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Foucault, Michel - Nietzsche Freud E Marx.pdf

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Freud, Marx
(D.
Nietzsch
Michel Foucault
Colección Ampiitud Clotaño Blast
Ediciones Espiritu Libertario
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E
MICHEL FOUCAULT
Nmrzscrm, FREUDEMARX nmâmw pmwsoncum
PRINCIPIO
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. _ _ ÍNDICE Tntulos ongmais:
Nietzche, Freud et Marx Thcatrum Philosoficum
© Michel Foucault, Paris 1975
Tradução:
JORGE LIMA BARREm
Composição:
JAG Composição Editorial e Artes Gráficas Ltda.
Capa:
CAnLos FURTADO
sobre desenho de Milton Rodrigues Alves
© Da Tradução: Nietzsche,FreudeMarx.....¿............... 13 PRINCÍPIOEDITORA Dfibaffi......................---........ 45
ANTomo DANIEL ABREU, Editor
São Paulo, SP
1997
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Michel Foucault nasceu em Poiriers, em 1926 e morreu em Paris, em 1984.
Agregado de Filosofia, foi professor nas Faculdades de z ciências Humanas de cxzmzonr-Fezrznà e Twez.
Exerceu a atividade docente no College de France.
Publicou as seguintes obras:
Maladie Mentale ct Personalite, 1954;
Folie e Demison. Histoire de la Folic à L`âge classique, 1961 e 1978;
Raymond RuSSQl, 1963 Les Mots et les Choscs, une archeologie des sciences huxnaínes, 1966;
IJOrdre du Discours, 1971;
Surveillcr et Punir. Naissance dela prision, 1975;
Histoire de la Sexualitc: 1. La volonté de savoir. 1976; 2. UUsage des Plaisirs, 1984; 3. La Souci de Soi, 1984;
Para além de suas obras escreveu apresentações para obras de: Nietzsche, em colaboração com Giles Deleuze, Bataille, Flaubert, Jorge-Luís Borges, etc. etc. . . Escreveu com regularidade artigos para, Magazine Lilteraíre, Tel-Quel, Cahiers du Royaumont e tantas outras publicações. Se tentássemos fazer outra apresentação de Michel 'Foucault mais extensa do que esta pouco iria adiantax. No próprio Foucault encontramos uma resposta bastante irônica a seu respeito: “Eu não sei nada de mimí Eu nem sei mesmo a data da minha morte”.(l)
(1) Introdução à edição francesa de Ficções, de Jorge-Luís Borges.
NIETZSCHE, FREUD E MARX
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Queeâe ee me peepôe eeee peejeze de "meee redenúe", pereeeu-me muito inzeeeeeenze, pezém :etnbém muize embaraçoso. Proponho portanto, antes um certo desvio e concentrar a discussão sobre alguns temas respeitantes às zéezúeee de em Mem, Niezzeehe e Freud.
Ne reelâdede, e per deeâe deemee zemee eeeue-ee em sonho; consistiria em chegar a constituir algum dia uma eepeeâe de cefpzze geeeee, eme Eeeiexepédâe de zedee ee zéeeâeee de que eeeheeemee, deede ee grezeâzieee gzegee eze eee eeeeee dâee.
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Até agora, 'creio que foram poucos os capítulos redigidos deste gmndcicorpus de todas as técnicas de interpretação.
Parece-mc que, como inu-odução geral a esta idéia dm msm. zm dz poderia dizer que a linguagem, sobretudo a linguagem nas culturas inpmduzâ.. mm «às úpoz dz
- Por um lado, a suspeita de que a linguagem não diz zzzzzzzene o que diz. o senado que se apreende e que se manifesta de forma imediata, não terá porventura realmente um signiñcado menor que protege e encerra; porém, apesar de tudo transmite outro significado; este seria de cada vez o significado mais importante, o signiñcado “que está por baixo”. Isto é o que os gregos chamavam a allea
- Por outro lado, a linguagem engendrou esta outra suspeita: que, em certo sentido, a linguagem rebaixa a fm. pwpmm vem, que fzlm ç ia_dizer que a natureza, o mar, sussugo do
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XVI, estava perfeitamente organizado. Tinha pelo
menos, cinco noções perfeitamente definidas.
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- A noção da conveniência, a convenentia, que significava o ajuste (por exemplo da alma e do corpo, e da série animal e vegetal).
- A noção de emulatio, que era o curiosíssimo pamsusms ass sú-¡bssss sm ssbssâssizs ss sssss úisúszss, de :el fezme que ee embates em que e ae .me e eeeee, em ee eeeee eeeeeâee-ee. (Aee-ee Pezee ez. púeeve eee eeeeze eme, eee. ee eeee eeezee que nele ee eeeeeeeee eee-e eee eeeeeee ee eee eee, ee eeee eee planetas).
- A noção de signatura, a assinatura que era entre as propriedades visíveis de um indivíduo, a imagem de m pwpúcazdz z mas.
- E a seguir, por suposição, a noção de analogia, que era a identidade das relações entre duas ou mais subs
Naquela époça, a teoria do símbolo e das técnicas de interpretação, repousavam pois numa definição perfeitamzzz em de zm os tipos possfvzzs dz z mmnzzvzm dois de wnhmm pzzfzimnzz distintos: a cognitio, que era o passo, num certo sentido 1mm, dz uma z mm; z o âivimúo, que o czzzhzzimzzzw zm pmmóimz., que iz dz uma z zm mis pzofzmóz. Tom zszzs semelhanças manifestavaln o corrsenms do mundo que as mómnmz; opzzzzhz-sz az. smwm, à fmz sem 1...., ...e .e ...eee .e e...e.eee ee De.. e e. me...
se eee... eee... ee ...eeeezeeee ...eee e.. ...epee 80 -a .partir da evolução do pensamento ocidental nos sécu.eememeeeeefúeebeeee-...eenfifieeee-.e ez... e. .ememeeee eeeeeeeeee... em... e... ...e
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de papel na sua colocaçãdem interdição, o século XX, e
propósito, gesmúe de fazer algumas sugestões: pereee-m que Mem, Niezzeehe e Freud zeulúpliemm de fem
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alguma os símbolos no mundo ocidental. Não deram um
sentido novo a çoisas que não o tifiham.
ilidade, a nanueza do símbolo e mudaram a forma ge
A gostaria de referir é esta: Marx, Freud e Nietzsche não terão modificado profundanzzmz o ae divisão no qua: os símbolos podem ser símbolos?
Nz época que uma como ponto de o século XVI, os símbolos dispunhaln-se de maneira homogênea num espaço por si mesmo homogêneo, e isto em todas as direções. Os símbolos da terra refletiam o câl, mas também projetavam o mundo subterrâneo, remetiam o homem a., m, do am à planta, e miprmntz. A pm d., m, com Fm, Mm z os zzmbzlos escalonaram-se num espaço mais diferenciado, partindo de uma dimensão do que poderíamos qualificar de profundidade, sempre que não a considerássemos como interioridade, antes pelo contrário, exterioridade.
E digo isto, tomando em conta, particularmente, o largo debate que Nietzsche manteve com a profundidade.
com mimvento de filósofos; esta profundidade seria a proctní pura e inferior da profundidade. Nietzsche denuncia manifestamente que esta profundidade implica a resignagãvo, hipo
oooo ooo o oooooooooo, oooooo oozvo ooo ooooo1oo oooo ooooozoâoloo oooo ooooooooo oo loooo de uma linha vertical e mostrar que 'a profundidade de in» oooúoooo o oooioooooo oigo mooo oofoooooo oo ooo oozoo-oo. É zzocoooâzio portanto, que o intézproúo desça, que se con
verta, como disse Nietzsche, no “bom escavador dos baixos fundos” *.
Porém, na realidade, não se pode recorrer a esta lirma descendente sempre que se interpreta, senão para restituir a exrerioridade reeplazzdeeente que fei reeebene e enteneúe. É que se o intérprete deve ir pessoalmente até ao fundo como um escavador, o movimento de interpretação é pelo contrário, o duma avalanche, o duma avalanche cada vez maior, que pexmite que por cima de si se vá despregando a de fez-zm ezóe vez mais vzisfvel; e e preâmdidade toma-se então um segredo absolutamente superfieiel de eu forme, que e vôe de águia, e zseensâe às mestanha, toda esta verticalidade tão importante em Zaratustra, não é' em sentido restrito, senão o revés da profundidade, a descobena de que a profundidade não ésenão um jogo e uma tuga da superfície. À medida que o mundo se revela mais profundo aos olhos do homem, damonos coma do que o que significou profundidade no homem, não era mais do que uma brincadeira de crianças.
Esta especialidade, este jogar de_ Nieizsclie com a profundidade, pergunto-me se coiifo`íogo aparentemente distinto que Marx levou a cabo com a banalidade. O conceito de banalídade em Marx é
muito importante; no princípio .explica que, ao contrário de Perseu, ele para mostrar que de fato enigmas dos, porque tudo o que há de se faz de burguesia acerca da moeda, do capital, do valor, etc., não é realmente gengãp uma banalidade.
' Cf. Aurora, 446.
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E, ooooo iogo, ooúo ooooooârio zooofoof o âmbito ao iozozpfozooâo ooo Foooo oz-ioo, oo oo qoo oo rofozo à famosa topologia da Consciência e do Inconsciente, :nas âgizooooooo às zogooo ooo fooooloo ooo o ozoooâo ooâoozo. lítica, e parao decifrar, pelo analista, de tudo o que sediz, e no transcorrer da “cadeia” falada. Haveria que recordar a especialidade, fundamentalmente muito material, a que Freud dá tanta importância e que descobre o enfenno ante o olhar do psicanalista.
É no segundo tema que queria sugerir-lhes, e que por outro lado está um pouco relacionado com este, que trata~ ria de indicar-lhes, tendo em conta estes três homens de quem estamos a falar, que a interpretação se converteu mznw, um. um uma.
A falar verdade, já o era no seculo XVI, porém os eúeeemee zemeúeeee eme ei eeezeheemeeee, eezeee e eememeeee eee mel-e de que A pezúe ele eeeeze xxx, ee efezeelee eeeeàeeeemee em fede gezâveL e eezeeém pezqee ee eeehem zepeeeeee em eeeeelhezzee eem me eeeeee zâezzeeze me zmplimúe e zbemm ineúmrvziâ.
_ Q irlzzzzzlgaúo da o fzm de que seja sempre efn suspenso ao abordarse a si mesma,_ eqconna-se, creio eu, de rnaneira bastante ãnáloga em e Frgd, sob là formalfiifega
forigem; e o caráter sempre inacabado do desarolho regres
¡Wsivo e analítico de Freud. E sobretudo em Nietzsche e
Freud, e em menor parte em Marx, onde se perfila esta expeüência tão importante a meu juízo para a hermenêutica
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uuu. eepeeâe ue fuelegie fuu, que ee óeeeuuuu eeue vez mais, uma filologia que não nunca scria absolutamente fizeae? Porquê? É euuuo diese em Para aum de Bem e do Mez, peeuue «pezeeez peze eeuueeuueuze eeeeuuze peueue
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