RELATORIO ROMPIMENTO DOS CORPOS DE PROVA

Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO OTONI
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
LUANA MARQUES DE OLIVEIRA
RELATÓRIO – ROMPIMENTO DOS CORPOS DE PROVA 
TEÓFILO OTONI
 2017
LUANA MARQUES DE OLIVEIRA
RELATÓRIO – ROMPIMENTO DOS CORPOS DE PROVA 
Relatório técnico apresentado à professora Ana Paula Moura, referente à disciplina Materiais de Construção I, do Curso Bacharelado em Engenharia Civil, Faculdade Presidente Antônio Carlos.
TEÓFILO OTONI
2017
INTRODUÇÃO e objetivos
Relatório referente às aulas práticas da disciplina Materiais de Construção I, realizada nos dias 11 e 18 de Maio de 2017, ministrada pelo Prof.º José Carlos com auxílio do Técnico Laboratorial Jéferson Gonçalves, no laboratório Multidisciplinar da Faculdade Presidente Antônio Carlos, embasado na norma, NBR 5739:2007 – Concreto – Ensaio de Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos. 
O objetivo desde ensaio foi ensinar aos alunos as metodologias necessárias e normas vigentes para a realização do Ensaio de Resistência à Compressão do Concreto.
O concreto é praticamente a alma da construção civil, sendo amplamente empregado em obras de pequeno, médio e grande porte, estando presente na forma de concreto simples, concreto armado ou concreto protentido. Mas para que a qualidade da obra seja garantida é necessário que eles possam suportar a esforços mecânicos estando sobre o efeito de determinadas tensões.
A resistência de um concreto é medida através da obtenção do seu fck (Resistência Característica do Concreto à Compressão), dado pela unidade Megapascal (Mpa), o pascal é a medida pressão exercida por 1 Newton em um m2 (N/m2), o MPa é essa força multiplicada por 106, onde 1fck corresponde a 10 kgf/cm2. Para que seja garantida essa resistência no concreto, são realizados testes laboratoriais de resistência à compressão.
Quando contrata-se uma concreteira para que uma obra seja realizada é necessário fornecer o fck desejado para o projeto em questão, e no ato da entrega a empresa precisa constar na nota fiscal o fck que foi contratado e entregue ao cliente. Geralmente no mercado os concretos mais vendidos são os de 15, 20 e 30 Mpa, mas com a evolução desses ensaios e da tecnologia a engenharia conseguiu chegar ao ápice de desenvolver concretos que chegam até 100 MPa, fazendo com que os cálculos das estruturas tenham muito mais alternativa e liberdade do que em construções mais antigas.
O ensaio de resistência à compressão é realizado através da moldagem de corpos de prova, passando pelo Slump Test que define a trabalhabilidade do concreto e posteriormente os CPs vão para o processo de cura, em câmaras úmidas ou por imersão. O rompimento dos corpos de prova é feito através da prensa hidráulica que distribui a carga uniformente sobre toda a superfície do corpo de prova, o carregamento cessa quando há uma queda na força que indica a ruptura dos CPs, e obtém a leitura da força máxima que foi empregada até a ruptura do material.
materiais e métodos
6 corpos de prova 
Retífica
Prensa hidráulica
O traço foi definido a partir da tabela de CONSUMO POR M3 DE CONCRETO FRESCO, fornecida aos alunos pelo professor José Carlos, e projetada e realizada pelo Engenheiro Civil Abílio de Azevedo CALDAS BRANCO, espera-se que o traço empregado 1:2:4 atinja aos 28 dias 21MPa nos ensaio de resistência a compressão prováveis.
Na aula do dia 20 de abril os corpos de prova foram moldados, passaram pelo Slump Test que visa determinar a consistência do traço de concreto e sua trabalhabilidade, e foram levados para a cura imersos em uma caixa d’água, para que os testes de resistência fossem feitos aos 21 e 28 dias de idade do concreto, foram desmoldados no dia 22 de abril.
No dia 11 de maio os 6 corpos de prova foram retirados da caixa d’água, todos passaram pelo processo de Retificação que consiste em uma limpeza da superfície feita com a máquina retífica através de um disco adiamantado que faz a limpeza automática da peça não sendo permitido exceder a 1cm, o objetivo desse processo é acabar com as irregularidades no corpo de prova para que a carga seja distribuída corretamente na seção transversal, o não cumprimento dessa etapa pode acarretar em uma falsa leitura no momento do ensaio. Não foi utilizado nenhum tipo de capeamento.
Embora todos os corpos de prova tenham passado pela retífica aos 21 dias (11 de maio), somente 3 CPs passaram pelo ensaio de resistência à compressão aos 21 dias de idade, e os outros 3 CPs passaram pelo ensaio de resistência à compressão aos 28 dias de idade (18 de maio).
A aparelhagem utilizada para o ensaio foi a prensa hidráulica, os CPs utilizados tem dimensões h= 20 cm e d= 10 cm. Os CPs foram centralizados ao máximo para que recebessem a carga uniforme em toda a superfície, a pressão vem de baixo para cima e a força vai aumentando. O carregamento cessa quando há uma queda na força que indica a ruptura dos CPs.
*Nota = CPs: Corpos de Prova | h: Altura | d: Diâmetro
resultados e discussão
O traço escolhido 1:2:4 estipula resistência à compressão provável aos 28 dias de idade do concreto de 21 Mpa.
Cálculo da Resistência
A resistência à compressão deve ser calculada através da seguinte expressão:
fck = 
fck = é a resistência à compressão, dada em Megapascal (MPa);
F = é a força máxima alcançada, dada em Newtons;
D = é o diâmetro do corpo de prova, dado em milímetros;
Em se tratando de corpos de prova com relação h/d menor do que 1,94 multiplicar a força F pelo fator de correção correspondente ao h/d encontrado, conforme especificado na Tabela 1.
Tabela 1 - Fator de correção h/d
Apresentação dos Resultados
Resultados obtidos no ensaio conforme NBR 5739:2007 – Concreto – Ensaio de Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos.
* Para todos os corpos de prova:
Data de moldagem: 
20 de Abril de 2017
Dimensão dos corpos de prova:
h = 20 cm e d = 10 cm
Capeamento:
Não houve nenhum tipo de capeamento, somente retífica.
Classe de maquina de ensaio:
Prensa hidráulica manual digital
Tabela 2 – Resultados da resistência à compressão aos 21 e 28 dias.
	NÚMERO 
DO CORPO DE PROVA
	DATA DO 
ENSAIO
	IDADE
	FORÇA 
MÁXIMA
(KN)
	RESULTADO
DE RESISTÊNCIA 
À COMPRESSÃO
(Mpa)
	1
	11/05/2017
	21 DIAS
	144
	18,33
	2
	11/05/2017
	21 DIAS
	141,98
	18,07
	3
	11/05/2017
	21 DIAS
	145,03
	18,46
	4
	18/05/2017
	28 DIAS
	151,45
	19,28
	5
	18/05/2017
	28 DIAS
	148,86
	18,95
	6
	18/05/2017
	28 DIAS
	165,45
	21,06
Apenas um dos corpos de prova apresentou resistência esperada aos 28 dias de idade do concreto, o CP nº 6 atingindo 21,06 Mpa, visto que três corpos foram rompidos antes do tempo previsto para a possível resistência de 21 Mpa aos 28 dias do traço. 
Figura 1 - Rompimento de um corpo de prova
conclusão
Apenas um corpo de prova apresentou sucesso dentro da resistência prevista para o traço de 21 MPa aos 28 dias, o CP 6 apresentando fck 21,06 MPa. Os três primeiros CPs foram rompidos com 21 dias, ou seja, um tempo menor do que o previsto para o rompimento e para que a resistência provável do traço fosse atingida, ficando com um fck (Resistência Característica do Concreto à Compressão) médio de 18,28 Mpa. Já os outros três CPs foram rompidos na idade prevista, ficando com um fck médio de 19,76 Mpa.
Alguns fatores podem ter influenciado para que a prática não obtivesse total sucesso. Como por exemplo, três dos CPs foram rompidos antes do tempo pré-determinado; não foi feito nenhum tipo de capeamento, somente a retifica; o traço precisou ser dimensionado para rodar em uma betoneira de 145 litros, o que pode ocasionalmente ter gerado uma falha na dosagem ou no cálculo.
O objetivo técnico não foi concluído por apresentar resistências abaixo daquelas que eram esperadas, porém a prática foi de grande importância e sucesso pedagógico, pois possibilitouaos alunos conhecer todos os critérios e normas para que o ensaio de resistência a esforços de compressão seja realizado, bem como, as possíveis causas que afetaram os resultados encontrados no ensaio.
 referências
BAUER, L.A. Falcão; DIAS, João Fernando. Materiais de Construção. 5ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
PETRUCCI, Eládio G. Materiais de Construção. 11ed. São Paulo: Globo, 1998.