis se quiserem exportar”, disse Silva. (Pequenas Empresas Grandes Negócios Online, março de 2010). Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 32 Observa-se que os órgãos do governo em parceria com o Sebrae, em que pese todas as dificuldades ainda existentes, têm ajudado bastante as MPEs a abrir, conquistar e manter operações no mercado internacional. E vocês, o que pensam a esse respeito quanto a suas empresas? Então, gostaram da leitura? Tenho uma pergunta para vocês pensarem antes de continuarmos. Lembre-se de que você pode utilizar a ferramenta bloco de notas para fazer seus registros. Para acessar, utilize o menu meu espaço. Para complementar essas informações, leia a entrevista do presidente da Apex Brasil no Anexo 3. TÓPICO 22: Ações de apoio às MPEs em outros países Pessoal! Vocês sabiam que outros países investem pesadamente no potencial das MPEs? Vejam um exemplo que trouxe para ilustrar. Exemplo Linhas de financiamento, condições especiais para formação de parcerias, feiras e eventos nacionais e internacionais, mais uma cultura de cooperação entre as empresas de pequeno porte fizeram com que a Itália se tornasse o modelo mundial de desenvolvimento das exportações de MPEs. A tabela, a seguir, mostra a percentagem das exportações do país que são provenientes de pequenas e médias empresas. Não é à toa que a Itália lidera esse ranking. O trabalho começou no pós-guerra e é sustentado até hoje, existindo um comprometimento da sociedade, dos em- presários e do governo italiano para desenvolver as exportações. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 33 A seguir, leia sobre as barreiras impostas ao livre comércio. TÓPICO 23: As barreiras impostas ao livre comércio Reflexão A exportação tem também importância estratégica, pois contribui para a geração de renda e emprego, para a entrada das divisas necessárias ao equilíbrio das contas externas e para a promoção do desenvolvimento econômico. Pessoal, vamos interagir agora no Fórum, sobre a afirmativa a seguir: Olá, Pessoal! Ontem deixei uma reflexão para vocês contribuírem com suas opiniões no fórum. E então, vocês estão participando? Vamos iniciar nosso encontro de hoje falando sobre as barreiras impostas ao livre comércio. Vamos lá? Itália 60% Estados Unidos 54% Japão 50% Coreia do Sul 48% Alemanha 45% Brasil 4,5% Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 34 Veja, a crescente globalização do mundo moderno vem ressaltando, ainda mais, a importância do comércio internacional. A livre circulação de bens e serviços proporciona ganhos mútuos, tanto para os países vendedores quanto para os países compradores e, principalmente, pode reduzir o desequilíbrio entre os mais ricos e os mais pobres. Para atingir esse objetivo, faz-se necessário, inicialmente, o conhecimento e a identificação sistemática e atualizada das barreiras existentes. Observe, a seguir, a experiência de alguns dos participantes do comércio mundial. Não existe uma definição precisa para barreira comercial. Em geral, ela pode ser entendida como qualquer lei, regulamento, política, medida ou prática governamental que restrinja ou distorça o comércio internacional. Veja no, próximo tópico, um pouco mais sobre barreira comercial! Alguns dos principais participantes do comércio mundial, elaboram levantamentos que visam a identificar as barreiras impostas às exportações. Este tipo de estudo mostra-se relevante, não só para melhor informar os exportadores, mas também como subsídio às negociações internacionais que visem à eliminação dos obstáculos ao livre comércio. Professor, e quanto às medidas ou políticas que restringem ou distorcem a livre circulação de mercadorias, bens e serviços, elas atingem também os benefícios oriundos do comércio internacional. O que fazer? Renato, torna-se imperativo um esforço comum, entre os parceiros comerciais, na busca da remoção dos entraves e na elaboração de legislações e procedimentos comerciais transparentes. Exemplo Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 35 TÓPICO 24: Organização Mundial do Comércio Esta definição está no site do Ministério das Relações Exteriores http://www.mre.gov.br Visite o site www.wto.org Veja no próximo tópico alguns tipos de barreiras impostas ao livre comércio. Antes de continuarmos, vocês já devem ter ouvido falar sobre a Organização Mundial do Comércio. Alguém do grupo gostaria de explicar a sua função? Eu posso explicar, professor. A Organização Mundial de Comércio é a organização internacional que tem como funções principais facilitar a aplicação das regras de comércio internacional, já acordadas entre seus países-membros, e servir de foro para negociações de novas regras ou temas relacionados ao comércio de bens, serviços e propriedade intelectual. A Organização Mundial do Comércio - OMC possui regrasestabelecidas que conceituam o que é uma barreira comercial, pressupondo-se, necessariamente, a existência de disposição ou prática ilegal, entendida como violação às regras acordadas em âmbito supranacional. Muito bem, Rodolfo! Vejam... Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 36 TÓPICO 25: Tipos de barreiras impostas ao livre comércio Veja as barreiras a seguir: Veja na tabela a seguir outros tipos de barreiras: tarifas de importação e outras taxas. restrições quantitativas, licenciamento de importações, procedimentos alfandegários, medidas antidumping e compensatóriasnormas e regulamentos técnicos, regulamentos sanitários, fitossanitários e de saúde animal; Barreiras tarifárias Barreiras não-tarifárias Barreiras técnicas Alguns tipos de barreiras 1. Tarifas Sazonais. 2. Contingentes tarifários (ou quotas). 3. Salvaguardas. 4. Preços mínimos de importação/preços de referência. 5. Investigação antidumping em curso. 6. Direitos compensatórios (provisórios e definitivos) 7. Requisitos relativos às características dos produtos. 8. Procedimentos aduaneiros especiais. 9. Exigências fitossanitárias. 10. Subsídios às exportações por parte de terceiros países. Pessoal! Faremos agora um breve intervalo. Aproveitem para dar uma relaxada. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 37 TÓPICO 26: Intervalo No intervalo, enquanto nossos amigos tomam um cafezinho, Renato conversa com o Prof. Marcos... Renato: Professor, você poderia me esclarecer uma dúvida? As normas e regulamentos técnicos não constituem barreiras comerciais? Prof. Marcos: Isso mesmo, Renato. Veja aqui neste livro. As barreiras técnicas podem surgir devido à falta de clareza das normas e regulamentos ou à imposição de procedimentos complicados e caros para a avaliação de conformidade. Outras barreiras são impostas por regulamentos excessivamente rigorosos, que discriminam o produto importado ou de inspeções caracterizadas pelo arbítrio ou excesso de zelo. Renato: Obrigado, Professor. Prof. Marcos: De nada. Vamos ao encontro? TÓPICO 27: Barreiras técnicas Observe que no Brasil o MDIC por meio do Inmetro (http://www.inmetro.gov.br/) tem realizado um trabalho muito importante de divulgação das principais barreiras técnicas impostas por outros países a produtos brasileiros, ajudando as empresas a adequarem seus produtos às normatizações e certificações internacionais. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 38 Das três barreiras mais comuns (tarifárias, não-tarifárias e técnicas) as mais utilizadas são a não- tarifária e a técnica, pois a sua identificação é mais difícil de ser combatida porque geralmente ocorrem devido à falta de transparência das normas e regulamentos ou, ainda, pela imposição de determinados procedimentos morosos ou dispendiosos para a avaliação de conformidade. TÓPICO 28: Barreiras não-tarifárias As barreiras não-tarifárias representam obstáculos. Veja na ilustração, a seguir, alguns exemplos: Embora não haja uma definição precisa para a barreira comercial, você está observando que esta pode ser entendida como qualquer lei, regulamento, política, medida ou prática governamental que imponha restrições ao comércio exterior. Importante É fundamental a identificação sistemática e atualizada das barreiras existentes para cada mercado importador, a fim de que medidas possam ser adotadas para impedir que estas causem entraves ao comércio exterior. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 39 TÓPICO 29: Estudo de caso De 1992 a 1998, as exportações brasileiras para o Canadá acumularam um crescimento de 36%, totalizando, no último ano, a quantia de US$ 544 milhões. Com isso, o Canadá ocupou em 1998 o 19° lugar no ranking dos principais países de destino das exportações brasileiras, respondendo por 1,1% das exportações totais do país. Por sua vez, as importações desse país acumularam um crescimento de 171% entre 1992 e 1998, registrando, em 1998, um valor de US$ 1,3 bilhão. Desse modo, o saldo comercial entre os dois países continuou desfavorável ao Brasil, com um déficit* de US$ 786 milhões. * Resultado de uma conta em que as despesas são sempre maiores que as receitas. Estudo de caso Pessoal, confiram no “saiba mais” algumas referências onde vocês poderão obter informações sobre as barreiras comerciais. Pessoal, trouxe um estudo de caso e gostaria que vocês lessem! Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 40 Para entender melhor essas relações bilaterais, precisamos conhecer um pouco sobre a estrutura tarifária canadense, que é baseada, principalmente, em tarifas ad valorem. No entanto, há diversos outros mecanismos que dificultam e até prejudicam o saldo comercial brasileiro, a exemplo de: tarifas ad valorem mais específicas; sistema de quotas tarifárias sobre as importações de alguns produtos agropecuários; progressividade da tarifa de importação (escalada tarifária) que dificultam a exportação de produtos brasileiros mais elaborados; tarifas condicionais que, como o nome já diz, condicionam a aplicação de uma taxa específica ou ad valorem a uma taxa máxima, mínima ou dentro de um limite; tarifas sazonais, aplicáveis às importações de frutas, vegetais e flores, que vigoram, portanto, em apenas uma parte do ano. O Canadá, por exemplo, consolidou na OMC o período máximo de aplicação da tarifa sazonal, fixando-o em 46 semanas. Sabemos que o Canadá forma com os Estados Unidos e o México a Área de Livre Comércio Norte-Americana (Nafta), estabelecida em 1º de janeiro de 1994. Adicionalmente, o Canadá outorga preferências tarifárias no âmbito de acordos bilaterais e, unilateralmente, no âmbito do Sistema Geral de Preferências (SGP)** do Canadá, que inclui as preferências concedidas aos Países Menos Desenvolvidos (PMD). Os países beneficiados por preferências tarifárias incorporadas à tarifa aduaneira do Canadá são: Chile, Israel, Nova Zelândia, Austrália e os países do Caribe participantes do Commonwealth***. *Ad Valorem expressão em latim que significa segundo o valor ou conforme o valor. É a tarifa estimada como uma porcentagem do valor de uma mercadoria; Não se trata de uma quantia fixa, mas dependente do valor da mercadoria que está sendo tributada. ** Sistema pelo qual países desenvolvidos concedem reduções e até isenções de direitos alfandegários na entrada de mercadorias provenientes de países em desenvolvimento. *** É um programa voltado para o desenvolvimento de diversas áreas tais como o econômico, político e social. Sua missão é promover um sistema executando elevado do cuidado de saúde que consiga o acesso melhor, a qualidade melhorada, e uma eficiência maior, particularmente para a sociedade a mais vulnerável, abrangendo as minorias, os desassistidos, as crianças, os americanos não-segurados e os idosos). Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 41 TÓPICO 30: Saiba mais Este tema não se esgota aqui. Caso deseje desenvolver seus conhecimentos além dos conteúdos deste encontro, consulte as seguintes referências: EMBAIXADA DO BRASIL. Barreiras a produtos e restrições a serviços e investimentos nos EUA. 4ª. ed.; São Paulo, Aduaneiras, 2005. PRAZERES, Tatiana Lacerda. Comércio internacional e protecionismo: as barreiras técnicas na OMC. São Paulo, Aduaneiras, 2003. VAZQUEZ, José Lopes. Comércio exterior brasileiro. São Paulo, Atlas, 2009. Para conhecer a história do comércio exterior brasileiro de forma simplificada, navegue por uma linha do tempo com textos,imagens, estatísticas e vídeos no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: http://www.aprendendoaexportar.gov.br/200anos/ Você pode, ainda, acessar os seguintes sites para obter mais informações sobre os temas tratados nesse encontro: Associação Latino Americana de Desenvolvimento http://www.aladi.org/ Câmara Internacional do Comércio http://www.iccwbo.org/ Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) http://www.eclac.cl/brasil/ European Commission (EC) http://www.europa.eu.int/ Ministério da Agricultura (MA) http://www.agricultura.gov.br/ O Brasil é beneficiário do SGP canadense. De fato, grande parte dos principais produtos brasileiros importados pelo Canadá são internalizados sem cobrança de imposto de importação, em virtude de preferências outorgadas no âmbito do SGP. Porém, para outros produtos, o Canadá aplica as chamadas barreiras não-tarifárias: licença de importação, monitoramento e a requerimentos técnicos, sanitários, fitossanitários e de saúde animal. E também as restrições quantitativas, como para as importações de aço carbono e aços especiais. O Canadá também impõe controle sobre as importações em virtude de razões econômicas, ou seja, com o propósito de proteger a indústria doméstica. Por essa razão, as importações de automóveis e aviões usados, por exemplo, estão proibidas. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 42 Ministério das Relações Exteriores (MRE) http://www.mre.gov.br/ Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/inicial/index.php Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) http://www.oecd.org/home Organização dos Estados Americanos (OEA) http://www.oas.org/main/portuguese/ Organização Mundial da Propriedade Industrial (OMPI) http://www.wipo.int/portal/index.html.en Organização Mundial das Aduanas (OMA) http://www.wcoomd.org Organização Mundial do Comércio (OMC) http://www.wto.org/ Portal da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina http://www.eclac.cl/ Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/MDIC) http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/inicial/index.php United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD) http://www.unctad.org/ United States Trade Representative (USTR) http://www.ustr.gov/ TÓPICO 31: Resumo O empresário brasileiro, é um empreendedor habilidoso, flexível e criativo, acostumado às frequentes dificuldades do mercado interno, mas está sempre apto a aprender, a desenvolver uma saída engenhosa ante as constantes mudanças de cenário que, volta e meia, se apresentam. Porém, em se tratando de comércio exterior, isso é pouco, e já deu para você perceber logo nesse início de curso, não é? Portanto, a dica para continuar na caminhada rumo a esse mercado é: · Dedicação em sua preparação, com capacitação e treinamento. · Promoção comercial, através de ferramentas adequadas como o marketing. · E muita persistência. Não desista diante dos obstáculos. Isso certamente levará você e sua empresa a alcançar sucesso no mercado internacional. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 43 Exercícios de fixação de aprendizagem 1. O que deve levar uma empresa a exportar? Assinale a alternativa correta: a. ( ) Aumentar sua produtividade e aperfeiçoamento dos processos, reduzindo a dependência do mercado doméstico. b. ( ) Porque a empresa quer obter status junto ao mercado interno. c. ( ) Para melhorar sua posição na lista de empresas exportadoras do governo. d. ( ) Somente para aproveitar a capacidade ociosa e queda de vendas no mercado doméstico. 2. Você viu a necessidade de conhecer e identificar a sistemática das barreiras comerciais existentes. Assim, assinale a alternativa correta de como podem ser estas barreiras comerciais: a.( ) Somente de caráter tarifário e técnico. b.( ) De caráter tarifário ou não-tarifário. c.( ) De caráter tarifário ou não-tarifário e também técnico. d.( ) De caráter não-tarifário e técnico. 3. Assinale a alternativa correta. O país que proporciona o melhor exemplo de como as MPEs podem ter um papel preponderante nas exportações é: a.( ) Argentina. b.( ) África do Sul. c.( ) Reino Unido. d.( ) Itália. Fechamos o primeiro encontro deste curso. Utilize estas orientações quantas vezes forem necessárias. Leia, releia, não fique com dúvidas. Ah... antes de ir para o segundo encontro, realize os exercícios a seguir. Aguardo você no encontro 2! Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 44 ANEXO 01 Micro e pequenas empresas brasileiras batem recorde de exportação A cada ano, aumenta a participação das micro e pequenas empresas nas exportações brasileiras. Em 2007, o valor exportado por esse segmento bateu recorde histórico de US$ 2,1 bilhões, com alta de 12,4% em relação ao ano anterior e crescimento médio de 11,4% nos últimos cinco anos. O valor médio individual exportado pelas empresas do segmento também vem crescendo firmemente nos últimos anos, atingindo US$ 163,9 mil em 2007, com alta de 12,5% em relação ao ano anterior e média de 10,5% nos últimos cinco anos. Esses e outros dados referentes ao desempenho das exportações brasileiras ao longo de uma década constam no estudo ‘As Micro e Pequenas Empresas na Exportação Brasileira – Brasil e Estados - 1998/2007’. Encomendado pelo Sebrae à Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), o estudo é feito com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e de outros órgãos. A base reúne e ainda cruza informações de outros órgãos sobre todas as cerca de 13 mil micro e pequenas empresas brasileiras que exportaram no período 1998-2007. Acompanhando o ritmo geral das exportações brasileiras, as empresas de pequeno porte atuaram em 2007 essencialmente nos ramos industrial e comercial, de forma que 59% das empresas exportadoras em 2007 (7.670 firmas) pertenciam ao ramo industrial e 35% (4.550 firmas) eram do ramo comercial. Entre as microempresas registrou-se uma redução do número de firmas em todos os setores, com exceção da agropecuária. O inverso ocorreu entre as pequenas empresas, com aumento do número de empresas em todos os casos, inclusive no ramo industrial, mas com exceção da agropecuária. Com relação ao valor exportado, o ramo da indústria respondeu por 60,1% do valor exportado pelas micro e pequenas empresas em 2007, o que representa um montante de US$ 1,3 bilhão. O Comércio veio em seguida com 33,6% do total exportado, e por último o ramo de Serviços com 0,2%. Entre as microempresas especiais (que empregam pouco e exportam muito) as firmas industriais respondem por 60,1% do total nesse mesmo ano, contra 33,9% das comerciais. O valor exportado por essas empresas dividiu-se em partes semelhantes entre os ramos de indústria e comércio, que registraram participações de 49,4% e 42,8% no ano passado. O número de micro e pequenas empresas exportadoras não tem acompanhado o crescimento de valor exportado. Esse dado manteve-se estável em 2007 com relação à 2006 (12.986 contra 13.001). Nesse período houve crescimento de apenas 1,6% no número de pequenas empresas exportadoras e redução de 2,3% no número de microempresas. De acordo com o estudo, esse fato ocorre desde 2004, quando a queda do número de micro e pequenas empresas contrasta com a relativa estabilidade no número de MP especiais e de firmas de porte médio e com o aumento de 5,1% no número de grandes empresas exportadoras. Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 45 Internacionalizar e diversificarOs dados apurados no estudo servirão de subsídio às ações do Programa de Internacionalização de Micro e Pequenas Empresas lançado em outubro deste ano pelo Sebrae. Por meio desse programa, estão sendo desenvolvidas, adaptadas e implementadas soluções que contribuam para um posicionamento mais competitivo das empresas também no mercado doméstico, cada vez mais globalizado. O programa já está sendo implementado em vários estados: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Alagoas, Paraíba, Ceará, Rondônia e Acre. Os dois primeiros estados são projetos-piloto e contam com o apoio do Sebrae Nacional. Os demais estados estão na primeira fase do programa, que é a realização do autodiagnóstico da empresa. Esse levantamento possibilita que o empresário fique sabendo qual é o perfil da sua empresa, se tem potencial para se internacionalizar. A segunda fase consiste no Plano de Qualificação. “Mais de 600 empresários já realizaram o autodiagnóstico de suas empresas pela internet. Também já estão disponíveis dois cursos on line gratuitos, que abrangem os principais temas para quem quer conhecer e desenvolver competências para exportar”, explica a gestora do Programa de Internacionalização, Louise Machado. Países de destino Outra informação importante revelada pelo estudo diz respeito à pauta de exportação das micro e pequenas empresas. Ela é bastante diversificada em termos de países de destino. Ou seja, diferentemente das grandes, as empresas de menor porte estão buscando cada vez mais a diversificação de mercados. Mais de 60% das exportações das microempresas em 2007 ainda são destinadas a três blocos de países: União Européia, com montante de US$ 35,8 milhões e participação de 22,5%; Mercosul, com vendas de US$ 33 milhões e participação de 20,7%; e Associação Latino- Americana de Integração (Aladi) com US$ 30 milhões e 18,8%. Em termos de crescimento em relação ao ano anterior, contudo, o melhor desempenho foi registrado nas exportações para os Demais Países, com crescimento de 23,4%, já alcançando uma participação de 14% nas vendas de microempresas. “As micro e pequenas empresas têm buscado novos mercados e novas formas de se internacionalizar. A estratégia é extremamente relevante quando nos deparamos com a atual crise financeira internacional, bastante intensificada nos Estados Unidos e Europa”, explica Louise. Ela alerta “é bom buscar novos mercados, como África e América do Norte”. As exportações das pequenas empresas têm uma composição não muito diferente das de micro porte. No ano passado, 23,2% dessas exportações tiveram como destino a União Européia, com valor correspondente a cerca de US$ 460 milhões. Em seguida, com praticamente o mesmo patamar de importância, encontram-se os países do Mercosul e os demais países da Aladi, com participações de 18,6% (US$ 365,4 milhões) e 18,5% (US$ 363,6 milhões), respectivamente. As vendas para os Estados Unidos e o Canadá tiveram uma participação de Encontro 1: A Importância da Exportação para as Empresas PLANEJAMENTO PARA EXPORTAR 46 17% no total exportado pelas pequenas empresas em 2007 (US$ 334,4 milhões); os Demais Países responderam por 14,5%, restando aos da Ásia-Pacífico 8,3% do total. Metodologia O estudo encomendado pelo Sebrae tem como metodologia a atualização dos valores comercializados segundo o índice de preços utilizados nas exportações. “A correção permite uma comparação real entre valores exportados anteriormente e os do presente, de acordo com a variação do índice de preço das exportações brasileiras, calculado regularmente pela Funcex”, explica Emanuel Malta, analista técnico da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae. Outro aspecto da metodologia foi a classificação das empresas conforme os limites de receita bruta anual previstos na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que são de até R$ 240 mil (US$ 120 mil) para as microempresas e de até R$ 2,4 milhões (US$ 1,2 milhão) para as pequenas. Em 2007 haviam 13 mil micro e pequenas empresas exportadoras brasileiras com esses perfis. O terceiro aspecto foi a inclusão nessa base de dados das exportações realizadas por meio do Despacho Simplificado de Exportação (DSE). Embora a inclusão dessas operações não produza grande impacto no valor total exportado pelo Brasil, demonstra um aumento expressivo no número de empresas exportadoras, principalmente as micro e pequenas. (por Regina Xeyla, Agência Sebrae de Notícias, 09.12.2008)
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