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Anotações de Helen dos Santos DETRAÇÃO A detração é o instituto jurídico mediante o qual computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no Estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no art. 41 do Código Penal. É muito comum acontecer que, mesmo antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o agente venha a ser preso provisoriamente (prisão provisória). É lógico e razoável que aquele que estava preso, aguardando julgamento, se ao final vier a ser condenado, esse período em que foi privado de liberdade deve ser descontado do cumprimento da sua pena. Comment by HELEN SANTOS: PRISÃO PROVISÓRIA OU CAUTELAR:São as seguintes:a- prisão em flagrante;b- prisão preventiva;c- prisão temporária Exemplo 1: José comete um crime e é preso antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, e fica preso provisoriamente por 3 anos. Quando sair a sentença final decretando o quantum da pena, que será 12 anos, José, desses 12, só irá cumprir 9 anos, visto que já ficou 3 anos esperando. Exemplo 2: Batista cometeu vários crimes e somente em um dos processos em que estava sendo acusado foi decretada sua prisão preventiva. As condenações começaram a surgir em outros processos que não aquele no qual havia sido decretada sua prisão e por meio do qual, na verdade, acabou sendo absolvido. Pergunta: Poderá Batista ser beneficiado com a detração, já que a prisão cautelar foi decretada em processo no qual já foi absolvido? Sim, visto que Batista estava respondendo simultaneamente a várias infrações penais, razão pela qual será possível descontar na sua pena o tempo em que esteve preso cautelarmente. Rolará uma unificação. Exemplo 3: Carlos foi absolvido há 1 ano atrás de uma imputação que lhe fora feita. Naquela oportunidade havia sido decretada sua prisão cautelar, tendo permanecido preso por 4 meses, até que sobreveio sua absolvição. Um ano depois de ter sido absolvido, Carlos cometeu um crime, e por esse fato veio a ser condenado a dois anos de pena privativa de liberdade. Pergunta: Poderá, neste caso, ser realizada a detração? Não. Isso porque, para que haja detração os processos devem tramitar simultaneamente. Caso contrário, Carlos teria uma “carta de crédito” para crimes futuros.
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