Buscar

Resumo da Prova Teoria da História + Quizz

Prévia do material em texto

CONCEITO DE TEORIA:
O termo ganhou um sentido mais intelectual. Uma teoria é um sistema, consiste em afirmar sob que condições vão se desenvolver determinadas hipóteses/especulações. A partir destas teorias, é possível deduzir ou postular outros fatos.
Existem duas categorias de ideias que se podem desenvolver até dar origem a uma teoria: as conjecturas (suposições ou ideias com fundamento não verificado) e as hipóteses (estas, sim, são demonstradas ou verificadas, constituindo suposições admissíveis). 
POSITIVISMO:
Positivismo é uma corrente de pensamento filosófico, sociológico e político. A principal ideia do positivismo era a de que o conhecimento científico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro.
O positivismo acredita que uma teoria só pode ser tida como verdadeira se for comprovada a partir de técnicas científicas válidas. 
Tem a ideia de ciência cumulativa.
O principal idealizador do movimento positivista foi o pensador francês Auguste Comte. Segundo o positivismo, as superstições, religiões e demais ensinos teológicos devem ser ignorados, pois não colaboram para o desenvolvimento da humanidade.
Admite a evolução da humanidade em três estados: teológico, metafísico e positivo. 
Teológico: Deus está presente em tudo, as coisas acontecem por causa da vontade dele.
Metafísico: no qual a ignorância da realidade e a descrença num Deus todo poderoso levam a crer em relações misteriosas entre as coisas, nos espíritos, como exemplo.
Positivo: a humanidade busca respostas científicas todas as coisas. Este estado 
 ficou conhecido como Positivismo
CRISE DO “ISMOS”
O "ismo" é uma posição filosófica ou científica que sustenta algo sobre uma idéia, um fato, um sistema, uma política, um programa, uma circunstância etc. 
É uma idéia central a nortear o adepto perante o mundo ou em face de determinadas coisas. 
É um método ou conjunto de valores, é um principio ou conjunto de princípios explicativos sobre alguma coisa ou algum fato. 
É uma filosofia ou um modo de ver o mundo ou determinado problema. 
O HEGELIANISMO 
Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Este filósofo acreditava no poder do racional e, consequentemente, que tudo poderia ser explicado através de categorias reais. 
Haveria uma identidade entre racional e real, o que significa que a realidade seria absolutamente justificável em todas as suas manifestações. Um ponto importante para abarcar essa explicação seria o processo dialético, que permite uma interpretação da realidade através da síntese dos opostos.
O Hegelianismo gerou também a ideia de uma autoconsciência absoluta, sob a qual a humanidade caminharia em sentido à razão continuamente. 
A dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do "eu" e só lhes admite a idéia), e a dialética do materialismo é posição filosófica que considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus.         
A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. 
O CAPITALISMO 
 A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. 
O ANARQUISMO
Em suma, o anarquismo prega o fim do Estado e de toda e qualquer forma de governo, que seriam as causas da existência dos males sociais, que devem ser substituídos por uma sociedade em que os homens são livres, sem leis, polícia, tribunais ou forças armadas. A sociedade anarquista seria organizada de acordo com a necessidade das comunidades, cujas relações seriam voltadas ao auto-abastecimento sem fins lucrativos e à base de trocas
ESCOLA DOS ANNALES:
movimento de renovação da historiografia iniciado na França do final da década de 1920, com a fundação, por Marc Bloch e Lucien Febvre, da revista Anais de História Econômica e Social. 
a revista tornou-se um movimento de vanguarda na renovação do método de investigação histórica, divulgando, entre outras coisas, a concepção de uma história total que fosse desenvolvida a partir de uma problemática (história problema) e que utilizasse interdisciplinaridade como estratégia importante para se chegar ao conhecimento histórico. 
A reflexão sobre o caráter das fontes históricas também é outra contribuição da escola, a partir dela o conceito de documento histórico será relativizado, no que tange a idéia de verdade e neutralidade, e enriquecido a partir da incorporação de novas formas de fontes históricas, além da escrita.
Desde o encontro entre Marc Bloch e Lucien Febvre a historiografia nunca mais foi a mesma. A grande contribuição historiográfica dos Annales 1º G foi a possibilidade de um diálogo entre a história e as ciências sociais, rompendo uma barreira invisível 
A primeira geração dos Annales foi o ponto de partida para as novas abordagens da história. Bloch amplia o campo historiográfico sobre o estudo do mundo rural, fazendo comparações entre a França e a Inglaterra, algo novo do ponto de vista tradicional “acostumado” a escrever sobre temas mais restritos.
Febvre tinha como objetivo uma pesquisa interdisciplinar com uma história voltada para a problematização. Era preciso levar em consideração os vários aspectos e diferenças humanas, seja ele homem, mulher, rico ou pobre. Os pensamentos de Marc Bloch e Lucien Febvre se entrecruzaram na criação de uma revista. Assim, os Annales surgiram como nova proposta no meio científico, contrariando a história política tradicional e abrindo espaços para a história social e econômica. 
ESCOLA DOS ANNALES – 2ª GERAÇÃO (FERNAND BRAUDEL)   
O novo “líder” propõe renovar o Annales, para isso recruta jovens historiadores aptos a novas propostas, entretanto, também centralidade de pensamento e discussões em torno de Braudel, embora a segunda geração não se resuma apenas a ele. 
O próprio Braudel discorda: “Os Annales, apesar da sua vivacidade, nunca constituíram uma escola no sentido estrito, isto é, um modelo de pensamento fechado em si mesmo. Outra importante contribuição de Braudel foi à inovação no conceito de tempo (curta e longa duração), os eventos históricos, pode se dar em ampla ou restrita dimensão temporal. Neste caso, outro conceito é fundamental, a noção de estruturas, que interage no decorrer desses eventos com a categoria temporal.
Suas maiores contribuições consistem no implemento da história-problema, da ampliação das fontes, do enquadramento da história como “ciência humana e social”, através de uma relação interdisciplinar
A ESCOLA DE ANNALES: TERCEIRA GERAÇÃO: JACQUES LE GOFF E A MULTIPLICIDADE DE METODOS.
Sai Braudel e entra Jacques Le Goff, pode-se falar de uma fragmentação ou policentrismo do projeto de Annales. 
Muitos historiadores migraram da base econômica para o estudo das manifestações culturais, foram “do porão ao sótão”, como afirmou Peter Burker.  
A terceira geração, marcada pela fragmentação e grande influência sobre a historiografia e sobre o público leitor, em abordagens que comumente chamamos de Nova História ou História Cultural.
A ESCOLA DOS ANNALES: A CRITICA
Em A História em migalhas, publicado no final do século XX, Dosse revela as principais limitações desta linha historiográfica. Suas críticas recaem, por exemplo, na deficiência gerada pela desconsideração da política e por conseqüência, no privilégio do econômico-social e na ausência de uma proposta filosófica de história. 
Que o século XIX é o século da História pois as nações fazem as suas fronteiras. Nesse período, há uma preocupação na documentação sobre as nações, chamados de Biografia das nações. (O tema disso era só sobre o país - a Alemanha escrevia sobre a Alemanha, a Italia escrevia sobre a Italia, a França sobre a França, e assim por diante. Tendeu?) E a segunda justificativa é que o século XIX é o século da ciência....... . Aitem duplo sentido por causa que começam a surgir as ciências essa ideia de ciência... e a aprimorar a escrita da história. A reconhecer a história como ciência. (Tanto é que tem aquelas vias de História realidade e História Ciência)
A relação entre o contexto histórico, a filosofia e a teoria da história : Há a importância de articular esses elementos pois resultam na forma de estudo dos Historiadores. Cada item possui significados importantes que são fundamentais pra escrita. Contexto Histórico significa o oxigênio mental de determinado período, ou seja, estudar o contexto histórico é entender como aquelas pessoas pensavam (todos os homens no mesmo tempo); a Filosofia ela reflete a capacidade de refletir e pensar sobre aquele fato e o contexto histórico em que ele está inserido; e a Teoria seria basicamente a ciência, ou seja, a forma de documentação histórica que a gente conhece, e que o historiador utiliza na produção historiográfica. Então você pode explicar usando como exemplo uma ideologia, por exemplo, o marxismo ou o positivismo. Quando vamos realizar uma pesquisa sobre ele, a gente precisa datar aquela ideologia, saber qual o contexto histórico em que ela estava inserida, ou seja, entender como as pessoas pensavam, a Filosofia vai nos ajudar a entender o porque as pessoas pensavam e produziam aquilo, e a Teoria vai nos ajudar tanto na coleta desses dados quanto na nossa produção. Importante frisar que no século XIX é que começa essa preocupação em escrever a história definitivamente. Pq antes vc sabe que teve oscilações né,
.    Sobre o positivismo de Auguste Comte, podemos afirmar que:
II – O conhecimento positivo baseava-se na ideia da existência de leis que levariam à perfeição e à felicidade do gênero humano.
III – A ciência e a técnica são a principal fonte do progresso político e moral, sendo mesmo a afirmação de tal progresso.
A história metódica ganhou seus primeiros contornos no século XIX com o alemão Leopold Von Ranke. Sua pretensão à cientificidade seria alcançada pela observância de alguns princípios, dentre os quais podemos citar:
I – O historiador deveria reunir o maior número de documentos, verificando sua autenticidade e dele extrair os fatos a serem organizados e apresentados de forma cronológica.
II – Caberia ao historiador apenas reconstruir os fatos tal como eles “realmente aconteceram” sem julgamentos ou qualquer reflexão teórica.
III – A postura do historiador deveria ser de neutralidade na medida em que o passado teria existência objetiva a ser captada por meio dos documentos, não havendo, portanto, nenhuma relação de interdependência entre o historiador e seu objeto.
  Sobre as principais características da História no século XIX, podemos apontar:
	
	a.
	O cientificismo, a busca da imparcialidade e da neutralidade do historiador, e a reunião exaustiva de coleções de documentos.
Podemos considerar que estão relacionados à insatisfação geral ocorrida na Europa no bojo do desenvolvimento do capitalismo industrial no século XIX:
	
	a.
	A disseminação de correntes do socialismo utópico, a publicação do Manifesto Comunista e de O Capital, a organização da Primeira e da Segunda Internacional, a mobilização política e sindical da classe operária. 
Sobre o conteúdo do Manifesto Comunista publicado por Marx e Engels em 1848 podemos afirmar que:
Conclamava os operários para que se unissem e lutassem pela sua emancipação comprometendo-se com a revolução socialista.
Sobre o alcance do marxismo no tocante à Teoria da História podemos considerar que:
constituiu-se numa das principais correntes de pensamento histórico de seu surgimento até nossos dias, tendo vários de seus conceitos sido incorporados amplamente pelos historiadores.
Quanto à importância da História e o papel do historiador na perspectiva marxista podemos dizer que:
I – O historiador é um agente social, tributário de sua condição de classe, mas com a função de promover a conscientização da situação de exploração dos oprimidos.
II - O conhecimento do passado tem a importância de desvendar as razões das desigualdades sociais e a dinâmica do processo histórico e com isso promover a consciência social.
III – O conhecimento histórico implica em se tomar partido na medida em que evidencia a situação de exploração de uma classe sobre as outras promovida ao longo do processo histórico.
Estão corretas as afirmações:
 O trecho acima se refere à história-problema proposta pelos Annales. Dentre as ideias defendidas pelo movimento, podemos destacar:
	
	Crítica à história narrativa e factual, reconhecimento de aspectos subjetivos na construção do conhecimento histórico, ênfase na condição do historiador vinculado ao presente
Os historiadores dos Annales propuseram como substituição a esse tipo de história (história politica) que criticavam:
I - A substituição da tradicional narrativa de acontecimentos por uma história-problema.
II- A história de todas as atividades humanas e não apenas a história política.
III - A aproximação com outras disciplinas tais como a antropologia, a economia e a geografia.
Durante a segunda fase dos Annales, assiste-se à presença hegemônica de Fernand Braudel que eleva o movimento à condição de establishment histórico. Como contribuições desse historiador, podemos destacar:
	
	a.
	Os conceitos de estrutura e conjuntura, o estabelecimento de diferentes temporalidades e de ritmos diferentes de mudança para a história
Dentre as contribuições da escola dos Annales em suas diferentes vertentes destacam-se:
I - Ampliação do horizonte teórico com o intenso diálogo produzido com as diferentes disciplinas.
II - Diversificação de temas e abordagens, com a consequente introdução de novas metodologias e espectro documental.

Continue navegando